Aécio e Perrella recebiam dinheiro de propina em caixas de sabão em pó

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Dono de um supermercado de Belo Horizonte usado pela JBS para pagar propina a políticos, o empresário Waldir Rocha Pena revelou, em depoimento sigiloso obtido pelo GLOBO, que fez entregas de dinheiro vivo a um primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Frederico Pacheco, e a um ex-assessor do senador Zezé Perrella (MDB-MG), Mendherson Souza. Essas entregas, afirmou o empresário, foram feitas em caixas de sabão em pó. Os citados negam as acusações.

Dono de um supermercado de Belo Horizonte usado pela JBS para pagar propina a políticos, o empresário Waldir Rocha Pena revelou, em depoimento sigiloso obtido pelo GLOBO, que fez entregas de dinheiro vivo a um primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Frederico Pacheco, e a um ex-assessor do senador Zezé Perrella (MDB-MG), Mendherson Souza. Essas entregas, afirmou o empresário, foram feitas em caixas de sabão em pó. Os citados negam as acusações.

Tudo na maior limpeza…

Depois de fazer o papel de cabo eleitoral, Moro pede exoneração da Lava Jato

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O juiz federal Sergio Moro pediu exoneração de seu cargo nesta sexta-feira (16) e a solicitação foi aceita pelo presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Segundo o Tribunal, o ato de exoneração de Moro terá vigência a partir de segunda-feira (19), quando ele deixará de ser juiz de fato. O magistrado abriu mão do cargo para ser ministro da Justiça do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Com pressa, Moro diz ter pedido a exoneração para que possa “assumir de imediato um cargo executivo na equipe de transição da Presidência da República e sucessivamente ao cargo de Ministro da Justiça e da Segurança Pública”.

Principal cabo eleitoral de Bolsonaro, Moro teve influência no processo eleitoral ao perseguir e manter Lula sob cárcere. Sua indicação ao Ministério da Justiça é considerado por muitos analistas como “a cereja do bolo que faltava”, uma espécie de condecoração pelos serviços prestados para a ascensão da extrema-direita no país.

Cronologia da Lava Jato e a perseguição a Lula

Como bem relembrou a jornalista Tereza Cruvinel, em artigo, “É preciso recordar que, para garantir sua condenação, a Lava Jato buscou caprichosamente a delação de Leo Pinheiro, numa sequência de fatos já esquecidos que não deixam dúvidas sobre o objetivo: sem provas, só a delação permitiria a condenação de Lula, e por decorrência, sua inelegibilidade”.

O escândalo do Habeas Corpus

O juiz federal Sérgio Moro admitiu que estava fora de sua competência como magistrado quando atuou para manter o ex-presidente Lula preso, atropelando uma ordem judicial de soltura emitida pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TR4), Rogério Favreto, em julho.

A admissão se dá em um trecho da defesa apresentada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que abriu um procedimento para investigar suposta má conduta de Moro no episódio. O juiz de Curitiba afirma que tomou a decisão de despachar contra a soltura de Lula, mesmo de férias, como “autoridade apontada, ainda que erroneamente”.

“Entendi que estava diante de situação urgente e que cabia a mim, como juiz natural da ação penal e como autoridade apontada, ainda que erroneamente, como coatora, proferir a decisão acima transcrita a fim de informar e consultar o relator natural da ação penal e do habeas corpus acerca do que fazer diante do aludido dilema, tendo, sucessivamente, prevalecido o entendimento de que a prisão não poderia ser revogada, como foi, por autoridade judicial absolutamente incompetente”, escreveu.

Por essas e outras, Mouro foi condecorado como ministro da Justiça e hoje pede exoneração de seu cargo. Um bela demonstração de fidelidade ao fascismo.

(Do Brasil247)

“Bancada da bala” quase triplica em 2019

A chamada “bancada da bala”, grupo de parlamentares que defendem endurecimento do Código Penal e das políticas de segurança pública, deve passar de 36 para pelo menos 102 parlamentares na próxima legislatura (confira a lista mais abaixo). Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pelo Congresso em Foco, com base em pautas defendidas pelos novos parlamentares e declarações das atuais lideranças do grupo.

