Polícia troca tiros com garimpeiros em área indígena de Altamira

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Uma equipe de fiscalização do Ibama foi alvo de tiros por parte de garimpeiros durante operação de fiscalização na sexta-feira, perto da Terra Indígena Ituna/Itatá, em Altamira, no Pará. Agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, que davam apoio à operação, revidaram.

Ninguém ficou ferido na troca de tiros, e os garimpeiros, que se esconderam na mata com a chegada dos fiscais, não foram presos. Os agentes do Ibama destruíram duas retroescavadeiras e três motores usados no garimpo, de acordo com Hugo Loss, coordenador do Ibama responsável pela operação, acompanhada por uma equipe da Reuters.

“Eles (garimpeiros) se esconderam no mato e dispararam contra a equipe”, disse Loss à Reuters por telefone, acrescentando que o desmatamento tem aumentado significativamente na região, especialmente nessa reserva indígena que, de acordo com o coordenador, teve 10% de sua área desmatada somente neste ano.

Atacante bicolor prevê “guerra” na disputa pelo acesso

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Na véspera da primeira partida do duelo entre PSC x Náutico pelo mata-mata de acesso à Série B, os bicolores mal contêm a ansiedade pela decisão. No elenco, o confronto é encarado como verdadeira “guerra”, nas palavras do atacante Hygor Silva. Voltar à Segunda Divisão é a prioridade máxima do clube na temporada e, agora, esta meta depende de apenas dois jogos. Hygor, contratado após a chegada de Hélio dos Anjos ao clube, acredita que o time está blindado e confiante na conquista do acesso. 

“A equipe inteira está focada, preparada. A ansiedade existe sim, mas o principal objetivo nosso é focar nos treinamentos, naquilo que o professor Hélio [dos Anjos] tem para nos preparar. Desde o começo do ano trabalhamos para que chegássemos nessa condição. São os dois jogos do ano, não só para o clube, mas como para nós jogadores. É tentar estar focado para que domingo a gente consiga uma vantagem sobre a equipe do Náutico”, afirmou o atacante. 

Como é próprio dos boleiros, apesar de confiar na equipe, Hygor faz a tradicional pregação de humildade e respeito pelo adversário. “Vamos enfrentar um adversário difícil, que tem muita qualidade. Temos que respeitar a equipe deles. Jogar lá não é fácil e é por isso que domingo agora temos que estar focado para que possamos levar uma vantagem. (…) São duas camisas pesadas que vêm passando por momento complicado. Tanto Paysandu quanto o Náutico não mereciam estar nessa divisão”. 

Augusto Nunes rasga de vez o currículo, agora como defensor extremado de Bolsonaro

O jornalista Augusto Nunes é, reconhecidamente, um militante bolsonarista na condição de comentarista da rádio Jovem Pan, de São Paulo. Em seus tempos de diretor de redação do Estadão, ele se considerava, como dizia, à disposição do ‘centro responsável’. O quadro político mudou e, agora, seus serviços estão alugados à emissora identificada com a direita acrítica ao governo: concorda com tudo o que o presidente Jair Bolsonaro faça ou venha a fazer.

Neste sábado 31, um dia após Bolsonaro reclamar de manchetes iguais nos três principais jornais do país, que destacaram juntos em suas primeiras páginas, ontem, a lentidão na recuperação da economia, Nunes correu para auxiliar o presidente em sua nova – e amalucada – tese de ataque à imprensa. Para mostrar que sabe como agradar, ainda acrescentou um veneno de maledicência.

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O problema é que, melhor do que muitos, Augusto sabe exatamente como são feitas as manchetes. Podem ocorrer coincidências, mas não há notícia de um caso na história da mídia brasileira de combinação entre jornais, como afirmou Bolsonaro, para a divulgação de manchetes iguais contra quem quer que seja.

O que existem são os fatos e, neste momento, é fato que, com orçamento apertado, o governo pode, sim, sofrer um apagão administrativo como de resto, já está ocorrendo em diversos órgãos públicos. Não foram os redatores de manchetes dos jornais que inventaram isso. Ao seguir na mesma linha do presidente, de acreditar que os jornalistas inventam uma situação, o ex-diretor do Estadão apenas rasga em praça pública mais um grande pedaço de seu currículo de jornalista.

Três anos do golpe que derrubou Dilma

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Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

No dia 31 de agosto de 2016, consumado o afastamento do exercício da Presidência da República através de um golpe parlamentar, Dilma Rousseff se dirigiu ao povo brasileiro na sala dourada do Palácio da Alvorada, residência oficial onde viveu por seis anos. Foi seu último pronunciamento, no qual anteviu os retrocessos impostos ao povo brasileiro e denunciou os riscos econômicos e sociais para o país.

“O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento, está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”, profetizou.

