Casa quase arrumada

POR GERSON NOGUEIRA

Começo de temporada é período sempre árido para o jornalismo e a crônica esportiva, às voltas com treinamentos, projeções e raros assuntos de destaque nos clubes. Na falta de temas fortes, resta enfatizar a movimentação de chegada dos reforços, às vezes até indignos dessa denominação tão arriscada.

O anúncio de mais três jogadores, na tarde de domingo, completou o elenco do Papão para as primeiras competições do ano, embora um último nome para o ataque (Moisés, ex-Vila Nova-GO) possa ser anunciado nas próximas horas. Ao todo, serão 14 aquisições, apenas quatro a menos que o maior rival, que havia desmanchado o elenco.

Dos jogadores apresentados pela diretoria, vale destacar o experiente volante Luis Cáceres, paraguaio com boa rodagem pelo Brasil (Vitória e Coritiba) e no futebol de seu país (Olímpia, Cerro Porteño, Libertad), que terá a missão de ser o xerife da equipe, função vaga há tempos no Papão.

Outro nome forte é o de Pedro Carmona, meia de 29 anos que mostrou qualidades em vários clubes brasileiros (Palmeiras, Vila Nova, Fortaleza e Náutico) e que ultimamente estava na Coreia do Sul. Hábil nos lançamentos e especialista em cobranças de falta, Carmona chega com a missão mais espinhosa de todas: dar identidade à camisa 10, órfã de talento desde a passagem de Eduardo Ramos pelo clube há quatro anos.

Cassiano, atacante de força e velocidade que o Brasil de Pelotas mostrou em 2017, é candidato a substituto de Bergson, que chegou sem muito alarde e saiu daqui consagrado, como artilheiro da Série B e cobiçado por vários clubes. É outro que não terá sossego enquanto não mostrar serviço.

Yilmar Filigrana, colombiano de 27 anos, ex-Deportes Quindió e Coritiba, dividirá com Cassiano a responsabilidade de fazer gols. Pouco conheço do futebol do atacante, que chama mais atenção pelo sobrenome inusitado, mas as referências são boas. Além disso, a comissão técnica e a diretoria de Futebol estabeleceram critérios rigorosos para a aquisição de reforços.

Os jogadores cedidos pelo Botafogo na transação que envolveu Leandro Carvalho mostraram qualidades nas divisões de base do Glorioso, participando de competições nacionais e internacionais. Renan Gorne é um atacante velocista, tido e havido como uma joia alvinegra. Victor Lindenberg é lateral esquerdo e chega quando o titular Guilherme Santos deixa o clube, seduzido por proposta vantajosa do futebol japonês.

A essa altura, tudo vai depender da maneira como o time será estruturado por Marquinhos Santos. O que se sabe é que, ao contrário do que ocorreu na Série B 2017, ele poderá contar com um meio-campo mais qualificado e cascudo, o que já é um bom começo, sem dúvida.

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A nova Fifa e os velhos hábitos de sempre

As declarações do português Miguel Maduro, afastado da chefia do Comitê de Governança da Fifa por ordem do próprio homem que o havia contratado – Giovanni Infantino, atual presidente –, deixam no ar um rastro de inquietação quanto aos dados pela entidade no sentido de depurar suas práticas e relações internas.

Maduro acredita que foi descartado porque suas ações começavam a inquietar setores ligados ao que ele chama de “cartel político do futebol”. Suas críticas somam-se a de outros executivos e técnicos também afastados da área de Governança da entidade.

Para os que se empolgaram com a devassa feita na Fifa há dois anos, que levou à prisão boa parte da ratazana que infestava o futebol e tirou de cena o chefão Joseph Blatter, as revelações de Maduro semeiam inquietação.

Maduro foi chamado para executar uma faxina na Fifa, afastando a sujeira e pavimentando o caminho para uma nova ordem interna. Na Governança, tinha o papel de impedir que cartolas de ficha suja assumissem cargos importantes. Bateu de frente com Vitaly Mutko, vice primeiro-ministro da Rússia e chefe do comitê organizador da Copa 2018.

Pelo histórico dos que cuidaram da organização de mundiais recentemente, dá para se ter uma ideia das conexões e influências de Mutko. Ao colidir com ele, Maduro foi ao chão, mas saiu atirando e alertando para o que se passa nos intestinos da Fifa.