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Grande parte da bancada da bala de 2019 será composta por deputados e senadores do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro. O partido, nanico até então, terá no ano que vem a segunda maior composição do Congresso Nacional, com 52 deputados e 4 senadores.

Puxado pelo discurso de Bolsonaro, os parlamentares devem defender pautas como redução da maioridade penal e revogação do Estatuto do Desarmamento. “Todos do PSL devem integrar a frente, é a bandeira do Bolsonaro”, acredita Capitão Augusto, próximo coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Pública.

Deputados de outras siglas, como Bia Kicis (PRP-DF), também negociam a migração para PSL, o que deve engrossar a bancada. O impacto do grupo já é sentido antes mesmo da posse da nova legislatura. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prometeu há meses levar a plenário o projeto de revogação do Estatuto do Desarmamento, do deputado Peninha (MDB-SC).

Durante a campanha de segundo turno das eleições, deputados da bancada, que já contavam com a vitória de Bolsonaro, visitaram oficialmente o então candidato e pressionaram Maia pela votação ainda nesta legislatura. A pedido de Bolsonaro após a eleição, porém, a votação da revogação ficou para 2019.

Além de atuar na defesa dos interesses das categorias que representa e defender a revogação do Estatuto do Desarmamento, a bancada também defende pautas como o endurecimento da legislação penal, processual penal e de execuções penais e a mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para ampliar o período de internação nos casos de crimes hediondos para acima dos três anos.

Números preliminares divulgados pela Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme) em outubro já indicavam maior presença profissionais das polícias Civil e Militar e das Forças Armadas, de 21 para 36 parlamentares. As estatísticas levantadas pela entidade incluem profissionais da segurança pública, como policiais civis, militares e membros das Forças Armadas.

O grupo tem o apoio da indústria de armas, como a Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), grandes financiadoras de campanhas de políticos e partidos nas eleições de 2014, quando ainda eram permitidas as doações de empresas a campanhas eleitorais.

Confira abaixo a lista de senadores e deputados eleitos que devem compor a bancada da bala em 2019:

Deputados – 93
Abou Anni (PSL-SP)

Afonso Hamm (PP-RS)

Alan Rick (DEM-AC )

Alceu Moreira (MDB-RS)

Alê Silva (PSL-MG)

Alexandre Frota (PSL-SP)

Aline Sleutjes (PSL-PR)

Aluisio Mendes (Podemos-MA )

Amaro Neto (PRB-ES )

Andre Abdon (PP-AP)

André Fufuca (PP-MA )

Antonio Carlos Nicoletti (PSL-RR)

Arthur Oliveira Maia (DEM-BA )

Bia Kicis (PRP-DF)

Bibo Nunes (PSL-RS)

Bilac Pinto (DEM-MG)

Cabo Junio Amaral (PSL-MG)

Capitão Alberto Neto (PRB-AM )

Capitão Augusto (PR-SP)

Capitão Fábio Abreu (PR-PI )

Capitão Wagner (Pros-CE )

Carla Zambelli (PSL-SP)

Carlos Jordy (PSL-RJ)

Carlos Zarattini (PT-SP)

Caroline de Toni (PSL-SC)

Charlles Evangelista (PSL-MG)

Chris Tonietto (PSL-RJ)

Coronel Armando (PSL-SC)

Coronel Chrisóstomo (PSL-RO)

Coronel Tadeu (PSL-SP)

Da Vitoria (PPS-ES )

Daniel Freitas (PSL-SC)

Daniel Silveira (PSL-RJ)

Delegado Antônio Furtado (PSL-RJ)

Delegado Éder Mauro (PSD-PA )

Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG)

Delegado Pablo (PSL-AM )

Delegado Waldir (PSL-GO )

Dr. Luiz Ovando (PSL-MS)

Dra. Soraya Manato (PSL-ES )

Edio Lopes (PR-RR)

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

Efraim Filho (DEM-PB)

Fábio Henrique (PDT-SE )

Fabio Reis (MDB-SE )

Fabio Schiochet (PSL-SC)

Felício Laterça (PSL-RJ)

Felipe Francischini (PSL-PR)

Filipe Barros (PSL-PR)

General Girão (PSL-RN)

