Numa prova da falta de comando no Flamengo, jogadores improvisaram uma batucada no vestiário do Ninho do Urubu no momento em que, numa sala ao lado, a presidente do clube, Patrícia Amorim, concedia entrevista na qual explicava o motivo da demissão do técnico Andrade e dos diretores de futebol, Marcos Braz e Eduardo Manhães. O atacante Vágner Love era quem liderava o grupo. O fato aumentou nesta sexta-feira o mal-estar no clube e mostrou que os jogadores não aceitaram a saída de Andrade e dos dirigentes.
O jogador chegou a minimizar o episódio ao dizer bem alto: “É brincadeira”. Mandava ali um recado para Patrícia Amorim, que entendeu a manifestação e devolveu. “Quem não gostou da mudança, que trate de conseguir resultados”, respondeu. A crise no clube já estava desenhada havia semanas. Agravou-se com a perda do Carioca para o Botafogo no domingo e ganhou mais força ainda depois da magra vitória do time sobre o Caracas, por 3 a 2, na quarta-feira, num resultado que deixou o Flamengo seriamente ameaçado de eliminação na Libertadores. Somente na quinta o time assegurou vaga, após favorável combinação de resultados.
Patricia Amorim chegou a telefonar para Zico, a quem convidou para o cargo de gerente de futebol. O ex-jogador do Rubro-Negro não quis assumir o compromisso. Durante a semana, Zico esteve num dos treinos do Flamengo para manifestar apoio a Andrade. (Da ESPN)
Para poupar os jogadores que estão se recuperando de contusão, já visando a semifinal da Taça Estado do Pará, o técnico João Galvão vai levar um time misto a Tucuruí para o confronto com o Independente, neste domingo, às 16h. Hoje um grupo de nove atletas está entregue ao departamento médico e vem recebendo treinamentos específicos com acompanhamento de um fisioterapeuta. Ainda se recuperam de lesões os zagueiros Ari e Edkléber; meias Gustavo e Rodrigo; atacante Samuel Lopes; lateral esquerdo Aldivan; volantes Cleuber e Jotinha; além do goleiro Wilker. O fisioterapeuta Gustavo Lacerda, da Clínica Santo Antônio, vem acompanhando de perto a recuperação dos atletas e revela que em alguns casos, como o de Edkléber e Cleuber são lesões mais graves. Segundo o profissional, a previsão é que eles ainda precisem de aproximadamente 15 dias para serem liberados pelo DM.
Sem poder contar com todo o elenco, Galvão vem improvisando na formação da equipe titular. O provável time para domingo é: Alan; Darlan, Bernardo e Victor Ferraz; Daniel, Thiago Marabá, Diego Biro, Soares e Marcondes; Garrinchinha e Jales.
De acordo com o técnico marabaense, Rodrigo e Aldivan ainda têm chances de aparecer na equipe principal, enquanto Samuel Lopes e Gustavo devem ser opções no banco de reservas. “Sou vou lançar esses jogadores se realmente precisarmos, caso contrário, vamos poupá-los”, ressalta Galvão. O Independente é adversário direto do Remo na disputa pela vaga à Série D do Campeonato Brasileiro. (Com informações de Mariuza Giacomin)
Direto do site www.citynoise.org, alguns registros raros de diversos pontos turísticos e famosos de Nova York nos anos 40, da coleção de Charles W. Cushman. Acima, a região de Wall Street, fotografada em 1941. Abaixo, prédio da Standard Oil.
Zico, o eterno camisa 10 da Gávea, chega a Belém hoje à noite e estará neste sábado em Santarém lançando o projeto desenvolvido pelo Centro de Futebol Zico (CFZ), denominado Golaço Social. A ideia é descobrir talentos para o futebol entre crianças entre 6 e 16 anos de idade. Domingo, às 17h, no Mangueirão, haverá um amistoso com a presença de Zico e demais companheiros (Cantarelli, Adílio, Djalminha etc.) que fizeram sucesso no Flamengo contra a seleção paraense de masters, formada por Mesquita, Oberdan, Charles e outros.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, ameaçou retirar algumas das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Na manhã desta sexta-feira, ele afirmou que o “plano B” do governo federal para o atraso das obras de construção dos estádios para o Mundial do Brasil é a “exclusão de cidades-sede” do torneio.
