Depois de entrar na zona, Flu demite Luxa

 

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Por decisão do presidente Peter Siemsen, o Fluminense demitiu na tarde desta segunda-feira o técnico Vanderlei Luxemburgo. A gota d’água foi a derrota para o Corinthians na rodada de domingo, que empurrou o Tricolor para a zona do rebaixamento. Luxa foi comunicado oficialmente pelo próprio mandatário tricolor, que agradeceu “o empenho do treinador e de sua comissão técnica”. Foi a segunda demissão do técnico nesta temporada. Havia sido afastado do Grêmio, depois que o time foi mal na Libertadores e nas primeiras rodadas do Brasileiro. 

Campanha ruim já ameaça Lecheva na Tuna

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Em penúltimo lugar na classificação da segunda fase do Parazão, que classifica para o campeonato estadual, a Tuna tem na quarta-feira um jogo decisivo contra o Parauapebas. Pode ser o jogo da reabilitação, mas pode significar também a queda do técnico Lecheva, que foi contratado com base no bom trabalho realizado no Paissandu em 2012, obtendo o acesso à Série B. Até o momento, o time tunante amarga uma derrota e um empate na competição, sem marcar gol após as duas rodadas. Depois de perder por 3 a 0 para o Águia, Lecheva desmentiu boatos de que esteja de saída do clube. Garantiu que cumprirá o acordo firmado com a diretoria lusa. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

Torcida botafoguense protesta contra time e técnico

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A delegação do Botafogo teve uma recepção nada agradável nesta segunda-feira, um dia depois da derrota por 2 a 1 para o Internacional, no Estádio Centenário, em Caxias do Sul. Um grupo de cerca de quarenta torcedores esteve no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, a fim de protestar contra os maus resultados. Desde a goleada por 4 a 0 para o Flamengo, que custou a eliminação na Copa do Brasil, o clima de revolta entre os torcedores é grande e agora existe o temor de se perder a vaga na Libertadores.

Atualmente, o Botafogo é o quarto colocado com 53 pontos, mas viu o Goiás, que tem a mesma pontuação e perde nos critérios de desempate, e o Vitória, que tem dois pontos a menos, encostarem na disputa. Para agravar ainda mais a situação, se São Paulo ou Ponte Preta ganhar a Copa Sul-Americana, o G-4 do Brasileiro vai virar G-3.

350_c52bb797-4bd8-3dda-a68f-d56ecb8ddd28Antes mesmo da chegada dos jogadores, alguns torcedores já gritavam palavras de ordem como “Libertadores é obrigação” e músicas ofensivas como “Ê ê ê, se não for para a Liberta a porrada vai comer”. Quando os jogadores apareceram, o clima esquentou e alguns ovos foram atirados em direção a eles. Com o apoio de seguranças, o elenco entrou no ônibus, que ainda recebeu socos e pontapés antes de seguir para o Engenhão, onde aconteceu um treino.

No estádio, a situação não foi menos tensa. Cerca de 20 torcedores conseguiram pular o muro e invadir a área do estacionamento. O grupo conseguiu conversar rapidamente com a comissão técnica, mas chegou ao campo graças à intervenção da Polícia Militar. Uma viatura já estava posicionada no local desde a manhã, e outra foi chamada para reforçar a segurança.

Após a partida contra o Internacional, o técnico Oswaldo de Oliveira manifestou muita preocupação com a queda de rendimento do time no Campeonato Brasileiro e pediu reação imediata. “Fizemos um jogo sofrível contra o Internacional e precisamos reagir urgentemente. Infelizmente, Goiás e Vitória encostaram e vamos precisar mostrar poder de reação nas cinco partidas que nos restam”, encerrou Oswaldo. (Da ESPN)

Um vendaval de emoções

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Por Gerson Nogueira

O Paissandu viveu sábado à tarde todas as emoções que o futebol pode proporcionar em 90 minutos. Levou dois impactos terríveis antes dos 15 minutos, causados por falhas bisonhas de seus zagueiros. Reencontrou a esperança nos instantes finais do primeiro tempo, ao diminuir com Pablo. Marchou, convicto, rumo ao ataque, mas voltou a se desesperar com o terceiro gol dos visitantes. Teve tempo ainda para arranjar um pênalti e arrancar um empate que parecia inalcançável. A euforia que tomou conta do estádio e de seus quase 8 mil pagantes após tanto sofrimento dá a medida das emoções que estavam em jogo.

