Valdanes sofre fratura e desfalca o Águia

Por Mariuza Giacomin

O Águia de Marabá pode ter perdido uma das suas principais peças da equipe para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. O atacante Valdanes sofreu uma grave fratura na tíbia e fíbula da perna direita após uma forte dividida com o zagueiro Roberto no treino realizado na tarde de ontem, no Zinho Oliveira. O jogador foi encaminhado de ambulância para um hospital da cidade onde ficou de passar por exames detalhados para saber de que forma a equipe médica vai proceder. De acordo com o fisioterapeuta do Águia, Gustavo Lacerda, que estava acompanhado o caso de Valdanes, o atacante deve passar por uma cirurgia onde devem ser colocados placas e parafusos na perna. “É uma lesão grave na tíbia e fíbula que pode deixar o jogador por mais de quatro meses parado, por isso acredito que dificilmente ele volta para a Série C. Porém, ele deve conseguir se recupera 100% e voltar a jogar futebol”. A gravidade da contusão comoveu os jogadores do Águia. Roberto, que participou do lance, era o mais abalado emocionalmente. (Foto: Junior Oliveira)

Campeões da Libertadores faturam R$ 10 milhões

Reportagem da Folha de S. Paulo revela que a conquista da Libertadores rendeu aos jogadores e à comissão técnica do Corinthians um prêmio total de R$ 10 milhões. Foi este o valor que a diretoria repassou em premiações ao longo de todo o campeonato. O valor não inclui, porém, salários e direitos de imagem, que são computados separadamente. A partilha do prêmio foi definida antes da competição e foi paga por etapas. Na semifinal contra o Santos, por exemplo, cada jogador recebeu R$ 70 mil por ter levado o time à decisão com o Boca. O total gasto em prêmio equivale a um terço do total que o Corinthians arrecadou no torneio ao longo da competição. Os ganhos com o título inédito ultrapassaram os R$ 29 milhões – até a decisão, o clube já havia arrecadado R$ 21 milhões com bilheteria, patrocínios de ocasião e premiações.

Nova decisão do STJ mantém novela na Série C

Do site do STJ
Uma nova decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, tornou ontem sem efeito liminar concedida pelo próprio ministro na última sexta-feira (6) relativa à Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol. Com isso, fica restabelecida a tutela antecipada determinada pela justiça de Campina Grande (PB) em 28 de junho, assim como a cautelar do mesmo juízo de 4 de julho. Em embargos de declaração apresentados pelo próprio Estado do Acre, que é o autor da reclamação, o ministro entendeu que a decisão de 28 de junho na ação ordinária é “irrelevante para o propósito desta reclamação”. Ele também reafirmou que a decisão na ação cautelar de 4 de julho, que determinou o cumprimento de decisão anterior da mesma vara de Campina Grande, se deu no exercício de competência legítima desse juízo, conforme determinado pelo STJ em conflito de competência.
As duas decisões, na cautelar e na principal, são da 1ª Vara Cível de Campina Grande. Em conflito de competência, o ministro Marco Buzzi determinou que esse foro decida as questões urgentes envolvendo três processos em trâmite na Paraíba, no Acre e no Tocantins, todos relativos à participação de times locais na Série C. Autorizada por essa decisão, a juíza Ritaura Santana concedeu a cautelar, determinando a inclusão do Treze Futebol Clube na competição, com a exclusão do Rio Branco Football Club.
Na sequência, o juiz Falkandre Queiroz determinou, na ação principal, multa de R$ 100 mil para o caso de início do campeonato sem o Treze, multa diária de R$ 5 mil por atraso no cumprimento da decisão, que todos os administradores de estádios de futebol se abstivessem de autorizar jogos da Série C e intervenção policial, em casos necessários. Na última sexta-feira, o ministro Pargendler concedeu liminar suspendendo essa decisão na ação principal, porque afrontaria o determinado pelo STJ no conflito de competência. Porém, diante dos embargos de declaração apresentados pelo próprio Estado do Acre, autor da reclamação, o ministro tornou sem efeito sua decisão anterior.

