A batalha de Duda contra Duda

Por José Carlos Teixeira

Três décadas depois de comandar a campanha publicitária contra a divisão da Bahia, o marqueteiro Duda Mendonça vai enfrentar… Duda Mendonça. Dessa vez, Duda vai comandar a propaganda que os comitês separatistas realizarão nos 40 dias anteriores ao plebiscito que decidirá, em dezembro, o desmembramento do Pará em três estados. Mas os defensores da integridade territorial do estado já avisaram: vão imitar as peças publicitárias concebidas pelo próprio Duda para combater a proposta de divisão da Bahia, nos anos 1980 e que são consideradas como clássicos da propaganda baiana.

A principal delas é um vídeo em que a cantora Maria Bethânia dizia que dividir a Bahia seria como “separar irmão de irmão”. “É como separar a corda do pau, calar para sempre o berimbau. É como separar Castro de Alves, Rui de Barbosa, Dorival de Caymmi, Caetano de Veloso”, dizia o texto. “Vamos mostrar que não se pode separar o tacacá do pato ao tucupi, o Rio Amazonas do Rio Tocantins”, declara abertamente Zenaldo Coutinho, secretário da Casa Civil do Governo do Pará e um dos articuladores do movimento pelo “não” no plebiscito.

De todo modo, os antisseparatistas também buscarão argumentos econômicos para fazer contraponto ao tom emotivo que costuma marcar as campanhas de Duda. “Queremos levar o debate para o campo da razão”, explica Coutinho, para quem os defensores da divisão do estado se mostram “ora apaixonados, ora oportunistas”.

13 comentários em “A batalha de Duda contra Duda

  1. A unidade do Estado é tarefa fácil de ser alcançada. Basta saber fazer uma boa campanha e motivos é que não faltam, a começar por detonar o Duda Mendonça, principalmente nos argumentos que o texto acima cita.

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  2. O SOFRENÔMENO AZUL vai votar a favor da divisão, aí seriam três times a menos pra disputar a vaga para a série E. Com a divisão, Águia, São Raimundo e Independente não serão mais do Pará, aí a chance aumenta para o remorto.

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  3. Se dividir o estado o Remo vai perder uma grande clientela para suas peladas de final de semana, haja vista que diminuiriam, e muito, o número de campinhos de terra disponíveis no estado.

    por isso a galera azulina vota: SEM DIVISÃO!!!!!!

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  4. Não sou de trocar farpas com o torcedor do Remo ,aqueles que gostam de xingar e ofender. Até poruqe não tenho ódio contra o time azulino,tenho uma esposa remista ou se diz ,e umfilho que se diz ora ainda Remo ora diz que é Papão. Mas o grande mote ,a sacada DIRETA mesmo é a campanha PARAENSE FAÇA COMO O REMO DEIXE O PARÁ SEM DIVISÃO. SIMPLES,RACIONALE DIRETO.

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    1. Pastor! Embora os clones pensem que eu odeio o Leãozinho, na verdade desejo para o REMO melhores dias. Agora é divertido perceber que os clones ficam pra lá de Bagda por não terem títulos que preste e estarem sem divisão. Eu concordo que essa frase, que já esta se nacionalizando, seja a grande sacada para manter a unidade do Pará.

      – PRESTE OU NÃO PRESTE VOTE 77. Seria outra boa.

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  5. Quem quer dividir o Pará
    segunda, 04/01/10 – 18h13

    por Amarílis Tupiassu

    Indigna já só a ideia de reduzir o Pará a Belém e Zona do Salgado. Coisa de político-forasteiro mal-agradecido. O cara chega à casa alheia, que o acolhe com hospitalidade, e se revela um aproveitador. Entra, fuça a geladeira, abanca-se no melhor sofá, escancara as portas dos quartos, e a gente sabe: é um folgado. Chora, estremece por seu estado de nascença, enquanto explora e desdiz do Pará, de que só pensa em chupar tudo, até o Estado inteiro, se deixarmos.