– Posso assegurar que se a cidade não cumprir o prazo de início de obras de 3 de maio, passa a ter o risco de exclusão da Copa, disse. “A decisão de fazer a Copa em 12 cidades foi do presidente Lula, para que todas as regiões do Brasil pudessem receber jogos, mas a Fifa só precisa de oito cidades, porque são oito os grupos de seleções. Então, nosso plano de contingência é eliminar cidades que não consigam cumprir os prazos”.
O Brasil definiu 12 cidades como sedes da Copa do Mundo de 2014, mas algumas estão com o cronograma de obras atrasado, o que causa preocupações na Fifa e no governo federal. O ministro participa do Fórum Empresarial de Comandatuba, na Bahia, onde apresenta o painel Esporte como fator de desenvolvimento econômico e social para cerca de 300 empresários e executivos do país.
As doze sedes escolhidas pela Fifa são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife, Fortaleza, Natal e Cuiabá.
Nem precisa dizer quais as cidades na marca do pênalti… E que fique claro: não estamos secando ninguém.
Justamente em uma semana de Gre-Nal, o Inter precisou trocar de musa. O clube colorado havia escolhido Ana Paula Santos (no centro, na foto acima) como sua representante no concurso de mais bela do Campeonato Gaúcho. Mas teve que voltar atrás ao perceber que ela já havia tentado concorrer por outro clube. E esse clube é ninguém menos do que o Grêmio. Ana Paula foi uma das três opções oferecidas pelo Tricolor a seus torcedores para escolha popular. Em votação, ela perdeu para Aline de Oliveira Machado. E acabou virando a representante colorada. Mas por pouco tempo…
Jorge Avancini, o responsável pelo departamento de marketing do Inter, colocou um comunicado de esclarecimento no site oficial do Colorado. No texto, ele pediu desculpas pelo erro. Sem perder tempo, o Inter já apresentou a nova musa colorada, com pedigree garantido.
É a estudante Rafaela Ribeiro, de 18 anos, gaúcha de Novo Hamburgo, de 1,78m, manequim 36, 105cm de quadril, 65cm de cintura e 105cm de busto para formar um corpo que agora, sim, é colorado – “de sangue, alma e coração”, garante o Inter.
As mudanças esperadas para quinta-feira saíram nesta sexta. A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, já comunicou o vice de futebol Marcos Braz, o técnico Andrade e o diretor de futebol Eduardo Manhães que eles estão demitidos. A cúpula rubro-negra realizou uma reunião na casa do vice geral Hélio Ferraz, no fim da tarde desta quinta, mas preferiu esperar um dia antes de oficializar as mudanças. Para o comando da equipe, Joel Santana, atualmente no Botafogo, é o favorito. O cargo de Braz será ocupado interinamente por Ferraz, enquanto o clube procura um novo gestor, que passará a ser remunerado, mudando o atual modelo na Gávea.
Um dos nomes cotados para ser o profissional da área é Leonardo, que atualmente é técnico do Milan, mas já foi gerente do clube italiano. O Flamengo já tentou outra vezes adotar o modelo profissional no futebol. Em 1999, durante a gestão de Edmundo dos Santos Silva, Gilmar Rinaldi foi contratado como superintendente. Em 2003, com Hélio Ferraz, Radamés Latari foi o escolhido. No ano seguinte, Júnior assumiu a função. Desde o ano passado, o futebol era comandado por Marcos Braz, com Isaías Tinoco e Eduardo Manhães. Os dois últimos exerciam cargos remunerados. (Do GloboEsporte.com)
Cleber Wellington Abade (SP) será o árbitro do jogo S. Raimundo x Remo, neste domingo, às 17h, no estádio Barbalhão, em Santarém. Seus auxiliares serão Carlos Berckenbrock (SC) e Marco Antônio Martins (SC).
O amigo Kléber Batista convoca a comunidade botafoguense para a comemoração do título carioca, neste sábado, com carreata pelo centro da cidade e feijoada no Bistrô Baú. O Feijão do Fogão Campeão será organizado por Jorge Ohana, Dênis Cavalcante e Rafael Levy, a partir das 13h. Será aberto ao público (adesão a R$ 30,00) no Bistrô, que fica ali na Dom Romualdo de Seixas (quase chegando na Senador Lemos). O bar é temático, tem uma livraria e um amplo restaurante no 2º andar.
Além das bebemorações de praxe, os alvinegros presentes irão definir a realização de um jantar a ser realizado nos próximos dias, para homenagear o grande alvinegro Armando Nogueira e festejar o título de 2010, provavelmente com a presença de um dos jogadores do time campeão.
