Quem viu a Seleção Brasileira treinar ontem contra a Escócia deve ter se certificado de que a mítica camisa 10 tem dono e suplente imediato. Um jogou. Por apenas 15 minutos, é verdade, mas tempo suficiente para mostrar virtudes de craque. Falo do garoto Lucas, campeão sul-americano sub-18 e que empreendeu duas arrancadas irresistíveis, driblando quase toda a defesa escocesa e deixando os atacantes na cara do gol. Credenciou-se a reserva imediato.
Como se sabe, o titular é gente nossa, um orgulho do Pará. Paulo Henrique Ganso, que está voltando a jogar, é senhor absoluto da função de meia-armador do escrete. E, a não ser que um arcanjo desça dos céus até 2014, será dele a incumbência de comandar o Brasil a partir da meia-cancha. Com ou sem Mano Menezes no posto de técnico.
Aliás, Mano anda flertando perigosamente com antigas práticas de treinadores da Seleção. Zagallo, Parreira, Leão e Dunga foram useiros e vezeiros em privilegiar indicações de jogadores abaixo do nível exigido para representar o futebol brasileiro. Os casos são de conhecimento público. Amaral foi ungido pelo Velho Lobo como a futura redenção do nobre esporte bretão. Parreira deu asas até para o falastrão Viola em 1994. Leão revelou ao mundo o ilustre Leomar, do Sport-PE. Dunga apostou fichas em Grafitte e Josué. De quebra, quase levou Hulk à África do Sul.
Mano está, aos poucos, inventando convocações que não se sustentam pela lógica. Jadson, que andava esquecido no Leste Europeu, tornou-se ponto de referência nas últimas convocações. Renato Augusto, que é um armador não mais que razoável no Bayern Leverkusen, também virou figura carimbada.
O jogo de ontem foi decidido bem antes de Lucas dar o ar de sua graça no belíssimo estádio do Arsenal, casa oficial do Brasil em Londres. Neymar abriu a contagem com um gol em que bateu de curva para iludir o goleiro escocês. Nem estava jogando bem. Caiu várias vezes, forçou jogadas e não encaixava uma boa sequência de dribles. Mas, ainda assim, era o melhor em campo. No segundo tempo, cavou um pênalti, ampliando para 2 a 0.
Importante: Neymar parece ter alcançado aquele estágio em que consegue render mesmo numa tarde pouco inspirada. Claro que teve pela frente a dura defesa da Escócia, do time B do futebol europeu, mas não tomou conhecimento e os bons fazem exatamente assim.
E quando tudo se encaminhava para a zona da monotonia, Mano finalmente pôs em campo o jovem craque são-paulino. Lucas pegou na bola poucas vezes, mas fez o necessário para que todos se perguntassem o que Jadson foi fazer ali. Com a palavra, o treinador da Seleção.
Rogério Ceni marcou o 100º gol da carreira e é, definitivamente, um goleiro especial. Está na história do futebol. É unanimidade no S. Paulo. E só não é visto assim no resto do Brasil porque às vezes se acha muito superior ao que é. Prova disso é que, depois do jogo, aproveitou para discursar pelo “bem do futebol brasileiro” e elegeu seu clube como a quintessência da moralidade e da ética. Há controvérsias.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira,28)
Concordo em partes, pois também acho que o Neimar e isso mesmo, como foi descrito acima, mais em relação ao camisa 10 da nossa seleção, penso que o nosso conterrâneo, tem de ser titular, mais ao mesmo tempo, tem de deixar de ser marrento, pois o moleque do São Paulo e, bastante humilde em suas palavras e joga com tamanha siplicidade, coisa que para muitos e algo impossivel de se fazer, ele consegue fazer a coisa se tornar bastante fácil.
Acho que essa vaga de meio campo, ou os dois disputam a posição, ou então joga os dois ao mesmo tempo. Minha opnião!
Onde ele foi pegar esse Jadson ? senti vergonhado aquele caboclo com a camisa 10 da seleção.
Acho q da pra jogar ganso e Lucas. Tem q tirar o Robinho. Eu tb Nao entendo o elano lá na seleção.
Pra mim Lucas(Liverpool), Anderson, ramires, ganso, Lucas e neymar.
Isso Eh um time!
Acho q a impressa Nao deu o destaque pro Ramires ontem, parece que ele estava em outro nível de velocidade, joga muito.
PS.: ontem o ganso, numa tarde infeliz, deu um passe de letra pro keirrison se consagrar, mas como sempre…