    O retalhador do estado (dos outros) chega e se espalha feito água. Abanca-se, invade a cozinha, destampa, tem o desplante de meter o dedo na panela, antes do dono da casa, lambuza as mãos, lambe os dedos. Como nós, os paraenses somos cordiais, ele confunde cordialidade com liberalidade. Vem, vai ficando, mergulha de unhas e garras afiadas em terras e política. Espalhado, o aproveitador, pronto, enriqueceu, encheu a pança. Fez-se fazendeiro, político de muito papo (balofo), o cara de pau. Alguns não dispensam trabalho escravo e agora dão de posar de redentores da miséria do Pará, como se só no Pará houvesse miséria. E cadê? Ih, já nas altas cúpulas, armando discórdia, querendo porque querendo dividir o estado do Pará, ‘disque’ porque é estado imenso e pobre, como se os miniestados brasileiros fossem paradisíacos reinos de felicidade, nenhum faminto sem teto, nenhum drogado, saúde e escola nos trinques, nada de tráfico e exploração de menores. Balela de retalhador!

    O retalhador (do estado alheio) tem no cérebro sinal de divisão. Só quer dividir, não seu estado, onde o espertalhão não conseguiu levantar a crista. No Pará, não se contenta em ser fazendeirão, explorador de miseráveis. “Quero um estado pra mim, Assembléia Legislativa, rumas de assessores, Tribunal de Contas com obsceno auxílio-moradia, mesmo que eu tenha casa própria”.

    E o retalhador já quer governar o estado (dos outros), quer reino e magnífica corte própria, algo comum nestas terras brasílicas dominadas por quadrilhas de políticos cara de pau, porque os dignos, vergonha na cara, os que lutam a valer por um Brasil de união, ordem e progresso, estes raros políticos dão uma de éticos e não põem a boca no trombone.

    Não, o Pará não é casa de engorda e enriquecimento de esquartejador da terra dos outros. Mas o pior é que eles se juntam até a certos políticos paraenses, que, em vez de dizer não decisivo e absoluto à divisão, ficam em cima do muro. É que os muristas, paraenses também não são flor que se cheire. Incrível que políticos paraenses admitam o roubo oficial das ricas terras do Pará. Pendurados no muro, os muristas paraenses só pensam na engorda de seus vastos currais e não em defesa e união.

    Sim, quem quer esfacelar o Pará? Deputados de longe que lambem os beiços por se apoderar do Marajó, do Tapajós, de Carajás. Risíveis os argumentos separatistas: “A imensidão do Pará impede seu progresso”. Nada! Papo de político! É vasta a miséria dos estados pequenos e do Brasil mal governado. Dividir vem da omissão de políticos do Pará, eles em ânsias por suas lasquinhas. Separatista daqui e de fora quer é feudo, castelo, mais poder. O mapa do Pará lembra um buldogue. Ele precisa de brio, amor-próprio, rosnar, se quiserem reduzi-lo em retalho. O Pará quer paz e união. Vamos calar os esquartejadores que boiam, do fracasso em seus estados, ao sonho de esfacelar o Pará. Vamos dizer não a mais essa mutreta de político espertalhão.

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  6. Valeu reproduzir o texto da Amarilis. Forma e conteudo contundentes,abordando com seriedade um tema sério merecedor de respeito por parte de quem se propoe discuti-lo e por ele lutar
    Queremos um Pará Grande, sem divisão.

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  7. Muitos reinos foram conquistados com PALAVRAS SIMPLES ,MAS DIRETAS,OBJETIVAS.Daí eu gostar de finalizar meus post quando é cabível com a frase “Simples ASSIM”
    E vc tem razão Xará BERLLI,essa sua frase deveria ser aproveitada.
    Preste ou não preste vote setenta e sete .
    Ainda por cima a rima fica bonita e é direta ,gostei.
    Afinal o Pará tem problemas sim ,apontados por muitos.Eu mesmo quando conheço alguém que me pergunta se sou paraense ,carioca ou amazonense (nosso sotaque mistura de nortista,várias etnias e herdado de portugal).Em seguida tenho que suportar o discurso sobre as belezas naturais ,mas a falta de zelo,o ver-o-peso é uma imundície,os monturos d elixo em plena praça central da capital.etc e e tc.Tudo falam.Daí com diplomacia começo a argumentar que já morei no RJ ,em Rondonia ,no ACRE E EM TODOS OS ESTADOS HÁ PROBLEMAS em grau maior ou menor mas há.E assim vou tirando de letra.Por isso o mote direto,objetivo é

    Faça como o leão deixe o Pará sem divisão
    E a do Berlli
    Preste ou não preste vote setenta e sete.

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