A CBF confirmou na manhã desta terça-feira que o jogo Paissandu x Oeste-SP, pela 34ª rodada da Série B, será disputado sábado (9) no estádio da Curuzu, às 16h20. O estádio havia sido suspenso preventivamente pela própria entidade depois dos incidentes verificados na partida entre Paissandu x Avaí. Marcado inicialmente para 16h20 (horário local) do próximo sábado, o jogo teve que ser remanejado excepcionalmente para a Curuzu porque o estádio Mangueirão será palco dos Jogos Escolares da Juventude. O STJD julga o Paissandu nesta quarta-feira pelos tumultos na Curuzu.
Dia: 5 de novembro de 2013
Cruzeiro pode ser 1º a derrotar todos os adversários
Perto de conquistar o título do Brasileiro, o Cruzeiro pode obter uma nova marca desde que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003. O clube de Belo Horizonte é forte candidato a ser o primeiro time a ter vencido todos os rivais ao menos uma vez ao longo do Brasileiro.
Para ser campeão no domingo, além de torcer para que o Atlético-PR, vice-líder com 55 pontos, não vença o São Paulo, em Curitiba, o líder, com 68 pontos, precisa vencer o Grêmio, no Mineirão. O time gaúcho – no terceiro lugar, com 54 – é justamente o único que os mineiros não venceram até agora.
No primeiro turno, o time do técnico Marcelo Oliveira perdeu para o Grêmio por 3 a 1, em Porto Alegre.
Foi o próprio Cruzeiro, em 2003, que chegou mais próximo de conseguir esse feito. Entre os 23 rivais à época, só não superou o São Caetano: empatou uma e perdeu a outra (os times se enfrentam sempre duas vezes). “Vamos ficar marcados na história se alcançarmos esses números”, disse o meia Éverton Ribeiro.
Caso ganhe o título no domingo, o clube mineiro vai alcançar um outro recorde. Será o primeiro time da história do Brasileiro dos pontos corridos campeão com cinco rodadas de antecedência. A marca atual pertence ao São Paulo, que faturou o título de 2007 quatro antes do fim.
Neste Brasileiro, o Cruzeiro já igualou o recorde de oito vitórias consecutivas alcançadas pelo próprio clube em 2003. Na ocasião, a equipe conseguiu atingir a façanha em duas oportunidades. De acordo com o Datafolha, Atlético-MG (2012), Corinthians (2011), São Paulo (2009 e 2007) e Santos (2003 e 2004) ficaram próximos desta marca, mas pararam no sétimo triunfo.
Na atual edição da competição, o Cruzeiro já superou a campanha feita no primeiro turno da equipe campeã em 2003, na época dirigida por Vanderlei Luxemburgo. O time encerrou a primeira metade deste campeonato com 70,2% de aproveitamento, contra 68,12% de 2003.
Tais marcas evidenciam a força ofensiva do time, que tem o melhor ataque da competição com 66 gols – 17 a mais que o Atlético-PR, o segundo que mais fez gols. De acordo com o Datafolha, o time mineiro é o que mais finaliza. A média é de 15,2 chutes por partida. (Da Folha de S. Paulo)
Papão tem ingressos mais baratos da Série B
Um estudo da Pluri Consultoria sobre os valores dos preços de ingressos do Campeonato Brasileiro das Séries A e B concluiu que em setembro o preço dos ingressos caiu em 10,3%. O preço médio das entradas mais baratas sofreu redução de R$ 7,62, comparado a agosto (R$ 58,62). O valor agora passa a ser de R$ 51,00, o terceiro do patamar de toda a série. Os ingressos para jogos do Paissandu estão custando R$ 20,00 (arquibancada) e R$ 50,00 (cadeira), valores abaixo dos cobrados em jogos de outros clubes da série B, tornando o valor do ingresso do Papão como um dos mais baratos do Brasil, principalmente se comparar com os preços registrados na pesquisa da Pluri Consultoria.
Segundo o site da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, os ingressos de arquibancada mais caros são de Sport/PE, Bragantino/SP e Joinville/SC, que cobram (em média) R$ 50,00. Já Paraná, Palmeiras e Oeste/SP cobram R$ 40,00. ABC/RN, América/RN, Chapecoense/SC e Ceará cobram R$ 30,00 pela arquibancada. Os ingressos mais baratos ficam por conta de Avaí, Boa Esporte/MG, América-MG, Figueirense, São Caetano, Atlético/GO, Guaratinguetá, ASA, Icasa e PaISsandu, todos cobrando R$ 20,00 por uma arquibancada. (Com informações da Ascom/PSC)
A sentença eterna
Botafogo e a síndrome da reta final
Por Eduardo Muniz
Os personagens mudam, o enredo não. Mais uma vez o Botafogo perde força no final do campeonato e vê a, antes praticamente certa, vaga na Libertadores fugir no momento final. O que era uma vantagem considerável de 10 pontos há algumas rodadas, agora é de apenas 1. Levando em conta o histórico recente, o desânimo é ainda maior.
