Rádio alcança 83% dos brasileiros e é mais popular entre os jovens

O rádio é conteúdo que informa e emociona, eterniza momentos e vira referência na vida das pessoas. Para passar uma lupa nas características dos ouvintes e entender com profundidade como se dá o consumo e o comportamento nesse meio, a Kantar IBOPE Media apresenta o Inside Radio 2019. De acordo com o estudo deste ano, o meio alcança 83% dos brasileiros (nas 13 regiões metropolitanas onde há aferição) e o consumo de horas por dia é de 4h33 em média.

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Para Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media no Brasil, o estudo reforça a relevância do rádio enquanto mídia, assim como o impacto do meio na vida das pessoas: “O áudio é uma das primeiras coisas que experimentamos na vida, quando ainda estamos no ventre de nossas mães. Em um mundo cada vez mais tecnológico e influenciado por algoritmos, o áudio mantém a capacidade de nos humanizar e é importante entender isso para explorá-lo e valorizá-lo. E é no áudio que o rádio vive e se recria todos os dias”, comenta a executiva.

A influência do digital

O ser humano cada vez mais conectado impacta também em como o conteúdo de rádio é consumido. Por isso, a abrangência do meio chega aos mais diferentes devices. A maioria (84%) ainda escuta o rádio pelo aparelho comum, enquanto 20% afirmam ouvir pelo celular, 4% por meio de outros equipamentos e 3% pelo computador.

Essa divisão é facilmente compreendida quando olhamos os lugares nos quais o meio é consumido: 70% dos ouvintes declararam escutar rádio enquanto estão em casa e 41% fora do domicilio (carro, trabalho, em trajetos ou em outros locais).

Rádio para todas as idades, o tempo todo

Enquanto 83% das pessoas escutam o meio, a média entre os mais jovens é maior do que entre os mais velhos. O destaque está entre aqueles que têm entre 20 e 49 anos, faixa etária que corresponde a 86% entre os que declararam escutar rádio nos últimos 30 dias.

Outro dado interessante é que o consumo de rádio acontece o tempo todo, o dia inteiro. O volume de ouvintes é bastante equalizado ao longo das 24 horas do dia, ou seja, no rádio, o prime time é o dia todo.

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Conteúdo que informa, engaja e emociona

A programação encontrada no rádio é bastante diversa e, até por isso, agrada a grande maioria das pessoas. Mas entre todos os conteúdos disponíveis, três chamam a atenção por serem os mais procurados pelos ouvintes: música, notícias e esportes.

Para 62% dos ouvintes, a música constitui parte importante de suas vidas. Prova disso é que 93% afirmaram terem ouvido música no rádio nos últimos 30 dias. Entre os gêneros mais executados no primeiro semestre de 2019 estão Sertanejo, Pop Internacional, Pop Nacional, Pagode e Gospel.

Já a notícia é o conteúdo buscado para 70% dos ouvintes, divididos em noticiários locais (93%), noticiários nacionais (82%) e notícias de trânsito (62%). Já 80% dos ouvintes de esportes afirmaram acompanhar transmissões esportivas ao vivo enquanto 62% escutam notícias e comentários esportivos.

Marcas apostam no rádio

Mais de 7300 anunciantes, distribuídos entre mais de 8900 marcas, investiram em publicidade no rádio no primeiro semestre de 2019. Desses, 3686 anunciantes são exclusivos, ou seja, que veiculam publicidade somente no rádio. Se levarmos em conta as marcas exclusivas, esse número chega a 4753. Foram 3541 novos anunciantes no meio no primeiro semestre de 2019 (que não haviam feito publicidade no primeiro semestre de 2018 em rádio). Para novas marcas, esse número chega a 5207.

Em um meio plural, é normal que marcas dos mais diferentes setores busquem o rádio como principal meio de comunicação com seu público-alvo. Entre eles, podemos destacar Serviços ao Consumidor, Comércio, Cultura/Lazer/Esporte//Turismo, que, juntos, concentram quase dois terços do investimento (64%).

Mais que um prêmio de consolação

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POR GERSON NOGUEIRA

Não é apenas no aspecto financeiro que a semifinal da Copa Verde desponta como tábua de salvação para os velhos rivais. Embora importante, o faturamento com a bilheteria não é o fator mais relevante. A questão técnica, aliada à histórica rivalidade, é o que sustenta a motivação maior para o novo duelo, que começa hoje à tarde no Mangueirão.

O entusiasmo envolve os dois lados. Até para o PSC, que já conquistou o torneio em duas ocasiões, a eventual conquista da Copa Verde serve como um objetivo interessante para o técnico Hélio dos Anjos e o elenco atual. Como não conquistou nada na temporada, é natural que o time se agarre ao legítimo projeto do tri da CV.

