O São Raimundo se reforça para o returno do campeonato estadual. Sob o comando do técnico Charles Guerreiro, o Mundico contratou o meia-atacante Vélber e o lateral-esquerdo Aldivan. Ambos devem estrear domingo contra o Remo, no estádio Barbalhão.
Mês: março 2011
Remo traz Ratinho e descarta Finazzi
A diretoria do Remo confirmou, no começo da tarde desta segunda-feira, a contratação do meia-atacante Ratinho, que defendeu o clube há dois anos. Ao mesmo tempo, o atacante Finazzi foi descartado O jogador chegou a acertar bases salariais, mas revelou que está há 20 dias sem jogar, devido a uma lesão nas costelas. Precisaria de, pelo menos, mais 30 dias para se recuperar. Como o returno começa no próximo fim de semana, o técnico Paulo Comelli desaconselhou a contratação do veterano centroavante.
O atacante Luciano Paraíba (ex-Santa Cruz), atualmente desempregado, é um dos nomes agendados pelos azulinos para inscrição no Parazão.
“Homenagem” ao Corinthians
A frase do dia
“O Brasil está atrasado em relação à África do Sul neste mesmo período. Faltam três anos para o Mundial e dois para a Copa das Confederações e, em 2007, os sul-africanos estavam mais adiantados do que os brasileiros estão agora. É necessário acelerar os preparativos, pois a Copa do Mundo será amanhã, e os brasileiros estão pensando que será depois de amanhã”.
De Joseph Blatter, presidente da Fifa.
Dodô esnoba convite dos remistas
Dirigentes do Remo ofereceram um pacote de R$ 200 mil para que o atacante Dodô disputasse o segundo turno do campeonato estadual pelo clube. Um colaborador iria doar o dinheiro para garantir a contratação, mas o ex-jogador da Portuguesa não aceitou porque o Remo não tem calendário para o segundo semestre.
Capa do Bola, edição de segunda-feira, 28
Fifa se rende à estatística de Ceni
Apesar de a Fifa não considerar oficialmente dois gols marcados por Rogério Ceni ao longo de sua carreira, o site oficial da entidade exaltou o feito do goleiro são-paulino, neste domingo. A versão em português da página na internet destaca ao gol de número 100 marcado pelo goleiro do São Paulo, na vitória sobre o Corinthians, por 2 a 1. A versão em inglês do site não mencionou o acontecimento. Mesmo registrando 98 gols, o texto publicado pela Fifa neste domingo, com o título “o dia é dele”, fala no centésimo gol em diversos momentos. Em uma breve citação, a matéria faz uma ressalva sobre os 100 gols: “Pelas contas do clube, que inclui jogos amistosos”. Os gols, considerados oficialmente pelo São Paulo e não contados pela Fifa, aconteceram em um amistoso diante de um combinado entre Santos e Flamengo, em 1998, e contra o time russo Uralan Elista, no Torneio Constantino Cury, em 2000. (Com informações da ESPN)
Capa do DIÁRIO, edição de segunda-feira, 28
Coluna: Um reserva para Ganso
Quem viu a Seleção Brasileira treinar ontem contra a Escócia deve ter se certificado de que a mítica camisa 10 tem dono e suplente imediato. Um jogou. Por apenas 15 minutos, é verdade, mas tempo suficiente para mostrar virtudes de craque. Falo do garoto Lucas, campeão sul-americano sub-18 e que empreendeu duas arrancadas irresistíveis, driblando quase toda a defesa escocesa e deixando os atacantes na cara do gol. Credenciou-se a reserva imediato.
Como se sabe, o titular é gente nossa, um orgulho do Pará. Paulo Henrique Ganso, que está voltando a jogar, é senhor absoluto da função de meia-armador do escrete. E, a não ser que um arcanjo desça dos céus até 2014, será dele a incumbência de comandar o Brasil a partir da meia-cancha. Com ou sem Mano Menezes no posto de técnico.
Aliás, Mano anda flertando perigosamente com antigas práticas de treinadores da Seleção. Zagallo, Parreira, Leão e Dunga foram useiros e vezeiros em privilegiar indicações de jogadores abaixo do nível exigido para representar o futebol brasileiro. Os casos são de conhecimento público. Amaral foi ungido pelo Velho Lobo como a futura redenção do nobre esporte bretão. Parreira deu asas até para o falastrão Viola em 1994. Leão revelou ao mundo o ilustre Leomar, do Sport-PE. Dunga apostou fichas em Grafitte e Josué. De quebra, quase levou Hulk à África do Sul.
Mano está, aos poucos, inventando convocações que não se sustentam pela lógica. Jadson, que andava esquecido no Leste Europeu, tornou-se ponto de referência nas últimas convocações. Renato Augusto, que é um armador não mais que razoável no Bayern Leverkusen, também virou figura carimbada.
O jogo de ontem foi decidido bem antes de Lucas dar o ar de sua graça no belíssimo estádio do Arsenal, casa oficial do Brasil em Londres. Neymar abriu a contagem com um gol em que bateu de curva para iludir o goleiro escocês. Nem estava jogando bem. Caiu várias vezes, forçou jogadas e não encaixava uma boa sequência de dribles. Mas, ainda assim, era o melhor em campo. No segundo tempo, cavou um pênalti, ampliando para 2 a 0.
