Ensaio ruim para o clássico

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Por Gerson Nogueira

Caso resolva levar em conta as atuações da rodada de ontem, o torcedor vai passar longe do Mangueirão no próximo domingo. A derrota do Paissandu e o empate do Remo funcionaram como sérios fatores de desestímulo, pois os times renderam abaixo do esperado. Sem mostrar qualquer inspiração, permitiram que os emergentes equilibrassem as coisas. Situação que se agrava diante das limitações dos adversários.

Na Curuzu, o Paissandu cumpriu um script que vinha mais ou menos esboçado desde a vitória complicada sobre o Santa Cruz na segunda rodada. Na ocasião, o time chegou a ser dominado em diversos momentos da partida, mas acabou vencendo depois de um pênalti a favor e da consequente expulsão do goleiro do visitante.

Contra o Paragominas, domingo, apesar do bom começo, o Paissandu voltou a falhar muito no setor defensivo e cedeu o empate depois de estar vencendo por 2 a 0. Ontem, os problemas se repetiram e nem a escalação cautelosa armada por Mazola Junior evitou a derrota.

Não foi por falta de aviso. Contra o Remo, o Cametá mostrou-se organizado, com boa proteção defensiva e força nos contra-ataques. O gol logo aos 5 minutos facilitou a tarefa do visitante, complementada por uma atuação destacada do goleiro Alencar Baú.

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É verdade que, a despeito da excessiva quantidade de volantes, o Paissandu foi muito presente no ataque. Criou diversas situações de perigo, desfrutou de seis grandes chances no primeiro tempo e outras tantas na etapa final, mas exagerou nos erros de finalização. Acontece que a presença de área não significa competência e clareza de jogadas. Isolados na frente, Dênis e Lima não funcionaram como dupla.

Diante da imprecisão dos chutadores, o domínio terminou deixando uma imagem ilusória. É verdade que as jogadas nasceram, principalmente a partir dos alas, mas em arranques no sentido diagonal. A rigor, o Paissandu praticamente não foi à linha de fundo. O Cametá povoou a entrada da área, mas os corredores laterais poderiam ter sido explorados.

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O setor de criação, hoje entregue ao velocista e brigador Djalma, segue como principal entrave para a evolução do Paissandu. Outra constatação: Dênis definitivamente não é o melhor parceiro de ataque do artilheiro Lima. Héliton, que jogou por poucos minutos, ofereceu alternativas e imprimiu mais velocidade.

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Leão tropeça em Santarém

No estádio Barbalhão, o Remo enfrentou aquele tradicional sufoco que os times santarenos impõem aos grandes de Belém. O primeiro tempo foi tecnicamente sofrível e arrastado, com muitos erros de passes de ambos os lados.

unnamedDa parte do Remo, a desarrumação no meio-de-campo, principalmente na marcação, travava a equipe e facilitava a correria do São Francisco. O gol de Caçula não evidenciou superioridade do Leão santareno, mas a fragilidade do esquema montado por Charles Guerreiro.

Como Jonathan e André não conseguem ainda dar conta da cobertura da defesa, o Remo tem feito da movimentação ofensiva um meio de diminuir a pressão sobre seus zagueiros. Quando isso não ocorre, como ontem, o miolo de zaga sofre bastante.

Lento na transição no começo da partida, o Remo só acelerou o ritmo depois de sofrer o gol. Nos instantes finais do primeiro tempo, Eduardo Ramos, Athos e Potiguar começaram a produzir mais, investindo pelos lados da área e acionando Leandrão, até então peça decorativa no centro do ataque.

Na volta para o segundo tempo, o São Francisco teve seu trio de zagueiros (Perema, Aldair e Bruno) mais exigido, pois o Remo partiu de maneira mais decidida em busca do gol. Athos saiu para a entrada de Zé Soares e o time passou a ter opções de velocidade tanto pela direita quanto pela esquerda, por onde Potiguar caía e trocava passes com Ramos.