Nos últimos três anos o time passou por situações semelhantes e o final foi o mesmo.Em 2010 e 2011 a equipe liderada por Loco Abreu conquistara, respectivamente, 54 e 55 pontos e ocupava a zona de classificação para o torneio continental, na quarta posição após a 33ª rodada. No ano seguinte, já com Seedorf, o alvinegro estava na sexta posição com 50 pontos e assim mantendo uma esperança. Não conseguiu.
Ontem, após mais uma derrota, a equipe comandada por Oswaldo de Oliveira caiu para a 4ª colocação e vê a vaga fortemente ameaça pelo Goiás. Mais do que a derrota em si, o que incomoda e assusta os torcedores é a postura da maior parte dos jogadores.
Como explicar essa queda de produção? Será que foi culpa da torcida também? Você, torcedor que está lendo, deveria ter viajado a Goiás e invadir o campo para fazer um gol? É culpa sua? Pouco tempo de treino? Mas o time teve a semana inteira pra tal, enquanto a equipe esmeraldina teve um jogo importante no meio de semana. De quem é a culpa? Há algum culpado?
É inadmissível que, após uma derrota tão perigosa, nosso treinador diga que “não tem problema”. Ou que um dia após uma vergonhosa eliminação para o rival, os jogadores treinem em uma grande animação e dançando Show das Poderosas. Assim como a passividade dos botafoguenses também incomoda, visto que raramente há algum protesto.
As palavras chaves são postura e vontade. Poucos parecem ter isso. Mas apesar de todos os problemas, as chances de conseguir a vaga ainda são concretas. Vejamos nossos adversários até o fim do Campeonato Brasileiro:
Internacional (fora)
Portuguesa (casa)
Atlético- PR (casa)
São Paulo (fora)
Coritiba (fora)
Criciúma (casa)
A partir desses confrontos, qual é a sua projeção? Na sua opinião, quantos pontos iremos conseguir desses 18 possíveis? Conquistamos até aqui 53 e, apesar de não haver um número certo, estima-se que com 64 pontos, conseguimos a vaga.
Sobraram poucas desculpas. O momento é de união, postura e principalmente respeito com o Botafogo de Futebol e Regatas. Alguns jogadores precisam render e ter um maior comprometimento com o time. Que venha a reta final.
A frase do dia
“Nós, que estamos no Brasil, achamos que ele (Diego Costa) deveria ter optado pela Seleção Brasileira. Mas isso é uma questão de ponto de vista. Ele poderia nem ser o titular do nosso ataque, poderia ser mais um. Se ele acha que foi desprestigiado, a atitude dele foi correta”.
De Pelé, saindo em defesa do atacante Diego Costa, que trocou a seleção do Brasil pela da Espanha.
Coleguinhas de trampo
Capa do Bola, edição de terça-feira, 05
Capa do DIÁRIO, edição de terça-feira, 05
Despedida doída
Por Leandro Fortes
Eu devo a CartaCapital a oportunidade de ter voltado a amar o jornalismo. Espero ter retribuído à altura
Em outubro de 2005, eu havia desistido do jornalismo. A fúria com que a mídia havia se debruçado sobre o escândalo do “mensalão” havia, na época, iniciado uma onda de vandalismo editorial que transformara o trabalho das redações de Brasília em gincanas de uma só tarefa: derrubar o governo Lula.
Transformados em soldados de uma estrutura paralisante de pensamento único, os repórteres de Brasília passaram a gravitar em volta desse objetivo traçado pelo baronato da mídia sem maiores preocupações críticas. De repente, a ordem era adaptar todas as teses progressistas e de esquerda vinculadas ao governo do PT ao esgoto do “maior escândalo de corrupção da história do Brasil” e, a partir de então, iniciar a caçada a Lula e seu mandato presidencial. Fracassaram, mas não pararam de se multiplicar.
Assim, meia dúzia de famílias que monopolizava (e ainda monopoliza) o negócio da comunicação no País se uniu, como em 1964, para derrubar um presidente eleito pelo voto popular por meio do mesmíssimo discurso udenista de combate à corrupção agregado, a partir de uma adaptação tosca e deliberadamente manipulada, a conceitos difusos de liberdade de imprensa e liberdade de expressão – uma armadilha retórica que perdura até hoje, cujo o objetivo continua sendo o mesmo, o de não discutir seriamente nem uma coisa nem outra.
Eu havia largado empregos promissores da chamada “grande imprensa” para me dedicar a dar aulas de jornalismo em uma faculdade de Brasília. Pretendia, como acabei fazendo pouco tempo depois, criar um fórum próprio de discussão e formação em jornalismo desvinculado da crescente ideologização de direita, conservadora e medíocre da mídia nacional. Assim nasceu a Escola Livre de Jornalismo, uma arena de ideias, seminários, palestras e oficinas para estudantes e jovens jornalistas em busca de contrapontos ao mau cheiro da mídia tradicional. Dediquei-me, ainda, a escrever livros e fazer palestras Brasil afora.
