Flamengo forte sem apito amigo nunca existiu

Por Milton Neves – transcrito do UOL

Sim, uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Sim, o Flamengo é uma nação. Sim, o Flamengo tem a maior torcida terceirizada do mundo. Sim, sem o Norte, o Nordeste e o Norte de Minas, o Flamengo vira o terceiro time em torcida do Brasil.

Sim, no Rio hoje só sobra o excelente time do Flamengo. O resto caminha para São Cristóvão, Bonsucesso, Olaria, Madureira, Campo Grande, Bangu e América a bordo de um navio Vasco da Gama movido a remo, já que ninguém bota fogo nas caldeiras porque os troncos das laranjeiras caíram no mar.

E mais do que em Itaquera, caiu no Maraca o apito escancara olhando com raiva para o time adversário. Pobre Guerrero… O peruano sofreu um duplo pênalti perfeito do franzino Rodrigo Caio e sua senhoria Luiz Flávio de Oliveira fez vistas grossas, mas enxergou além da conta para expulsar o Bruno.

Já o VARurubu estava sem pilhas e os árbitros de TV Viug, Vianna, Magalhães, Armando, Sansão, Eunápio, Arnaldo, Assis e Wright se negaram a subir até as cabines das TVs Guanabara, Tupi e Manchete. É que aí teriam que marcar o pênalti contra o Flamengo. Flamengo que, ao lado do Corinthians, forma a dupla mais beneficiada pelo apito na história de nosso futebol desde os anos 1980 a.C.

Os dois são os queridinhos dos erros de arbitragem, sempre a favor. Ao contrário de Galo, Santos, Portuguesa e da antiga União Soviética.

Já a seleção brasileira, em Mundiais, joga ao lado de Timão e Mengão.

Fomos ajudados em 1958 (Vavá quebrou Jonquet e a França ficou com 10), em 1962 (em uma vergonha épica e monstruosa), e em 1970 (as não expulsões de Pelé ao quase “matar” o uruguaio Dagoberto Fontes e de Carlos Alberto Torres ao “assassinar” o inglês Lee e ficando em campo).

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E a “maravilhosa” seleção perdedora de Telê em 1982?

Ganhamos no apito da Rússia com pênaltis não marcados de Luizinho e com a anulação do gol legal de Shengelia quando estava 1 a 1.

Em 1994, a Suécia caiu em jogo eliminatório porque o Thern foi expulso após falta normal em Dunga. E até em 2002 foi no apito.

Que o diga a Bélgica, que poderia ter eliminado o timão de Felipão se o golaço legal de cabeça de Wilmots para cima de Roque Júnior tivesse sido validado.

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Foi um gol mais limpo do que os corações dos bombeiros do mundo, do goleiro São Marcos e do santo Mané Garrincha.

Sobre os benefícios gritantes, absurdos e nojentos que deram o bi ao Brasil em 1962 no Chile, vou passar batido por falta de tempo e de espaço aqui. Caso do Flamengo também em 1980, 1981, 1982 e 1983.

As “sacanagens”, pela ordem, foram com o Galo no Maracanã, na cruel expulsão do estropiado Reinaldo, o “fuzilamento” em Goiânia do mesmo Galo com Wright botando para fora “todo” o Atlético e mais Aleijadinho, Juscelino, Drummond, Tancredo e Magalhães Pinto.

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Em 1982, segundo jogo em Porto Alegre entre Fla e Grêmio, Andrade deu uma cortada de vôlei na pequena área e nada de pênalti marcado.

Já em 1983, o Santos, desfalcado, jogava no Maracanã pelo empate, perdia de 1 a 0 quando o zagueiro Marinho derrubou Pita na área, em pênalti 7000 vezes mais claro do que este no Guerrero na quarta-feira, e o Arnaldo Rubro-Negro Coelho resolveu “desver”.

Enfim, o Flamengo bom ou ótimo, como naqueles tempos e atualmente, é sempre um perigo, pois joga reforçado por apito, VAR, bandeirinhas, juízes e CBF fazendo tabelas com Bruno Henrique, Zico, Gabigol, Arrascaeta e Tita.

Mas o campeão será o Palmeiras!