General Peternelli (PSL-SP)

Gonzaga Patriota (PSB-PE )

Guiga Peixoto (PSL-SP)

Heitor Freire (PSL-CE )

Helio Fernando Barbosa Lopes (PSL-RJ)

Jerônimo Goergen (PP-RS)

João Campos (PRB-GO )

Joice Hasselmann (PSL-SP)

José Medeiros (Podemos-MT)

Julian Lemos (PSL-PB)

Junior Bozzella (PSL-SP)

Kim Kataguiri (DEM-SP)

Léo Motta (PSL-MG)

Lincoln Portela (PR-MG)

Lourival Gomes (PSL-RJ)

Lucas Redecker (PSDB-RS)

Luciano Bivar (PSL-PE )

Luis Miranda (DEM-DF)

Luiz Lima (PSL-RJ)

Luiz Philippe O. Bragança (PSL-SP)

Major Fabiana (PSL-RJ)

Major Vitor Hugo (PSL-GO )

Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG)

Márcio Labre (PSL-RJ)

Misael Varella (PSD-MG)

Nelson Barbudo (PSL-MT)

Nereu Crispin (PSL-RS)

Onyx Lorenzoni (DEM-RS)

Paulo Martins (PSC-PR)

Peninha (MDB-SC)

Policial Kátia Sastre (PR-SP)

Pompeo de Mattos (PDT-RS)

Prof. Dayane Pimentel (PSL-BA )

Professor Joziel (PSL-RJ)

Sanderson Federal (PSL-RS)

Sargento Fahur (PSD-PR)

Sargento Gurgel (PSL-RJ)

Subtenente Gonzaga (PDT-MG)

Tenente Derrite (PP-SP)

Tio Trutis (PSL-MS)

Wagner Montes (PRB-RJ)

Wellington Roberto (PR-PB)

Wilson Santiago (PTB-PB)

Senadores – 10
Arolde De Oliveira (PSD-RJ)

Capitão Styvenson (Rede-RN)

Delegado Alessandro Vieira (Rede-SE)

Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)

Jornalista Carlos Viana (PHS-MG)

Juíza Selma Arruda (PSL-MT)

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Major Olímpio (PSL-SP)

Marcos Do Val (PPS-ES)

Soraya Thronicke (PSL-MS)

Inocentado, homem torturado na prisão processa Malta

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Luiz Alves de Lima, 45, quase não consegue ler o processo que move contra o senador Magno Malta (PR-ES). Perdeu toda a vista no olho direito, e na do esquerdo lhe restou uns 25%. Usa uma lupa. Ele conta que a visão se foi de tanto apanhar na prisão, em 2009. Mostra os dentes: um deles é só um cotoco, pois, diz, “pegaram o alicate e foram apertando até estourar”.

Luiz era cobrador de ônibus. Numa tarde de abril, Cleonice Conceição, 32, a mulher por quem se apaixonou num terminal, levou a filha deles de dois anos ao médico. Ele foi ficando preocupado, pois já era noite e nada delas.

“Aí chegou a polícia e pensei o pior, que tinha acontecido um acidente”, conta. Mas não: colocaram-no numa viatura, sob acusação de estuprar a filha, com a esposa cúmplice do crime.

No terceiro dia de detenção, o senador chegou “com um batalhão de gente”, imprensa inclusa, e assumiu o papel de “juiz, promotor, delegado”, diz Lima. Em seu relatório, o delegado do caso atestou: Malta “manifestou-me que, por sentimento pessoal e experiência profissional, entende ser o pai da criança o autor do delito”.

Ele passou nove meses no CDPC (Centro de Detenção Provisória de Cariacica), que usava contêineres como cela, situação anos depois classificada como desumana pelo Superior Tribunal de Justiça.

Diz ter sido torturado por mascarados que se revezavam no “quadrado com banheirinho” onde ficava. “Passei o aniversário num tonel cheio de gelo, botaram minha mão pra trás.”

Uma notícia-crime assinada por Luiz e recebida em setembro de 2018 pelo Ministério Público Federal capixaba responsabiliza agentes do CDPC por sessões de tortura que teriam incluído “sacola na cabeça e choques”.

