Dia: 26 de abril de 2010
Muricy abre sorriso na chegada ao Flu
Anunciado como novo técnico do Fluminense, Muricy Ramalho se apresentou em um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele disse que aceitou o convite da diretoria tricolor por ter gostado dos projetos de reestruturação do futebol do clube carioca.
“O que mais pesou foi o pensamento da diretoria de fazer um Fluminense forte e melhor, com estrutura. Tinha a consulta de outros times, mas foi isso que pesou: os projetos para o futuro. Tenho uma bagagem para ajudar nesse sentido”, comentou o treinador, demitido do Palmeiras em fevereiro.
Questionado sobre a demora em formalizar o acordo – vinha sendo sondado pelo Fluminense há mais de uma semana -, Muricy usou um de seus discursos conhecidos, o de precisar de tempo para analisar com cuidado as propostas, além de respeitar o profissional que estava no cargo anteriormente. (Da ESPN)
Estádios da Copa 2010 custam o dobro do previsto
O Portal 2014 (www.copa2014.org.br) publicou nesta segunda-feira (26/04) números inéditos sobre o custo dos estádios da África do Sul. De acordo com a reportagem, o orçamento divulgado pelo governo sul-africano de 8,4 bilhões de rands (cerca de R$ 2,15 bilhões) pulou para cerca de 16 bilhões de rands (R$ 4,15 bilhões), segundo números oficiais das províncias que sediarão a Copa. Os cinco estádios construídos especialmente para o Mundial foram os principais atores do estouro, responsáveis por 75% do total investido nas arenas.
Para efeito de comparação, na Alemanha, a proposta do Mundial de 2006 previa gastos de 940 milhões de euros (R$ 2,215 bilhões) para os 12 estádios na ocasião. Mas, ao final das obras, as despesas aumentaram 50% e totalizaram 1,41 bilhão de euros (R$ 3,32 bilhões). Para 2014, o governo brasileiro formalizou o orçamento dos 12 palcos da Copa: a conta começa em R$ 5,342 bilhões.
Maiores variações de custos
O líder de custo dos estádios sulafricanos foi o Green Point, da Cidade do Cabo. Com orçamento inicial de 1,2 bilhão de rands (R$ 307 milhões), o palco de oito jogos do Mundial foi finalizado com 4,5 bilhões de rands (R$ 1,15 bilhão), quase quatro vezes mais caro que o previsto.
Quase uma pedra…
Por Cássio Andrade
Paráfrase! Recorro a Drumond para tentar descrever a maravilhosa equipe do Santos, campeão paulista de 2010. Campeão, sim! Alguém há de duvidar da façanha da Vila? Alguém há de ousar criar obstáculo ao caminho traçado pelo Olimpo? A saga santista terminou no confronto celestial de todos os santos contra o doutrinal Apóstolo paulino. Já o honroso Santo André, tentou ser uma “pedra no meio do caminho”.
O inferno comercial levado a cabo pela Federação Paulista de Futebol, redundou, como castigo divino, à semifinal mais celestial dos últimos tempos. Não poderia o diabólico vendilhão de Barueri estragar o banquete dos céus. Praga da Cruz de Malta verde-paulistana que mais uma vez cumpriu seu sacrifício na sagrada imolação do altar da praia.
Não sabeis, FPF, que a casa sagrada do futebol, não serve somente aos interesses dos butins? Quem se lanhou no chicote, também se lanhou nas feridas abertas pelos vendilhões. Ah um chicote!
A burocracia dos dirigentes de futebol ainda inventa essas semifinais inúteis! Para quê? O Santos já veio concebido, sem o pecado original dos chuveiros muricianos, do guerreirismo dunganiano, dos 3-5-2 aferrolhados. Esse foi o Santos, redentor do futebol elevado à quinta potência da arte. Engenho, técnica, prazer e arte, misturadas à saudável arrogância e até as diatribes moleques perdoáveis.
Que bom, ficarmos livres dos caras-feias, da sisudez cândida dos que louvam e do suor empedernido dos que batem. Um ode a Pelé, Pepe, Joary, Nílton Batata, Pita, Diego, Giovani, aos eternos meninos de uma Vila famosa a quem tanto devemos o resgate à redonda fé.
Que todos os santos regozijem! Não deixem o santo caipira estragar o banquete.
Com doce inveja, enalteço a história de glória tão bem composta por Carlos Henrique Roma (cidade sagrada, eterna?) em 1957: “Nascer, viver e no Santos morrer. É um orgulho que nem todos podem ter”.
Ave história de amor à arte jogada sob o manto verde do templo sagrado, da vila sagrada…
E todos, entoemos, com graças e louvores a todo o momento: o Santos é o novo campeão!
É, santo herético do ABC! Quase uma pedra, quiseste ser…
Valter Lima é o novo técnico do Mundico
A derrota para o Remo, domingo, no estádio Barbalhão, custou o emprego ao técnico Flávio Barros do S. Raimundo. Dispensado ainda ontem à noite, o treinador será substituído por Valter Lima, que assume a equipe já para o confronto decisivo de sábado diante do Paissandu, em Belém. Valter montou o time do Mundico vice-campeão estadual de 2009 e que, depois, sob o comando de Lúcio Santarém, conquistaria o Brasileiro da Série D.