A frase do dia

“O jornalismo não deveria defender métodos usados por Moro, Dallagnol e cia. na Lava Jato. Eu não consigo. Vejo ambição autoritária para chegar ao poder. Não vejo Justiça. Vejo manipulação da opinião pública e interferência ilegal na História do país. Passaram de todos os limites.”

Kennedy Alencar, jornalista

Tribo Munduruku divulga manifesto: “Somos contra garimpo e mineração na nossa terra”

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O movimento Munduruku Ipereg Ayu realiza na manhã desta sexta-feira (27) um protesto em Itaituba (PA) contra a mineração em terras indígenas durante a audiência pública “Mineração: Economia, Meio Ambiente e Sociedade”, convocado pela Subcomissão Permanente de Mineração, da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Antes da abertura do evento, marcado para às 9h, cerca de 100 Munduruku protestaram e leram aos parlamentares, políticos da região e demais presentes um comunicado dos Munduruku contra a legalização da mineração e exigindo consulta prévia ao povo. Leia na íntegra:

O desgoverno do Brasil não fala pelo povo Munduruku.

Bolsonaro, em sua fala na ONU, disse que nós indígenas somos “homens da caverna”. Ele nos define pelo que ele é. Bolsonaro não nos representa e as suas palavras são vazias. Nossas crianças tem mais sabedoria que ele.

Reunimos caciques, cacicas, guerreiras, guerreiros, pajés, cantores e professores do nosso povo Munduruku do médio e alto Tapajós e baixo Teles-Pires. Conversamos sobre todos os ataques e ameaças aos povos indígenas no Brasil e nossos territórios e direitos.

Gilmar sobre Janot: “Facínora” e “desprovido de condições para as funções”

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O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou um requerimento ao colega Alexandre de Moraes, que comanda o inquérito que investiga ameaças a integrantes da Corte, pedindo providências contra o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na quinta (26), Janot afirmou à Folha e a outros veículos de comunicação que chegou a ir armado ao tribunal para matar Mendes, em 2017. Entre as providências estudadas estão a retirada do porte de arma de Janot e a proibição de que ele visite a Corte.

Janot ficaria também proibido de chegar perto de qualquer lugar em que Gilmar Mendes esteja, já que confessou ter planejado dar um fim à vida dele. O ministro cuja morte foi planejada pelo ex-chefe da PGR defendeu novos critérios para a escolha do ocupante do cargo. “Talvez todos os juristas brasileiros devessem votar”, sugeriu Gilmar.

“Os senhores sabem que sempre fui, no STF, um crítico dos métodos do [Rodrigo] Janot. Era divergência intelectual, mas não imaginávamos que tivéssemos um facínora na PGR. Imagino que todos responsáveis por sua indicação devem pensar na alta responsabilidade de indicar alguém tão desprovido de condições para as funções envolvidas”, disse Mendes aos jornalistas presentes.

Mendes afirmou, no entanto, não cogitar acionar a Justiça contra Janot. “Não cogito, trata-se de um problema grave de caráter psiquiátrico. Mas isso não atinge apenas a mim, atinge todas as medidas que foram deferidas no STF. Isso tem que ser analisado pelo país”, disse. Sobre se o episódio terá incidência sobre as denúncias feitas pela Lava Jato, o ministro disse entender que foram feitas por “um tipo de pessoa com essa qualidade psicológica” e que precisam ser “analisadas nesse sentido”.

Perguntado sobre qual seria a motivação de Janot para fazer essa revelação nesse momento, Mendes disse não dispor de elementos para avaliar. “Me parece que ele viveu um momento de apogeu e agora está vivendo um momento de crise de abstinência. Um problema psicológico muito sério e certamente isso explica esses desatinos”, afirmou. “Espero que procure ajude psiquiátrica”, disse ainda o ministro Gilmar Mendes, em nota divulgada hoje à imprensa brasileira.