À reportagem, no escritório de seu advogado, ele afirma que não saberia identificar os algozes. O que diz com confiança é que talvez nada daquilo tivesse acontecido se não fosse pelo “circo” montado por Malta, um dos principais aliados do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e cotado para um ministério na área social.

O baiano que fez carreira no Espírito Santo presidia a CPI da Pedofilia em 2009. No mesmo mês em que Luiz foi preso, o senador prometeu no plenário que “os pedófilos desgraçados” estavam com “os dias contados”.

Inocentado em todas as instâncias da Justiça, o ex-cobrador de ônibus, que ficou incapacitado após a cegueira parcial, processa o senador, o estado e o médico responsável pelo laudo que o colocou na posição de suspeito.

Franz Simon atuou como defensor público de Luiz numa das frentes do estado contra ele, que corria na Vara da Violência Doméstica (pela suposta agressão à filha). Cleonice levara a criança ao hospital para tratar de oxiúro, verme que pode provocar coceira na região genital, por inflamação.

A família, na época, morava numa casa “com 17 cachorros, um monte de gatos, o quintal sujo e uma irmã que guardava lixo [era acumuladora]”, lembra Luiz, que tem mais dois filhos com Cleonice e um rapaz e duas meninas com outra mulher.

Uma médica desconfiou de violência sexual e chamou o Conselho Tutelar. Um médico legista, então, avaliou o “desvirginamento da vítima”, e o caso acabou na Polícia Civil.

Posteriormente, uma perita examinou a criança e constatou que o hímen estava intacto. À Justiça o responsável pelo primeiro parecer depois alegaria que o hímen pode se regenerar. Hoje defensor aposentado, Franz questiona: o caso já é frágil e “vai acontecer justamente com ela, uma coisa rara na literatura médica?”.

“Houve um teatro”, segundo Franz. O depoimento de Luiz, diz, “foi atrasado até que aparato da CPI chegasse, ele acabou sendo o bode expiatório”.

Luiz afirma que não foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, o que deve anteceder a condução de um suspeito à prisão, como manda o protocolo. Cleonice conta que ficou 42 dias presa e que, na cadeia, recebeu uma visita do congressista.

“Quando cheguei no presídio, tentei falar para a polícia que tinha vários papéis da neném pra mostrar que ela tava com oxiúro. O Magno falou que, se não acusasse Luiz, nunca mais ia ver minha filha. No momento de desespero cheguei a acusar ele, sim.”

Uma reportagem de um jornal local relatou à época que a servidora pública municipal “disse que já viu o marido visitando sites suspeitos na internet”. Luiz até hoje carrega o CPU do computador periciado atrás de pornografia. A bebê passou três meses num abrigo, de onde saiu “com a cabeça cheia de pereba, de piolho”, afirma o pai.

Os pais depois ficaram sabendo que a filha iria para a adoção -o que só não se concretizou porque, segundo Luiz, a mãe da esposa “vendeu tudo o que tinha, geladeira, casa, fogão, por R$ 10 mil e veio da Bahia, a avó Madalena.”.

A Justiça já inocentou Luiz em todas as instâncias, mas o casal passou anos sem a guarda da filha. A menina chegou a dizer a uma psicóloga temer que o pai, ausente de sua vida, não gostasse dela. Ainda hoje Luiz e Cleonice não têm a guarda definitiva da primogênita deles, só a provisória.

Em setembro, quando concorria à reeleição num pleito do qual sairia derrotado, Malta gravou um vídeo afirmando que, “na CPI da Pedofilia, vagabundo, nós perseguimos”.

No mesmo mês, o Ministério Público recepcionava a notícia-crime contra ele. “Agora, vagabundo ofendido correu para a Justiça. É direito de cada um, não é verdade?”

Hoje a filha de Luiz e Cleonice tem 12 anos e ainda não mora com eles –espera o ano letivo acabar para, em 2019, começar na mesma escola dos irmãos. “Ela ainda tá com vozinha dela”, conta a mãe.