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Botafogo & Pará: rica história de parcerias

Com Leandro Carvalho já certo e Roni quase confirmado, o ataque do Botafogo poderá ser paraense em 2018. Por lá já passou Lupercínio, também jogador de velocidade e driblador. Jóbson foi outro que encantou a torcida botafoguense, pena que por pouquíssimo tempo, antes de enveredar por um caminho sem volta para qualquer atleta. Lá atrás, o Botafogo foi também a casa de Quarentinha (Waldir Cardoso Lebrêgo), o mítico camisa 9 que jamais sorria, por entender que fazer gols era sua obrigação.

É até hoje o maior artilheiro da gloriosa saga botafoguense, com 313 gols em 442 jogos. Tem também a segunda melhor média de gols pela Seleção Brasileira (um gol por jogo), jogando em plena era do Rei Pelé e de Mané Garrincha. Tinha um foguete nos pés. Dizem que só não foi chamado para a Copa de 1962 – vencida pelo escrete botafoguense – por lobby de Pelé, que queria Coutinho no time e sabia da fase estupenda de Quarentinha.

Se houve a comentada puxada de tapete não se sabe, mas a ironia é que os deuses da bola não deixaram que a dupla santista disputasse aquele mundial, sendo Pelé substituído com todas as honras por Amarildo, o Possesso, também da Estrela Solitária.

Que Roni e Leandro honrem a bandeira do Pará vestindo o lendário manto alvinegro.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 03) 

Por que Lula vai ser julgado?

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POR FERNANDO BRITO, no Tijolaço

Em entrevista publicada no site da CUT, o procurador da república e ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, faz um bom resumo do absurdo  do julgamento – em primeira e, agora, em segunda instância – pelo apartamento no Guarujá.

Dona Marisa [esposa de Lula, falecida em fevereiro] comprou cota de um apartamento da Cooperativa dos Bancários [Bancoop]. Por dificuldades financeiras da Bancoop, a obra foi assumida pela construtora OAS. Ao saber que a esposa do presidente era cotista, a OAS resolveu dar ‘um trato’ numa cobertura, numa estratégia de marketing que qualquer empresa faz para servir de atrativo a outros compradores e empreendimentos. Dona Marisa visitou o imóvel, não gostou e resolveu devolver a sua cota para a empreiteira, que não aceitou. Então, a ex-primeira dama moveu um processo contra a OAS e a Bancoop para reaver o dinheiro investido.

O que prova que o imóvel era de Lula? Um escritura ou uma promessa de compra e venda, ainda que em nome de terceiro? Entrega de chaves? Não. O uso, mesmo eventual, do imóvel? Não. Uma visita, para ver o apartamento? Devo ter uns dez, se este for o critério. O resto é “ouvi dizer” que era dele e até o dono da empreiteira diz que “soube” que estava reservado para ele. Soube por quem? Não se sabe, e parece que não vem ao caso.

Caso que, do ponto de vista judicial não é, portanto, um caso.

Muito menos um caso para Sérgio Moro, lembra Aragão:

“É uma ilação dizer que o caso tríplex tem relação com o petrolão. Na hipótese de haver qualquer motivo para processo – e não há –, o caso deveria estar em São Paulo ou em Brasília. Isso não tem nada a ver com Moro. Onde há relação com a Petrobras?”

A suposta relação veio ao final do processo, quando Léo Pinheiro, já no desespero para se ver livre da cadeia , disse que as obras do triplex teriam sído “descontadas” numa “conta-corrente” relativa a contratos da empreiteira com a petroleira, muitos anos antes.

Poderia ter dito que “descontou da conta-corrente” uma coleção de cachaças de Minas.

A acusação é ridícula para alguém que foi Presidente da República e teve autoridade sobre bilhões.

Mas o ridículo virou a regra.

A finalidade, que não se disfarça, do processo é, simplesmente, tirar Lula do processo eleitoral. E é isso o que o torna um julgamento arbitrário: visar um objetivo político-eleitoral.

