Prática de MMA entre crianças gera polêmica

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Uma publicação do jornal inglês, “Daily Mail”, trouxe à tona as competições de MMA entre crianças, nos Estados Unidos. O esporte tem se tornado cada vez mais comum entre os pequenos. Uma estimativa aponta que aproximadamente três milhões de crianças, entre meninos e meninas, com até cinco anos de idade, praticam a luta, pelo menos uma vez por semana. Algumas, inclusive, sem qualquer proteção.

Para os críticos, a modalidade é um prato cheio para chamar os responsáveis dessas crianças de bárbaros. Tudo por conta da falta de segurança e os efeitos que a prática do MMA podem ter sobre o comportamento dos pequenos. Sebastian Montalvo, fotógrafo Nova Iorquino, viajou pelos Estados Unidos e produziu um ensaio com as crianças praticando MMA e sendo incentivadas pelos seus familiares.

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Uma dessas crianças é Kristopher Arrey. O menino tem sete anos e é um verdadeiro sucesso dentro dos tatames. Sua performance é tão assustadora que ele ganhou o apelido de “O Colecionador de Braços”. Montalvo afirmou em declaração a “CNN” que depois de uma derrota é comum ver a criança perdedora chorando. O que é importante para lembrar que se tratam só de meninas e meninos. Além disso, o fotógrafo destacou que o papel dos pais é fundamental, incentivando as crianças a serem competitivas. (Do Esporte Interativo)

Um golaço do Negão Motora

A legenda diz Alcindo, mas o autor do golaço é mesmo o nosso Alcino, que brilhou com a camisa azulina nos anos 70, passou pelo Grêmio e Portuguesa, tendo ainda curta passagem de fim de carreira no Paissandu. Marcou esse gol antológico quando defendia a Lusa paulista. (Por sugestão do baluarte Antonio Valentim)

Genoíno, meu vizinho

Por Paulo Jonas de Lima Piva
Vila Indiana, Butantã, São Paulo, bem atrás da USP. Morei lá nos anos de 2001 e 2002, num quartinho alugado, de estudante, numa construção muito estranha, sem acabamento, feita às pressas. Eram quartos feitos um em cima do outro, para os lados, escadas apertadas em redemoinho, levando para um fundo que parecia não ter fim. Alguns quartos tinham banheiro dentro e eram minúsculos, outros eram espaçosos, mas sem banheiro. As portas e janelas eram de lata. A sensação era que tudo aquilo iria desmoronar a qualquer instante. Certamente, aquele labirinto jamais passou pelos olhos de um engenheiro ou pelo crivo de um fiscal da prefeitura. Havia uma cozinha coletiva que mais parecia um porão. Úmida e com cheiro de mofo, gordura e gás, havia lá muito a se fazer, e os pedreiros que trabalhavam naquele porão com fogão e geladeira não pareciam conhecer nada de alicerces. Na verdade, o local parecia mais um canteiro de obras irregular e perigoso, feito para enriquecer alguém rapidamente à custa dos alunos da USP que lá moravam, jovens de toda parte, calouros, mestrandos, doutorandos do Brasil e do mundo.
Eu morava bem no alto daquela mistura de torre de Pisa, de Babel e puxadinho mal-feito, num quarto espaçoso, logo, sem banheiro dentro. A pia ficava numa sacada com vista para a parte de baixo do bairro e para o quintal de uma personalidade bastante respeitada na época: o então candidato ao governo de São Paulo pelo PT, José Genoíno. Da minha sacada, com a boca cheia de pasta de dente, eu via toda manhã os fundos da Vila Indiana e o quintal da casa de um dos políticos mais respeitados daquele momento, um sobrado simples com garagem. Por cinco ou seis vezes pude ver daquele mirante Genoíno no seu quintal ou na sua garagem, sempre muito rápido e discretamente. Em algumas delas consegui cumprimentá-lo lá de cima.
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Genoíno ainda mora lá, naquele simples sobrado de classe média baixa, naquele bairro de classe média para baixo, depois de todo o sórdido e covarde espetáculo promovido pela máfia midiática no caso do “mensalão”, que linchou publicamente a sua reputação de político honesto e comprometido com as causas populares. Em nada sua única propriedade corresponde à versão da oligarquia midiática brasileira de que o mais famoso crime de caixa dois para financiamento de campanha política fora o “maior escândalo de corrupção da história do país”. Genoíno, o cara mais injustiçado da política brasileira, não mora numa mansão no Morumbi, não é vizinho de José Serra (peça chave da privataria tucana impune) ou do Maluf (estrela de vários escândalos), não tem apartamento em Higienópolis, no condomínio de Fernando Henrique (o príncipe da privataria tucana e da compra de votos para a reeleição de 1998), tampouco conta na Suíça. Mesmo assim, ao que tudo indica, ele terá de pagar uma multa à Justiça de Joaquim Barbosa sem ter nenhum recurso para pagá-la, a não ser com o dinheiro da venda do sobrado da Vila Indiana onde ainda mora, seu único teto. Mesmo com a venda do único patrimônio que ainda tem lhe faltará dinheiro para tal. Em suma, Genoíno foi sim guerrilheiro, preso político da ditadura militar, militante torturado, homem de partido que se sacrificou por um projeto, o qual, felizmente, se realizou e está sendo realizado: eleger Lula presidente e tirar milhões da miséria.

