Lauren Bacall em casa com seu cão Harvey, em 1955.
Dia: 22 de setembro, 2019
Adeus a um “blogueiro sujo”
Willians Miguel (Sr. Cloaca) morreu neste domingo, eem São Paulo. Foi um dos primeiros blogueiros de esquerda no Brasil, com um texto ácido e bem humorado. Influenciou e virou referência para centenas de outros blogs engajados. Ganhou prêmios importantes e se orgulhava de sua condição de “blogueiro sujo”.
Willians Miguel presente!
A sentença eterna
Utilidade pública
“Que cresçam suas glórias e as minhas lágrimas contentes…”
Enquanto isso, no Rio de Witzel…
Verdades incômodas
Com apito amigo, S. Paulo vence Fogão e se aproxima do G4
Não é “bala perdida”, é bala achada
Por Kiko Nogueira, no DCM
Um eufemismo idiota precisa ser retirado de circulação no Brasil. A menina Ágatha Félix teria sido morta por “bala perdida”, assegura a mídia. Nada mais falso. Nada mais canalha, eventualmente.
Ágatha foi alvejada nas costas numa Kombi, ao lado do avô, por um policial que disparou contra o veículo. Não foi um tiro de advertência para cima. Não estava ocorrendo um tiroteio, de acordo com as testemunhas.
Ela é a 16ª criança assassinada por arma de fogo no Rio apenas neste ano, segundo levantamento da organização Fogo Cruzado.
Essas foram as vítimas reconhecidas, veja bem. É muita gente pobre morrendo, basicamente, da mesma maneira.
Jenifer Silene Gomes, de 11 anos, estava na porta de um bar, descascando cebolas, na favela de Jacarezinho, quando foi atingida.
Kauã Vítor Nunes Rozário andava de bicicleta, no Bangu, quando a bala de um fuzil perfurou-lhe as costas.
Estatisticamente, não faz sentido atribuir esses óbitos ao acaso. É política de estado. É algo intencional, articulado, pensado pelo governador Wilson Witzel e levado a cabo pela PM.
Não é bala perdida. É bala achada.
Bala com alvos evidentes numa parte da cidade sobre a qual Wilson Witzel já quis jogar uma bomba.
A ingenuidade da esquerda sobre a guerra híbrida
Ele continua atacando ideologicamente o PT. Por que ideologicamente ele e quem o paga, são neo liberais do capital financeiro internacional. Mas por que até hoje o PT não constituiu um Grupo de Inteligência para lidar com o tema das Redes Sociais, até poderosas lideranças do PT e da esquerda abrem caminho para que gente como Felipe Neto seja introduzido em nossa bolha, para no momento conveniente, a eles é claro, explodi-la. A “Revolução Colorida” calçada no identitarismo, usada como instrumento de divisão da classes sob os auspícios da ingenuidade militante de uma esquerda que anda apartada da classe que deveria não só representar, mas servir de luzeiro para a permanente luta de classes.
Witzel e Bolsonaro podem ser apontados como mandantes do assassinato de Ágatha
Por Ariel de Castro Alves (*)
Wilson Witzel, Jair Bolsonaro e Sérgio Moro são os nomes dos principais mandantes do assassinato da menina Ágatha Felix, de 8 anos, e dos demais assassinatos em série promovidos por policiais no Rio de Janeiro.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por mandar a polícia promover ações sangrentas nas comunidades periféricas cariocas. O Presidente Jair Bolsonaro por apoiar explicitamente a violência policial e incentivar um verdadeiro faroeste na sociedade brasileira.
Já o ministro da Justiça, Sérgio Moro, com apoio de alguns veículos de comunicação, pretende que os policiais, como os envolvidos na morte da menina Ágatha, justifiquem que agiram em legítima defesa, com “violenta emoção”, com “surpresa” ou com “medo”, para que fiquem impunes.
Somam-se a eles, alguns setores das classes média e alta do Rio de Janeiro, que são co-responsáveis pelos assassinatos cometidos por agentes do estado, porque entendem que essas mortes são meros “efeitos colaterais” do enfrentamento contra a criminalidade.
Certamente não pensariam a mesma coisa se seus familiares fossem vítimas dos assassinos que representam o Estado. Há 11 anos, em 2008, no mesmo Rio de Janeiro, o menino João Roberto, de 3 anos, foi assassinado por policiais militares que diziam estar perseguindo criminosos, quando o carro da família foi alvejado.
Na época, os acusados só faltaram colocar uma arma na mão do infante para simular um confronto, como de costume.
Porém, a criança era de uma família de classe média, e o caso gerou ampla consternação e repúdio geral da sociedade carioca. Já a menina Ágatha, pobre e negra, infelizmente, será tratada apenas como mais um número do tal “efeito colateral”, principalmente em tempos de barbárie, incivilidade e guerra aos pobres, impulsionadas pelas principais autoridades do País, sob aplausos e comemorações de parcela considerável da hipócrita sociedade brasileira.
Alguns desses “Cidadãos de Bem” defendem, inclusive, que as comunidades pobres sejam bombardeadas por policiais em aeronaves, igual nos filmes de guerra, como já está acontecendo no Rio de Janeiro.
(*) advogado, especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública, membro do Grupo Tortura Nunca Mais e do Movimento Nacional de Direitos Humanos
Direto do Twitter
“Quando morre uma criança preta da esquecida periferia (por bala encontrada, pois de nada foi perdida) não há discurso nesta mídia. Há silêncio. Silêncio da corja. Desta corja podre e moralista.”
Prof. Viaro