E foi de uma jogada rápida, com toques de primeira, que nasceu o empate remista, com finalização de Potiguar na pequena área. A zaga continuava exposta e sujeita a alguns sustos, principalmente quando Elielton entrou e deu sangue novo à ofensiva santarena. No final, em duas oportunidades, o Remo poderia ter conquistado a vitória – que seria imerecida, pelos muitos erros e hesitações mostrados ao longo do jogo. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola) 

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Fiel cada vez mais ausente

A torcida do Papão segue devendo na competição – como já havia acontecido na Série B. É verdade que o time não empolga e o preço também atrapalha. Mas é fato também que fazia muito tempo que a Fiel não ostentava números tão pífios. Ontem, foram apenas 1.102 pagantes. No total, o clube registra menos de 5 mil pagantes em três rodadas. O próprio sentido de fidelidade já começa a ser questionado.  

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 23) 

38 comentários em “Ensaio ruim para o clássico

  1. Dênis, realmente, não é a melhor opção para dupla de ataque alviceleste.
    O esquema com três volantes deixou muito a desejar, sinceramente não entendi o motivo deste.
    Com a entrada de Lineker e Heliton o time ficou mais leve e mais rápido, contudo, devido a falta de vida inteligente no meio campo bicolor o time perde e muito em termos de armação de jogadas de contra-ataque.
    A zaga continua batendo cabeça em bolas paradas pois além do gol sofrido por pouco o Mapará não fez o segundo em jogada idêntica!
    Muita coisa tem que ser trabalhado na equipe do Paysandú.
    A vida que segue!
    Será que derrota no clássico significará mudança de comissão técnica?

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  2. Torcida decepcionante até aqui. Será que é boicote ao Vandique?
    Está certo que os 30 reais são caros para a qualidade duvidosa do espetáculo, a diretoria deveria repensar com carinho se quiser aumentar o público, a não ser que o sócio torcedor esteja bombando, coisa que eu duvido muito, que banque as despesas do clube, caso contrário, temos pela frente uma dívida enorme e cada vez maior!

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  3. A torcida do Papão não boba! E time que jogam Vanderson e Zé Antônio Juntos não ganha ninguém, isso foi provado com rebaixamento para série C e está se repetindo, a CT não vê isso.

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  4. Acho que o RExPA será o divisor de águas para ambos treinadores.

    O Remo corre um risco de queda de rendimento, caso perca o jogo. E o melhor será demitir o treinador para não seguir o exemplo de 2013.

    Público vai ser abaixo do esperado, o campeonato está tendo muitos jogos na semana, período chuvoso, ingresso caro, jogo transmitido na TV, violência, estádio precário, são os fatores que influenciam para o torcedor.

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  5. Não acho preocupante a queda de público por parte da torcida bicolor, penso que finalmente o torcedor paraense está despertando e começando a entender que enquanto estiver-mos lotando os estádios motivados pela imprensa, estaremos abonando as lambanças feitas pelas duas diretorias (RExPA).
    A torcida do Papão já acordou, a do Leão continua iludida.

    Acorda meu POVO.

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    1. Pode até ser, amigo Álvaro. Mas se o torcedor for esperar o dia em que os clubes estiverem saneados e funcionando como empresas suíças nunca mais vai a um estádio de futebol no Pará. Particularmente, penso que o torcedor do Papão foi o mais afetado pelas transmissões pela TV e tornou-se preguiçoso e comodista. Não consigo achar isso bom.

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  6. Gerson, nobre baionense e grande botafoguense, penso que ficaria mais correto dizer que quem tá devendo é a diretoria, e não apenas esta atual, mas as anteriores.

    A torcida do Paysandu, como uma grande torcida que é, passa pelo mesmo processo que as grandes do Brasil passam.

    Onde é que o Fla e os outrs grandes do Rio estão mandando seus jogos? No Maracanã? Claro que não, em estádios que comportam no maximo 3 mil pagantes.

    E olha que são clubes de 1° divisão.

    Times que tem calendario longo, é normal no inicio terem seus estadios esvaziados, a torcida só aparece em grandes jogos.

    Aqui no parazão, pra competir com a do Remo eterna Fiel, poderia até está indo, mas como ir? Com esse preço fora do normal.

    Se vc bem analisar, o próprio remista tbm, foi bem menos do que se esperava.

