Bê-a-bá da manipulação jornalística

Por Renato Lira – do blog do Nassif

Algumas constatações minhas (como se fosse surpresa):

Na CBN: “Partidos de oposição farão representação no TSE contra Lula e Dilma, acusando-os de ação eleitoreira por ocasião do lançamento do PAC 2″. A reportagem da CBN ouviu os líderes dos 3 partidos: PSDB, DEM e PPS. Pelo governo a reportagem disse apenas que “o governo nega a intenção eleitoreira do evento”. Mas sonora de governo,para rebater as críticas da oposição, nada.

Outra da CBN: “Erenice Guerra, nova ministra da Casa Civil responde a acusação de confeccionar dossiê contra políticos de oposição e contra Ruth Cardoso”. Aquele pantomima fajuta do dossiê, lembram? Outro dia, uma repórter da CBN fez o seguinte relato de uma inauguração onde estavam presentes Lula e Dilma, no Rio: “A todo momento ouviam-se os cantos de ‘Olê, Olê, Olá, Dilmá, Dilmá…”

O tom da repórterda CBN era nitidamente direcionado a que o ouvinte fosse levado a entender de que era um palanque eleitoreiro do governo, e não uma solenidade de inauguração de uma obra do PAC.

Outra: “O governo contesta os números da oposição, afirmando que 40% das obras do PAC estão prontas e a maioria das outras estão em andamento, mas segundo o site . Contas Abertas: só 11% estão prontas ou em andamento”. E tome sonora com um diretor do Contas Abertas.

Vale lembrar que o Contas Abertas é ligado ao PPS, criado por membros do PPS, alguns deles aparecem em gravações do Durval Barbosa, pegando grana do mensalão do DEM. Um dos moços chegava às gargalhaas ao pegar a grana. Atualmente, a CBN vem fazendo uma série sobre as escolas técnicas federais, sempre destacano aspectos negativos, sempre com críticas, como se nada prestasse nas escolas técnicas federais.

Uma que vi no Jornal Hoje… de hoje, na Globo: O helicóptero da Globo entra ao vivo sobrevoando a obra do rodoanel inaugurada esta semana pelo Serra, uma ponte sobre a Represa Billings, se não me engano. Não me lembro da Globote filmado nem com minicâmera nenhuma obra do PAC. Obras gigantescas, como as da transposição do rio São Francisco, ou da ferrovia Transnordestina. Para a Globo e o resto do Partido da Mídia-Latrina, essa obras ou não existem, ou são irrelevantes diante das monumentais obras demotucanas em Sampa.

Quando fala do PAC, o partidoda mídia ou diz que é obra inacabada ou “vetada” pelo TCU por “indícios de superfaturamento” com os habituais contorcionismos matemáticos para dar veracidade às “denúncias”. É bom que saibamos que o TCU não veta nada, apenas dá pareceres ou recomendações; que o TCU é composto em sua maioria por ex-senadores de partidos hoje na oposição, especialmente o DEM; que “indício” não é certeza, e que, por isso mesmo, não se pode, nem se deve, paralisar obras por causa de “indícios”.

E por aí vai a toada do finalmene assumido Partido de Oposição da Mídia, ou PIG, Partido da Mídia-Latrina, cada um que escolha a denominação.

Evoé!!!

Inter contrata ex-volante do Paissandu

O Internacional contratou o volante paraense Dadá, ex-Paissandu, que defendia o São José gaúcho. Dadá, 26 anos, foi dispensado (junto com Mael, que está no América-RJ) pelo presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro, depois da eliminação na Série C 2009. LOP acusou vários jogadores, sem nominar, de terem feito “corpo mole”.

Re-Pa: vantagem alviceleste na década

De 2000 para cá, Remo e Paissandu disputaram 49 clássicos, com 14 vitórias bicolores, 13 azulinas e 22 empates. Na artilharia, vantagem alviceleste também: 63 gols contra 57. Dos árbitros de fora, os que mais apitaram foram Alício Pena Junior (5 vezes), Paulo César Oliveira e Heber Roberto Lopes (4). O último árbitro paraense a apitar o Re-Pa foi Andrey Silva e Silva no amistoso de 13 de dezembro de 2009 (Remo 3 a 1).

