A ex-primeira-dama Maria Thereza Goulart emociona-se entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, em Brasília, na cerimônia de chegada a Brasília dos restos mortais do ex-presidente João Goulart.
Dia: 14 de novembro de 2013
A arte de Atorres
A sentença eterna
“Não se discute a Democracia. A Democracia está aí como se fosse uma espécie de santa do altar de quem já não se espera milagres, mas que está como uma referência. E não se repara que a Democracia em que vivemos é uma democracia sequestrada, condicionada e amputada,, porque o poder do cidadão, o poder de cada um de nós, limita-se, na esfera política, a tirar um governo de que não gosta e a por outro que talvez venha gostar. Nada mais.”
De José Saramago, escritor.
CBF marca PSC x Bragantino para o Mangueirão
Para alívio dos dirigentes do Paissandu, a CBF confirmou a partida contra o Bragantino, válida pela 37ª rodada da Série B, para o estádio Jornalista Edgar Proença. O jogo começará às 16h20 do sábado, 23. Condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a perda de seis mandos de campo em razão dos tumultos registrados no jogo contra o Avaí na Curuzu, o clube já se planejava para jogar contra o Bragantino na Arena Verde, em Paragominas. De qualquer forma, o Papão terá que cumprir a pena (que inclui R$ 80 mil em multa) na primeira competição oficial da CBF que disputar em 2014. (Com informações da Rádio Clube do Pará)
Protesto do Bom Senso marca rodada da Série A
Por Juca Kfouri
O Cruzeiro fez mais uma festa, desta vez em Salvador, no Barradão. Não teve trio elétrico, mas três gols, um para cada um dos três grandes títulos nacionais do clube mineiro: a Taça Brasil de 1966 e os Campeonatos Brasileiros de 2003 e 2013, sem esquecer das quatro Copas do Brasil.
Mas a noite foi marcada também por novos protestos dos jogadores do Brasileirão.
Com faixas pedindo um futebol melhor para todos, de braços cruzados com a bola em jogo ou trocando-a com o rival amistosamente, os jogadores deram mais um recado para a CBF não se fazer de boba nem de surda porque, de braço cruzado em braço cruzado, eles são bem capazes de resolver descansar os pés ainda antes de o Brasileirão terminar.
Aliás, veja como o calendário desgasta.
Ao ser surpreendentemente eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil, o Cruzeiro pôde se dedicar exclusivamente ao Campeonato Brasileiro e o conquistou com os pés nas costas, quatro rodadas antes de seu fim.
Porque existe um grande time no Brasil.
E jogadores que despertaram para o poder que têm.
O vídeo da discórdia
Sai daí, Nilson (abaixo o presidente, viva o músico)
Por Elias Ribeiro Pinto – no DIÁRIO de hoje
“Na verdade, é difícil traduzir o patoá em que o dirigente do Centur se expressa. Beira a indigência intelectual.”
1 Artistas costumam desafinar quando descem do palco e sobem as escadas do poder para assumir cargos públicos. Há exceções, claro, que por serem exceções deixam ainda mais à mostra o que é regra, maioria, evidência. Para quem troca o proscênio pelo gabinete, a dificuldade já se instala na separação de corpos do gestor e do artista, o burocrata do criador. Daí o risco sempre constante de misturar as “pautas”, o conflito em conciliar agendas.
2 Quando ministro, por exemplo, Gilberto Gil tentou manter em cursos distintos, com autonomia própria, a atividade ministerial e a agenda musical. No entanto, nem sempre conseguiu evitar o embaralhamento desse jogo de cartas, que em alguns casos passaram por marcadas.
3 Posturas, comportamentos ou comprometimentos políticos também costumam macular a carreira artística, tingindo-a, inclusive, com manchas que desafiam mesmo o poder saponáceo do tempo. Caso como o de Wilson Simonal pode ilustrar o que se diz aqui, com seu tanto de mal-entendido ou, forçando a barra, de “espírito de época”, de contexto.
4 Contexto que pode mudar. Se antes pegava bem apoiar Cuba para lustrar a imagem de revolucionário e defensor das causas sociais, hoje o Chico Buarque de ontem soa reacionário, stalinista. Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso e o próprio Chico nos serviam de referência como trilha sonora das nossas vidas, e por isso mereciam nosso respeito à trajetória biográfica que construíram. Mas depois do breve e pepinoso Procure Saber, suas biografias, que se queriam autorizadas, passaram a carregar a sina e o peso de autoritárias.