Outro aspecto que cria um interesse natural pela semifinal é a luta de remistas e bicolores pela chance de garantir às suas torcidas a última grande comemoração da temporada.

Do lado azulino, a ansiedade vem do fato de o clube nunca ter vencido a competição regional. Ganhar a Copa virou obsessão, após a boa campanha de 2015 que terminou com a frustrante goleada diante do Cuiabá.

O sonho de conquista ainda esbarra em dificuldades bem conhecidas. Superar o PSC e chegar à final vai depender de um rendimento técnico que o time não conseguiu mostrar na fase mais aguda da Série C.

A troca de comando reabriu a perspectiva de uma recuperação da equipe, sugerindo uma ruptura com o estilo previsível e defensivo exibido nas rodadas finais do Brasileiro. Eudes Pedro assumiu com a proposta de colocar o Remo sempre em busca de vitórias.

Diante do Atlético-AC, cumpriu à risca essa promessa, obtendo uma goleada que o torcedor do Leão não via há mais de um ano. O problema é que Eudes não tem nenhuma outra credencial para exibir. Segue como aposta. Os clássicos podem dar a ele a musculatura que falta.

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Hélio dos Anjos tem musculatura em excesso. Rodou o mundo dirigindo times. O retorno ao Papão é satisfatório até agora. Reorganizou o time, deu sentido de competição e quase obteve o acesso à Série B.

O único senão é o excesso de empates (14 em 19 jogos), que valoriza o trabalho do sistema defensivo, mas deixa dúvidas quanto à efetividade do setor de ataque. A semifinal contra o maior rival pode contribuir para mudar essa imagem ou servir como ratificação.

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Guinada em favor do jogo bonito

Há uma saudável tendência de alta do futebol-arte, estilo de jogo que muitos consideravam extinto. Todas as torcidas passaram a eleger como sonho de consumo o futebol entregue pelo Flamengo de Jesus, o Santos de Sampaoli, o Grêmio de Renato e o Atlético-PR de Tiago Nunes.

Pode ser somente modismo de verão, mas é inegável que o Brasileiro exibe um cenário diferente de anos anteriores. Comparada à pasmaceira que foi a competição de 2017 e 2018, o atual campeonato estabelece o resgate de um tipo de jogo que parecia restrito aos arquivos de videotape.

Na frenética dança de cabeças que agitou a Série A desde a quinta-feira (26), chama atenção a aposta do São Paulo em Fernando Diniz, cuja filosofia ofensivista desafia a cartilha pragmática dos resultados.

Logo na primeira entrevista, Diniz conquistou os fãs do futebol bem jogado ao citar “Seu Telê”, um ícone na história do São Paulo e um dos mais fiéis apóstolos do futebol-arte no Brasil.

Curiosamente, a repercussão da escolha foi mais positiva entre torcedores de outros clubes. Os tricolores mostram-se ressabiados, talvez pelos maus passos de Diniz no Atlético-PR e no Fluminense, onde teve baixo aproveitamento mesmo encantando em jogos pontuais.

A questão é que o São Paulo tem um elenco qualificado, com jogadores como Daniel Alves e Hernanes, como nenhum outro dirigido por Diniz, e isso abre a possibilidade de um casamento interessante entre a ousadia tática do técnico e as habilidades dos jogadores.

Lógico que é precipitado avaliar se a mudança de rota determinada pelo São Paulo será bem sucedida. Nem sempre as diretrizes do comando técnico encontram eco na produção de campo. O que respalda a iniciativa é que Diniz é conhecido pela determinação e disciplina com que se lança ao projeto de futebol mais voltado para o ataque.

Outro aspecto favorável é o endosso dos líderes do elenco à contratação, tendência oposta ao que à muito ao contrário da arapuca armada pelo elenco do Cruzeiro para derrubar Rogério Ceni – que já voltou ao Fortaleza, de onde não deveria ter saído.

Aliás, a situação cruzeirense expõe o fracasso de gestões à moda antiga. Com dívidas monstruosas, inclusive com os jogadores, o Cruzeiro tem frequentado as páginas de escândalos dos jornais a partir de denúncias judiciais e ordens de prisão contra dirigentes e ex-presidentes.

O Fluminense sacode no banzeiro de débitos que perduram desde o fim da parceria com a Unimed, que rendeu algumas vitórias e gerou um monumental paiol de problemas. Depois de afastar Fernando Diniz, optou por sua antítese, o conservador Oswaldo de Oliveira. Deu no que deu.

Ainda é cedo, porém, para que se consolide um consenso em torno do futebol-arte. Não se pode esquecer que o torcedor, que dita rumos e apostas, gosta de ver futebol bonito, mas aprecia mesmo é levantar taça.