Em jogos oficiais, o último paraense a comandar o dérbi foi Domingos de Jesus Vianna, em fevereiro de 2002, na decisão do primeiro turno do Parazinho, que terminou empatada em 1 a 1. (Com informações da coluna de Cláudio Guimarães no Bola)

LOP e as dívidas trabalhistas do Paissandu

O Paissandu navega em águas tranquilas no Parazinho, mas nos bastidores a situação está à beira de um conflito bélico. O presidente, Luiz Omar Pinheiro, foi acusado de estar mentindo quanto às pendências trabalhistas do clube. O advogado e conselheiro Alacyr Nahum, que já integrou o Departamento Jurídico do clube, afirma que, desde que Luiz Omar assumiu a presidência (2008) já foram protocoladas 38 reclamações trabalhistas contra o Paissandu. “Isso que ele fala, de que não existem ações na Justiça do Trabalho na gestão dele, é mentira. São 38 reclamações, sim. Houve algumas desistências, em torno de dez. Não sei se foi acordo. Mas, mesmo com 28 ações, isso prejudica muito o clube perante a Justiça do Trabalho. Os juízes ouvem rádio, lêem jornal”, diz Nahum, explicando que as declarações de LOP, de que não foi acionado juridicamente no período em que administra o Papão, é oportunismo e mentira.
Procurado pela reportagem do BOLA, Luiz Omar disse, por telefone, que irá apresentar em documentos a real situação do clube e tratou de desqualificar Nahum. “Esse cidadão não tem nenhum trabalho expressivo no Paissandu. Eu acho ele um zero à esquerda, não conheço nenhum trabalho dele dentro do clube e lamento que, num processo de soerguimento do futebol paraense, a imprensa abra espaço para um cidadão desse. Se fosse um Ricardo Rezende que falasse, se fosse um Antonio Couceiro, Paulo Moraes, mas uma pessoa dessas…”, disse.
Luiz Omar acusou Alacyr Nahum de sumir com os contratos das lojas que fazem parte do estádio Leônidas Castro, quando deixou o clube. “Ele tem é que explicar quando ele largou o Departamento Jurídico do Paissandu. Ele deu fim em todos os contratos das lojas da Curuzu, tive que fazer um por um. Isso eu vou provar. Cadê o contrato? Sumiu. Até eu refazer (o contrato) loja por loja fiquei três meses sem receber (os aluguéis)”, revelou.
LOP garante que comprovará com documentos a situação do clube na área trabalhista. “Eu vou mostrar que hoje o Paissandu deve somente 1,390 milhão de reais na Justiça do Trabalho, além dos 2,2 milhão de reais do Arinélson, que está em Brasília para recurso, e o Paissandu vai ganhar essa ação. Eu vou lhe mostrar isso em um documento oficial”, prometeu Luiz Omar.
Procurado para falar sobre a acusação de que teria sumido com os contratos das lojas, Nahum mostrou-se tranquilo e disse que prefere aguardar o teor das declarações de LOP e, aí sim, se pronunciar. Nahum foi o conselheiro que denunciou irregularidades no processo de negociação do meia Fabrício com empresários do exterior. Na época, a diretoria anunciou que o negócio ficou em R$ 400 mil. Nahum afirma que a transação ficou em R$ 2,5 milhões, sem que esse valor tenha sido contabilizado para os cofres do Paissandu. (Com informações do Bola) 

Dia do Jornalista é dia de luta pelo diploma

Por Izabela Vasconcelos – Comunique-se

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prepara manifestações para marcar o dia do Jornalista, celebrado nesta quarta-feira (07/04). A entidade definiu com os sindicatos, reunidos no Conselho da Entidade, dia 27/03, a agenda de atividades, que tem como objetivo a aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs), que tramitam na Câmara e no Senado, em favor da exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.