    16, depois 6 e depois 10 e com ingressos a 20 reais, sem contar que passaram por um longo jejum e não se tem certeza se terão calendario.

    Gerson, não se pode comparar as torcidas e muito menos por a prova a paixão de cada uma, principalmente a do Paysandu.

    O que se deve colocar em pauta são as causas desse afstamento, ou o amigo com o tempo que tem e o respeito que conquistou em todo esse tempo que tem na imprensa multimidia, como diria o nobre Amaury Silveira, vai achar que a torcida bicolor abandonou o time e agora se resume a mil por jogo?

    Não,, a FIEL está espalhada em todo esse estado, mas de besta, assim, como as grandes torcidas desse Brasil, não tem nada.

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  7. Amigos, time bom, não fica só no quase.

    Já disse e vou repetir, pro parazão esse time tá bom e vai ser campeão, mas pelo que se comemora este ano, é uma sacanagem o que essa diretoria está fazendo.

    Dia 2 o Paysandu vai completar 100 anos, e os cars me montam um time meia boca, ora vai morrer pra lá Vandick e companhia limitada.

    E pra festejar estão mandando a torcida comprar fogos pra soltar? E a festa vai ser um baile de carnaval?

    Te dizer….

    Um time desses, que é o único do Norte e centro oeste do Brasil a ir numa Libertadores merecia uma festa da melhor qualidade e num estádio de futel e não na sede.

    Diretoria elitizada entendam que o papão é o clube do povo e não de uma mInoria.

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  8. Essa diretoria conseguiu o todos pensavam ser impossível. SER PIOR QUE O LOP! Rebaixou o time, montou elencos ridículos, afastou o torcedor do estádio, tenta obrigar o torcedor a aderir ao sócio torcedor (falta total de marketing).
    O Clube próximo de completar 100anos e esse senhor está trabalhando muito bem, no sentido de manchar a história do time dos títulos mais importantes da região Norte. Parabéns Vandick! Você já é o pior presidente que eu vi no comando do Papão!
    #foravandickenganador.

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  9. O Mazola cometeu duas mancadas em seguida. Poupou o Lima contra o paragominas e ficou refém do Dênis e ontem, entrou com ele novamente e optou por três volantes, deixando o Helinton e o Lineker fora.O time não sabia o que fazer com a bola e exagerou nos passes de longa distância (chutão).
    Ou ele abre o olho ou vai amanhecer segunda desempregado.

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  10. Acácio Elleres;
    Concordo contigo, vou até repostar o que escrevi no Link, Maqpará surpreende….
    “Bom dia Gerson Nogueira & Amigos do Blog;
    Perder, nunca alguém o quer, porém, na fase classificatória é tolerável, haja vista, que expõe as fragilidades do time, a ser corrigidas e clareia a visão do Técnico, no objetivo de entrosar o time, porém, a carrada de gols perdidas no jogo de ontem, indica que o treinador errou, não ontem mas, no domingo passado, ao poupar,não sei porquê, o artilheiro Lima, no jogo contra o PFC, ora bolas, o time está em início de temporada, buscando adquirir conjunto, entrosar a equipe em plena competição, haja vista, a exiguidade de tempo do calendário de 2014, mercê da realização Copa em nosso País, e o técnico resolve poupar o artilheiro do time logo na 3ª rodada da competição, convenhamos foi uma tremenda pisada na bola, literalmente, pois o jogador também perdeu o incipiente rítmo que adquirira no curto espaço de 7 dias treinando com os demais, não entendem assim? ora bolas, poupa-se algum jogador, para preservá-lo, para um compromisso mais importante, e ou definitivo, um clássico, uma decisão de tdzurno e ou do campeonato, por exemplo, desde que, haja peça de reposição à altura, o que não é o caso.
    No jogo de ontem, voltou a falhar, ao mudar o esquema de jogo da equipe, pela mesma motivação já citada, qual seja, exiguidade de tempo, e buscando adquirir conjunto em plena competição, sem tempo para treinar novo modelo tático, é que não é recomendável mudar o esquema no qual está jogando, afinal, em time que está ganhando, não se mexe, corrige-se apenas, nesse caso, só se muda, quando não dá mais certo, quando já está manjado e superado, o que também não é o caso.
    Mazolla, te cuida, domingo é clássico Rei da Amazônia, e esse Clássico, além de ser o mais jogado do Planeta Terra, ele também tem a fama de, desempregar o técnico perdedor.”
    Valeu Elleres.