Tribuna do torcedor

Por Marcelo Gomes (marcelosigo.m@gmail.com)
Com a popularização do MMA, é comum o debate sobre a modalidade esportiva. Há aqueles que não gostam e nem consideram esporte e há os fãs e apreciadores da luta sempre prontos a defender a mais nova mania nacional. Não sou fã, me incluo na categoria de apreciador moderado. Assisti no máximo quatro lutas em toda minha vida. Pessoalmente só gosto de lutas em que os dois combatentes se mantêm em pé e trocando socos. Me lembra o boxe, quando um agarra o outro e passa boa parte do round no chão eu perco o interesse. E, por mais que um especialista me diga que dois machos suados agarrados no octógono é pura técnica de combate, essa é para mim a parte chata do esporte. Também não acho violento. Perto da realidade que a gente vive com gente matando e cortando o cadáver para jogar fora ou os acertos de contas diários de nossa cidade, o MMA é um convento.
O que me incomoda um pouco no debate é a intolerância dos fãs que não aceitam críticas ao MMA. Basta um sujeito escrever ou dizer que não gosta do MMA para imediatamente surgir a gritaria, chamando todos de preconceituosos e ignorantes quanto às artes marciais. Aliás, isso é até engraçado. Toda vez que é feita uma crítica, alguém diz que quem nunca pisou num tatame não tem moral para falar ou reclamar dos chutes e socos do Anderson Silva. Conheço um monte de gente que nunca deu chute em uma bola e dá seus pitacos sobre futebol. Aliás, tem muita gente no brasil que odeia futebol e nem por isso elas estão proibidas de falar mal da paixão nacional. Não é porque não tenho carta de motorista que não posso fazer críticas ao Rubinho Barrichelo ou comentar Fórmula 1. Não entendo de tênis e  por isso não posso achar o esporte um saco. Tem gente que não gosta de MMA, qual é o problema? Tem gente que não gosta do Anderson Silva assim como tem gente que não gostava do Romário. Então viva a liberdade de expressão, posso gostar ou não gostar do “porradal”, como diz um amigo que é verdadeiramente especialista em MMA. E daí se alguém não entende nada de artes marciais e quer criticar o Dana White, qual é o problema?

Corinthians supera rivais no ranking da Conmebol

Campeão da Taça Libertadores, o Corinthians deixou para trás quatro clubes brasileiros no ranking da Conmebol, divulgado na última segunda-feira. O Corinthians é o oitavo colocado e aparece na frente de outros campeões da competição, como o Boca Juniors, que soma seis taças e é o nono, e o Independiente, que soma sete conquistas e é o décimo (veja abaixo). A presença do clube alvinegro, no entanto, se deve ao sistema de pontuação adotado pela Conmebol a partir de maio de 2011. Nesse sistema, são consideradas as últimas cinco participações em torneios oficiais da confederação, além do Mundial. O Corinthians esteve nas edições de 2010 (eliminado nas oitavas), 2011 (fase preliminar) e 2012 (campeão) da Libertadores, além da Sul-Americana-2007 (fase preliminar). Soma 283,3 pontos. O líder é a LDU, do Equador, com 526,32 pontos. Em maio, o Corinthians aparecia na 18ª colocação, atrás de Internacional, Santos, Fluminense, Cruzeiro, Vasco e S. Paulo. Com o título da Libertadores, o clube somou 224 pontos neste ano (120 só pelo título). O Inter é o melhor brasileiro no ranking: segundo colocado, com 502,72 pontos. O Santos aparece em quarto, com 386,6 pontos. Os times foram eliminados nas oitavas e na semifinal da Libertadores, respectivamente.

OS DEZ MELHORES DO RANKING:

1. LDU (EQU) – 526,32 pontos
2. Internacional – 502,72 pontos
3. Universidad de Chile (CHI) – 440,2 pontos
4. Santos – 386,6 pontos
5. Vélez Sarsfield (ARG) – 356,69 pontos
6. Estudiantes (ARG) – 354,72 pontos
7. Libertad (PAR) – 342,53 pontos
8. Corinthians – 283,3 pontos
9. Boca Juniors (ARG) – 282,36 pontos
10. Independiente (ARG) – 248,46 pontos

OUTROS BRASILEIROS NO RANKING:
11. Fluminense – 240,26 pontos
12. Cruzeiro – 212,2 pontos
16. Vasco – 173,85 pontos
17. São Paulo – 172,48 pontos
21. Flamengo – 156,38 pontos
24. Palmeiras – 143,48 pontos
27. Grêmio – 122,44 pontos
30. Goiás – 105,4 pontos
36. Botafogo – 95,2 pontos
57. Atlético-MG – 60,52 pontos
66. Avaí – 36,72 pontos
70. Vitória – 30,94 pontos
74. Sport – 29,6 pontos
75. Atlético-PR – 28,22 pontos
91. Ceará – 17 pontos
104. Coritiba – 10,2 pontos
106. Grêmio Barueri – 9,52 pontos
124. Figueirense – 3,06 pontos

Demóstenes e seus 19 escudeiros no Senado

Por Walter Fanganiello Maierovitch

Na sessão que apreciou a resolução do Senado da República  sobre Demóstenes Torres a respeito de quebra de decoro parlamentar, estiveram presentes 80 senadores. Pela cassação votaram 56. Por incrível que possa parecer, ocorreram 5 abstenções de senadores que se consideraram, secretamente, sem condições, por falta de isenção ou desinformação, para decidir. Por evidente, as abstenções pesaram a favor de Demóstenes. Para a cassação exigia-se maioria absoluta e Demóstenes contou com 19 escudeiros. Um fato preocupante, pois, além de uma enxurrada de prova provada das ligações entre Demóstenes e a organização criminosa chefiada por Carlinhos Cachoeira, era pública e notória a mentira tentada pelo ex-senador.

