Só de imaginar as caçambas de dinheiro que treinadores como Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo ganham mensalmente de Palmeiras e Atlético-MG o torcedor comum tem acesso de tonturas. No entanto, ao analisar o resultado do trabalho de ambos nesses clubes, o assombro inicial cede lugar ao desapontamento.
Comandantes de elencos milionários, os dois têm se mostrado desafortunados neste primeiro turno de Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG amarga, há várias rodadas, presença incômoda no andar de baixo da tabela de classificação, ameaçadíssimo de rebaixamento.
Luxemburgo parece já ter esgotado seu repertório de truques e conhecimentos para tentar soerguer o Galo, mas a má fase insiste em constrangê-lo. Perde, com incrível regularidade, tanto em casa quanto fora. Quando vai tentar levantar a crista vem uma virada inesperada, como a de domingo, dentro de seus domínios, para um São Paulo que não é o São Paulo de outros tempos.
Mais grave no caso de Luxemburgo é o tempo à frente do Atlético e as contratações feitas pelo clube em atendimento aos seus pedidos. Segundo a revista Placar, o alvinegro das Gerais tem o elenco mais caro da Primeira Divisão, além de contar também com a comissão técnica mais onerosa – custa, aproximadamente, R$ 700 mil mensais.
O Palmeiras, outro grande que busca renascer das cinzas no cenário nacional, deu-se à pachorra de repatriar Felipão em plena muvuca da Copa do Mundo. Cercado de expectativa, o campeão mundial de 2002 estreou discretamente e, desde então, acumula insucessos. Não pode nem mais reclamar da qualidade do elenco, que já conta com o reforço do ídolo Valdívia.
Incompetência dos dois grandes técnicos, talvez os melhores do país? Ou apenas conjunções extremamente desfavoráveis – e, portanto, passageiras? Não existem respostas prontas, mas é certo que, caso se tratasse de técnicos menos medalhados, já estariam com o pé na prancha a essa altura. Pela história e currículo, terão mais algumas rodadas de tolerância.
Do meu ponto de vista, o inferno astral de ambos evidencia que se está diante da velha questão: técnicos ganham jogos ou são meros facilitadores? Sigo achando que ajudam bastante a fazer um time vencedor, mas jamais podem levar, sozinhos, os méritos pelas conquistas. Boas equipes nascem da coincidência feliz de juntar bons jogadores na plenitude da forma – como Felipão conseguiu na Copa asiática e Luxemburgo naquele Palmeiras infernal, que tinha Djalminha, Evair e Edmundo. Portanto, talentos é que decidem a parada. Técnicos, preferencialmente, devem procurar não atrapalhar.
Mais dois ou três dias para que se conheça o final (feliz ou não) da novela Moisés & Paissandu, que começa a dar nos nervos e faz diminuir cada vez mais o cartaz do jogador junto à torcida alviceleste.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 7)
Gerson, aleardeia-se o Luxemburgo como um super técnico, mas observe q toda vez q ele vai para o clube vai acompanhado de uma carrada de bons jogadores q ele indica.
Assim, até eu papai.
rsrsrsrsrs
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Só o Felipão ganha 700 mil, mas o que eu quero deixar claro é que com time mais modesto e ganhado menos, equiparadamente Charles tem mostrado mais competência e não digam que é terceira divisão e os adversários são de terceira, o equilíbrio de dificuldades ao meu ver são igualitárias.
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Quem gosta de projeto é Arquiteto. Luxemburgo chegou ao Galo com um grande projeto e agora é chamado de ARQUITECNICO. Maldade cruzeirense.
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Por aqui um projeto até que ia bem, mas um tijolo fora do lugar derrubou toda a obra. Agora a nova impleitada não pode ser a sol aberto e como estamos, como se fosse verão a todo vapor, o reboco não firma.
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Na verdade penso, que isso é um desequilíbrio, essas astronômicas fábulas, pagas a quem não merece, não só eles mas todos.
Não existe no planeta TERRA, profissão que mereça receber tanto, por tão pouco, ou, quase nada.
No meu entendimento, essas remunerações astronômicas, que envolvem o futebol mundial, é produzido por necessidade de, outra atividade…..
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Ah o Giba Jibóia lá, ia estar entre os 4, não é Sr. Claudio.
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Siceramente, mas se assim fosse, nós que temos os melhores jogadores do mundo (dito inclusive pela imprensa), não iríamos precisar de técnico para ganhar uma copa do mundo.Aliás, partindo desse princípio, não consigo entender, o porque das duas seleções treinadas por Telê Santana, não ter conseguido ser campeã do mundo, nas duas oportunidades que teve. Te contar.
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