O passado é uma parada

Quarentinha - Revista do Esporte

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A ‘Revista do Esporte’ marcou época nos anos 50 e 60, como principal publicação voltada para o futebol profissional. Dava ênfase, como era próprio da época, aos clubes de Rio e São Paulo, destacando sempre nas capas os grandes ídolos. Na foto de cima, Pelé e Quarentinha, grandes figuras de seus times (Santos e Botafogo), aparecem abraçados em fotografia feita antes de um jogo no Maracanã.

 

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Na capa acima, Jairzinho e Bianchini (Bangu). Minha formação jornalístico-boleira, ainda moleque em Baião, tem muito a ver com as reportagens da RE, que tinham o necessário complemento das transmissões lendárias de Waldyr Amaral e Jorge Cúri nas rádios Globo, Mundial e Tupi. Meu pai José me apresentou à revista, cujas páginas eu devorava com prazer, mesmo de números já antigos.

Idas & vindas do mercado da bola

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Mercado da Bola 24h fecha última semana de 2017 com novidades na maioria dos clubes da Série A do Brasileirão. Corinthians fechou com zagueiro Henrique, ex-Fluminense. São Paulo aguarda resposta do Sport por Diego Souza, sonda Marinho, ex-Vitória, e correr risco de perder Hernanes já em janeiro. E Cruzeiro promete anunciar seis reforços no dia 6.

Confira as principais negociações do MB24h com análises do Chuteira FC (CFC).

26 a 30/12 – resumo das negociações:

Corinthians se acerta com Henrique, dispensado na barca do Fluminense. Entre o campeão brasileiro de 2017 e o zagueiro, o acordo está fechado. Falta apenas o jogador concluir a rescisão de contrato com o clube carioca. Henrique vem para ocupar a vaga de Pablo. Preocupação agora é encontrar um atacante substituto de Jô, vendido ao Nagoya Grampus, do Japão, por R$ 43 milhões. Corinthians garantiu: atacante Júnior Dutra (Avaí), volante Renê Júnior (Bahia). Perdeu: Pablo, Arana (Sevilla) e Jô.

análise CFC: no esquema de muita proteção à defesa adotado por Fabio Carille, Henrique pode funcionar. Ainda tem velocidade para dar bote nos atacantes. Não fez uma boa temporada pelo Fluminense.

Cruzeiro anuncia um pacote com seis reforços: atacantes Fred (ex-Atlético-MG) e David (Vitória), volante Bruno Silva (Botafogo), laterais-esquerdos Egídio (ex-Palmeiras) e Marcelo Hermes, e o lateral-direito Edílson (Grêmio). Com esses jogadores, comando do clube mineiro espera encerrar o processo de contratações para 2018. A única baixa importante: lateral-esquerdo Diogo Barbosa vendido ao Palmeiras.

análise CFC: confirmando este pacotão, Cruzeiro vem forte. A maioria é de jogadores experientes. Cabe agora ao técnico Mano Menezes montar um esquema mais ousado e deixar a retranca para casos de extrema necessidade.

Atlético-MG tinha como certa a chegada do zagueiro Conti, de 23 anos, capitão do Colón da Argentina. Apontado como revelação no país vizinho, Conti custaria R$ 13,9 milhões. Mas o Colón exigiu pagamento de impostos da transferência – cerca de R$ 3 milhões. Galo discorda e negócio pode ser desfeito. Atlético ja garantiu volante Arouca (Palmeiras), atacantes Roger Guedes e Erik (Palmeiras) e Ricardo Oliveira (Santos). Perdeu: Fred (Cruzeiro) e Robinho (sem clube).

análise CFC: se Conti não vier, clube mineiro tem de voltar ao mercado em busca de um zagueiro novo e de respeito. Leonardo Silva, aos 37 anos, apresenta fadiga de material e não suporta a sequência de jogos desgastantes da temporada.

São Paulo vai entrar em 2018 muito bem reforçado na parte diretiva e sem um nome forte no campo. Raí, diretor executivo de futebol, Ricardo Rocha, gerente, e, bem provável, Lugano, como coordenador técnico, chegam para reorganizar a casa. Uma das tarefas desse trio é contratar Hernanes. Jogador pode voltar em janeiro ao Hebei Fortune, por uma cláusula no contrato de empréstimo. Hernanes custou R$ 33 milhões ao clube chinês. Em outras negociações, Tricolor aguarda resposta do Sport por Diego Souza e sonda Marinho, ex-atacante do Vitória.

análise CFC: perder Hernanes neste início de temporada 2018 seria um duro golpe no trabalho de reconstrução do São Paulo, um time à deriva nos últimos anos. Identificado com o clube, Hernanes é uma referência técnica imprescindível.

