A imagem inusitada

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Chamou atenção, por inusitada, a imagem de um cidadão passou carregando botijão de gás (provavelmente para abastecer um dos bares que ficam sob as arquibancadas) no meio da torcida do Paissandu, ontem à noite, no jogo contra o Parauapebas.

Leão deve ter mudanças para confronto com o Independente

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Pelos treinos da semana, o técnico Ney da Matta parece disposto a fazer modificações no time remista para a partida de sábado, em Tucuruí, contra o Independente, pela segunda rodada do Campeonato Paraense. A mudança mais provável é a escalação de Adenilson no meio-campo. O jogador entrou na segunda etapa do confronto contra o Bragantino e mudou por completo a forma de jogar do time, contribuindo muito para a vitória.

Outra novidade pode ser o aproveitamento de Jayme no ataque. O jogador, por estar suspenso, não foi relacionado para a estreia. Ontem à tarde, o treino azulino Souza foi atrapalhado pelas fortes chuvas, mas nesta quinta-feira Ney da Matta deve definir a escalação para enfrentar o Galo Elétrico.

As boas atuações de Elielton e Felipe Marques praticamente asseguraram a titularidade aos dois atacantes. Ainda sem poder contar com Diego Superti (lesionado) e Rodriguinho (à espera de regularização), Da Matta passa a ter à sua disposição o lateral-direito Gustavo, que participou da Copa São Paulo de Juniores, juntamente com o zagueiro Keven e o meia David Lima, ambos integrados ao elenco profissional.

O frenético Liverpool x City e uma reflexão sobre a intensidade do jogo na Premier League

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POR RENATO RODRIGUES, na ESPN

Liverpool e Manchester City, no último domingo, protagonizaram um jogo com a essência da Premier League. Não faltaram transições, duelos pessoais, brigas em 1ª e 2ª bolas, gols… Mas a palavra mais certa para definir o confronto e, principalmente, a liga em que as duas equipes jogam é intensidade. Termo que, apesar de muito usado em solo brasileiro nos debates sobre futebol, não é totalmente compreendido.

Intensidade também inclui ações com bola e existem diversas maneiras de a ter com a posse. A velocidade de execução (tempo em que o jogador domina e passa/finaliza/lança), por exemplo, é um dos pilares deste conceito.  A mobilidade, como deslocamentos para achar linhas de passe, também entra dentro deste pacote. A rapidez na tomada de decisão idem. E temos também a reação após a recuperação da bola, que nada mais é o quanto você demora para atacar um espaço,  para dar uma opção de passe ou  infiltrar no exato momento em que recupera a posse. Ou seja, intensidade é bem diferente de “correria”, como muitos acham.

A organização e a criação de um modelo de jogo que se integre ao tipo de jogadores e clube que está também são de extrema importância. Intensidade sem estrutura, sem uma ideia por trás, vira um catado. É correr errado apenas.

No duelo do último domingo em Anfield vimos muito disso. Um jogo frenético. O alto número de ações com e sem bola, principalmente do Liverpool, nos dá uma dimensão de como foi o jogo e nos dá uma referência na hora de “medir essa intensidade”. Ao melhor estilo Jürgen Klopp, os Reds pressionaram a bola a desde o início, atrapalhando muito a saída de bola da equipe de Pep Guardiola. Na recuperação, acelerava e atacava espaços em profundidade. Firmino, em mais uma ótima atuação, flutuava por todo terço final, abrindo espaços e jogando com um ou dois toques, ajudando a desequilibrar a defesa de Manchester.

O duelo entre Arsenal e Chelsea (2×2) foi outro que também chamou a atenção neste sentido. Ainda mais por ter acontecido em meio ao boxing day (período no campeonato inglês com jogos seguidos em um curto espaço de tempo, que considero bastante inadequado, inclusive). Claro que os dois jogos citados aqui são de equipes gigantes, onde a qualidade técnica é maior pelo poderio financeiro, mas é possível ver tal velocidade, tal ritmo, tal intensidade, em jogos de menor porte também.

Obviamente que a Premier League é uma das (ou a) liga mais intensa do mundo. Seria até leviandade compará-la com o futebol praticado no Brasil neste sentido. Mas se olharmos para outros centros como Espanha, Alemanha, Itália e até Portugal, ainda estamos bastante atrás. Convivemos por aqui com um jogo lento, muitas vezes com posses pouco objetivas e, principalmente, quase sempre pragmáticos. Um arroz com feijão mal feito. Uma sonolência que tem a ver com a nossa cultura de jogo.

“Ah, mas os caras têm muito dinheiro!”, “Mas os melhores jogadores estão lá!”, “Vai jogar em Caruaru às 16h para você ver se tem intensidade!”… São vários os argumentos que recebi após levantar este assunto no Twitter. Todos com seu valor, inclusive. Já que englobam nas justificativas para um jogo tão pouco intenso que vemos no Brasil.

Claro que a qualidade técnica é essencial para a boa prática do futebol. E é fato que nossos grandes jogadores já não estão por aqui. Mas apesar de tudo isso, não poderíamos fazer mais? Somos um dos países que mais carregam a bola no futebol mundial. Ainda não achei uma estatística que comprove isso, mas a olho nu é bastante perceptível.