O pai diz que a filha “gosta de dançar e cantar negócios de adolescente”. Sobretudo BTS, uma boy band de k-pop (pop coreano) com integrantes de cabelos coloridos, esclarece Cleonice. “Ela tá bem, mas bem entre aspas. Ninguém fica 100% bem sem os pais”.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa do senador diz que ele não cita nomes no vídeo divulgado durante a campanha, então não seria possível inferir que ele falava de Luiz. Malta afirma que, há nove anos, esteve na delegacia ao lado de um delegado “capaz e digno”.

“Afirmei na época o que tenho dito: pedófilos devem ser investigados, condenados e presos. Pedofilia é crime hediondo. Quanto às denúncias de espancamento e outras ilegalidades, devem ser apuradas, e seus autores, apontados pelo acusado”. Diz que ainda não foi citado pela Justiça, mas está “à disposição para qualquer esclarecimento”.

Em nota, a Procuradoria-Geral do Espírito Santo, estado processado por Luiz pela tortura que ele diz ter sofrido enquanto preso, “informa que o referido processo continua em tramitação e aguarda a decisão da Justiça para se manifestar”. (Com informações da Folhapress)

Um tributo póstumo a Chris Cornell

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O cantor Chris Cornell, que morreu em 2017, foi homenageado com um box set que contempla toda a sua carreira. O material, que também contará com 11 gravações inéditas, é chamado simplesmente de ‘Chris’ e chegou a público nesta sexta-feira (16).

‘Chris’ foi compilado pela viúva do músico, Vicky Cornell, com ajuda de colegas do Soundgarden e amigos do vocalista, além do produtor Brendan O’Brien, que comandou o trabalho. O box set contém quatro CDs com 64 faixas no total, que passam por trabalhos de Cornell com o SoundgardenAudioslave, Temple of the Dog e carreira solo.

Além dos quatro CDs, o box set acompanhará sete LPs e um DVD. ‘Chris’ será lançado, ainda, como coletânea em CD simples. A edição completa, com quatro discos, foi disponibilizada nas plataformas digitais.

Veja, abaixo, a lista de faixas:

CD simples

1. Loud Love [Soundgarden]
2. Outshined [Soundgarden]
3. Hunger Strike [Temple of the Dog]
4. Seasons
5. Black Hole Sun [Soundgarden]
6. Can’t Change Me
7. Like a Stone [Audioslave]
8. Be Yourself [Audioslave]
9. You Know My Name
10. Billie Jean
11. Long Gone [Rock Version]
12. Call Me a Dog [Live Acoustic]
13. Been Away Too Long [Soundgarden]
14. Nearly Forgot My Broken Heart
15. Nothing Compares 2 U [Live at Sirius XM] **
16. The Promise
17. When Bad Does Good **

** Material nunca lançado anteriormente

Box set

CD 1:

‘Hunted Down’ [Soundgarden]
‘Kingdom of Come’ [Soundgarden]
‘Flower’ [Soundgarden]
‘All Your Lies’ [Soundgarden]
‘Loud Love’ [Soundgarden]
‘Hands All Over’ [Soundgarden]
‘Say Hello 2 Heaven’ [Temple of the Dog]
‘Hunger Strike’ [Temple of the Dog]
‘Outshined’ [Soundgarden]
‘Rusty Cage’ [Soundgarden]
‘Seasons’
‘Hey Baby (Land Of The New Rising Sun)’ [M.A.C.C.]
‘Black Hole Sun’ [Soundgarden]
‘Spoonman’ [Soundgarden]
‘Dusty’ [Soundgarden]
‘Burden In My Hand’ [Soundgarden]

CD 2:

‘Sunshower’
‘Sweet Euphoria’
‘Can’t Change Me’
‘Like A Stone’ [Audioslave]
‘Cochise’ [Audioslave]
‘Be Yourself’ [Audioslave]
‘Doesn’t Remind Me’ [Audioslave]
‘Revelations’ [Audioslave]
‘Shape Of Things To Come’ [Audioslave]
‘You Know My Name’
‘Billie Jean’
‘Long Gone’ (Rock Version)
‘Scream’
‘Part Of Me’ (Steve Aoki Remix)
‘Ave Maria’ (with Eleven)

CD 3:

