Sob os auspícios do ex-jogador Vandick Lima, os clubes paraenses podem ganhar um inesperado presente de meio de temporada: a Copa Pan-Amazônica, que seria disputada entre clubes da Região Norte e um de Trinidad e Tobago. Falta alinhavar as datas, captar patrocínio e buscar o aval da CBF, que já abriu o precedente autorizando a realização da Copa do Nordeste, a partir de 25 de maio.
Os caminhos devem ser facilitados pela forma de disputa das Séries C e D, que contam com clubes do Pará: os jogos são disputados sempre aos domingos, o que abre espaço para que a Copa Pan-Amazônica tenha rodadas às quartas-feiras.
Em programa que debateu o tema na Rádio Clube, ontem à noite, o vice-presidente da Federação Paraense de Futebol, José Ângelo Miranda, informou que a proposta deverá ser levada à CBF com boas chances de aprovação. Miranda ponderou, porém, sobre a necessidade de um estudo aprofundado para evitar que a futura competição seja apenas um torneio temporário, uma nuvem passageira.
Dirigentes de Remo e Paissandu, que chegaram a sonhar com a inclusão no torneio nordestino, demonstram interesse na Copa nortista, atentos à necessidade de manter seus times em atividade no recesso provocado pela Copa do Mundo. Além disso, a receita a ser gerada permitirá a contratação de reforços para os campeonatos nacionais.
Os clubes que devem ser convidados, além de Remo e Paissandu, são os seguintes: Águia e S. Raimundo; Sampaio Corrêa e Moto Clube, do Maranhão; Flamengo e River, do Piauí; Rio Branco, do Acre; S. Raimundo e Holanda, do Amazonas. Há a possibilidade concreta de participação de um clube de Trinidad Tobago, o que daria dimensão internacional ao certame. Só pela tentativa de sair do imobilismo e fugir aos queixumes de sempre, a idéia já merece aplausos.
Enquanto o paraense Jóbson cumpre pena de dois anos de suspensão e tenta reconstruir o caminho no futebol profissional, o astro Adriano segue sem jogar pelo Flamengo alimentando dúvidas quanto ao real motivo de sua ausência. Para atiçar ainda mais as suspeitas, os médicos do clube dizem que não há qualquer lesão que o impeça de entrar em campo.
Ao firmar o contrato com a Seara Alimentos, a CBF alcança a inédita soma anual de R$ 230 milhões em patrocínios para as seleções brasileiras. São nove parceiros até o momento e o décimo deve assinar antes da Copa.
Quem dá bola é o Santos. Aplica um 8 a 1 quase sem fazer esforço. Cada gol mais bonito que o outro. Dunga, obviamente, não deve estar gostando nada dessa orgia ofensiva. É a prova de que é possível vencer jogando bonito, sim, ao contrário do que dizem os idiotas da objetividade.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 15)