Flamengo tinha lateral Zeca nas mãos e preparava anúncio da contratação quando um novo entrave na Justiça adiou o acordo. Zeca deixou o Santos com base em decisão judicial, mas ainda não está livre para trocar de clube. Seu acerto com o Flamengo é por um contrato de cinco anos. Clube carioca vive também dias de incerteza com a provável saída do técnico colombiano Reinaldo Rueda. Treinador promete definir sua situação dia 2 de janeiro.

análise CFC: se Zeca não se garantir na Justiça, Flamengo vai perder talvez o reforço mais importante da próxima temporada. Zeca atua nas duas laterais, um dos setores mais frágeis do time rubro-negro.

Internacional informou na sexta-feira a contratação do volante Patrick, do Sport, e do lateral-direito Dudu, 20 anos, do Figueirense. Patrick assinou por duas temporadas e Dudu, até 2021. Clube gaúcho ainda espera renovar contrato com Leandro Damião e definir se fica ou negocia volante Fernando Bob, que esteve na campanha do rebaixamento da Ponte Preta no último Brasileirão.

análise CFC: contratações tímidas e de jogadores sem muita expressão dão a impressão que o Inter se reforça no padrão Série B. É bom lembrar que o clube gaúcho volta à Série A em 2018 depois de passar 2017 na Segunda Divisão.

Santos corre sério risco de perder zagueiro Lucas Veríssimo, um dos destaques do time na temporada. Spartak Moscou oferece R$ 32 milhões pelo beque e negócio deve ser fechado no início de 2018. Santos precisa de dinheiro para investir em reforços e quitar dívidas. Em outras negociações está no mercado em busca de Barcos ou Gilberto, ex-São Paulo, para suprir a vaga deixada por Ricardo Oliveira no ataque. E continua namoro com Gabigol.

análise CFC: a saída de Lucas Veríssimo é uma baixa importante no Santos. Gustavo Henrique e Luiz Felipe, que passaram a maior parte da temporada 2017 no estaleiro, podem dar conta da zaga ao lado de David Braz.

Palmeiras emprestou lateral-direito João Pedro ao Bahia por um ano. Jogador estava na Chapecoense e não seria aproveitado por Roger Machado com a chegada de Marcos Rocha, do Atlético-MG. Clube paulista deve repassar os laterais Lucas, Fabiano e Lucas Taylor. De acordo com presidente Mauricio Galiotte, o ciclo de contratações estaria encerrado, mas jornal El Bocón, do Peru, diz que atacante Farfán, do Locokomotiv da Rússia, está na mira do Palmeiras.

análise CFC: não será surpresa se o Palmeiras correr atrás de um zagueiro, com a quase certa saída de Mina para o Barcelona em janeiro. Nas outras posições Roger Machado está bem servido. Sua tarefa é reorganizar o time que decepcionou em 2017.

Cartel político do futebol se opõe a reformas, diz ex-chefe de comitê da Fifa

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Em maio de 2016, o português Miguel Maduro foi contratado pela Fifa para uma missão ambiciosa: limpar a entidade, devastada por escândalos de corrupção. Seu trabalho foi interrompido um ano depois pelo mesmo homem que o havia contratado, Gianni Infantino, presidente da Fifa. Maduro foi demitido em maio de 2017.

– O futebol é uma cultura fechada e resistente à transparência e à prestação de contas – disse Maduro ao GloboEsporte.com numa entrevista realizada por e-mail e por telefone nos últimos dias de dezembro.

Maduro era o presidente do Comitê de Governança, órgão criado pela Fifa que tinha, entre outras atribuições, fazer os “integrity checks” dos integrantes da entidade. Ou seja: cuidar para que os ocupantes de cargos importantes na Fifa tivessem “ficha limpa”.

