Flu demite Diniz e tenta fechar com Abel

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Fernando Diniz não é mais técnico do Fluminense. O treinador não resistiu à derrota para o CSA, no Maracanã, na tarde de ontem (18), e foi demitido do clube das Laranjeiras. A mudança na comissão técnica foi anunciada hoje (19) de manhã, pode meio de uma nota oficial. “O Fluminense FC desligou, na manhã desta segunda-feira (19/08), o técnico Fernando Diniz. O clube agradece ao treinador e deseja sorte em sua carreira. A diretoria trabalha na contratação do novo treinador e o auxiliar técnico Marcão assume a equipe interinamente”.

Fernando Diniz foi contratado no fim do ano passado para comandar o time nesta temporada – com vínculo até o fim do ano. A negociação foi feita ainda na gestão do presidente Pedro Abad. Ele deixa o Fluminense na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e nas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Além dele, deixam o clube o auxiliar técnico Márcio Araújo e o preparador físico Wagner Bertelli. Antes favorável ao trabalho de Diniz, a torcida protestou contra o treinador após o revés contra o CSA, deixando a situação insustentável. Ele foi xingado, enquanto os atletas foram chamados de “sem vergonha”.

Semana passada, Celso Barros, vice-geral e homem forte do futebol do Fluminense, já havia indicado sinais de que a avaliação do trabalho do técnico não era das mais positivas, salientando que não bastava o time jogar bem, mas que era necessário ter bons resultados. A entrevista aconteceu depois de uma reunião do dirigente com o elenco e comissão técnica. A cobrança não caiu bem no elenco.

Acompanhado de Celso Barros e do diretor de futebol Paulo Angioni, o presidente Mario Bittencourt conversou com Fernando Diniz ontem no vestiário. Na coletiva, entretanto, o treinador negou que seu trabalho fosse o assunto.

O nome mais cogitado para o lugar de Fernando Diniz é o de Abel Braga, demitido do Flamengo há dois meses. Abel foi jogador do Flu e já dirigiu o time em outras ocasiões. Ele é o preferido da diretoria do clube para assumir o cargo.

Zebra beneficia dupla Re-Pa

POR GERSON NOGUEIRA

A 17ª rodada do grupo B da Série C termina hoje com o jogo Volta Redonda x Juventude, mas o surpreendente tropeço do Ypiranga frente ao Boa Esporte, ontem, foi muito positivo para a dupla Re-Pa. A começar pelo fato de que assegurou a permanência dos representantes paraenses no G4. Em segundo lugar, por diminuir as chances do Ypiranga (25 pontos), um concorrente direto. A zebra que passeou em Erechim amplia as possibilidades de classificação dupla do Pará à próxima fase e confirmou pelo menos um dos paraenses no mata-mata do acesso.

Tudo pode ficar ainda mais interessante em caso de empate entre Volta Redonda e Juventude, hoje à noite, no Rio. O resultado deixaria o Juventude com 28 pontos. O Volta iria a 25 pontos, mesma pontuação do São José, com quem faz confronto direto na rodada final.

Cria-se então o cenário propício para a classificação de PSC e Remo. Para isso se concretizar, são necessários dois resultados: derrota (ou empate) do Ypiranga no jogo com o Juventude em Caxias e empate entre São José e Voltaço, em Porto Alegre. Resultados plenamente possíveis, diga-se. A grade final ficaria assim: Juventude, PSC, Remo e Volta Redonda (ou Ypiranga).

De toda sorte, aquele que já é visto como o “clássico do século” preserva um formidável leque de encantos para eletrizar a torcida no Mangueirão.

Caso os resultados acima projetados se confirmem, Remo e PSC passam de fase com um empate. Mas, se o PSC vencer, o Leão ficaria de fora pelos critérios de desempate – o Voltaço (ou o Ypiranga) teria os mesmos 26 pontos e um saldo de gols superior.

Na hipótese de vitória remista, o PSC ainda conseguiria se classificar por se posicionar um ponto acima de São José e Volta Redonda. Só perderia a vaga em caso de um triunfo do Zequinha.

Ainda de calculadora em punho, vale notar que uma vitória do Volta Redonda hoje à noite dificulta a classificação da dupla Re-Pa porque o time do Rio passaria a ter 27 pontos, igualando-se a Juventude e PSC.

Nesse cenário, o empate domingo classifica o PSC, mas o Remo seria eliminado porque iria a 27, mas o Voltaço, mesmo se perder para o São José, terminaria à frente dos azulinos em vitórias (7 a 6). O G4 fecharia com Juventude, PSC, São José e Voltaço.

O lado positivo dessas projeções é que, mesmo em dúvida quanto à passagem dos dois representantes do Pará, desta vez as torcidas não têm qualquer preocupação com rebaixamento, fantasma que assombrou o futebol paraense em competições nacionais nos últimos seis anos.

O DataNogueira, instituto que não baseia suas previsões exclusivamente na frieza dos números, crava o seguinte alinhamento final de classificados: PSC, Remo, Juventude e São José, não necessariamente nessa ordem.

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gustavoramos

Desfalques podem desequilibrar o Re-Pa

A dupla Re-Pa chega ao confronto final com baixas sérias em seus times titulares. O Papão não terá o volante Uchoa (suspenso), herói do primeiro Re-Pa, e Higor Silva, com lesão muscular.

No Remo, as baixas são significativas. Não terá Gustavo Ramos, atacante e ala, e o meia Zotti, ambos suspensos. Garré, Vinícius e Djalma se recuperam de contusão.

Hélio dos Anjos tem o time praticamente definido desde a vitória sobre o Luverdense. Deverá substituir Uchoa por Wellington Reis e Higor (caso seja vetado) por Vinícius Leite ou Elielton.

A situação é mais complicada para Márcio Fernandes, que obteve uma trégua com a importante vitória sobre o São José na sexta-feira, passando a ter problemas até para escalar o time que enfrentará o Sobradinho-DF pela Copa Verde.

Caso não sofra mais baixas, deve voltar com Gabriel na lateral-direita e montar o meio-campo com Yuri, Ramires, Eduardo Ramos e Garré (ou Emerson Carioca). No ataque, Danilo Balla e Neto Baiano. Tem, ainda, a opção de Alex Sandro e do jovem Hélio Borges para o ataque.

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O fato é que as dificuldades podem determinar estratégias diferenciadas para o confronto decisivo do próximo domingo, incluindo até a possibilidade de mexida nos sistemas de jogo. Com dificuldades na lateral direita, Fernandes pode vir a optar pelo 3-5-2.

A conferir.

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Manaus arrasta povo, mas perde para o Brusque

O Brusque (SC) tornou-se o campeão da Série D ao superar o Manaus ontem à tarde, na série de penalidades, na Arena da Amazônia. No tempo normal, placar de 2 a 2, com o empate catarinense acontecendo a 10 minutos do fim, através de Tiago Alagoano. Nas cobranças de penais, deu Brusque por 6 a 5, com o goleiro Zé Carlos (ex-PSC) convertendo o penal do título.

De impressionar foi o apoio da torcida manauara ao representante baré. Mais de 36 mil pagantes (com público total de 44.896 pessoas) proporcionaram arrecadação de R$ 1.192.010,00.

O título brasileiro não veio, mas a maciça presença da torcida representa um brilho de esperança quanto à revitalização do futebol do Amazonas, que nos últimos anos andava distante de tudo e de todos.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 19)