Demóstenes mentiu ao afirmar desconhecer as atividades ilegais desenvolvidas pelo referido Cachoeira: na CPI dos Bingos, em que Demóstenes teve atuação marcante, houve o indiciamento de Cachoeira e vídeos mostraram quando corrompia Waldomiro Diniz, à época da filmagem presidente da Loterj-Loterias do Rio de Janeiro. Diante das provas, os 19 senadores, cujos nomes não se sabe devido à votação secreta, podem ser considerados cúmplices e apoiadores da conduta reprovável do ex-senador Demóstenes Torres.

Santos admite liberar Ganso por R$ 30 milhões

A diretoria do Santos quer pelo menos 12 milhões de euros (aproximadamente R$ 30 milhões) para liberar o paraense Paulo Henrique Ganso. Esse é o valor fechado para o início das negociações. A multa para clubes de fora do Brasil estava estipulada em R$ 130 milhões, mas o clube admite vender por menos. O presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro vai expor na reunião desta quarta com o Comitê Gestor do futebol santista a situação de Ganso e ratificar a decisão de negociá-lo. No último domingo, a Folha de S. Paulo publicou que a diretoria soube que o jogador negociava com o Inter por valores menores oferecidos pelo Santos na proposta de renovação. Isso irritou a cúpula porque antes o meia desdenhou publicamente da oferta santista. No Sul, a proposta é de R$ 350 mil de salário fixo e 50% sobre acordos publicitários (contra 70% dos santistas). Ganso estreou pelo clube em 17 de fevereiro de 2008. Tem 137 jogos e 35 gols. Foi tricampeão paulista, campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. Ele vai participar dos Jogos Olímpicos e fez o último jogo pelo Santos contra a Portuguesa, dia 1º de julho.

Teixeira e Havelange receberam propina da ISL

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, 65, e o presidente de honra da Fifa, João Havelange, 96, receberam 19,25 milhões de francos suíços (R$ 40 milhões) em subornos da ISL. O envolvimento foi confirmado no dossiê do caso liberado hoje pela Justiça Suíça. A ISL foi durante a década de 1990 e o início da última década a principal parceira comercial da Fifa. Quando foi a falência, um processo judicial na Suíça demonstrou que houve pagamentos de mais 100 milhões de francos suíços para dirigentes em troca de benefícios nas negociações comerciais, envolvendo direitos de televisão e marketing.

Apesar das acusações de envolvimento dos cartolas brasileiras –feitas pela emissora britânica BBC e pelo jornal suíço “Handelszeitung”–, o processo judicial sempre foi mantido em sigilo até hoje quando foi liberado para jornalistas que tinham entrado com ação pedindo a transparência integral dele. A Folha teve acesso ao dossiê por meio de um dos jornais que o obtiveram hoje.

Na ação, está descrito que Teixeira ganhou 12,74 milhões de francos suíços (equivalente hoje a R$ 26,5 milhões) por meio da empresa Sanud, cuja ligação com o cartola já tinha sido estabelecida por meio da CPI do Futebol, no Senado. A Renford Investments Ltd foi outra empresa, com ligações com Havelange e Teixeira, que recebeu 5 milhões de francos suíços (R$ 10 milhões). Não sabe qual a divisão do dinheiro entre os dois neste caso. (Da Folha de S. Paulo)

Gols de Náutico-RR 1 x 2 Remo

Imagens mostram um gramado razoável, mas instalações do estádio (?) de Boavista lembram um campinho de pelada. O estádio do General da Vila, em Icoaraci, é muito mais aparelhado. Fica a pergunta: como esses estádios são liberados para jogos de um torneio nacional?