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  11. Amigo Acácio,o menos culpado é o técnico bicolor. Esse time “pereba” que direção e Vandick montaram ,é de dar “dor de dente em serrote”.

    Lamentável! A torcida bicolor está certíssima pelo afastamento. E isso não é a primeira vez que acontece.

    Até quando aguentaremos tanta incompetência?!

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  12. Amigo Gerson, sobre a ausência da torcida, penso que uma das respostas possíveis, para o baixo público, está no fato dos estaduais estarem com fórmulas desgastadad e extremamente desisteressantes. Vale destacar que, existe um movimento no Brasil pelo final dos estaduais, realizando-se no lugar destes os antigos regionais.

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  13. Acabei de chegar, amigo Celira…rs.. Passei o dia todo com minha filha no DETRAN…

    Amigos, o Lima foi poupado, porque o Fisiologista e o Preparador físico, acusaram um cansaço muscular no atleta e o técnico trabalha com sua comissão… Ele não vai escalar um goleiro, se o seu preparador de goleiros disser que ele não é o que está em melhores condições… O Mazola não poupou o Lima, porque ele quis…

    Papão, ontem, jogou pensando no Re x Pa, daí ter se atrapalhado sozinho em campo… Mesmo assim, Papão mandou no jogo… Agora, é bom cobrar o Papelim e o Vandick, pelo elenco montado… Tá demorando muito a contratar… Agora, claro, o mais fácil é culpar o esquema…

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  14. Exatamente,Cláudio,uma demora demasiada em contratar e qualificar o plantel. Teremos Copa Verde ,Copa do Brasil,Série C e com este elenco,não ganhará sequer o Parazão, tamanha a fragilidade técnica do elenco.

    Acorda,Vandick!!!

    ÉGUA!

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  15. Amigo Acácio, em relação à escalação de ontem,concordo contigo,mas isso não é o suficiente para colocá-lo na”corda bamba” caso perca o clássico.

    Os verdadeiros culpados pelo péssimo momento bicolor são Vandick e diretoria,que estão nos decepcionando administrativamente.

    Espero que deem a volta por cima,pelo bem do Paysandu,mas já está passando da hora,convenhamos.

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  16. Bom, mas duas justificativas para a minguante: boicote ao Vandick, desgaste dos estaduais por se mostrarem desinteressantes.

    Quanto ao desempenho do Clube do Remo o que é possível dizer é que restaram acentuados os problemas verificados nas partidas anteriores.

    Os zagueiros seguiram expostos e claudicantes, um pouquinho pior pela presença do velho Rech e seus chutões.

    Os volantes não conseguiram dar cobertura ao avanço dos alas, estes passaram bastante no primeiro tempo, mas não foram lançados pelos meias. Já no segundo tempo, só quem se aventurou mais foi o Alex Juan, o Diogo esteve desaparecido na segunda etapa, não sendo de estranhar ele ser substituído.

    Quanto aos meias, estes foram o fiasco da noite. Também estiveram sumidos.

    O Athos fez uma única jogada digna de um meia diferenciado como se propalou que ele supostamente é. Foi logo no primeiro ataque do Remo quando ele vislumbrou o Eduardo Ramos um tanto escondido por trás dos zagueiros e conseguiu num toque de rosca deixar o companheiro numa boa situação, com o Eduardo se atrapalhando todo e perdendo a jogada.

    O Eduardo, no meu modo de ver, também fez uma única jogada mais interessante, que foi aquela que resultou no gol de empate do Remo. No restante do jogo, tal qual o Athos, limitou-se a toque burocráticos.

    Pra mim os que melhor se movimentaram foram os atacantes. O Potiguar com mais destaque em relação ao Leandrão. Mas, mesmo assim, a dupla ainda precisa de uma melhor afinação.