Cada lugar tem sua cultura e sua forma de ver/jogar futebol. Não dá para nós brasileiros abrirmos mão do nosso estilo. Quando cobramos uma melhora na qualidade do nosso jogo, não queremos simplesmente copiar. Mas sim adequar as boas lições que outros lugares podem nos dar e adaptá-las à nossa realidade, sem perder nossa essência. E o nosso problema vai além de dinheiro, qualidade técnica, organização… Tem a ver como tratamos e desenvolvemos futebol.

Primeiro que nossos métodos são ultrapassados. Claro que isso não é praxe de todos nossos treinadores, mas ainda enxergamos por aí treinamentos longos e exaustivos. Muitas vezes utilizando todas as dimensões do campo. Trabalhar espaço reduzido e em menor tempo tem sido a tônica nos grandes centros. E faz sentido. Você diminui o espaço, cresce as ações. Com o aumento de toques na bola, aumenta-se a participação de cada atleta. Mais ações = a mais intensidade.

Também não adianta fazer um treino em campo reduzido e usar a continuidade nele. Por exemplo: faça um 6 vs 6, mas jogue os jogadores 40 minutos neste exercício. Depois de 15 minutos a intensidade dos movimentos começará a cair de força gradual. Por conta disso os exercícios intervalados são bem mais usados nos grandes centros do mundo. Ainda em cima disso, entram os objetivos destes treinamentos. Largura para trabalhar amplitude (abrindo o campo), cumprimento para trabalhar profundidade, regras para levar a bola num devido setor ou mesmo estimular algum tipo de comportamento nos atletas… O repertório é vasto e exige criatividade dos treinadores, já que eles precisam sempre ter um objetivo final para aquele exercício, sempre pensando em refletir este conteúdo no jogo.

Nosso calendário apertado também vira um vilão nestas horas. Em ano de Copa do Mundo a situação se agrava muito, já que algumas equipes não terão nem 15 dias para realizar uma pré-temporada decente. Inclusive já pontuamos por aqui a importância desse período (clique aqui). Ou seja, já se começa errado por aqui. E, inevitavelmente, essa demanda vai ser cobrada lá na frente. Questões como a temperatura também entram no pacote. Aqui os dias e regiões quentes castigam qualquer atividade física.

Mas temos também a nossa cultura de “picar os jogos”. Caímos no chão após qualquer choque para esfriar o jogo. Fazemos bolinho no árbitro. Retardamos cobranças de tiro de meta. Enquanto alguns querem jogar a todo custo, nós queremos apenas ganhar. E não importa a forma como isso vai acontecer. São pequenas atitudes que colaboram para a qualidade do nosso jogo. A arbitragem, que ainda sofre com sua não profissionalização, também ajuda a complicar o cenário.

Está mais do que na hora de darmos este salto de qualidade no futebol praticado em solo brasileiro. O produto que oferecemos está longe de ser interessante. Enquanto isso, perdemos cada vez mais espectadores. Os estádios esvaziam. Se vende menos, se paga menos. E para dar os primeiros passos nessa direção, a primeira coisa que precisamos é aprender ver o futebol num todo. Aceitar que ele é sistêmico e deixar de individualizar problemas, já que são várias as questões que o cercam. A mudança é necessária. E ser auto-crítico está longe de ter síndrome de vira-lata. Queremos mais porque podemos mais.

Análise interessante. 

Remo agiliza negociações para para concluir a reforma do Baenão

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A diretoria do Remo está em negociações com novos parceiros para concluir a reforma do estádio Evandro Almeida, que há quatro anos foi semi-demolido pelo então presidente Zeca Pirão e desde então nunca mais sediou jogos oficiais do clube. Como o acordo com uma empresa de gerenciamento esportivo do Rio de Janeiro, que iria investir cerca de R$ 1 milhão nas obras, não se concretizou, a restauração continua a ser tocada através de doações de torcedores na compra de materiais.

No clube, porém, é dado como certo um acordo com novos patrocinadores, a ser celebrado nos próximos dias. Os parceiros são empresas do ramo farmacêutico e de fast-food, que irão explorar a área do Carrossel, anexa ao Baenão. “Gostaríamos de manter a nossa política de anunciar tudo em primeira mão pelas nossas mídias. Até por que, às vezes, as coisas, em cima da hora, acabam não acontecendo. Estão bem adiantados, mas assim que tivermos uma certeza, nosso site irá divulgar, como já vem acontecendo”, informou o diretor Milton Campos.

Haroldo Picanço, diretor financeiro, tinha dito em dezembro que no começo deste ano os acordos seriam fechados. “Nosso trabalho é esse, procurar investidores que possam nos ajudar. São parcerias muito interessantes para o clube, que devem se concretizar no começo de 2018”, adiantou. Segundo ele, o clube deverá receber um valor inicial e faturar cerca de R$ 200 mil mensais com as parcerias.

A ideia da diretoria é garantir que as obras – das arquibancadas e cadeiras do lado da travessa das Mercês – fiquem prontas até abril deste ano, a tempo de serem utilizadas ainda no Parazão e na Copa Verde.

Gol no final dá vitória ao Papão

https://www.youtube.com/watch?v=yP3dxE1JiP4

A renda do jogo desta noite na Curuzu foi de R$ 320.955,00. Público pagante: 9.987. Sócio bicolor: 3.461. Credenciados: 1.475. Público total: 14.923.