Uma esposa em busca de patrocínio

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Luiz Adriano, que caiu nas graças do torcedor do Palmeiras na última terça-feira ao fazer os três gols da vitória em cima do Fluminense, procura um patrocinador. Desde a sua chegada ao país, ele abriu conversas com Adidas, Puma e Nike e sempre ressaltou que gostaria também de roupas para a sua mulher, Ekaterina Dorozhkoque, que o acompanhou da Rússia até São Paulo. No jogo de terça, ela virou centro das atenções nas redes sociais alviverdes ao postar uma foto em um dos camarotes vestindo uma camiseta da Adidas, ex-fornecedora do clube.

Em diversos comentários, palmeirenses pediram para que ela vestisse Puma, a atual parceira e arquirrival da Adidas no mundo negócios. Mas isso é algo que não deve acontecer. A Adidas não quis se manifestar sobre o possível acordo a russa. (Por Danilo Lavieri)

Em defesa das invencibilidades

POR GERSON NOGUEIRA

Coerente com o planejamento definido desde o começo do torneio, o técnico Hélio dos Anjos decidiu bancar o goleiro Geovane como titular para o clássico contra o Remo, pela semifinal da Copa Verde. É, a rigor, a única novidade na provável escalação do Papão em relação ao último confronto contra o rival, ainda valendo pela Série C.

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Além da necessidade de abrir vantagem na disputa, o Papão vai para o jogo defendendo duas invencibilidades: 19 jogos (14 empates, 5 vitórias) sem derrota, incluindo Série C e Copa Verde, e a escrita de quatro confrontos sobre o rival na temporada – duas vitórias e dois empates. Em termos de Copa Verde, o retrospecto é amplamente favorável aos bicolores. Em seis confrontos, foram quatro vitórias do PSC, uma do Remo e um empate.

Quem acompanha os capítulos da rivalidade entre PSC e Remo sabe que o histórico de duelos é uma espécie de campeonato particular entre os dois. A coisa é tão séria que até hoje a torcida alviceleste não assimilou os quatro triunfos azulinos (1 a 0) no campeonato estadual de 2017.

Com Hélio no comando, porém, o Papão não deu chances ao rival na Série C. Foi uma vitória e um empate, sendo que no último jogo o resultado provocou a desclassificação do Remo. Além dos bons resultados, o time teve atuações sempre superiores no aspecto tático, desde o Parazão, quando comandado ainda por João Brigatti e Leandro Niehues.

A partida de domingo representa um novo desafio, pois Hélio vai poder mostrar que a equipe está plenamente recuperada emocionalmente da frustração e da revolta pela desclassificação na Série C.

Na formatação mostrada nos treinos da semana, a defesa terá a formação titular, com Bruno Collaço e Diego Matos disputando a lateral esquerda. No meio-campo, Léo Baiano volta à equipe após cumprir suspensão. Uchoa e Tiago Primão devem completar o setor.

Para o ataque, Nicolas e Hygor têm presença certa. A dúvida está entre Vinícius Leite e Elielton, embora nos últimos jogos o técnico tenha optado sempre por começar com Vinícius, que pode cumprir a função tática de voltar para ajudar o meio-campo e atravessa sua melhor fase no Papão. (Foto: Jorge Luiz/Ascom PSC)

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Dewson desperta sentimentos parecidos nos dois lados

A indicação de Dewson Fernando Freitas (Fifa) para apitar o Re-Pa de domingo abriu novo foco de polêmica na já catimbada semana do clássico. O ex-presidente do PSC, Alberto Maia, criticou a escolha, previu problemas e sugeriu à diretoria que mande filmar a atuação do árbitro.

Mais diplomático, o presidente Fábio Bentes (Remo) disse que Dewson é qualificado, mas observou que ele não atravessa um bom momento. Cobrou também resposta para o pedido de VAR na semifinal e final da CV.

Em meio ao clima de desconfiança, Dewson pisará no Mangueirão pressionado, mas pode usar a experiência para reverter as expectativas desfavoráveis.

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Clubes promovem dança milionária de técnicos

Com 33% de aproveitamento em oito jogos, com uma fieira de resultados ruins, Rogério Ceni foi demitido ontem à tarde pela diretoria do Cruzeiro. Desgastado no vestiário, possivelmente fritado pelos líderes do elenco (Tiago Neves, Fred e Edilson), Ceni não suportou a pressão e sai de cena de maneira frustrante. Era um nome que despontava entre os novos técnicos brasileiros, após boa passagem pelo Fortaleza.

