Por Paulo Vinícius Coelho
A próxima partida do Cruzeiro é contra o Grêmio, no Olímpico. Duelo do líder do segundo turno, o Grêmio, contra o líder geral e segundo colocado nesta segunda metade do Brasileirão. Isso já dá noção de que o campeonato não está terminado. Mas assumir a liderança na 29a rodada reforça a ideia de que a arrancada cruzeirense é sólida o suficiente para levar ao título.
Contra o Fluminense, o Cruzeiro começou atacando pela direita. Com Jonathan e Thiago Ribeiro, principalmente. Também com Marquinhos Paraná, símbolo da mudança de posicionamento que Cuca realizaou na comparação com o tempo de Adílson Batista. Antes, era Fabrício quem saía pela direita. Agora, não. Fabrício marca pela esquerda, Paraná auxilia pela direita.
Daquele lado, Montillo fez o cruzamento para Wellington Paulista fazer 1 x 0. E Wellington, perfeito no jogo, com uma bola na trave, um gol mal anulado, fez o que se espera de um atacante. O Fluminense cresceu na segunda metade do segundo tempo, teve duas chances incrivelmente perdidas por Rodriguinho – Émerson faz falta! -, mas o Cruzeiro resistiu. Deu espaço demais para Conca que, desta vez, não conseguiu utilizá-lo.
Desde 2007, o time de melhor defesa não ganha o Brasileirão. O Cruzeiro pode vencer desta vez. Cuca já teve fama de técnico que arma times ultra-ofensivos e desorganizados na defesa. Era o caso do Botafogo, de 2007. Mas seu Goiás de 2003 não tinha problemas defensivos em meio à grande arrancada. Nem o Flamengo de 2009, tricampeão carioca.
O Cruzeiro já venceu 16 vezes, oito por 1 x 0. É assim que consolida sua caminhada para o provável segundo título brasileiro.