“Todos os sindicatos estão preparando atividades. O eixo disso é a nossa luta pela exigência de diploma para atuar como jornalista. Estamos organizando manifestações junto ao Parlamento, Assembleias, junto aos deputados”, explicou Celso Schröder, vice-presidente da Fenaj.

De acordo com Schröder, a ideia da entidade é chamar a atenção para o debate sobre a profissão. “O dia vai ser lembrado pela reinvidicação da categoria. Existe um silêncio da grande mídia sobre esse assunto. A ideia é construir esse debate via imprensa alternativa e furar um pouco isso, além de dar ritmo aos nossos trabalhos na tramitação das PECs”.

No sindicato de Brasília, por exemplo, as atividades se concentrarão no Congresso Nacional, pela aprovação das PECs. Do outro lado da polêmica que envolve o diploma, o sindicato dos jornalistas de Santa Catarina realizará um seminário para debater a filiação de jornalistas sem formação superior específica.

Coluna: Candidato a dono da Copa

Há alguns dias, a TV a cabo mostrou o filme oficial da Copa de 1986, no México. Confirmei a impressão que tinha na memória: foi a Copa de um homem só. Diego Maradona. Foi o patrão da bola, o grande timoneiro, o supremo comandante das forças argentinas em território mexicano. O time era ele, ele era o time.

Não há quem se arvore a dizer que um lateral ou volante foi decisivo ou pelo menos fez alguma coisa para ajudar na conquista do título. Nada. A soberba atuação do camisa 10 desmoralizou o conceito de futebol coletivo. Mais que qualquer outro, aquele mundial foi dominado e vencido por um craque, representou o triunfo do indivíduo sobre o coletivo.

A história das Copas mostra que outros monstros da bola desempenharam papel fundamental nos triunfos de suas seleções. Garrincha, em 1962, e Romário, em 1994, são exemplos desse destaque individual, mas tiveram a vida facilitada porque integravam bons times. El Pibe fez proezas milagrosas no México, à frente de uma equipe quase medíocre, cujo goleiro (Pumpido) falhava em quase todos os cruzamentos.

Relembro isso em função da excepcional forma do meia-atacante Lionel Messi, um típico camisa 10 da escola argentina, que adora partir em velocidade com a bola nos pés, avançando sobre as linhas inimigas. Do mesmo jeito que Maradona fazia. Se não é tão genial no drible quando seu antecessor, Messi é mais letal como finalizador.

A forte defesa do Arsenal sentiu o gosto disso em pouco mais de 30 minutos, ontem, em Barcelona. Veloz e imprevisível, como deve ser um legítimo fora-de-série, Messi infernizou a marcação, surgindo por todos os lados do campo. Levou pancada, foi marcado por dois ao mesmo tempo e sempre se desvencilhava com a bola limpa. Fez quatro gols, mas podia ter goleado sozinho a equipe britânica. Não seria exagerado dizer que o placar final foi Messi 4, Arsenal 1.

A pouco mais de dois meses da Copa, Messi se apresenta hoje no melhor de sua condição técnica e física. Está no apogeu, como Maradona estava em 1986, inclusive na idade. Tem a vantagem de ser mais atleta no sentido pleno do termo. O que o desfavorece tremendamente é a estranha queda de rendimento quando a serviço da seleção argentina.

Ironicamente, Maradona, seu técnico no escrete, ainda não arrumou jeito de dar a Messi as condições que ele próprio teve para brilhar há 24 anos. Se conseguir, a Argentina põe a mão na taça. 

 

Os gols custaram muito a sair. Somente nos 15 minutos finais, Ananindeua e Paissandu conseguiram estufar as redes. O domínio alviceleste foi quase completo, mas as finalizações eram defeituosas. Com Zé Augusto ao lado de Bruno Rangel, o ataque passou a render. Fabrício também pareceu mais desenvolto que Marquinhos. Além da vitória, Charles deve ter saído satisfeito com as experiências, que podem ser úteis para o Re-Pa de domingo. (Foto: CELSO RODRIGUES)

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 7)