Jogos Escolares terá 6 mil participantes

A capital paraense será sede dos Jogos Escolares da Juventude, maior competição esportiva escolar do país, entre 7 e 16 de novembro. Realizado pela primeira vez na Região Norte do país, o evento conta com um time, selecionado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), fundamental para o sucesso da competição. Dos seis mil participantes, entre eles quatro mil jovens atletas com idade entre 15 e 17 anos, destacam-se 250 voluntários, que atuarão em todas as áreas da organização dos Jogos. Desse total, 130 são de Belém e cidades vizinhas, 100 do Exército Brasileiro e 20 de outros 12 estados do Brasil. Os Jogos Escolares da Juventude serão abertos oficialmente em cerimônia realizada nesta quinta-feira, dia 7, às 19hs, no ginásio da Universidade do Estado do Pará.
Desde que passaram a ser organizados pelo COB, em 2005, os Jogos Escolares da Juventude já tiveram o apoio de cerca de quatro mil voluntários, incluindo os que estarão nesta edição, em Belém. A dedicação de cada um é essencial para o desenvolvimento do evento, como explica a gerente de Atividades Complementares dos Jogos Escolares da Juventude, Paula Hernandez “Os voluntários são fundamentais para o sucesso dos Jogos. Eles nos ajudam em todos os setores e, em troca, se capacitam, adquirem experiência, se colocam no mercado de trabalho e, principalmente, se sentem úteis à sociedade e ao movimento olímpico”, destaca Paula, que coordenou a área de voluntários nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.

Improviso, acaso e potoca

Por Gerson Nogueira

A lenda de que o acaso protege os inocentes e distraídos se aplica perfeitamente ao universo boleiro. Sempre soou esquisita a teorização sobre fórmulas para controlar o jogo, como se fosse ciência exata. Por essa razão, passo longe de análises focadas apenas em estatísticas, como se fosse possível mensurar todas as variáveis existentes numa partida de futebol.

Até mesmo esquemas táticos bem concebidos, como o inovador Carrossel Holandês de 74 ou o recentíssimo Barcelona de Guardiola, não eram imunes às leis da improvisação. Em campo, felizmente, sempre há espaço para a subversão e a mudança de planos.

Futebol não é xadrez, onde as jogadas são marcadas e cientificamente estudadas. No tabuleiro, o intelecto prevalece sobre o impulso e a imponderabilidade. Risível é o esforço de alguns para dar verniz acadêmico ao futebol, um esporte que envolve basicamente força, improviso e velocidade.

Quando meias, volantes e laterais se esmeram em cruzar bolas para a área inimiga não estão exercitando um recurso estratégico baseado em conceitos científicos. Na verdade, apenas apostam no princípio primitivo do “seja o que Deus quiser”.