O desafio de voltar a treinar um clube tradicional – havia treinado o São Paulo antes – foi visto como a oportunidade para que mostrasse estar preparado para voos mais altos. Não está. A dificuldade em lidar com os egos cruzeirenses prova que Ceni precisa de mais rodagem.

O aproveitamento de Cuca no São Paulo foi um pouquinho melhor, 47,4% (26 jogos), mas insuficiente para garantir sua permanência. Foi a outra demissão de ontem na Série A. Sob seu comando, o Tricolor não decolou, nem mesmo quando o clube contratou estrelas como Daniel Alves e Juanfran.

Como consolo, há a contrapartida financeira embutida na rescisão dos técnicos, alcançando valores de nível europeu. Cuca, segundo especulações, teria a receber cerca de R$ 1,2 milhão do São Paulo. Ceni vai embolsar R$ 1,8 milhão como indenização. Como se vê, os acordos contratuais são mais competentes do que os esquemas táticos utilizados pelos dois.

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Quase toda a Série A está com nome sujo na praça

Não é surpresa, mas a informação da Folha de S. Paulo inspira reflexões mais profundas. “Maioria dos clubes da Série A está com nome sujo no Serasa”. Das 20 equipes, apenas Ceará, Goiás e Palmeiras não foram protestados por dívidas.

É óbvio que algo vai (muito) mal no reino da fantasia do futebol brasileiro. Está óbvio que há muita gente comendo sardinha e arrotando caviar. O problema é que um dia a bolha estoura.

(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira, 27)

Flu empata com o Santos e Ganso quase sai no tapa com Oswaldo de Oliveira

O técnico Oswaldo de Oliveira tentou se mostrar mais equilibrado durante a entrevista coletiva após a forte discussão com Ganso, durante o empate em 1 a 1 entre Fluminense e Santos. Admitindo que ele e seu comandado passaram dos limites, falou em desrespeito à hierarquia, mas garantiu que aparou as arestas com o meia.

“O Fluminense vive um momento muito especial. Muita tensão. Muitas coisas passadas voltam e todos nós, que se envolvem com a camisa do Fluminense, vivemos um momento muito difícil, intenso. Às vezes os ânimos passam dos limites, como acabou acontecendo hoje. De antemão, está tudo resolvido. Entre eu e o jogador, está tudo certo. Natural que numa circunstância adversa haja desentendimento, só que eu não desrespeito ninguém. Principalmente nenhum superior meu. Respeito a hierarquia. No momento que eu fui desrespeitado, tomei a atitude que achei que tinha tomar. A hostilidade ali passou do limite”, disse.

Em seguida, o treinador detalhou o que aconteceu para iniciar o grande bate-boca, com direito a xingamentos e integrantes da comissão técnica precisando separá-los: “Eu pedi para ele voltar para fazer a marcação. Ele respondeu um palavrão. E aí eu tirei ele do jogo. Foi isso que aconteceu. Só vou reforçar o seguinte: eu tenho a reação que acho que tenho que ter diante de qualquer circunstância. Se eu achar que as coisas estão acontecendo de uma maneira, reagirei à mesma altura. Não tem mágoa com o Ganso, de jeito nenhum. Jogador de futebol também tem direito de se expressar”.

Cruzeiro prefere paneleiros

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Do Blog do Menon

O roteiro sonhado por Rogério Ceni era sedutor. Troca um time menor por um gigante em dificuldades.

Dificuldades que seriam facilmente superadas por seu trabalho e pela qualidade do elenco que dirigiria.

Mas… Havia uma panela no caminho.

Thiago Neves reclamou que Edilson foi para o banco. Dedé reclamou que Thiago Neves foi para o banco.

Rogério Ceni teria, segundo ele, de recuperar o amigo. Na verdade, teria de recuperar o Cruzeiro.

Agora, a demissão. O Cruzeiro optou pelos paneleiros e Ceni carrega outra demissão em três anos de carreira.

Uma carreira que gerenciou mal ao não respeitar o contrato com o Fortaleza. Preferiu abraçar Itair Machado. Colhe o que plantou…