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Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir das 21h, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a primeira semifinal da Copa Verde 2019.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 29)

De mal a muito pior

Notícia do jornal O Dia informa que um grupo de alunos provocou pânico, na manhã de quarta-feira, no fim da aula que encerrou o curso para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), na unidade da Tijuca do Colégio Elite. Segundo testemunhas, sinalizadores foram acesos por estudantes dentro da escola e uma estudante foi agredida com um soco no rosto.

No quadro negro foram escritos, além de palavrões, os dizeres ‘1964, revolução glorioso (sic)’ e ‘Ustra!’, uma referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça brasileira como torturador de presos políticos na ditadura militar.

Te dizer…

Lula tem o dever de sair

Por Carlos D’Incao (*)

Há muita especulação sobre a possibilidade de Lula ter a progressão de sua pena para o regime semiaberto o que, na prática, se tornaria um regime aberto. As últimas notícias nos contam que os próprios procuradores da Lava-Jato assim compreendem o processo legal.

Isso posto, temos um novo debate surgindo no interior dos setores progressistas: Lula deveria aceitar essa progressão ou o melhor seria ele esperar na cadeia a anulação plena de sua sentença pelo STF?

Lula não apenas pode, como deve aceitar sair da cadeia sob quaisquer condições. Lula livre é uma ferramenta fundamental para o povo ganhar as ruas e frearmos o processo de descalabro neoliberal.

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A melhor liderança do PT não puxa um quarteirão da Paulista numa manifestação. Lula faz o Brasil inteiro parar e a sua presença nas ruas tornará evidente a pequenez daqueles que ocupam o poder, a começar pelo czar dos vira-latas, Jair Bolsonaro.

A ideia de que “caso Lula aceite o semi-aberto ele estará confessando a culpa” traz consigo um duplo equívoco: 1 – Legalmente Lula ainda pode provar sua inocência fora da cadeia; 2 – Caso a questão girasse em torno do tema “confissão” de culpa, Lula já teria feito a mesma quando voluntariamente se entregou para a polícia.

Hoje temos uma conjuntura de guerra entre o STF e a Lava Jato. Nessa guerra, a prisão de Lula pode servir como munição do STF contra os procuradores que o acusaram e os juízes que o condenaram. Essa guerra não pertence ao campo progressista. Trata-se da mais pura luta palaciana entre diversas instâncias reacionárias do poder.

Caso um dos efeitos colaterais dessa guerra seja a libertação de Lula, melhor será para o povo e para o campo progressista. Para a maioria da população, um homem é libertado porque é inocente e é preso porque é culpado. O resto é “jurisdicês” incompreensível para a massa.

Quando Lula se entregou, aumentou o número daqueles que o julgavam culpado. Caso ele fique livre, o mesmo efeito acontecerá ao reverso. Para o povo, se Lula sair da cadeia é porque é inocente. Ponto final. Os mais versados do mundo jurídico já sabem que sua condenação foi uma farsa. O tema já está esgotado.

Lula nas ruas! Lula pelo mundo a fora condenando os descalabros desse governo! Lula na América Latina apoiando a volta de governos progressistas! Lula na luta, fora das grades – ao vivo e a cores – aos olhos do povo e do mundo! Se isso for possível, não se deve pensar duas vezes em aceitar, e sim fazê-lo por dever de ofício.

Por fim, é importante salientar mais uma vez que essa possibilidade existe devido a uma contenda entre os reacionários. Caso Lula se negue a sair por questões de “honra e etiqueta”, quem disse que a direita não pode chegar a um cessar-fogo, conciliar-se e a agenda sobre a “questão Lula” voltar a ser colocada para ser debatida e julgada no “dia de São Nunca”?

Quem ganha e quem perde com o Lula livre? Essa é a questão central. Lula DEVE aproveitar qualquer oportunidade para estar fora da carceragem de Curitiba. Sem pestanejar. Com a clareza das necessidades do povo e tendo em vista – inclusive – que ele já não é mais um menino de 25 anos com a vida toda pela frente.

(*) Historiador

Gilmar: papel da imprensa foi decisivo para desmandos da Lava Jato

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fez críticas à Operação Lava Jato no início da noite desta sexta-feira (27), ao comentar declaração do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot, de que chegou a entrar armado no STF com a intenção de matar Mendes. “Eu jamais imaginei correr risco de vida. Na verdade, eu acho que o Direito brasileiro correu muito risco com o Janot e sofreu realmente muitos ataques. Mas não imaginávamos que chegaríamos a isso da morte física, ou à tentativa de atentado como se promete aí”, afirmou Mendes em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, no programa O É da Coisa, na Band News FM.

“Tenho a impressão de que todos nós estamos descobrindo lentamente dessa realidade subjacente a essas operações. Eu já falei em algum momento que havia um tipo de organização para investigar o crime, mas que também cometia crimes. E agora a gente vê que poderiam chegar até ao assassinato”, acrescentou o ministro do STF. “A gente tem de perguntar o que fez de errado nesses anos todos para produzir esse monstrengo institucional. Essa é uma pergunta que temos de fazer. O que fizemos de errado para produzir esse monstrengo chamado Procuradoria-Geral da República, chefiada por gente como Janot. É uma pergunta que temos de responder”, disse.