5 E agora, entre nós, mais um “artista gestor” se deixa enrodilhar pelas malhas dessa duplicidade potencialmente deletéria. Sentindo-se provocado por comentários nas redes sociais a respeito de um mal súbito ocorrido com a atriz Nilza Maria em São Paulo, que para lá viajara em breve temporada teatral, e que exigia pronto atendimento em decorrência da idade da artista, assistência que a mobilização do governo do Pará poderia facilitar, ou mediar, o presidente da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, o músico Nilson Chaves deixou sua “zona de conforto” e desafinou.
6 Investido do cargo, mas sem descer do palco, Nilson se dignou, momentaneamente, a dirigir a palavra ao diretor teatral paraense Paulo Faria, para desqualificar os comentários do dramaturgo, por considerá-los tendenciosos. Daí, repudiando carapuças supostamente atiradas, e acusando seu interlocutor de “misturar as bolas”, troou: “Não ficarei calado”.
7 Antes tivesse ficado, preservando o mutismo que tem caracterizado seu desempenho à frente do Centur. Nilson, ele sim, “misturou as bolas”. Declarou que ninguém “da classe me elegeu. Quem me elegeu [para o cargo que ocupa, suponho] foi o governador”. Na verdade, é difícil traduzir o patoá em que o presidente da fundação se expressa. Beira a indigência intelectual.
8 Ainda no “post” do Paulo sobre o assunto no Facebook, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, em boa hora, se manifestou: “Caro Nilson. Sempre o admirei como pessoa e respeitei enquanto artista. Mas a sua reação ao post do Paulo revela em quem você se tornou como presidente da fundação estadual. Nega o que você tem sido como pessoa e artista. Você não ocupa cargo eletivo. Logo, não lhe cabe carapuça alguma. O que você ocupa é uma função de confiança, daí sua designação pelo governador. Mas se deve a Jatene retribuição e lealdade, jamais esqueça que o seu patrão – primeiro e último – é o cidadão-contribuinte, cuja maioria de votantes colocou Jatene no cargo, a partir do qual houve sua nomeação. Logo, reaja a críticas públicas com esclarecimentos púbicos, não com agressões, mas com informações. Ou, se não quiser manchar sua biografia, então renuncie ao cargo público. A condição primordial da função é servir ao público. Um abraço, Lúcio Flávio Pinto”.
9 Como diria aquele outro: sai daí, Nilson. Rápido. A tempo de salvar sua biografia. Volte ao palco, onde você nos diz, e melhor ainda, canta coisa com coisa.
Salve o Cruzeiro, campeão de 2013!
O vinho amargo para festejar a prisão de Dirceu
Por Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo
Colunistas da mídia estão festejando com sua habitual hipocrisia estridente a decisão do Supremo de ontem de mandar prender boa parte dos réus. Dirceu preso era o sonho menos deles do que de seus patrões. Num momento particularmente abjeto da história da imprensa brasileira, dois colunistas chegaram a apostar um vinho em torno da prisão, ou não, de Dirceu.
Você vai ler na mídia intermináveis elogios aos heróis togados, aspas, comandados pelo já folclórico Joaquim Barbosa.
Mas um olhar mais profundo, e menos viciado, mostra que o Mensalão representou, na verdade, uma derrota para a elite predadora que luta ferozmente para conservar seus privilégios e manter o Brasil como um dos campeões de desigualdade social.
Por que derrota, se a foto de Dirceu na cadeia vai estar nas manchetes?
Porque o que se desejava era muito mais que isso. O Mensalão foi a maneira que o chamado 1% encontrou para repetir o que fizera em 1954 com Getúlio e 1964 com João Goulart. Numa palavra, retomar o poder por outra via que não a das urnas. A direita brasileira, na falta de votos, procura incansavelmente outras maneiras de tomar posse do Estado – e dos cofres do BNDES, e das mamatas proporcionadas por presidentes serviçais etc etc.
A palavra mágica é, sempre, “corrupção” – embora nada mais corrupto e mais corruptor que a direita brasileira. Sua voz, a Globo, sonegou apenas num caso 1 bilhão de reais numa trapaça em que tratou a compra dos direitos de transmissão de uma Copa como se fosse um investimento no exterior. Foi assim como o “Mar de Lama” inventado contra Getúlio, em 1954. Foi assim com Jango, dez anos depois, alvo do mesmo tipo de acusação sórdida e mentirosa.
