Dia: 7 de setembro de 2019
Em jogo-treino, Leão vence o Tigre
Em jogo-treino dissputado na manhã deste sábado, no estádio Baenão, o Remo derrotou o Tiradentes por 2 a 0. Os gols foram marcados pelo atacante Higor (foto), ambos no segundo tempo da partida. Na primeira etapa, o Remo jogou com Vinícius; Cesinha, Mimica, Fredson e Ronaell; Yuri, Ramires, Eduardo Ramos e Guilherme Garré; Wesley e Neto Baiano.
Na segunda etapa, o time foi modificado pelo técnico Eudes Pedro, com a entrada de reservas e jogadores vindos das divisões de base. O time formou então com Evandro Gigante; Rony, Anderson, Cris e Felipe; Pingo, Rafael Tufa e Zotti; Gustavo Ramos, Hélio e Higor. Depois, Vitor (goleiro da base) entrou no lugar de Evandro Gigante e Wallace substituiu a Gustavo Ramos.
Patriotismo à brasileira
Por Tiago Santos
Existe um tipo de patriotismo bem atípico no mundo: o patriotismo brasileiro. De um modo geral, o patriota é aquele que sente orgulho da sua pátria, amor pela sua cultura e apreço pelos seus símbolos e riquezas nacionais. É assim no mundo todo, exceto no Brasil.
O perfil do patriota brasileiro se desenha de outro forma: é aquele que odeia carnaval e samba, abomina o cinema nacional, prefere tudo o que é produzido no exterior e rechaça a produção local, detesta a cultura brasileira e despreza as riquezas nacionais como as estatais e a floresta. O patriota brasileiro acha que o Brasil é um “lixo” e que qualquer país é melhor do que o nosso. O nosso patriota sente-se orgulhoso de defender que estrangeiros explorem nossas terras, nosso patrimônio e nossa força de trabalho. O patriota brasileiro é patriota às avessas… ele orgulhosamente odeia seu país.
Brasil significa “vermelho como a brasa” e é o nome de uma árvore vermelha de madeira caríssima. Brasileiro era o nome do sujeito que cortava essa árvore e a vendia por uma valor ínfimo para os gringos que nos exploravam. Talvez, ao ver o brasileiro por este ângulo, faça sentido nossa forma patriótica de ser um bom anti-patriota.
Bolsonaro e seus eleitores são o símbolo maior desses típicos patriotas que amam mais os EUA do que o Brasil e odeiam o carnaval, a bossa-nova, o cinema nacional, nossos intelectuais e o que mais for ‘Made in Brazil’.
Aqueles que verdadeiramente amam este país e lutam por ele costumam ser desfiliados pelos tais patriotas. São chamados de comunistas e, não raramente, mandados para Cuba (é uma forma de dizer que não pertencem a este modus operandi nacionalista). Talvez estes não odeiem o Brasil o suficiente para serem chamados brasileiros.
.x.x.x.
Tiago Santos é teólogo.
Golaço olímpico de Leandro Carvalho cala torcida corintiana em Itaquera
Brasil soberano
Com marchas em 135 cidades, Grito dos Excluídos marca presença da esquerda no ‘Dia da Dependência’
Vestidos de preto, manifestantes de esquerda criticaram medidas do governo Jair Bolsonaro, pediram a liberdade do ex-presidente Lula e a defesa da Amazônia na marcha do Grito dos Excluídos neste sábado (7), em São Paulo. A cor é um contraponto ao pedido do presidente Jair Bolsonaro para que a população saísse às ruas de verde e amarelo no dia da Independência. O ato acontece tradicionalmente em paralelo aos desfiles cívico-militares do feriado. Esta é a 25ª edição.
Parte dos manifestantes pintou o rosto de verde e amarelo, como fizeram estudantes contrários ao então presidente Fernando Collor, que renunciou em 1992. Membros de movimentos estudantis, como a UNE, gritavam na marcha que “cara-pintada voltou”.
Em duas faixas da Paulista, foi colocada uma faixa preta com a frase “Luto pelo Brasil”.
Em São Paulo, os participantes se reuniram na praça Oswaldo Cruz, ao lado da avenida Paulista, e caminham até o Monumento às Bandeiras, próximo ao parque Ibirapuera.
Até as 11h, quando a marcha começou a se movimentar, a Polícia Militar contabilizava cerca de 2.000 participantes. Os organizadores estimaram 30.000.
Este ano, além de preto, predominava o tradicional vermelho de centrais como a CUT, sindical, e a CMP, de movimentos da esquerda.
Ao contrário do ano passado, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), principal nome da oposição a Bolsonaro, não participou do ato.
Subiram ao carro de som outros petistas de São Paulo, como o vereador Eduardo Suplicy, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho e o deputado Paulo Teixeira.