A CartaCapital entrou na minha vida, em 2005, pelas mãos da mesma pessoa que me fez vir para Brasília, em 1990, Cynara Menezes – minha amiga e contemporânea dos tempos da UFBA, minha irmã querida, jornalista brilhante, desde sempre.
Eu não sabia, mas ao ser indicado por Cynara para assumir o cargo de correspondente da Carta em Brasília, eu teria a chance de viver a mais importante, relevante e satisfatória experiência da minha carreira de jornalista desde que, numa tarde de maio de 1986, eu botei os pés na redação da Tribuna da Bahia, como estagiário não-remunerado, em um velho prédio coberto de fuligem do bairro da Sete Portas, nas entranhas da velha Salvador.
A experiência na Carta traz o traço marcante da convivência com o idealizador e a alma da revista, Mino Carta, de longe o mais importante e referencial jornalista ainda em atividade no Brasil. Eu, que já havia trabalhador para as famílias Mesquita, Sirotsky, Marinho e Nascimento Brito, não sabia o que era ter como patrão um jornalista de verdade. Fosse apenas isso, ter a oportunidade de trabalhar e conviver com um profissional da qualidade – e com a sabedoria – de Mino, a experiência na CartaCapital já teria sido um presente. Mas foi mais do que isso.
Nesses oito anos de CartaCapital, moldei meu espírito de repórter no combate permanente às injustiças sociais, ao moralismo seletivo e ao mau jornalismo vendido à sociedade como suprassumo do pensamento liberal, mas que é somente subproduto risível de certa escola de reportagem a serviço do que há de pior e mais reacionário no pensamento das autodenominadas elites nacionais.
Desde a minha trincheira, na capital federal, parti para percorrer o país a fim de ouvir quem nunca tinha sido ouvido e dar voz a quem nunca pode falar. Fui, com muito orgulho, o repórter dos invisíveis. Agora, de partida para outras plagas profissionais, gostaria de compartilhar com todos vocês, queridos amigos, colegas e leitores, esse meu sentimento contraditório, tão típico dos que se despendem sem a certeza de que querem mesmo ir embora.
Eu devo a CartaCapital a oportunidade de ter voltado a amar o jornalismo, com todas as dificuldades e sacrifícios que esse ofício tão especial nos coloca no caminho, todo dia. Hoje, no meu último dia de trabalho na Carta, olho para trás e espero, sinceramente, ter retribuído à altura.
Leandro Fortes é primeiro golaço de Dilma para 2014
Por Paulo Henrique Amorim
Enquanto Veja e Serra brincam de fazer fofoca, Marina ajusta seu marketing ao do Itaú, e Campos passa o trator em cima do que resta de esquerda pró-Lula em seu partido, Dilma inicia seus preparativos para 2014 com a contratação de um dos maiores jornalistas do país: Leandro Fortes. Sim, ele mesmo. Fortes será um dos coordenadores da comunicação da campanha da presidenta em 2014, segundo informação veiculada há pouco pelo Brasil 247.
Esse golaço provavelmente tem o dedo de Franklin Martins, outra figura cujo peso tem ganhado relevância junto ao staff político da presidenta, e que também já foi anunciado como integrante do núcleo de comunicação da campanha. É uma notícia promissora, que traz enorme alívio à militância, porque promete uma campanha inteligente, focada mais no debate e na informação, e menos em marketing.
Sempre é bom lembrar que o marketing consegue fazer um candidato ganhar eleições. Mas a vitória política propriamente dita pertence à militância e ao staff político e jornalístico da campanha. Tem candidato que ganha eleição sem ganhar politicamente. Tem candidato que ganha politicamente mas perde a eleição. E tem quem ganhe nos dois: na eleição e na política.
Fortes é um lorde do jornalismo. Tem classe, talento e ideologia, qualidades que raramente se encontram reunidas numa só pessoa. Além de ser um entusiasta da blogosfera e do papel das redes sociais. A direita não precisa se preocupar com equipe de comunicação, visto que a grande mídia em peso trabalha para ela. E nem vou falar que trabalha de graça, porque não é o caso. As perspectivas de retorno são gigantescas.
Um jornalista vai trabalhar numa campanha para ganhar um salário, além do prazer de participar do mais importante embate político de uma democracia. Uma empresa de mídia se engaja em prol de um partido em troca de muito mais que isso.
Com dívidas tributárias remontando aos bilhões, a Globo sabe muito bem o que pode ganhar ou perder com as eleições de 2014. E os acontecimentos na Argentina a deixaram ainda mais nervosa.
Concordo, em gênero e intensidade. Fortes é um dos melhores jornalistas do país.