‘Promise’ [Slash featuring Chris Cornell]
‘Whole Lotta Love’ [Santana featuring Chris Cornell]
‘Call Me A Dog’ (Live Acoustic)
‘Imagine’ (Live Acoustic)
‘I Am The Highway’ (Live Acoustic)
‘The Keeper’
‘Been Away Too Long’ [Soundgarden]
‘Live To Rise’ [Soundgarden]
‘Lies’ [Gabin with Chris Cornell & Ace]
‘Misery Chain’ [with Joy Williams]
‘Storm’ [Soundgarden]
‘Nearly Forgot My Broken Heart’
‘Only These Words’
‘Our Time In The Universe’
’Til The Sun Comes Back Around’
‘Stay With Me Baby’
‘The Promise’
‘When Bad Does Good’**

CD 4:

‘Into The Void (Sealth)’ (Live at the Paramount) [Soundgarden]
‘Mind Riot’ (Live at the Paramount) [Soundgarden]
‘Nothing To Say’ (Live in Seattle) [Soundgarden]
‘Jesus Christ Pose’ (Live in Oakland) [Soundgarden]
‘Show Me How To Live’ (Live in Cuba) [Audioslave]**
‘Wide Awake’ (Live in Sweden)**
‘All Night Thing (Live in Sweden)’**
‘Nothing Compares 2 U’ (Live at Sirius XM)**
‘One’ (Live at Beacon Theatre)**
‘Reach Down’ (Live at the Paramount) [Temple of the Dog]**
‘Stargazer’ (Live at the Paramount) [Temple of the Dog]**
‘Wild World’ (Live at Pantages Theatre) [Yusuf/Cat Stevens with Chris Cornell]**
‘A Day In The Life’ (Live at the Royal Albert Hall)**
‘Redemption Song’ (Live at Beacon Theatre) [with Toni Cornell]**
‘Thank You’ (Live in Sweden)

** Material nunca lançado anteriormente

Regressão começou na ditadura militar

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O filósofo Vladimir Safatle destaca que as declarações do reitor da Universidade de São Paulo, Vahan Agopyan, expressam “uma posição corajosa a respeito da pluralidade e da liberdade inerentes à universidade como projeto”. Para ele, “essa mudança do peso das palavras denuncia como o Brasil conhecerá, a partir de agora, uma batalha ideológica clara capitaneada pelo seu novo desgoverno. Ela está apresentada desde o início, com incitações para que alunos denunciem ‘professores doutrinadores’, com a escolha de entregar o Ministério das Relações Exteriores a alguém que se julga em uma cruzada santa contra o ‘marxismo cultural'”.

“De fato, teremos um governo que procurará levar as pessoas a acreditar que o verdadeiro responsável pela crise nacional – por essa crise social, política e econômica que marca o país – não é o sistema financeiro nem a classe política e seus movimentos suicidas. O verdadeiro responsável pela crise nacional é o professor de história. O mesmo que teria minado os fundamentos da família, dos valores pátrios e das grandes conquistas da civilização brasileira”, avalia Safatle em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.

Ele relembra que “”quem controla o passado controla o futuro”, escreveu George Orwell em “1984”. Veremos como se tratará a partir de agora de fazer desaparecer as lutas que compuseram nossa história, as resistências violentas que nos marcam. Fazer desaparecer até mesmo uma ditadura corrupta que agora será chamada de “movimento militar” será naturalizada como uma outra forma de governo qualquer. Tudo isso nos mostra como essa regressão que o Brasil vive é o segundo capítulo de uma história que começou na ditadura militar”

Leia a íntegra da coluna.

A caminho da Idade Média

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Por Afrânio Silva Jardim (*)

O BRASIL VAI SER DESTRUÍDO. VAMOS VOLTAR À IDADE MÉDIA.
HOMENS TOSCOS, INCULTOS E TRUCULENTOS IRÃO TENTAR GOVERNAR UMA JOVEM NAÇÃO, QUE TINHA TUDO PARA SER DESTAQUE EM NÍVEL INTERNACIONAL.

Parte do nosso povo escolheu a ignorância e vai sofrer pela absurda escolha. A infelicidade vai contagiar todos nós…

Até hoje não consigo entender como isto pode acontecer. Até hoje não consegui “absorver o golpe”.