“Esse não é o dia da Independência, mas da maior dependência do Brasil ao capital estrangeiro”, disse, acrescentando que estava de preto não só pelo luto, mas para “lutar para tirar o Bolsonaro”, disse Teixeira.
Já Marinho, além de pedir liberdade de Lula, preso desde abril de 2018 sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, criticou a Lava Jato. “Fora Bolsonaro e (Sergio) Moro e (Deltan) Dallagnol na cadeia”, disse o ex-prefeito.
Antes de sair, os organizadores do ato fizeram uma intervenção artística com uma maquete com plantas que representava a amazônia queimando -saía fumaça verde da maquete.
“Realizamos esse grito num momento muito dificil da conjuntura brasileira”, disse o coordenador da CMP, Raimundo Bonfim, citando a situação da educação, emprego e o “desmonte generalizado das políticas públicas”.
René Vicente, presidente da CTB em SP, criticou o “ecocídio patrocinado pelo presidente Jair Bolsonaro” e pediu vaias ao ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente).
Um levantamento da CMP aponta que o Grito dos Excluídos ocorrerá, neste ano, em 132 cidades, de todas as regiões do país, um recorde, segundo a entidade.
Uma análise da lista tríplice para a PGR
Por Luis Nassif
Já discuti muito em casa sobre a lista tríplice para a escolha do Procurador Geral da República. O Procurador Geral da República é o único cargo com poderes para processar o presidente da República. Por isso mesmo, não pode ser um poder à parte, respondendo somente a quem o elegeu: a própria corporação.
Já a companheira Eugenia Gonzaga acha que a lista tríplice é essencial para impedir o desvirtuamento do MPF pelo Executivo.
Até agora, os fatos sempre me deram razão. Os únicos presidentes que aceitaram a lista tríplice, mais que isso, indicaram o primeiro colocado na lista tríplice, foram alvos de ataques sem quartel dos procuradores.
No mensalão, o PGR Antonio Fernando de Souza, e o sucessor Roberto Gurgel, fabricaram a história do desvio de recursos da Visanet, e dos pagamentos mensais, em conluio com o ex-procurador e Ministro do STF Joaquim Barbosa, exclusivamente para experimentar o poder que foi conferido ao MPF, com essa excrescência não prevista na Constituição. Para os filhos de Januário o exemplo veio daí.
Com Dilma, manteve-se essa distorção de indicar o primeiro da lista. Deu no que deu.
Por outro lado, sem lista tríplice, vai se cair em um Geraldo Brindeiro, o “engavetador geral da República”, ou, agora, em um recém paginado Augusto Aras. Acabamos chegando a um meio termo.
O presidente da República tem dois poderes para exercer, caso se mantenha a lista tríplice. O primeiro, relativo, o de poder escolher qualquer um dos três eleitos – na verdade, a Constituição permite escolher qualquer subprocurador. Com a lista tríplice, o poder do Presidente deixa de ser discricionário, ainda mais em um país sem critério, que elege um Bolsonaro. O poder maior do Presidente, no entanto, é o de poder demitir o PGR a qualquer momento.
Na verdade, o MPF derrubou Dilma porque faltou a ela e, especialmente, ao seu Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, noções básicas de exercício de poder.
Dilma escudou-se no álibi de Cardozo, de que a Lava Jato era isenta e só pegaria os culpados. Achou que a Lava Jato a ajudaria a se livrar de Eduardo Cunha, Michel Temer, Eliseu Padilha, poupando ela, a virtuosa. Na recondução de Janot, teve uma oportunidade de ouro de indicar uma pessoa íntegra para a PGR, sem atropelar a lista: Ela Wiecko, a segunda colocada, mas persistiu no erro.
No auge da campanha de imprensa, que precedeu a Lava Jato, entrevistei o ex-primeiro ministro espanhol Felipe Gonzales, que me deu uma explicação absolutamente objetiva sobre o poder presidencial:
– Não existe nada mais poderoso, em uma democracia, que a caneta do presidente. Tem apenas que saber usá-la.
O insignificante Michel Temer mostrou como exercer o poder, resistindo à delação da JBS. Provou que, com todos os problemas, o Poder Executivo não é indefeso. Apenas exige que seja bem exercido. Infelizmente, Dilma e o próprio PT não tiveram a menor visão e pulso para reprimir a rebelião dos concursados.
Novela Neymar & PSG: o motivo do “fico”
Nos bastidores do rock
Há 32 anos, o Pink Floyd lançava “A Momentary Lapse of Reason”, seu 13º álbum. Foi o primeiro trabalho da banda inglesa sem a participação do baixista e vocalista Roger Waters, que saiu em 1985 por divergências com o guitarrista David Gilmour. A partir de então, Gilmour assumiu a criação.
Sem censura
Primeira página da Folha de S. Paulo neste sábado (7) trazendo uma versão ampliada da imagem de HQ que o prefeito evangélico Marcelo Crivella tentou censurar ontem na Bienal do Rio.