Em março de 2017, Maduro e sua equipe impediram que o russo Vitaly Mutko fosse reeleito para o Conselho da Fifa. Mutko é vice-Primeiro Ministro da Rússia e, na época, também era o presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2018, cargo ao qual ele renunciaria meses depois.

– O Presidente (Infantino), e outras pessoas em seu nome, como a secretária-geral (Fatma Samoura), insistiram de formas diferentes e em diferentes ocasiões para que eu não excluísse Mutko. Como é público, resisti a esses pedidos ou pressões, e poucos meses depois não fui renovado (como chefe do Comitê). Acho que não é difícil tirar uma conclusão.

A demissão de Maduro gerou a saída imediata, em solidariedade, de outros integrantes do Comitê. Um deles foi o sul-africano Joseph Weiller, professor da Universidade de Nova York, que também fez críticas duras à Fifa numa entrevista ao GloboEsporte.com em novembro de 2017.

Além de ter demitido Miguel Maduro, a Fifa trocou os dois chefes do Comitê de Ética, o suíço Cornel Borbely e o alemão Hans-Joachim Eckert. Essa decisão foi tomada pela Fifa em maio de 2017, durante o congresso anual da entidade, no Bahrein.

O estatuto da Fifa diz que o Comitê de Governança deve ter “pelo menos metade de seus integrantes independentes” do futebol. Dos 10 atuais membros do Comitê, só quatro são independentes e seis são ligados ao mundo do futebol.

Na avaliação de Miguel Maduro, a Fifa nunca vai se reformar de verdade, “porque a liderança que deveria promover essa reforma depende daqueles que precisam ser reformados”. Ou, nas palavras mais duras escolhidas pelo professor português:

– A liderança da FIFA não responde perante a opinião pública ou aos fãs do futebol, mas sim ao cartel político que controla o futebol e se opõe a reformas genuínas. Entre sobreviver politicamente ou reformar, a liderança escolhe sobreviver.

Maduro defende a criação de uma agência independente, “não para gerir o futebol e os outros esportes”, mas para garantir que “as entidades que os comandam atuem de acordo com certos princípios éticos e de boa governança”.

– O esporte é uma área de enorme importância social e que corresponde aproximadamente a 2% do PIB mundial. Não é concebível que uma área com esta importância não esteja sujeita a nenhum escrutínio e controle público.

O português avalia como “importante” a investigação das autoridades americanas – que resultou no indiciamento de mais de 40 pessoas na condenação de cartolas como o brasileiro José Maria Marin – mas ainda longe de resolver o problema da corrupção no futebol.

– O combate à corrupção precisa ser acompanhado de um mínimo de regulação, de escrutínio público.

Na última semana de junho de 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia, Maduro vai organizar em Portugal, na Universidade Católica do Porto, um curso de verão sobre Governança no Esporte. Entre os professores, estarão outros ex-integrantes da Fifa, como Joseph Weiler e Cornel Borbely.

Seleção do L’Equipe tem 3 brasileiros

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O tradicional jornal francês “L’Equipe” publicou nesta terça-feira sua lista com a seleção ideal de 2017. Destaque para a presença de três brasileiros: Daniel Alves (ex-Juventus e hoje no PSG), Marcelo (Real Madrid) e Neymar (ex-Barcelona e hoje no PSG).

No gol, o titular da Juventus marca presença: Buffon. A zaga é formada por Hummels (Bayern de Munique) e Sergio Ramos (Real Madrid). No meio, Kanté (Chelsea) e Modric (Real Madrid). Além de Neymar, o ataque tem Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Messi (Barcelona) e Cavani (PSG).

Artilheiro entre as grandes ligas da Europa em 2017 com 56 gols, dois a mais do que Messi e três a mais do que Cristiano Ronaldo, o inglês Harry Kane, do Tottenham, acabou fora da seleção do ano do jornal francês.

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Ao comentar o status de cada jogador, o “L’Equipe” destacou que Marcelo foi o atleta que recebeu a maioria dos votos: 26,96%. Daniel Alves, por sua vez, está pela sexta vez na lista de melhores do ano do jornal. Neymar, que em 2016 não entrou na seleção do ano, voltou com o “status” de jogador mais caro da história. A publicação lembra que ele ficou na terceira posição da disputa da Bola de Ouro.