Sob a ressaca do Re-Pa, a coluna abre espaço para opiniões dos leitores. João Lopes reclama de Héliton. Exagerou nos lances individuais, carregou demais a bola, deixando de passar para os companheiros, sentencia. “Acredito que um ataque formado por Velber e Marciano e a meiúca com Samir e Gian dê bons frutos. Outra coisa: o Danilo não vai jogar bem todas as partidas. Quando ele estiver mal o time tem que apoiá-lo, correndo e marcando um pouco mais”, defende.
Ressabiado e de olho no Peixe, Jorge alveja a defesa remista. “É muito pesada e dificilmente terá êxito contra ataques leves como foi o do Paissandu, e como é o do Santos. Justamente esta diferença de velocidade foi decisiva a favor dos bicolores e aposto que os atletas do Remo já esperavam por esta dificuldade”.
Ainda assim, mantém as esperanças. “O lado positivo é que com o futebol do 2º tempo deu para ver que o bicho não é tão feio. Ou seja: se não dá pra defender tão bem, vamos atacar com mais qualidade”. E escala o time: Adriano; Levy, Pedro Paulo, Jorge Santos e Paulinho; Fabrício Carvalho, Otacílio, Gian e Samir; Vélber e Marciano.
Já Gabriel Ribeiro, paraense radicado em São Luís (MA) há três anos, relata a repercussão do Re-Pa na capital timbira. “É incrível como o clássico mexe com nossas emoções, até os maranhenses esperam por ele. Muitos paraenses residem aqui, e facilmente podemos ver as camisas de Remo e Paissandu estampadas pelas ruas da ‘Ilha do Amor’. Fiquei Feliz pela vitória do Papão, mas sei que foi só o 1º tempo (90 minutos) da decisão do 1º turno. E fico orgulhoso pelo futebol paraense, que, apesar das idas e vindas, continua enchendo os olhos”.
Manoel Tavares, da tradicional Confraria Murtosa, não poupa Sinomar Naves. “Gian e Velber não podem jogar juntos. Eles não marcam e não têm mais idade para começar jogando, são jogadores de 2º tempo. A defesa é muito fraca, possui qualidade técnica insuficiente para ser titular nessa equipe. O zagueiro Pedro Paulo é fraquíssimo e a jovem promessa Raul é um jogador absolutamente normal, além de muito inexperiente, como prova a sua expulsão primária no jogo de domingo”. Recomenda a imediata contratação de Samuel Cândido, “o melhor técnico regional”.
Em êxtase pelo triunfo, o bicolor Maurílio Eugênio, através do amigo Luiz Otávio Bandeira, arrisca até uma poesia: “O leão disse à pantera: eu te rogo, não me deixe/já perdi o posto de fera/sou presa fácil de um peixe!”
E Aderson Santos Vasconcelos lamenta que os garotos do Remo sejam tão instáveis emocionalmente. Cita Raul e Ramon, expulso no primeiro Re-Pa. “Foram jogos em que o Remo foi prejudicado pela infantilidade desses dois”. E bate firme na defesa: “Nunca me transmitiu confiança. Acho que, em vez de contratar atacante, a diretoria deveria contratar bons zagueiros”. Mas não joga a toalha: “Se ninguém for expulso e o Paissandu vencer o Remo, eu me calo. Mas nada está perdido: meter dois gols de diferença no atual time deles não é tão difícil assim”.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 16)