Coisa estranha: já não me sinto “em casa” … Parece que não mais estou em meu país …

A minha inadaptação a este modelo de sociedade está se acentuando de forma absurda !!!

Vejo as pessoas andando nas ruas e penso que são meus inimigos, que eles elegeram o “terror” para todos nós que sempre cultivamos o pensamento de esquerda, que sempre lutamos por justiça social.

Vamos ser perseguidos em nosso país por esta onda de obscurantismo. Fico atormentado por este incômodo sentimento de impotência.

Sinceramente, não sei o que fazer … Sinceramente, não sei onde isto vai parar, como poderemos sobreviver com um governo tão tosco e de extrema direita.

Como conviver com um fundamentalismo religioso e com um nacionalismo irracional?

Como aceitar o fim do pensamento crítico e do fomento à atividade cultural?

Como aceitar que a ciência seja substituída por ideias e crenças medievais?

Vai ser doloroso ver novamente o nosso povo andando de cabeça baixa, angustiado e calado por um governo autoritário e repressivo.
Vamos sentir saudades da época em que tínhamos esperanças e éramos otimistas.

Continuo culpando: a nossa mídia empresarial, o nosso sistema de justiça (Poder Judiciário e Ministério Público), muitos pastores de igrejas evangélicas e esta nossa elite empresarial, egoísta, hipócrita e reacionária, dentre outras forças sociais espúrias.

O texto abaixo é um alerta para o que vem por aí, para a tragédia que se avizinha.

De qualquer forma, vamos resistir. Vamos resistir de qualquer forma !!!

PS: o professor Afrânio recomendou o artigo do ex-ministro Eugênio Aragão. Leia aqui: publicado no DCM.

(*) Professor de Direito na UERJ.

Assassino de John Lennon diz que “sente mais vergonha a cada ano que passa”

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Mark David Chapman, o homem que matou John Lennon em 1980, apareceu em agosto diante de um painel de juízes a fim de decidir se ele poderá ser solto da cadeia em liberdade condicional. A transcrição da audiência foi lançada nesta quinta-feira (15), segundo a Associated Press.

Chapman, que foi negado a liberdade condicional, diz que “sente mais e mais vergonha a cada ano que passa”. “Mais de trinta anos atrás, quando fiz o que fiz, não posso dizer que sentia vergonha. Agora, eu sei o que é isso”, comentou.”Vergonha é o que me faz querer cobrir o rosto todos os dias, e faz com que eu não queira pedir nada a ninguém”, disse ainda.

Chapman disse que, no dia em que matou Lennon do lado de fora do apartamento do músico, em Nova York, chegou a pensar em desistir do ato. “Eu já tinha ido longe demais para voltar atrás”, justificou. “Eu cheguei a pensar: ‘Mark, ele assinou o seu disco, você está com o autógrafo na sua mão, só vá para casa’. Não tinha jeito de eu simplesmente ir embora, no entanto”, completou.

O assassino definiu o seu ato como “sem sentido”, e disse que não sentia nenhum tipo de animosidade em relação a Lennon. “Eu só queria notoriedade”, confessou. “Eu carreguei o revólver com mais balas, porque queria ter certeza que ele estava morto, e não que ficasse sofrendo”.

Chapman descreveu o seu trabalho como faxineiro na penitenciária de Wende, nos EUA, e disse que não quer mais ser famoso. Ele finalizou sua declaração dizendo que a dor que causou com o seu crime “vai continuar mesmo depois dele morrer”. (Do UOL)

Qualquer semelhança (física, principalmente) com um certo psicopata nacional não é mera coincidência.

Para entender o que é socialismo

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Mastigadinho pra explicar para as pessoas que não entendem o que é o socialismo:

Em Cuba, a medicina NÃO É uma profissão liberal. Não tem médico trabalhando por conta própria, não tem médico abrindo clínica, não tem médico em hospital particular. Todo hospital cubano é PÚBLICO, é DE GRAÇA, e TODOS os médicos cubanos são FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.