    Quanto aos três que entraram no decorrer do jogo, só o Papa-Léguas, esteve bem. Os demais, o Fernandes e o Val Barreto, me pareceu que não confirmaram as expectativas do treinador quando optou por eles.

    Enfim, ontem, segundo acredito, os problemas decorreram de déficit individual dos atletas que estiveram em campo, todos indistintamente. A impressão inicial que experimentei foi a de que eles se pouparam para o clássico. Tanto que no final do jogo, antes mesmo das substituições feitas pelo técnico do time santareno, preocupados com a repercussão da derrota, os atletas azulinos visivelmente começaram a forçar as jogadas, lograram o empate e não seria demais se conseguissem a virada.

    Quanto ao Charles, me parece que ele vem sentindo extrema dificuldade para imprimir sua marca no comando do elenco. Mas, ontem, visivelmente as dificuldades decorreram de deficiências individuais. A propósito, as substituições foram feitas dentro do que era possível fazer, inclusive a saída do Diogo, para a entrada do Fernandes. Neste caso, o ala ia muito mal no segundo tempo, inclusive porque não era demandado (nem ofensiva, nem defensivamente), e ele precisava dar consistência criativa no meio de campo. Daí ter sido natural, retirar o ala improdutivo e tentar colocar um jogador que tinha algum potencial na criação. Não houve problemas defensivos, mas no aspecto da criação não deu certo, eis que o Fernandes nada acrescentou.

    Tomara que no clássico a vibração que faltou ontem marque sua indispensável presença, aliando-se à qualidade que indiscutivelmente é marca registrada na maioria dos atletas integrantes do elenco. Afinal, se tal acontecer, independentemente das dificuldades do técnico, as chances de êxito serão bem maiores.

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  17. Gerson Nogueira & Amigos do Blog;
    Penso que a torcida não ATURA MAIS O VANDICK LIMA, isso é fato, o caso de sanar as dívidas, conduzir bem as finanças do clube, não levam nenhuma diretoria, aos píncaros da glória, se esta não associar tudo isso a um plantel qualificado tecnicamente e vitorioso de fato, o resto, em meu entendimento de torcedor, é ENGÔDO!!!

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  18. Caro Antônio, não se trata de desculpa. É um fenômeno nacional o desinteresse pelos estaduais. O Remo é uma exceção que pode ser facilmente explicada pela ausência de disputa no cenário nacional. Em outras palavras, os torcedores do rival estão ávidos por uma competição e um título, este não é o caso dos torcedores do Paissandu que, no final das contas, sabe que esta primeira fase nada decide.

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  19. Ontem eu , minha esposa, meus dois filhos estavamos passeando no Portal da Amazônia e depois fomos ao Pátio.

    Os amigos nada tem com isso, mas se tivessemos optado em ir pra Curuzú só de ingressos iria embora 120 reais mais uns 50 pra merenda ( por baixo ), chegaria nos 170.

    Um jogo só. Estão elitizando o Papão do povo.

    E se todos fomos ST, teriamos que optar pelo plano de 50 reais = 200 por mês.

    Com a certeza que ia ter jogo que não ia nenhum de nós.

    Eu e minha esposa trabalhamos, juntos temos uma boa renda, mas nunca na nossa vida o futebol vai ser carro chefe, temos coisas mais importantes na frente.

    Agora amigos, imaginem o caboco que só ganha, não digo um salário, mas uns 800 por mês, e na média. é esse caboco que gosta de futebol, como ele vai fazer pra ver seu time?

    30 ontem, 40 domingo, ou o cara vai passar fome, ou é muito fanático mesmo.

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  20. O Paysandu vai pegar da TV 800 mil, o que banca o o time no parazão.

    Então podemos afirmar que ficaram tarados por este projeto sócio torcedor.

    A média normal com um ingresso num preço compativel para o parazão pra torcida bicolor seria de 5 a 7 mil por jogo.

    Mas ca 30 está só nos 1.200. Ou seja, não ganha dinheiro e ainda perde o apoio do 12/ jogador.

    São burros ou são inteligentes e eu sou burro?