Enquanto no Congresso um tapete vermelho era estendido para Michel Temer tomar posse, Dilma se dirigia ao púlpito no Alvorada. Altiva e  confiante, disse que era vítima de um golpe cujo único propósito era implantar uma agenda liberal para a vontade daqueles que foram derrotados nas últimas quatro eleições presidenciais pelo PT.

“Não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores”, disse a presidenta, citando Darcy Ribeiro. “A história será implacável com eles”. Com a voz embargada, despediu-se do povo, mas sem dizer adeus. “Até daqui a pouco”, declarou.

Antes de encerrar o pronunciamento, Dilma alertou para as verdadeiras razões que estavam por trás do impeachment fraudulento, aprovado por 60 votos a 20 pelo Senado. “O golpe é contra o povo e contra a Nação. O golpe é misógino. O golpe é homofóbico. O golpe é racista. É a imposição da cultura da intolerância, do preconceito, da violência”, disse. Abria-se naquele momento a oportunidade para a ascensão do governo de Jair Bolsonaro.

Naquele 31 de agosto, Dilma teve clareza do que estava por vir e vaticinou: “O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido”.

Desde a saída de Dilma, os retrocessos sociais foram se impondo aos brasileiros. Primeiro, com Temer. No governo do MDB, o Congresso aprovou uma Lei de Teto de Gastos, congelando investimentos por 20 anos nas áreas de educação e saúde. Em seguida, os golpistas atentaram contra os direitos dos trabalhadores ao impor uma reforma para desmanchar a proteção social garantida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O golpe de 2016 foi o que permitiu a ascensão da extrema direita e de Jair Bolsonaro. O candidato foi eleito com o apoio descarado da Lava Jato, encabeçada por Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo, que não apenas condenou Luiz Inácio Lula da Silva de maneira ilegal e afrontando a Constituição – já que não há provas de corrupção contra o presidente –, como o retirou da disputa presidencial de 2018 para beneficiar Bolsonaro.

A imprensa, que sabia dos riscos da eleição do ex-capitão, expulso do Exército ainda nos anos 80 por sinais de insanidade, foi omissa e apoiou indiretamente a chegada de Bolsonaro ao Planalto. Agora, o país assiste à mais nefasta política social adotada em meio século.

O governo ameaça a soberania nacional, ao promover a venda de estatais e entregar a base militar de Alcântara para ser administrada pelos Estados Unidos. Além disso, amplia os cortes de recursos para a saúde e educação, e persegue os movimentos sociais, incluindo sindicatos e ONGs, abrindo espaço para toda sorte de práticas de empresas e interesses estrangeiros. (Do Brasil247)

Na Europa, grupo de igrejas aponta onda de radicalismo cristão no Brasil

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Por Jamil Chade, de Genebra, no UOL

Uma versão fundamentalista do cristianismo está legitimando medidas do governo Bolsonaro que vão justamente contra as bases da religião — entre elas a discriminação, violação aos direitos humanos e mesmo a proteção do planeta. O alerta está sendo feito por parte das igrejas nacionais que, alarmadas com a situação no país, se reuniram na Suíça para debater o cenário religioso no Brasil e pedir a ajuda do Conselho Mundial de Igrejas para que uma estratégia seja estabelecida. Nos anos 70, o Conselho Mundial de Igrejas foi fundamental para bancar as ações de religiosos no Brasil que lutavam contra a ditadura. Entre as várias iniciativas, o grupo financiou os trabalhos da coleta de dados de vítimas e torturadores, que acabaria sendo conhecida como “Brasil: Nunca Mais”.

Agora, a organização ecumênica considera que a situação de direitos humanos no Brasil voltou a ser problemática, principalmente quando há uma utilização da religião para legitimar a retirada de direitos. Entre uma parcela das igrejas brasileiras, a constatação é de que, sozinhas, não terão a capacidade de se organizar para fazer frente às tendências políticas atuais. Portanto, pedem a ajuda das igrejas de todo o mundo.

Em sua maioria, os participantes do encontro foram de igrejas protestantes, mas a reunião também contou com um representante da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB).

Direita cristã organizada

Ao UOL, a reverenda Romi Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), foi categórica. “Estamos no momento de uma ruptura democrática”, disse. “Nosso grande desafio é o fundamentalismo cristão. O que é o cristianismo brasileiro hoje. Há uma tendência sempre de achar que o fundamentalismo é apenas ligado aos neopentecostais. Mas na verdade, isso está em todas as igrejas”, disse. “Há uma direita cristã organizada e os temas morais são os que mais impactam. É uma agenda anti-feminista, anti-LGBT, racista e tudo afirmado com valores e discursos cristãos.”

Seu conselho reúne hoje a Aliança de Batistas do Brasil, Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Presbiteriana Unida e Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia. A religiosa brasileira, que participou do encontro, constata ainda que há “um sequestro do que é a mensagem religiosa cristã”.

