
Já saíram do ar, tão subitamente como entraram, as esdrúxulas vinhetas do SBT com evocações aos tempos da ditadura militar. Montagens grotescas, feitas em cima da perna, desenterrando Don & Ravel, “O Cisne Branco” e o que a gurizada traduzia como “Japonês tem Quatro Filhos”, mandadas fazer pessoalmente por Sílvio Santos e sugerindo o tradicional “ame-o ou deixe-o”.
Sílvio, como se sabe, já nos deixou e mora na Flórida.
Mas resolveu candidatar seu SBT a “sub” do bispo Edir Macedo, para ver se sobra algum da publicidade que a Record vai ganhar para suas emissoras.
Sabe como é, né: “eu te amo meu din-din, eu te amo, ninguém segura os picaretas do Brasil“.
Aliás, muito adequadamente, utiliza, se você reparar bem, uma bandeira onde o “e” entre Ordem e Progresso é grafado com o ampersand, o & comercial, como se usa em negócios.
Uma breve história da TV brasileira:
SS comprava horários na TV Globo na década de 1970. Quando Boni assumiu o cargo de Diretor Geral, SS foi “demitido” da emissora e procurou ter um canal próprio. Nessa época ele tinha metade das ações da TV Record. Depois de alguns anos paparicando os militares, em 1981 ganhou a concessão do Canal 4 de SP que pertencia a extinta TV Tupi, a TVS. Disputava a concessão com Adolfo Bloch que conseguiu dois anos depois fundar a Rede Manchete, canal 6 do RJ.
SS vendeu sua parte para os filhos de Paulo Machado de Carvalho, que mais tarde em 1988 venderam a TV Record a Igreja Universal do Reino de Deus.
A Rede Manchete faliu em 1999. O canal 6 do RJ já foi concessão de duas redes de tv falidas: Tupi e Manchete. Atualmente pertence à TV Ômega (RedeTV!)
SS assim como a família Marinho, se tornaram bilionários graças às suas redes de televisão. Tanto um como outro já deram calote no erário público. Financiamento para a criação do Projac (Rede Globo) e Banco Pan-Americano (SBT) são apenas dois exemplos disso. O Fato de Rede Globo e SBT puxarem o saco dos militares já vem de outros carnavais.
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