O futebol, como se aprende desde muito cedo, é um esporte capaz de distribuir alegrias e tristezas com a mesma intensidade, às vezes tudo ao mesmo tempo agora. Que o diga o torcedor alviceleste, confrontado quase toda semana com a gangorra emocional proporcionada por um time instável e imprevisível.

Contra o Oeste, quando a vitória era o único resultado interessante, o Paissandu começou fazendo o que manda o manual do bom anfitrião. Não dava sossego ao visitante, atacando seguidas vezes com fúria e determinação. É verdade que não criou nenhuma grande chance, mas deu a impressão de que não iria desistir de alcançar seu objetivo.

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Bastaram duas pontadas meio despretensiosas do Oeste para que o sonho virasse pesadelo. No primeiro lance, a bola foi cruzada na área e o zagueiro Leonardo pulou, mas não conseguiu cabecear. O atacante, bem posicionado, só fez tocar de cabeça longe do alcance do goleiro.

Minutos depois, em lance iniciado no meio-de-campo, o meia-atacante Bruno Nunes, um dos melhores em campo, invadiu a área e finalizou na saída do goleiro Mateus, depois de novo cochilo da zaga do Papão. A partir daí, entrou em cena o mesmo time nervoso e estabanado das derrotas para América-MG e Avaí na Curuzu.

PSCXOESTE serieB2013-Mario Quadros (28)A torcida, ciente de seu papel, manteve os incentivos. Vagner Benazzi, que havia feito a burrada de escalar Diego Barbosa, acertou em cheio lançando Djalma no lugar de Careca. O meia-atacante entrou com a vontade e a velocidade que faltavam aos demais jogadores – principalmente a Eduardo Ramos, quase andando em campo. Correria era justamente o que menos interessava ao Oeste, já castigado pelo calor desde os primeiros minutos.

Foi Djalma o responsável por incendiar o jogo, avançando pelos lados do campo e puxando os melhores ataques do Paissandu. No lance do gol de Pablo, participou ativamente da jogada que originou o escanteio. Graças a ele, o time readquiriu a confiança e desceu para o intervalo aplaudido pela torcida.

Na base da pressão, o Papão chegou a rondar a área do Oeste no segundo tempo, mas esbarrava na falta de pontaria e na lerdeza dos meias Ramos e Barbosa. E o Oeste voltou a crescer e a ameaçar. Em manobra pela esquerda, Bruno Nunes cruzou para a área e o atacante Lelê desviou mansamente para as redes. Novo apagão da dupla Sanches e Leonardo, campeã de trapalhadas na partida.

Como não tinha mais nada a perder, Benazzi lembrou de Héliton e finalmente tirou Barbosa. Era o que o Paissandu precisava para ir à frente de vez. Djalma aproveitou o desgaste físico dos marcadores e mostrou desassombro ao tirar um pênalti da cartola, aos 35 minutos. Nicácio bateu e diminuiu.

Foi dele também o disparo na trave que levantou a torcida aos 40 minutos, mostrando que o empate ainda era possível. Veio, então, a lambança da zaga do Oeste, como que para não ficar atrás dos beques do Papão. Chutão na direção da área, o goleiro saiu mal e estourou com Héliton, deixando a bola livre para Nicácio mandar para as redes.

A igualdade estava decretada, dando tintas mais justas a um jogo dramático. Um consolo para o torcedor, que só a caminho de casa deve ter se dado conta de que o resultado – mesmo honroso – havia sido extremamente negativo. Mas, como diria aquele antigo apresentador de TV, o importante é que a nossa emoção sobreviva.

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Empate com leituras diferentes

Djalma e Vânderson saíram frustrados com o 3 a 3, pois jogaram o suficiente para vencer. Para Pablo e Nicácio, o escore ficou de bom tamanho. Para Eduardo Ramos e Diego Barbosa, o empate foi muito além do que mereciam. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)   

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Campeão sem direito a festejos

O Cruzeiro, legítimo campeão da temporada, experimenta as agruras de um título conquistado em campeonato de pontos corridos. Vai festejar a conquista longe de sua torcida, impedido de ter a glória de uma final de verdade. Se é justíssimo no reconhecimento dos méritos, a fórmula de pontos corridos é um desastre quanto à capacidade de emocionar. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 11)