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  21. Celira, eu tenho sérias dúvidas quanto à fidedignidade e o caráter nacional deste fenômeno. A mim me parece que tal é mais uma bandeira da mídia esportiva do eixo economicamente mais desenvolvido do país, que considera que o Brasil futebolístico é composto de uma meia dúzia de estados e que os demais são apenas massa periférica de manobra. Aliás, mesmo estes exclusivistas do futebol nacional, em parte significativa, consideram que os estaduais continuam tendo cabimento nos estados que eles consideram periféricos futebolisticamente falando.

    E, no caso paraense, o que ocorre com o rival listrado, quero crer não pode servir para subsidiar a tese deste suposto fenômeno, eis que a minguância bicolor nos estádios já se verifica desde a série c em 2012, passou pela série b em 2013. Isso pra não ir muito longe. É só olhar os arquivos do blog e ler de quanto tempo o respectivo titular vem reclamando que a torcida bicolor tem ficado devendo em termos de presença nos estádios. Ah , e se os problemas que verdadeiramente afugentam o torcedor do estádio não se resolverem ou minimizarem, a minguância voltará a se verificar até na série c deste ano.

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  22. Antônio, no brasileiro da B tivemos uma média razoável. Ocorreram jogos que teve poucos torcedores? Sim. Mas série B é um campeonato danoso para nossos clubes atrair grandes massas (insiro até mesmo o Remo), ja que é disputado basicamente no período noturno (terça e sexta), dias e horários que agradam a TV, mas que não agradam o torcedor com família.

    Sinceramente, gostaria de ver seu time disputando esta competição na situação do Paissandu e sem estar ávido por títulos e competições.

    Novamente sobre o paraense, para que eu vou assistir a um jogo que não vale nada? No final das contas o campeonato é decidido nas duas semi e nas dois jogos da final.

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  23. Vale destacar que o campeonato brasileiro da série A apresenta públicos extremamente baixos em virtude do horário e também do péssimo futebol jogado no Brasil.

    Em outras palavras, a maioria dos brasileiros não entende futebol como espaço de diversão, de lazer familiar, ja que é bastante perigoso. Brasileiro entende futebol apenas como espaço para torcer pelo seu clube.

    Até concordo com alguns que reclamam do preço do ingresso, ja que somos um dos estados mais pobres da federação em renda percapita.

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  24. Mas, agora, Celira, em significativa parte, em tenho que concordar contigo (35). Um dos maiores problemas alusivos à fuga de torcedores dos estádios é a freqüência de jogos, aliada tanto ao valor elevado dos ingressos, quanto à carência de recursos disponíveis para adquirir os ingressos de expressiva parcela de torcedores. Também concordo quanto aos horários dos jogos, cuja dificuldade é potencializada pela insegurança nos próprios estádios e nas ruas. Há também as cabeçadas, as aloprações e quejandos cometidas pelos dirigentes, inclusive, e, principalmente, na contratação de jogadores. Juntando todos estes problemas ao fato de que há transmissão ao vivo (no caso do paraense a maioria dos jogos da dupla re/pa, mesmo quando jogados na capital), realmente fica difícil garantir que a torcida compareça em massa em todos os jogos.

    Só não posso compartilhar da opinião de que no caso do Remo ocorreria o mesmo que ocorre com o rival se as mesmas condições se repetissem. Afinal, a torcida azulina está sempre ávida de jogos e de resultados positivos, melhor se forem títulos. E pouco importa se os jogos verdadeiramente decisivos são as semi e a final. O torcedor azulino vai ao estádio porque gosta do clube e de futebol. E vai independentemente do porte do adversário. E se vai para reclamar quando o time tá mal, com maioria de razão vai quando o time está bem.

    Aliás, não foi à toa que o Clube recebeu a distinção de o Mais Querido, e isso numa época em que ele não estava nesta situação difícil que se encontra a partir mais ou menos de uns 15 anos passados até esta parte.

    Enfim, é lógico que mesmo que o Clube do Remo estivesse bem, os problemas referidos no primeiro parágrafo certamente afetariam negativamente a presença da torcida azulina no estádio, como, aliás, afeta agora que o clube vem enfrentando dificuldades já há algum tempo. Mas, certamente as médias do Fenômeno seriam bem maiores do que tem sido as médias bicolores.

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