Capa do Bola, edição de segunda-feira, 26
Capa do DIÁRIO, edição de segunda-feira, 26
Coluna: Chuteira e esquema certos
Sob desconfianças gerais antes da peleja, o Remo arrancou vitória importantíssima em Santarém, comportando-se com autoridade e reagindo na hora certa frente a um adversário sempre difícil de ser superado. O triunfo foi garantido na etapa final, quando Giba abriu mão dos cuidados defensivos e pôs em campo um ousado 4-2-4, que, em certos momentos, transformava-se em 3-2-5 porque um dos laterais (Levy ou Marlon) sempre se apresentava para reforçar as ações ofensivas.
Foi bem mais ousado do que este escriba pedia na semana passada, quando cheguei a levantar a possibilidade de um trio no ataque, com Landu, Marciano e Samir (Héliton). Técnicos, de maneira geral, costumam resistir à idéia de times assumidamente ofensivos, preocupados principalmente em preservar o equilíbrio dos setores. Só se mexem e decidem arriscar quando o resultado é adverso.
Ontem, Giba começou a alterar o time para melhor quando mudou a escalação no intervalo, trocando Gian e Patrick por Marciano e Didão. A partir desse momento, o Remo passou a jogar com três atacantes de ofício – Landu, Marciano e Samir. Ao sofrer o gol de Filho, aos 7 minutos, arriscou ainda mais: Vélber substituiu o apagado Otacílio. Foi o que bastou para o Remo dominar as ações e criar seguidas oportunidades de gol, como não havia feito no primeiro tempo.
Marlon, ao empatar a partida em inspirado lance individual, já se postava mais como meia-atacante do que lateral. Depois de estabelecer a igualdade, o Remo rapidamente construiu o desempate em manobra que, não por coincidência, começou com um lançamento do outro lateral, Levy, para Vélber e deste até Marciano, que finalizou com a trave escancarada.
Ao final da partida, Giba comentou na Rádio Clube que o Remo havia se portado como um time grande, indo buscar o resultado que lhe interessava. Cabe esperar que, a partir dos acertos do segundo tempo, o técnico se comporte também com a segurança própria dos técnicos de times grandes.
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O Paissandu dos primeiros 15 minutos, sábado, em Cametá, lembrou bastante o Paissandu dos 6 a 1 sobre o Águia uma semana antes. Disposto a fazer quantos gols fosse possível, atento na defesa e produtivo no meio-campo. A partir da metade do primeiro tempo, a coisa azedou. Repentinamente, o dono da casa cresceu em campo, empurrado pelos volantes Wilson e Dudu. Sumidos no começo do jogo, Jaílson e Torrô se lançaram à batalha como se não houvesse amanhã. De fato, não havia. A derrota em casa eliminaria o Cametá do campeonato.
Quando Sandro fez 3 a 1 em outra falha da patética defesa cametaense ficou a quase certeza de que tanto esforço tinha sido em vão. Lego engano. A segunda etapa mostrou um Cametá ainda mais tinhoso. Fez três gols e virou uma partida inteiramente perdida. Balão, Torrô e Jaílson foram fundamentais. Corajoso, o técnico Vítor Jaime, ao ver que não tinha zaga, investiu no ataque. Com justiça, alcançou seus objetivos.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 26)
Rock na madrugada – Camisa de Vênus, Só o Fim
Zico comanda festa no Mangueirão
Mais de quatro mil torcedores enfrentaram a chuva do fim de tarde de domingo e foram ao Mangueirão ver Zico e uma verdadeira legião de veteranos que fizeram história no futebol regional e nacional bem de pertinho. Beto, Júnior Baiano, Válber, Djair, Vandick, Charles Guerreiro e Robgol marcaram presença e abrilhantaram o lançamento oficial em Belém do projeto “Golaço Social”, uma parceria do governo do Estado e das escolinhas Zico 10, que pode beneficiar até cinco mil crianças carentes no Pará.
Mesmo sem jogar, Zico chamava a atenção e, no banco de reservas, era o mais badalado. Crianças e adultos chegavam a todo momento para pedir autógrafos do “Galinho de Quintino”, que atendia a todos como um verdadeiro ídolo deve fazer. Com Zico de fora do jogo, foram os filhos dele que deram show dentro das quatro linhas.
Robgol abriu o placar para os paraenses, mas Thiago Coimbra empatou e começou o show da família Zico, marcando outros dois. Bruno, o outro herdeiro do “Galinho”, também fez o dele. Beto, ex-jogador de Botafogo, Flamengo e Seleção, contribuiu com outros dois gols. Vandick marcou o sétimo e fechou o placar em sete a quatro para a equipe de Zico. Luís Mendes e Arruda, duas vezes, marcaram os outros gols da equipe de Masters do Pará. Além dos onze gols da partida principal, seis gols na preliminar, quando os Gigantes do Norte venceram a Seleção de Modelos Paraenses. (Informações de Edson Carvalho/Bola – Fotos: TARSO SARRAF)