Algumas vezes acaba dando certo, a bola resvala em alguém, desvia na trave e entra. Outras vezes cai exatamente na cabeça de um atacante e dali é endereçada às redes. Ou, ainda, passa direto sem tocar em ninguém e engana o goleiro. Jogadas casuais são bem mais comuns do que lances conduzidos lucidamente pelos craques. Pelo simples fato de que os craques são cada vez mais raros.

Lances previsíveis de bolas alçadas são frequentes por serem mais fáceis de realizar. Não exigem esforço ou raciocínio. É bem menos trabalhoso fechar os olhos e dar um bico rumo à meta inimiga. Para que perder tempo pensando e buscando alternativas que exijam técnica e habilidade?

O lado cômico fica por conta dos treinadores supostamente cerebrais – Tite, o top of the tops; Luxemburgo, Mano Menezes, Oswaldo de Oliveira, Ney Franco – verbalizando sobre o nada, no afã de convencer que elaboram formulações revolucionárias a cada jogo.

Lorota pura. Poucas vezes um time vai além do básico estímulo à repetição de velhos macetes, como essa praga nacional chamada “ligação direta”. A atual Série A é pródiga na troca de chutões entre goleiros, cuja repetição chega a irritar o torcedor.

Por vezes, os professores capricham tanto no fraseado que chegam a convencer gente qualificada. Seria tão mais simples se todos admitissem que o futebol é modalidade que depende de esforço de uns, genialidade (rara) de outros e uma torrente de lances acidentais na maioria das vezes.

Técnicos de perfil mais naturalista, como Felipão e Muricy Ramalho, tendem a ser mais coerentes. Gostam de times que marcam forte, cometem muitas faltas e adoram exploram bolas aéreas. Assumem isso sem dourar a pílula. Nada de teses sofisticadas sobre a quadratura do círculo, apenas a realidade fria do jogo. Melhor assim.

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Por obra e graça dos baderneiros

A novela em torno do local (e data) do jogo contra o Oeste consumiu três dias de suspense no Paissandu. Até mesmo o encaminhamento do pedido de mudança de local à CBF resultou em processo lento e desgastante, com troca de acusações entre a diretoria do clube e a Federação Paraense de Futebol.

No fim das contas, diante da impossibilidade de uso do Mangueirão, a CBF determinou que a partida fosse transferida para o estádio da Curuzu. Claro que medidas severas de segurança devem ser adotadas, a fim de prevenir a ocorrência de novos tumultos.

E é justamente a tumultuada partida contra o Avaí que levará o Papão ao banco dos réus hoje, no STJD, com previsão de sentença pesada – algo como quatro perdas de mando. Que os atropelos gerados pela ação dos arruaceiros sirvam de lição definitiva para o clube e os órgãos responsáveis pela segurança nos estádios e em torno deles.

Em meio a mais um grave transtorno causado pelas gangues surge a oportunidade histórica para que Polícia, Ministério Público, Justiça e clubes tomem as providências necessárias para extirpar a violência que ameaça o futebol paraense. Ainda há tempo para isso.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 06)

Guinada à direita

Por Antonio Prata 

Há uma década, escrevi um texto em que me definia como “meio intelectual, meio de esquerda”. Não me arrependo. Era jovem e ignorante, vivia ainda enclausurado na primeira parte da célebre frase atribuída a Clemenceau, a Shaw e a Churchill, mas na verdade cunhada pelo próprio Senhor: “Um homem que não seja socialista aos 20 anos não tem coração; um homem que permaneça socialista aos 40 não tem cabeça”. Agora que me aproximo dos 40, os cabelos rareiam e arejam-se as ideias, percebo que é chegado o momento de trocar as sístoles pelas sinapses.

Como todos sabem, vivemos num totalitarismo de esquerda. A rubra súcia domina o governo, as universidades, a mídia, a cúpula da CBF e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara. O pensamento que se queira libertário não pode ser outra coisa, portanto, senão reacionário. E quem há de negar que é preciso reagir? Quando terroristas, gays, índios, quilombolas, vândalos, maconheiros e aborteiros tentam levar a nação para o abismo, ou os cidadãos de bem se unem, como na saudosa Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que nos salvou do comunismo e nos garantiu 20 anos de paz, ou nos preparemos para a barbárie.

