Os grandes ídolos do futebol jamais deveriam se permitir descer ao mesmo plano dos simples mortais. Esta regra, seguida à risca pelo Rei Pelé, deveria ter sido observada por Zico quando aceitou há quatro meses o espinhoso cargo de diretor-executivo do Flamengo. Voltava à Gávea como dirigente depois de ter sido, por cerca de 20 anos, o mais vitorioso atleta da história do clube.
Assumiu um risco e tanto. Poucos ex-craques saíram ilesos de aventura desse nível. O exemplo mais bem sucedido foi Franz Beckenbauer, campeão mundial pela Alemanha como atleta e técnico. Sem o mesmo êxito, Diego Maradona também aceitou retornar na condição de treinador da seleção argentina na recente Copa da África do Sul, sujeitando-se à condição de vidraça.
Com Zico em campo, o Flamengo conquistou títulos inesquecíveis, vitórias consagradoras. Justa e sábia, a gigantesca torcida (17% da população brasileira, segundo as últimas pesquisas) sempre o reverenciou como um semideus. Pelo comportamento irretocável como atleta e técnico, ganhou também o respeito dos demais desportistas brasileiros.
Pois agora, já na meia-idade, Zico tem o desprazer de ser moralmente achincalhado dentro do clube que honrou com tanta lealdade. Pior: por um ex-chefe de torcida organizada, das mais baderneiras entre tantas que infestam as arquibancadas cariocas.
Sem qualquer sustentação nos fatos, seu desafeto moveu campanha rasteira via internet e através de colunas de alguns jornalecos do Rio, difamando o grande craque e atingindo diretamente seus filhos. Não provou nenhuma de suas denúncias, mas conseguiu o objetivo de escorraçar Zico do Flamengo.
Cidadão decente, diante de tamanha baixaria, o Galinho de Quintino agiu decentemente: renunciou ao cargo para se defender nas instâncias cabíveis. Infelizmente, clubes de futebol abrigam gente de toda espécie e têm uma crônica dificuldade de separar o joio do trigo. Nessa triste história, o que se lamenta é que um clube tão popular esteja entregue à baderna e seja alvo de grupos sem qualquer escrúpulo no modo de operar.
Triste é constatar que o tempo passou e o Flamengo só fez diminuir de tamanho. Desceu tanto que não se mostra hoje à altura de Zico, que sai de cena muito maior do que entrou. Que os verdadeiros torcedores, os não profissionais, saibam refletir sobre essa verdade.
Em meio às explicações que tentou dar para o seu envolvimento na possível compra de terreno no Aurá, o vice-presidente do Remo, Orlando Frade, mencionou na sexta-feira a existência de R$ 6 milhões para a aquisição do imóvel e construção de um centro de formação de atletas. A comissão de conselheiros que acompanha a transação – e vive se espantando com os ziguezagues do atrapalhado negócio – ficou surpresa, pois até então o presidente Amaro Klautau anunciava outra cifra: R$ 4 milhões. O “troco” de R$ 2 milhões pode não ser expressivo para os planos megalomaníacos do cartola, mas pode vir a ter bastante peso no futuro do clube. Quem viver, verá.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 3)
Engraçado que, em meio as explicações, foi dado, também, que ele desafiava quem provasse que o terreno pertencia a alguem da sua familia ou de algum conhecido, como foi colocado por alguns e, isso não foi dito na coluna de hoje. Porque? No site do Remo e do vice Presidente, estão claros que o valor para a compra do terreno, são de 6 milhões. Te dizer,mas é o que falo, continuam atirando pra todos os lados’, mas o atingido, até agora, é a instituição clube do Remo. Te contar. Vamos lá, continuar tentando, mas o Remo crescerá, contra tudo e contra todos. Aguardem.
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Quanto ao Zico, ele conseguiu ser ídolo da torcida do Fla, como jogador, como Diretor de futebol, não. É simples e, que sirva de exemplos para outros, que pensam que pelo fato de saber chutar uma bola, já o credencia a ocupar qualquer cargo relacionado ao futebol.
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Infelizmente Zico foi, tal como Roberto Dinamite no Vasco ou como qualquer outro “imortal” que queira se envolver na seara política e administrativa dos clubes onde foram ídolos, execrado, vilipendiado e sabotado. Embora o “Galinho” soubesse previamente que estava adentrando em um vespeiro, nada diminui a dimensão simbólica que a demissão do eterno 10 da Gávea desnuda: os clubes não veneram seus ídolos e nem suas histórias, são administrados de forma irresponsável, temerária e mastodôntica e estão infiltrados por políticos carreiristas que fazem de suas atuações nas administrações dos clubes uma extensão de suas atuações na vida pública, sendo, via de regra, ambas igualmente perdulárias – e por aqui, em Belém do Pará, a situação não é menos caótica com uma certa entidade esportiva de vestes azul-marinho.
Leonardo foi profético no início de 2010: se querem mesmo salvar o Flamengo dessas aves de rapina que se apossaram do clube? Então vendam a agremiação!
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O Zico como atleta realmente foi quase o máximo, como membro de comissão técnica tenho minhas dúvidas, vide as barrações de Giovani e Alex na seleção. Agora, ganhando 300 puas por mês que amor é este? E os resultados? O Flamengo está prestes a entrar na zona de rebaixamento e ainda tem mais, o preço exorbitante cobrado ao Flamengo, ” que ele tanto ama”, pelo aluguel do CT do CFZ. Querer o quê? Fora!
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Decepcionante a atitude do Zico, foi uma atitude de galinho, quem nao deve nunca teme.
Depois que parou de jogar, Zico tentou ser varias coisas ao mesmo tempo, Seu ZFC derrapou em todas as tentativas de participar do carioca, Zico culpava o a Federac. carioca por isto, mudou o clube para o Distrito Federal e tambem nao deu em nada. Foi obrigado a fechar as portas.
Para blindar a Patricia Amorim, ele aceitou o cargo de diretor executivo, mas para isto, recebia uma babinha altissima.
Provar no Brasil, determinadas coisas sao dificieis, mas ha’ pegadas deixadas e estao por todos os lados.
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