Importante: Neymar parece ter alcançado aquele estágio em que consegue render mesmo numa tarde pouco inspirada. Claro que teve pela frente a dura defesa da Escócia, do time B do futebol europeu, mas não tomou conhecimento e os bons fazem exatamente assim.
E quando tudo se encaminhava para a zona da monotonia, Mano finalmente pôs em campo o jovem craque são-paulino. Lucas pegou na bola poucas vezes, mas fez o necessário para que todos se perguntassem o que Jadson foi fazer ali. Com a palavra, o treinador da Seleção.

Rogério Ceni marcou o 100º gol da carreira e é, definitivamente, um goleiro especial. Está na história do futebol. É unanimidade no S. Paulo. E só não é visto assim no resto do Brasil porque às vezes se acha muito superior ao que é. Prova disso é que, depois do jogo, aproveitou para discursar pelo “bem do futebol brasileiro” e elegeu seu clube como a quintessência da moralidade e da ética. Há controvérsias.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira,28)
Tributo ao goleiro artilheiro
Por Antonio Valentim
O 27 DE MARÇO passa, a partir deste ano, a ser conhecido não apenas por ser a data de aniversário natalício de uma célebre apresentadora de programas infantis. Hoje fica sendo, principalmente para nós, amantes do nobre esporte bretão, a data em que um goleiro brasileiro consagra-se como o primeiro do planeta Terra, dessa posição, a fazer uma centena de tentos em sua carreira. Só podia ser um brasileiro, e, para mim, Rogério Ceni é o maior goleiro brasileiro em atividade.
Comecei a torcer por Rogério por conta da natural antipatia a Chilavert, o paraguaio, e que também atuou no futebol argentino. No cenário internacional, houve outros arqueiros artilheiros como o colombiano Higuita e Jorge Campos, mexicano, todos dignos de elogios. Não por acaso todos do continente americano; não se podia esperar do goleiro europeu uma iniciativa dessas, eles tão disciplinados e presos a esquemas táticos. Mais um ponto ao talento do futebolista brasileiro.
Fazer 100 gols seria um fato comum na carreira de um futebolista, não fosse o singular detalhe de que esse jogador não atua na linha, ou seja, não tem a missão de se lançar em direção à meta adversária, arremessando ao gol, criando oportunidades ao longo de uma partida de futebol em vencer as metas contrárias. Sua missão é justamente o contrário: impedir gols. Digo mais: 100 gols de um goleiro é de um grau de dificuldade bem maior que o de um atacante fazer 1.000.
No futebol já vi gols de goleiros, e nem sempre em execução de penalidades – faltas ou pênaltis. O fato vira notícia justamente por ser uma raridade, já que a função de um arqueiro não é essa. Um certo Iran – que até um dia vestiu o sagrado uniforme azul marinho, por sinal já em final de carreira e sem condições clínicas ideais – uma vez fez um ao finalzinho da contenda. A diferença de aventureiros como Iram e outros para Rogério Ceni é que jamais as iniciativas do arqueiro tricolor, paranaense de Pato Branco, se motivou pelo desespero de causa, lançando-se ao ataque como um louco. Seus gols são frutos de, além de um talento inato, incansável treinamento nessa arte em que se aperfeiçoou ao longo de sua carreira.
Eu disse antes se tratar de o maior goleiro brasileiro. Não tenho medo dos narizes tortos nem de seus donos que discordam de semelhante afirmação. Como dizem que cada brasileiro é um técnico de futebol em potencial, eu, nessa condição, não hesitaria em convocar Rogério. Tenho certeza que naquele jogo de zero a zero ou em que o Brasil estivesse perdendo, uma penalidade próxima à grande área teria grande chance de ser convertida em gol se nosso time canarinho contasse com um goleiro dessa estirpe. Ganharia o Brasil duas vezes: um grande goleiro e um excelente apontador de faltas. Além naturalmente de um grande profissional, que é.
Como técnico, tivesse o meu time um arqueiro dotado dessa excepcional característica, não pensaria duas vezes em incentivá-lo. Na verdade, Adriano, excepcional goleiro que por várias temporadas serviu ao Clube do Remo, certa vez acertou uma cobrança, fazendo um belo gol. Pena que não foi adiante, talvez por falta de incentivo. Sei que, no caso de Rogério Ceni, Mário Sérgio também o proibiu de tais façanhas. Ainda bem, para o futebol brasileiro, que esse ‘mala’ durou pouco lá pelo São Paulo.
O feito revestiu-se de maior singularidade ainda por ter ocorrido justamente contra o Corinthians, no momento o maior rival do São Paulo, e não contra outro time qualquer; e ainda num domingo e em rede nacional, além naturalmente da vitória ter quebrado um ‘tabu’ de 11 jogos (já vi tabus maiores que esse!). A importância do adversário valorizou ainda mais a façanha. Registro que o São Paulo venceu com dois gols de jogadores paranaenses. O primeiro gol foi do duovizinhense Dagoberto.
Valeu ROGÉRIO CENI! Você é um daqueles raros futebolistas, cuja imensa legião de admiradores não se limita à massa torcedora do São Paulo F. C., clube para o qual não torce este humilde torcedor, por sinal. Como Pelé e Garrincha, você será sempre lembrado por todas as torcidas.
Neymar faz dois e Seleção bate Escócia
Brasil, em ritmo de treino, viveu da individualidade de Neymar e da disposição de Ramires. Nos minutos finais, o garoto Lucas entrou e só precisou de dois lances para mostrar que não pode ser banco para Jadson.