“Por outro lado, precisamos reconhecer que o cristianismo sempre se intitulou como sendo uma religião hegemônica no Brasil. E isso teve um impacto para os povos indígenas e outros. Hoje, vemos que a violência contra a mulher é legitimada por discursos cristão e patriarcal”, alertou.

Romi conta como sua organização tem se aproximado de movimentos feministas para ajuda-los a rebater o discurso fundamentalismo cristão. “Elas estão sedo atacadas por uma leitura fundamentalista da Bíblia. Queremos ajudar também no discurso religioso. Elas precisam ter os instrumentos para rebater”, disse. Num recente protesto, representantes de seu conselho foram vestidas com camisetas que diziam “terrivelmente evangélica feminista”.

Cristianismo e crime organizado

Segundo Romi, o encontro em Genebra no Conselho Mundial de Igrejas era algo que os religiosos brasileiros pediam há meses. “Sozinhos não damos conta”, declarou. Uma das formas de participação do Conselho Mundial poderia ser por meio do diálogo lançado no Brasil pela Comissão Arns, relativa aos direitos humanos. “Esperamos que o Conselho possa se somar e referir sobre estratégias para enfrentar a relação entre cristianismo e milícias, entre cristianismo e crime organizado. Isso tudo está crescendo. E se continuar, teremos uma descaracterização absurda do cristianismo”, alertou.

O reverendo Olav Fykse Tveit, secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, aceitou a realização do encontro diante do cenário brasileiro atual. “Há elementos religiosos que nos preocupam”, disse. Fazendo eco às igrejas brasileiras, Tveit indicou que teme a legitimação de atos de discriminação, usando justamente símbolos e valores cristãos. Ele ainda lembrou como, mais de 40 anos depois de sua entidade ter agido nos bastidores no Brasil, o país volta a viver uma crise. “Estamos de novo preocupados com o Brasil”, disse. “É importante apoiar grupos protestantes e vozes que lutam pela Justiça e paz no Brasil”, insistiu.

Mas ele também destacou a necessidade de tocar na questão da floresta amazônica, outra preocupação das igrejas e que será alvo de um sínodo no Vaticano, em outubro. “Será uma catástrofe ecológica se estes pulmões de toda a Criação forem queimados ou destruídos”, disse. “É uma catástrofe profundamente política, moral e espiritual se for feita por seres humanos e tudo o que for necessário para a impedir não for feito. Podemos e temos de trabalhar em conjunto para proteger a nossa casa comum”, declarou Tveit.

Técnico do Náutico faz raio-X do Papão

Como esperado, o Náutico fez uma imersão no Paysandu – adversário na ida das quartas de finais da Série C, partida que acontece domingo, às 18h, no estádio Mangueirão. A comissão técnica assistiu os últimos jogos do Papão e enviou integrantes para assistir ‘in loco’ o Re-Pa decisivo do último sábado. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o técnico Gilmar Dal Pozzo analisou e projetou o duelo diante da equipe paraense.

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Destacando os dois principais jogadores, o meia Tomás Bastos e o atacante Nicolas, artilheiros do time na competição com cinco e quatro gols cada, respectivamente; falou também do estilo do técnico Hélio Dos Anjos; e da postura que o Paysandu tem.
Hélio dos Anjos
“Conheço muito trabalho de Hélio, foi goleiro, procura organizar defensivamente bem a equipe. O que chama atenção no Paysandu é a força do grupo. Tem Tiago Luís, que hoje não é titular e recentemente estava jogando Série A e Série B. Então a equipe toda estava produzindo um grande futebol”
Postura
“Uma equipe que marca muito forte, toma poucos gols, tem uma organização defensiva muito boa. Então a equipe toda está produzindo um grande futebol. Toma poucos gols, tem uma organização defensiva muito boa. Transita e usa sempre Thomas como homem de referência”
Destaques
“(Tomás) tem bola parada e finalização de longa distância. Tem Nicolas que eu conheço há mais de 10 anos, fiquei monitorando ao longo da carreira. Jogava bastante pelo lado esquerdo, com o tempo foi passando um pouco mais por dentro, centralizado, poder de finalização, bom cabeceio. Sabe jogar entre as linhas, é um jogador versátil”. (Do Diário de Pernambuco)

Cesinha, a 43ª contratação do Leão na temporada

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Contratado para repor a perda dos laterais Geovane e Gabriel, dispensados na segunda-feira, o lateral-direito Cesinha já treina no Evandro Almeida e deve ser titular na partida contra o Atlético-AC, na próxima terça-feira, em Rio Branco. É o 43º jogador contratado pelo Remo na temporada.

Aos 25 anos, Cesinha disputou a Série C pelo Santa Cruz. Ao chegar, mostrou confiança e entusiasmo: “Sempre estamos bem motivados. Já conheço a tradição que o Clube do Remo tem e estou feliz”, disse o atleta, que pode atuar também pelo lado esquerdo.