Se é que a barbárie já não começou… Veja as cotas, por exemplo. Após anos dessa boquinha descolada pelos negros nas universidades, o que aconteceu? O branco encontra-se escanteado. Para todo lado que se olhe, da direção das empresas aos volantes dos SUVs, das mesas do Fasano à primeira classe dos aviões, o que encontramos? Negros ricos e despreparados caçoando da meritocracia que reinava por estes costados desde a chegada de Cabral.

Antes que me acusem de racista, digo que meu problema não é com os negros, mas com os privilégios das “minorias”. Vejam os índios, por exemplo. Não fosse por eles, seríamos uma potência agrícola. O Centro-Oeste produziria soja suficiente para a China fazer tofus do tamanho da Groenlândia, encheríamos nossos cofres e financiaríamos inúmeros estádios padrão Fifa, mas, como você sabe, esses ágrafos, apoiados pelo poderosíssimo lobby dos antropólogos, transformaram toda nossa área cultivável numa enorme taba. Lá estão, agora, improdutivos e nus, catando piolho e tomando 51.

Contra o poder desmesurado dado a negros, índios, gays e mulheres (as feias, inclusive), sem falar nos ex-pobres, que agora possuem dinheiro para avacalhar, com sua ignorância, a cultura reconhecidamente letrada de nossas elites, nós, da direita, temos uma arma: o humor. A esquerda, contudo, sabe do poder libertário de uma piada de preto, de gorda, de baiano, por isso tenta nos calar com o cabresto do politicamente correto. Só não jogo a toalha e mudo de vez pro Texas por acreditar que neste espaço, pelo menos, eu ainda posso lutar contra esses absurdos.

Peço perdão aos antigos leitores, desde já, se minha nova persona não lhes agradar, mas no pé que as coisas estão é preciso não apenas ser reacionário, mas sê-lo de modo grosseiro, raivoso e estridente. Do contrário, seguiremos dominados pelo crioléu, pelas bichas, pelas feministas rançosas e por velhos intelectuais da USP, essa gentalha que, finalmente compreendi, é a culpada por sermos um dos países mais desiguais, mais injustos e violentos sobre a Terra. Me aguardem.

Cabra bom de ironia… Bem no alvo, tidizê.

STF manda soltar assassino de Irmã Dorothy

1422603_491087914338790_186993598_nA Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu o Habeas Corpus (HC) 114214 para assegurar o direito de recorrer em liberdade a Regivaldo Pereira Galvão, condenado a pena de 30 anos de reclusão pelo assassinato da missionária Dorothy Mae Stang. A maioria acompanhou o voto do relator do HC, ministro Marco Aurélio, vencido o ministro Dias Toffoli. A decisão tomada ontem confirmou liminar concedida pelo relator em agosto de 2012.

O julgamento do mérito do HC estava suspenso desde junho deste ano, por pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Em seu voto-vista proferido hoje, o ministro pronunciou-se pela extinção do processo, em razão da inadequação da via processual. Ressaltou, entretanto, seu entendimento no sentido de que a concessão HC significaria uma relativização da soberania do júri, uma vez que o réu já foi condenado.

“Pode-se dizer claramente que o princípio constitucional da soberania do júri confere aos seus vereditos um caráter de intangibilidade quanto ao seu mérito. Não ignoro, evidentemente, posição majoritária da jurisprudência de que a soberania não é absoluta, mas ela só pode ser mitigada quando da necessidade de se verificar aspectos técnicos, jurídicos e questões de direito”, afirmou Toffoli.

O relator, ministro Marco Aurélio, que concedeu a liminar ontem confirmada pela Turma, destacou que “o juízo inviabilizou o recurso em liberdade com base no fato de o tribunal do júri haver concluído pela culpa”, determinando a expedição do mandado de prisão. “Deu, a toda evidência, o paciente como culpado, muito embora não houvesse ocorrido a preclusão do veredicto dos jurados”, afirmou. (Por Carlos Mendes, no DIÁRIO desta quarta-feira)