A história das Copas no traço de um argentino

Livro de um caricaturista argentino, Copa do Mundo 1930 – 2006, traz cenas marcantes da história das Copas do Mundo. “Este livro é de um fanático por futebol para outros”, diz o caricaturista argentino Germán Aczel, que recontou a história dos mundiais com seus desenhos. Publicado na Grã-Bretanha pela editora Sports Book, o livro traz ilustrações de momentos marcantes como o gol do uruguaio Ghiggia na final de 1950, no jogo conhecido no Brasil como “a tragédia do Maracanã”. “As imagens que escolhi foram as que mais me marcaram”, diz Aczel. “Amigos me dizem que, vendo o livro agora, se lembram de quando eu desenhava no colégio os jogos do Boca Juniors, meu time, nas segundas-feiras após as partidas do final de semana”, afirma o autor. (Da BBC Brasil)

Brasil retoma liderança do ranking da Fifa

Depois de cinco meses ocupando a segunda posição, o Brasil ultrapassou a Espanha e assumiu a liderança do ranking da Fifa, na nova classificação divulgada nesta quarta-feira (28). A Seleção Brasileira assume a ponta pela sétima vez desde que o ranking foi criado, em 1993. Desde então, o país permaneceu na liderança por 142 meses no total.

Veja como está o ranking de seleções da Fifa

Se depender do ranking, aliás, o grupo G será o mais forte da Copa do Mundo. Além do líder, o Brasil, a chave conta com a seleção de Portugal, que subiu uma posição e agora está logo atrás da Espanha, em terceiro, sua melhor colocação na história. Por outro lado, a Coreia do Norte, adversária do Brasil na estreia, é a pior entre todas as seleções que disputarão a Copa, na 106ª posição. A Costa do Marfim, que completa o grupo, está no 27º lugar. (Do R7)

Jornal carioca provoca Fenômeno

A provocação a Ronaldo começou. O tablóide popular Meia Hora, do Rio de Janeiro, não poupou o atacante do Corinthians. Com direito a pôster acusando o “Gordonaldo” de traição, o diário destaca a presença de travestis no Maracanã para o duelo diante do Flamengo, nesta quarta, brinca com os pesos do Fenômeno e de Adriano e ainda afirma que o camisa 9 alvinegro está com medo dos flamenguistas. Logo em sua capa, o tablóide avisa: “O Maraca vai afundar! Seu Barriga e Nhonho cara a cara”, apresentando uma montagem de Adriano e Ronaldo e os famosos personagens do seriado “Chaves” dentro do Maracanã. Mas outro destaque chama a atenção. “Grátis! Pôster pra zoar o Ronaldo”, oferece o diário.

O pôster mexe com a conturbada relação entre Flamengo e Fenômeno: “Você pagou com traição, Gordonaldo”. A mensagem remete ao acerto de Ronaldo com o Corinthians em 2008. Quando assinou com o clube paulista, o jogador foi acusado de traição pelos flamenguistas. Explica-se: Ronaldo é flamenguista de coração e conduziu parte da recuperação de sua lesão no joelho na Gávea, em 2008. No entanto, alegando que não recebeu uma proposta séria com um projeto para defender as cores do clube carioca, o camisa 9 fechou com o Corinthians e despertou a ira dos rubro-negros. (Do UOL Esporte)

Time de massa, Timão cobra preço de elite

Por José Roberto Malia

O bando de loucos que prepare o bolso: a nova-velha diretoria corintiana, capitaneada pelo bondoso Andrés Sanchez, pretende arrecadar R$ 4 milhões no jogo contra o Flamengo, no Pacaembu. O preço dos ingressos sofreu um simbólico reajuste de 10% a 30%. Os bilhetes para arquibancada e tobogã passaram de R$ 50 para R$ 55. A cadeira laranja aumentou de R$ 200 para R$ 250. A numerada descoberta subiu de R$ 300 para R$ 350. E a turma VIP terá que desembolsar R$ 650 – o preço antigo era R$ 500. Tudo pelo social.

Coluna: Tempos do futebol fashion

Num futuro não muito distante, especialistas irão estabelecer a relação entre o mau futebol praticado hoje no país e o excesso de jequices que contaminam boleiros de todas as divisões. Trancinhas nos cabelos, brincos, colares, madeixas descoloridas, penteados esquisitos e chuteiras pintadas nos matizes mais exóticos viraram objeto de uso e abuso de jogadores de todos os times, desde os mais badalados até contumazes sacos de pancadas, como Íbis e Naviraiense. A breguice, como se vê, é ampla e democrática.
Quando um perna-de-pau qualquer surge desfilando, impávido, com uma chuteira vermelha ou verde-limão fico logo a imaginar o que seria da geração de ouro – Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Zito & Cia. – se naquela época já vigorasse essa verdadeira orgia fashion poluindo o mundo do futebol e tirando a concentração dos caras.
Como estamos falando de um esporte cuja característica mais forte é a simplicidade, desconfio que muitos daqueles dribles geniais nem teriam acontecido se a preocupação maior dos craques fosse exibir um apetrecho qualquer ao distinto público, ao invés de se concentrarem nos planos para superar adversários através da técnica refinada.
No mundo de hoje, onde muitas vezes a aparência importa mais que a essência das coisas, a apresentação visual adquire excessivo espaço na vida dos jogadores, com os excessos previsíveis e prejuízos óbvios, como o desperdício de tempo na produção de arranjos de cabelos e maquiagens.
O cálculo é simples, basta subtrair as três ou quatro horas diárias de treinamento de cobranças de faltas ou cabeceios, correspondentes ao tempo que o sujeito dedica ao capricho no figurino e à escolha de bálsamos, cremes e ungüentos para a pele e os cabelos.
Trata-se do triunfo do estilo metrossexual sobre a aplicação espartana. Brilha quem tem o chamado algo mais a mostrar. Não basta fazer um golzinho aqui, outro ali. Os teóricos da imagem dizem que os impulsos de ousadia estética têm a ver com o desejo primitivo de se destacar na multidão. É o que devem pretender Beckham, Ronaldinho Gaúcho, Cristiano Ronaldo, Vagner Love, Drogba, Fred, Léo Moura, Neymar e outros ícones da superexposição visual nos gramados.  
Dos craques vaidosos do passado, o que mais lembra essa linhagem é Heleno de Freitas, apelidado de “Gilda” pelos torcedores rivais. Além das camadas de pó no rosto e da pomada nos cabelos imaculadamente pretos, Heleno se destacava pelo porte elegante e o gênio intempestivo. Passou à história como um craque excêntrico de fim trágico, inesquecível pela sua vocação de artilheiro. 
O consolo é que os deuses da bola parecem zelar pelo talento, daí a abissal vantagem que os passes e dribles de Ganso levam sobre suas chuteiras de cores esfuziantes – mix de roxo, pink e lilás. Há gosto para tudo, obviamente, mas a torcida se satisfaz mesmo é com fintas, passes e gols.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 28)