“O tiro vai sair pela culatra. Os que planejaram espetáculo pagarão caro. O povo quer justiça, não abuso. Jogaram Genoíno nos braços do povo.”
De Jorge Bastos Moreno, colunista de O Globo.
“O tiro vai sair pela culatra. Os que planejaram espetáculo pagarão caro. O povo quer justiça, não abuso. Jogaram Genoíno nos braços do povo.”
De Jorge Bastos Moreno, colunista de O Globo.
“Com indignação, cumpro as decisões do STF e reitero que sou inocente, não tendo praticado nenhum crime. Fui condenado porque estava exercendo a presidência do PT. Do que me acusam, não existem provas. O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado. Fui condenado previamente numa operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram num processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado democrático de direito.
Por tudo isso, considero-me preso político.
Aonde for e quando for defenderei minha trajetória de luta permanente por um Brasil mais justo, democrático e soberano.”
Por José Genoíno.
Por Gerson Nogueira
Depois da derrota em Juazeiro do Norte, o Paissandu se reapresentou ontem e as declarações dos jogadores sinalizam para uma recuperação emocional do elenco. Dependendo de duas vitórias – e uma combinação de resultados – para se afastar da zona maldita e permanecer na Série B, o time tem agora como prioridade a partida com o Bragantino, no próximo sábado, às 16h20, no estádio Jornalista Edgar Proença.
Antes de pensar ou fazer qualquer plano em relação ao Sport, adversário da última rodada, cabe ao Paissandu concentrar esforços para superar o Bragantino. A equipe paulista tem 43 pontos e está praticamente a salvo, mas vem a Belém buscar pelo menos um ponto.
Vagner Benazzi treinou o Bragantino no primeiro turno do campeonato e tem certamente informações privilegiadas sobre a equipe. É fundamental a essa altura dar espaço e liberdade no time a jogadores que atravessam um bom momento.
É o caso de Pikachu e Eduardo Ramos. Artilheiro (com 9 gols) e dono do melhor desempenho individual do Papão ao longo do torneio, a excelente participação de Pikachu nas ações ofensivas há muito indicam que ele seria muito mais útil ao time e letal aos oponentes se dispusesse de liberdade plena para apoiar o ataque, sendo liberado de suas funções defensivas.
Parto do princípio de que Pikachu, na condição de lateral-direito, termina por se desgastar em excesso na marcação e vigilância a atacantes adversários. Deveria poupar fôlego e entusiasmo para se dedicar exclusivamente a tarefas ofensivas. Ao técnico cabe arranjar um formato que permita essa liberdade maior ao seu mais eficiente atacante.
Outro que voltou a atuar em alto nível foi Eduardo Ramos. Responsável pelas melhores situações criadas no jogo diante do Icasa, foi o autor inclusive do chute que resultou no gol bicolor. Desgastado junto ao torcedor pelas notícias de uma possível transferência para o Remo, Ramos parece ter se conscientizado de que o melhor a fazer é dedicar-se ao máximo para ajudar o Papão. Pensou bem.
Declarou ontem que jogou em Juazeiro com disposição de final de campeonato, como se fosse o último jogo de sua vida. O espírito deve ser exatamente esse, afinal o Paissandu terá nas próximas rodadas decisões quanto ao futuro. Mais do que a prometida gratificação aos jogadores para se empenharem mais, cabe à diretoria incutir no elenco a noção clara de que o rebaixamento é mau negócio para todos.
Não faz o menor sentido é tentar aplicar anabolizante financeiro para obter raça, categoria e disposição dos jogadores. Quem não exibiu isso até agora provavelmente é porque nunca teve esses atributos para mostrar. Simples.
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Futebol em ritmo de MMA
O final do primeiro tempo e os 15 minutos iniciais do amistoso Brasil x Honduras, sábado, em Miami, mostraram que o futebol está precisando de regulação mais rígida quanto aos árbitros. A Fifa adotou como princípio, preocupada em conquistar novos mercados (e votos), escalar livremente árbitros de países sem qualquer tradição no futebol.
Na partida contra os hondurenhos, por absoluta omissão do árbitro canadense, Neymar foi caçado em campo pelos zagueiros e volantes, chegando a levar um safanão em frente ao banco de reservas do Brasil. O agressor recebeu um cartão amarelo, quase um prêmio, depois de demonstrar que sua intenção na jogada era apenas agredir, em cena digna de lutas de MMA.
Dois minutos depois, após dividir a bola com um volante, voltou a ser agredido e o árbitro novamente recorreu ao amarelo como recurso punitivo. Além de Neymar, Oscar e Luiz Gustavo também passaram maus bocados junto aos hondurenhos, que pareciam dispostos a quebrar e tirar alguém de campo. Felizmente, não conseguiram.