E foi assim agora.
Por que o uso repetido da “corrupção” como forma de dar um golpe? Porque, ao longo da história, funcionou. O extrato mais reacionário da classe média sempre foi extraordinariamente suscetível a ser engabelado em campanhas em nome do combate – cínico, descarado, oportunista – à corrupção.
A mídia – em 54, 64 e agora – faz o seguinte. Ignora a real corrupção a seu redor. Ao mesmo tempo, manipula e amplia, ou simplesmente inventa, corrupção em seus adversários.
Agora mesmo: no calor da roubalheira de um grupo nascido e crescido nas gestões de Serra e Kassab na prefeitura, o foco vai se desviando para Haddad. Serra é poupado, assim como em outro escândalo monumental, o do metrô de São Paulo.
Voltemos um pouco.
A emenda que permitiu a reeleição de FHC passou porque foi comprado apoio para ela, como é amplamente sabido. Congressistas receberam 200 000 reais em dinheiro da época – multiplique isso por algumas vezes para saber o valor de hoje — para aprová-la.
Mas isso não é notícia. Isso não é corrupção, segundo a lógica da mídia.
O caso do Mensalão emergiu para que terminasse como ocorreu em 1954 e 1964: com a derrubada de quem foi eleito democraticamente sob o verniz da “luta contra a corrupção”.
Mas a meta não foi alcançada – e isso é uma extraordinária vitória para a sociedade brasileira. No conjunto, ela não se deixou enganar mais uma vez. O sonho de impeachment da direita fracassou. Ruiu também a esperança de que nas urnas, sob a influência do noticiário massacrante, os eleitores votassem nos amigos do 1%: Serra conseguiu perder São Paulo para Haddad, um desconhecido.
O que a voz rouca das ruas disse foi: estão tentando bater minha carteira com esse noticiário. O brasileiro acordou. Ele sabe que o que a Globo — ou a Veja, ou a Folha – quer é bom para ela, ou elas, como mostram as listas de bilionários brasileiros, dominadas pelas famílias da mídia. Mas não é bom para a sociedade. E por estar acordado o brasileiro impediu que o Mensalão desse no que o 1% queria – num golpe.
Por isso, o vinho que será tomado pela prisão de Dirceu será extremamente amargo.
São Paulo supera Flamengo e avança
O passado é uma parada…
Águia derrota o Galo e assume liderança
O Águia assumiu a liderança da primeira fase do Parazão 2014 ao derrotar o Independente, em Tucuruí, por 2 a 1, em partida válida pela 3ª rodada. No primeiro jogo, realizado à tarde no Mangueirão, Time Negra e Castanhal empataram em 1 a 1. O resultado fez com que o Time Negra caísse da 5ª para a 6ª posição, com três pontos. O Japiim ganhou seu primeiro ponto e saiu da laterna. Ramon, de cabeça, fez o gol do Castanhal e Luan empatou para o Time Negra.
Em Tucuruí, Independente e Águia fizeram o clássico interiorano da rodada. Foi uma partida equilibrada, mas o Águia levou a melhor, com gols de Robert e Ceará. Ibson descontou para o Galo Elétrico. Os marabaenses chegaram a sete pontos ganhos e o Galo permaneceu com seis, caindo para a 2ª posição. Em Marabá, no Zinho Oliveira, Gavião Kikatejê e S. Raimundo empataram em 0 a 0 e continuam na 5ª e 4ª posição, respectivamente, com 5 pontos. O Pantera está à frente porque tem três gols de saldo contra dois do clube indígena.
Fechando a rodada, o Parauapebas venceu sua primeira partida, no estádio Rosenão, em Parauapebas, e empurrou a Tuna para a lanterna da competição, com apenas um ponto. Maninho e Soares (de pênalti) marcaram para o PFC e Adriano Miranda descontou para a Lusa – foi o primeiro gol cruzmaltino no torneio. O resultado ameaça a participação da Tuna na fase principal do campeonato estadual do próximo ano.
PRÓXIMA RODADA – Marcada para este final de semana, a quarta rodada começa às 19h do sábado (16), com Águia e Parauapebas no estádio Zinho Oliveira, em Marabá. No domingo (17), três partidas fecham a rodada: às 9h30, a Tuna recebe o São Raimundo no estádio do Souza, em Belém; Time Negra e Independente, no Mangueirão, às 15h30; e Castanhal e Gavião, às 16h, no estádio Maximino Porpino, em Castanhal.