Portanto, o Brasil não paga “salário” aos médicos cubanos. Não existe essa coisa de “pagar salário integral” que o Bolsonaro diz. O Brasil paga uma MENSALIDADE à Organização Pan-Americana de Saúde, um órgão transnacional que media a permanência dos médicos cubanos aqui, pra que aqui eles sigam trabalhando. A OPAS recebe essa quantia do governo brasileiro, repassa para o Ministério da Saúde Pública de Cuba, do qual TODOS os médicos são funcionários, e daí uma parte desse monte vira imposto, e uma parte compõe o pagamento dos médicos.

“Ah mas são 11 mil reais e o médico ganha só 4 mil”. Claro, porque NÃO é salário deles. Desses 11 mil reais, a maior parte é imposto, que volta para Cuba para bancar inclusive UNIVERSIDADE, formação de mais estudantes de medicina. Lá ninguém paga mensalidade, não existe faculdade Estácio de Sá em Cuba!

O Bolsonaro não estava tentando melhorar nada pros médicos (até porque ele caga solenemente pra eles), ele estava tentando aplicar a lógica de trabalho capitalista a um funcionário de um governo socialista. Fazer os médicos cubanos abandonarem o país que os formou, alimentou, ensinou, tudo DE GRAÇA, e ao qual eles servem, em troca de trabalhar aqui como funcionários brasileiros. É óbvio que isso não ia dar certo, é óbvio que não seria aceito, nem pelo governo nem pelos profissionais, que continuam não sendo empregados do Brasil, mas do Ministério da Saúde Cubano.”

(Por Victor Turno)

Lula acredita na Justiça. Fazer o quê?

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Por Oswaldo Coimbra, no Facebook

A moça de quem você nunca ouviria falar, se a ela não tivesse sido dada a honra de poder se dirigir a Lula, é muita dura com ele. De um modo que até o Estatuto dos Idosos não recomendaria.
Ameaça-o, pela primeira vez: – Se o senhor começar neste tom comigo vai ter problema. Não vou responder interrogatório, nem questionamentos aqui! Está claro? Está claro que não vou ser interrogada?
Mais adiante, volta a ameaçar aquele homem de 73 anos de idade. Mais velho que ela, meio século. – O senhor não fale isso de novo. O senhor está estimulando os filiados ao partido a tumultuarem o processo e os trabalhos. Se isso acontecer, o senhor será responsável!
A cena chocante de ameaças arrogantes e desrespeitosas, ainda tem um outro momento: – Não vai fazer acusações a meu colega aqui! E é melhor o senhor parar com isto!
Nos dilacera ver Lula ali. Tendo de invocar até seu tratamento de câncer, para explicar o que fez no passado.
Não é mais o mesmo Lula. Aquele que respondeu a outros interrogatórios, antes de ser preso, com exuberância de informações e até com bom humor inteligente.
Os estragos nele de mais de 200 dias trancado numa cela ficaram evidentes. Está tenso, nervoso. E, o pior: mostra como ficar à mercê de carcereiros inclusive para se alimentar introjetou nele a conhecida predisposição do sentenciado para submeter-se passivamente ao poder que tem a Justiça de decidir sobre seu futuro. Embora tenha se identificado acertadamente como um troféu guardado na prisão por seus inimigos. Ele, no entanto, não fez nenhum discurso incendiário próprio de liderança rebelde. Sequer se levantou de sua cadeira, diante da arrogância daquela moça, num gesto mínimo de dignidade ofendida. Em vez disto, fez emergir de algumas de suas frases, um sentimento de impotência desesperador: – Não sei mais o que fazer! – Estou cansado.
Inacreditavelmente, contudo, repetiu outra frase, já dita quando ainda estava livre, antes de ceder docilmente à vontade do juiz Moro de prendê-lo: – Mas, eu acredito na Justiça!
Disse isto, mesmo enjaulado aos 73 anos por acusações confusas. Mesmo se reconhecendo como mero troféu dos inimigos. Lula continua acreditando dispor do luxo da Justiça.
Não estará aí a chave para entendermos profundamente Lula, com seus méritos e limitações de líder? Lula, na verdade, sempre acreditou na possibilidade de se instaurar verdadeira Justiça – para ele e para os pobres que beneficiou por algum tempo – dentro do regime político-econômico vigente no País Ele nunca quis liderar uma revolução social.
Tão triste, ver Lula assim!

O que faremos?