Capa do DIÁRIO, edição de quarta-feira, 11

Susto, virada e liderança

Por Gerson Nogueira

O Remo conseguiu reagir a tempo e conseguiu trazer três pontos de Boavista. Um belo resultado, principalmente porque o time levou sufoco nos primeiros minutos, sofreu um gol em novo descuido da marcação, mas, aos poucos, foi se aprumando e terminou o primeiro tempo já em igualdade, graças a um gol do zagueiro Ávalos. Na etapa final, Edson Gaúcho resolveu desfazer o esquema da meia-cancha botando Jhonnatan no lugar de Léo Medeiros, que atuou mal, sentindo a falta de entrosamento. Com a meio estabilizado, o time passou a tomar iniciativa e dominar o jogo. Por volta dos 30 minutos, em trama envolvendo Reis e Ratinho, veio a virada. O resultado garante a liderança temporária do grupo.

No final, o técnico Edson Gaúcho admitiu que a equipe não foi bem. Prova de que acompanhou o jogo com olhos realistas. O time carece ainda de muita afinação. Foram muitos passes errados, dificuldades tremendas na ligação entre meio e ataque, além da conhecida instabilidade na defesa. A novidade foi a boa apresentação de Ávalos, apontado aqui como uma das apostas arriscadas do Remo para a partida. Voluntarioso, o veterano beque liderou o setor defensivo e foi à frente para ajudar em lances de bola parada. Ajudou mesmo, marcando o gol de empate em jogada de centroavante rompedor, segundo relato de Valmir Rodrigues, na Rádio Clube.

Apesar da boa vitória, que podia ter sido mais ampla (embora injusta) se Cassiano e Ratinho aproveitassem as chances criadas nos instantes finais, a impressão deixada pelo Remo é de um time inseguro, sujeito a apagões, que se enrola até diante de adversários tecnicamente modestos, como o Náutico. É preciso avaliar, porém, que o problema se deve à falta de maior entrosamento em função das constantes alterações na equipe neste começo de competição. As turbulências irão se repetir enquanto a equipe estiver em processo de construção.

Em Boavista, por exemplo, ocorreram três estreias (Jamilton, Léo Medeiros e Mendes) que influíram razoavelmente no comportamento do time. Jamilton deu segurança à defesa com boas intervenções ao longo do jogo, mas Léo teve atuação fraca e Mendes pouco foi notado, a não ser por uma oportunidade desperdiçada logo nos primeiros minutos.

Atento, Gaúcho tratou de reavaliar seu plano de voo ainda no intervalo. Trocou Léo por Jhonnatan e recompôs a dupla de volantes com André. Adiantou Chiquita e deixou Ratinho bem próximo a Cassiano e Reis no ataque. Com isso, ganhou em rapidez e habilidade, proporcionando ao Remo seu melhor momento em campo. Essa saída improvisada pode ser a chave para a nova formação titular, que será trabalhada nas duas semanas de folga na tabela.

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As imagens do treino físico de ontem do Paissandu na areia, afiando as garras para o clássico de segunda à noite contra o Fortaleza, expõem a aplicação dos veteranos lado a lado com os garotos. Interessante ver a presteza dos experientes Harisson e Vanderson puxando a fila, acompanhando o azougue Pikachu. Jovens e velhos elefantes estão conscientes do bom momento do time na Série C. As vitórias convincentes dão segurança a todos, mas aumentam a concorrência por um lugar entre os titulares. É aquele momento especial em que ninguém se sente dono da posição e, ao mesmo tempo, todos acreditam ter chances.

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Romário anda imitando Pelé na arte de cometer trombadas verbais. Malhou por atacado a convocação da seleção olímpica, mas acabou acertando no varejo: Hulk, grande aposta de Mano para o ataque, não tem envergadura para salvador da pátria e passa longe do conceito de craque. O estrilo do Baixinho serviu pelo menos deixar o superestimado atacante do Porto sob pressão, sabedor de que precisará matar um leão por dia em Londres.

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Sempre alerta, o baluarte Luiz Otávio Bandeira relata à coluna sobre seu susto ao comprar uma caneca de porcelana do Remo. “Fiquei espantado ao olhar direito a caneca. A fabricação é ‘made in China’. Será que estão usando em vão o nome do Leão?”, indaga o inquieto torcedor do clube de Periçá.

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Direto do blog

“Foi um jogo difícil, como serão todos os jogos dessa Série D. Um time da grandeza do Remo sempre vai sentir muito mais, pois seus adversários jogam contra ele como se fizessem o jogo da vida deles. Não foi à toa que o Fluminense (guardadas as devidas proporções) sentiu imensas dificuldades quando esteve na Série C. Acredito que essa parada do Remo, de 15 dias, é tudo que o Gaúcho precisava para encaixar o Remo. Gostei da vitória, na raça e na disposição, e Série D é assim mesmo”.

De Cláudio Santos, técnico do Colúmbia (Val-de-Cans), apostando na evolução do Remo na competição.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 11)