Os 55 anos de existência do rock são marcados por momentos emblemáticos. As primeiras gravações de Elvis Presley, em meados da década de 50, anunciaram a chegada do rock’n’roll e definiram um padrão de comportamento para a juventude. A aparição dos Beatles no Eddie Sullivan Show, em 1964, mostrou uma nova maneira de fazer música pop e levou bandas inglesas como The Who e Rolling Stones a desembarcar nos Estados Unidos em busca de sucesso.
Já “Like a Rolling Stone”, canção que Bob Dylan lançou em 20 de julho de 1965, transformou a poética do rock. A partir dela, o gênero se libertaria de temas como carros e garotas para mergulhar não só em assuntos sociais e políticos, mas na introspecção: o que dizer, e como dizê-lo, viraria a razão de ser do rock e a sua bandeira revolucionária. O objetivo do crítico Greil Marcus em “Like a Rolling Stone – Bob Dylan na Encruzilhada” (Companhia das Letras; tradução de Celso Mauro Paciornik; 256 páginas; 42 reais) é mostrar a gênese dessa canção e provar que ela, sozinha, mudou a cultura pop em todo o mundo. Marcus está à altura do que se propõe: ele é não apenas referência obrigatória na crítica musical, como também um especialista em Bob Dylan.
Dylan surgiu no início dos anos 60 como uma versão remoçada do artista folk Woody Guthrie. De violão e gaita empoleirada sobre os ombros, ele compunha canções de protesto como “Blowin’ in the Wind” (aquela que o senador Eduardo Suplicy se encarrega de estragar toda vez que a “interpreta”). A fórmula durou até “Bringing It All Back Home”. O disco, lançado em 1965, introduziu a guitarra elétrica no folk e deixou furiosos os fãs de primeira hora. “Highway 61 Revisited”, de poucos meses depois, causou ainda mais estranheza – a começar pela faixa “Like a Rolling Stone”. A música nasceu de uma brincadeira de Dylan com “La Bamba’, de Ritchie Valens. Mas a pancada seca de bateria que anuncia o início da canção (Bruce Springsteen disse que ela soava como se alguém tivesse aberto a porta de sua mente), os solos de guitarra que a costuram e as intervenções do teclado criaram um novo padrão de sonoridade no trabalho do cantor. Os amantes do folk iam às suas apresentações para xingá-lo de Judas e vaiá-lo. O compositor respondia com fúria, gritando o refrão “how does it feel?” como um chamado à guerra.
“Like a Rolling Stone” revolucionou a maneira de divulgar uma canção no rádio. As músicas, então, podiam durar no máximo três minutos; ela tem o dobro. A CBS (atual Sony Music) pediu que Dylan a cortasse. Ele se recusou, e a faixa foi dividida em duas partes. “Foi assim que conheci a canção. Passei uma hora escutando a primeira parte até conseguir pular para a segunda”, disse Greil Marcus. O público rejeitou o artifício e exigiu que “Like a Rolling Stone” fosse tocada na íntegra pelas rádios, formato em que ela chegou ao segundo lugar na parada e se tornou o maior sucesso de Dylan até então.
A letra de “Like a Rolling Stone” é uma das mais brilhantes da carreira de Dylan. Para contar a história de uma esnobe da alta sociedade que vira indigente, ele emprega metáforas e se vale de uma estrutura narrativa então inédita nas letras de rock – tanto que a canção o colocou não apenas no cânone musical, como no literário. “Trata-se de uma composição capaz de viver no papel, sem a música”, diz Marcus. Seu lançamento fez com que os principais compositores do período alterassem seus métodos, não raro com algum desespero – como no caso de Gerry Goffin, um dos mentores do Brill Building, espécie de quartel-general dos principais hitmakers do período.
A protagonista da canção também é motivo de debate. Há quem ache que se trata de um decalque de Edie Sedgwick, socialite que era amiga de Andy Warhol e por quem Dylan se apaixonou – e há quem teorize que o cantor está falando de si próprio, metaforicamente. Greil Marcus, entretanto, aposta em outra tese. Para ele, o segredo está nas três palavras iniciais – “Era uma vez”. Ou seja, tudo não passa de história e invenção. É um bom mote: com “Like a Rolling Stone”, Dylan reinventou a música pop. E a história dela nunca mais foi a mesma.