Ao ser indagado pelo jornalista se teria alguma hipótese para responder essa questão, Mendes afirmou: “Eu tenho a impressão de que em algum momento essa instituição fugiu de todo o controle. O sistema de checks and balances na verdade faleceu aqui em relação a eles. Eles passaram a ser soberanos na ordem jurídica. E aí todos nós temos responsabilidades. Nós do Supremo Tribunal Federal, as pessoas da imprensa – e aqui acho que o papel da imprensa é decisivo. Essa gente em algum momento assumiu o papel de verdadeiros deuses”.

Déspotas obscuros

E continuou: “Eu falei ontem no plenário do Supremo: nada se poderia falar contra a Lava Jato. Não se poderia contrariar o espírito da Lava Jato. A Lava Jato estabeleceu uma nova Constituição e nós estamos vendo que nem sequer déspotas iluminados eram, pelo contrário, eram déspotas obscuros”.

A declaração polêmica de Janot foi dada a alguns veículos de imprensa ontem. Janot pediu a suspeição de Gilmar Mendes em maio de 2017, quando estava à frente da PGR, em casos relacionados com o empresário Eike Batista, que ao se tornar investigado da Lava Jato foi defendido pelo escritório da mulher do ministro, Guiomar Feitosa Mendes.

Segundo a Agência Brasil, a Polícia Federal realizou na tarde de hoje ação de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral, em Brasília. As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele também suspendeu o porte de arma de Janot, além de proibi-lo de se aproximar de integrantes da Corte e de entrar nas dependências do tribunal.

Curitiba quer tirar Lula da cadeia antes que o STF o faça

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Por Helena Chagas

Nosso sistema penal seria uma maravilha se cada condenado cumprindo sentença tivesse do Ministério Público que o acusou a atenção que o ex-presidente Lula recebeu de Deltan Dallagnol e seus colegas nesta sexta, quatro dias depois de ter completado 1/6 da pena e ganhado direito à progressão de regime. Será que os procuradores da Lava Jato que pediram que Lula saia da cadeia de Curitiba para cumprir pena em regime domiciliar ficaram bonzinhos de repente?

Nada disso. Tudo indica que o movimento da força tarefa da Lava Jato seja uma tentativa de se antecipar a uma possível liberação de Lula no Supremo Tribunal Federal. Derrotados esta semana no plenário da Corte, que acolheu a augumentação de que o réu delatado tem direito a apresentar suas alegações finais depois das do delator, os procuradores farejaram que, muito possivelmente, o próximo passo do Supremo poderá ser soltar o ex-presidente. Antes de mais essa derrota, portanto, tentam esvaziar o habeas corpus de Lula e outros recursos de sua defesa.

E qual a diferença, alguns devem estar se perguntando. Afinal, o importante, para quem está preso, é parar de ver o sol nascer quadrado. Para Lula, que por ‘n’ razões já mostrou que não é um preso comum, não é bem assim. O próprio presidente determinara à sua defesa para não mover uma palha no rumo da progressão de regime porque, depois da revelação da chamada Vaza Jato, deflagrada pelo site The Intercept, passou a apostar numa anulação de sua sentença com base na acusação de parcialidade contra o ministro e ex-juiz Sergio Moro. No mínimo, num habeas corpus ou outro tipo de medida cautelar para que aguarde em liberdade o julgamento da imparcialidade de Moro.

Para Lula, o líder político, a forma de sair da cadeia faz toda a diferença. Sair tendo o reconhecimento do STF de que quem o julgou não foi imparcial equivale a mais do que uma absolvição. Nesse caso, estaria pronto para voltar às ruas e retomar seus planos políticos de onde parou: a candidatura à presidência da República. E cheio de discurso. Coisa muito diferente, para ele, seria passar à prisão semi-aberta ou domiciliar, sujeito à vigilância e, até, ao humilhante uso de uma tornozeleira.

Todo mundo sabe que a questão hoje não é mais se Lula será solto ou não – mas em que condições e quando isso ocorrerá, com seus devidos impactos políticos. É isso que está em jogo.

O STF, que não teve coragem ainda para retomar, na Segunda Turma, o julgamemto do HC de Lula, tem dado sinais de que, quem sabe, terá chegado a hora de dar um freio de arrumação na Lava Jato. A força tarefa, após seguidas derrotas também no Legislativo, já percebeu isso e, mais uma vez, está atuando politicamente. Para Curitiba, a forma como Lula sair da cadeia também fará toda a diferença, inclusive no lugar que vai ocupar na história.