Talvez tenha chegado o momento de a Fifa rever seus critérios e passar a avaliar amistosos internacionais com o cuidado que dedica a competições oficiais. Afinal, ela é a principal responsável pelo respeito às regras do jogo e deve se preocupar com a integridade física dos raros craques que ainda existem.
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Direto do Facebook
“Ei, caro amigo Gerson Nogueira, tem gente que se contaminou com as ideias do antigo presidente que dilapidou o histórico escudo do estádio Baenão. Agora querem sortear o sagrado Leão Azul que fica dentro do campo de jogo. Este símbolo não se dá, não se vende, não se rifa, não se faz sorteio ou qualquer outra maluquice.”
De Carlos Sidney, torcedor azulino, bradando contra a tosca ameaça de ataque à história do clube.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 19)
Por Carlos Heitor Cony
Em 2003, a editora Objetiva lançou o livro “O beijo da Morte”, escrito por mim e Anna Lee, sobre as mortes de JK, João Goulart e Carlos Lacerda. Ganhamos o Prêmio Jabuti de Reportagem daquele ano, o livro ficou vários meses na lista dos mais vendidos e não sofreu nenhuma contestação até agora.
Não chegamos a nenhuma conclusão historicamente final, mas levantamos todas as hipóteses que cercaram o desaparecimento, em pouquíssimos meses, das nossas lideranças mais expressivas: Lacerda, pela direita, Jango, pela esquerda, e Juscelino, pelo centro.
Agora, o governo brasileiro solicitou a exumação do corpo de João Goulart e providenciou honras de chefe de Estado para o ex-presidente, morto no exílio. São muitas as interrogações que cercam a morte de Jango. Contrariando uma prática internacional, o governo argentino não providenciou a autópsia de um estrangeiro morto em seu território. Tampouco o governo brasileiro daquela época fez algo nesse sentido, pelo contrário, ordenou a todas as forças militares e policiais do Brasil que o prendessem tão logo chegasse ao território brasileiro.
Os jornais estão noticiando que Jango morreu de infarto, uma vez que era cardíaco e estava se tratando com médicos ingleses. Essa versão atual da mídia contraria o atestado de óbito do ex-presidente, emitido por um médico pediatra, chamado por dona Thereza Goulart. O atestado declara que a morte foi causada por uma “enfermedad”.
Para escrevermos o livro, Anna Lee e eu tivemos financiamento da editora e viajamos repetidas vezes à Argentina, ao Uruguai e ao Rio Grande do Sul. Entrevistamos mais de 50 pessoas, inclusive o cidadão Mario Neira Barreiro, agente do serviço secreto uruguaio, e Enrique Foch Diaz, que não só confirmou o assassinato de Jango, mas escreveu um
Por Wilson Lima, do iG Brasília
O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, classificou nesta segunda-feira (18) como “uma ilegalidade e uma arbitrariedade” a prisão do ex-presidente do PT José Genoíno durante o final de semana. Mesmo condenado ao regime semiaberto, Genoino está alojado em regime fechado na Penitenciária da Papuda. Genoíno foi um dois 11 condenados pelo Supremo Tribunal Federal) presos durante o final de semana.
Segundo Damouns, em nota oficial, “o estado de saúde do deputado José Genoíno requer atenção. A sua prisão em regime fechado por si só configura uma ilegalidade e uma arbitrariedade”. Durante o final de semana, os advogados de Genoíno alegaram que ele passou mal tanto no avião, no translado dele de São Paulo para Brasília, quanto na Penitenciária da Papuda, onde ele está alojado desde sábado à tarde.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), entretanto, negou que Genoíno tivesse passado mal durante o final de semana. Segundo nota oficial divulgada pelo Ministério da Justiça, as consultas médicas feitas por Genoíno foram se deu “em razão da ausência de receitas médicas para alguns medicamentos de uso contínuo”. “Não houve intercorrência médica até o momento”, disse o Ministério da Justiça.
Ainda na nota oficial divulgada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, “seus advogados já chamaram a atenção para esses dois fatos mas , infelizmente, o pedido não foi apreciado na mesma rapidez que prisão foi decretada”. “É sempre bom lembrar que a prisão de condenados judiciais deve ser feita com respeito à dignidade da pessoa humana e não servir de objeto de espetacularização midiática e nem para linchamentos morais descabidos”, finalizou Damouns.
No final de semana, a defesa de Genoíno ingressou com duas petições no Supremo. Uma pedindo a transferência dele para São Paulo e outra requerendo que ele possa cumprir prisão em regime domiciliar, em função de seu estado de saúde considerado delicado pelos advogados. Hoje pela manhã, as duas petições foram encaminhadas à Procuradoria Geral da República (PGR) para posicionamento do órgão antes de uma definição do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.