Pikachu na encruzilhada

Por Gerson Nogueira

O jogador não sabe se vai ou fica. O Paissandu não sabe se ele está aqui ou com a cabeça longe. Mazola Junior não sabe se pode ou não contar com ele. Há muita indefinição ainda e persiste o impasse em torno da situação de Pikachu. O futuro do melhor do Papão ainda é incerto e as negociações podem se arrastar pelas próximas semanas.

unnamed (73)Reuniões sucessivas aconteceram durante toda a semana, sem qualquer resolução prática. O fato novo, surgido ontem, é que o próprio Pikachu teria afirmado aos dirigentes do Paissandu que não tem interesse em ficar mais uma temporada em Belém. Pretende sair, respirar novos ares e disputar a Série A.

Suas pretensões são mais do que legítimas, mas surpreende a maneira como expõe os planos de mudança. Como profissional, não pode perder de vista a avaliação do torcedor, que não reage bem a esse tipo de declaração.

O Goiás, que acena com proposta de R$ 900 mil pelo empréstimo de um ano, é o destino mais provável, mas Palmeiras, Vasco e Atlético-PR continuam no páreo. O empresário e os representantes do jogador já buscam obter dinheiro para negociar com o clube, que aceita liberá-lo até por R$ 3 milhões.

O posicionamento da diretoria do Paissandu é compreensível, na medida em que procura auferir alguma coisa com a transferência de seu melhor jogador. O pagamento de R$ 700 mil pela liberação do jogador, feita ao antigo presidente, até hoje não beneficiou o clube.

Pai e procurador do atleta também estão certos em lutar por vantagens para Pikachu, que se valorizou muito nas últimas temporadas, mas corre o risco de ter a ascensão profissional travada por conflito entre as partes envolvidas. Jovem ainda e atravessando excelente fase técnica, precisa aproveitar o momento para fazer um bom acordo financeiro.

A cobiça por seu futebol, manifestada por vários clubes da Primeira Divisão, indica que é chegada a hora de partir. É aconselhável, porém, evitar abrir feridas. O melhor mesmo é partir em clima de paz, deixando portas abertas. Afinal, nunca se sabe o que o futuro nos reserva.

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Novo capítulo da novela Lusa-CBF

Sobre o imbróglio Portuguesa-STJD-CBF, que ganhou novo capítulo na tarde de ontem, fico com o parecer do advogado tapajônico André Cavalcante, para quem a liminar concedida à Lusa dificilmente será cassada – por falta de tempo para esgotamento da ação nas vias judiciais –, preservando-se então a classificação original do Brasileiro da Série A 2013. Com isso, o Fluminense, que havia sido beneficiado com a punição aplicada à Portuguesa pelo STJD, volta à condição anterior e cai para a Série B em 2014.

Segundo André, o STJD tem status de tribunal administrativo e suas decisões podem ser revistas pela Justiça comum. É o presente caso. Com isso, deve prevalecer a decisão da justiça paulista, que recolocou a Lusa na Série A baseando-se no fato de que a Lei manda publicar decisões do tribunal no site da CBF para ter eficácia, o que não ocorreu no caso da suspensão do jogador Héverton.

Com isso, segundo ele, a hipótese de uma mega virada de mesa, como se especula, fica cada vez mais distante, pois a liminar apenas reordena a classificação. Como o Estatuto do Torcedor proíbe modificação na forma de disputa das competições, é certo que não haverá aumento de participantes na Série A deste ano, como também serão mantidos acesso e rebaixamento.

A conferir.

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Direto do blog

“Atualmente, desejo que ambos, Remo e Paissandu, ou melhor, seus dirigentes, cometam menos absurdos possíveis e possibilitem a nós, paraenses e torcedores desses clubes, um futuro de glória ao nosso futebol. O fato de a molecada do Remo estar se sobressaindo nos campeonatos, deveria ser somente um fato, mas sabendo das condições a que estão sujeitos temos mesmo que celebrar. O time que não investe na base tende a ter problemas. Isso ocorre no país todo. Espero que esses moleques tenham sorte e resgatem o futebol paraense. O mesmo desejo ao nosso eterno rival. Espero um dia ainda ir ao Mangueirão assistir um Re-Pa de Série A!”.

De Marcos Paulo, expressando todo o seu paraensismo. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste sábado, 11)

19 comentários em “Pikachu na encruzilhada

  1. Sinceramente, Gerson e amigos, mas o que Vandick está fazendo com esse empresário, que comprou o Yago, não é uma coisa correta… É como se você, a quando de um aperreio financeiro(como aconteceu com o LOP), consultasse quem de direito(no caso do Yago, o CONDEL aprovou a venda por esse valor) e me vende um determinado jogador por 700 mil e eu, confiando em você, pago(até porque o PSC teria que pagar a folha no dia) e depois você chega comigo e diz: “Tens alguma coisa assinada que comprove que eu te vendi?” .. Amigos, estamos falando de HOMENS… só não me venham com aquela frase, que a meu ver, foi criada por um dos maiores caloteiros existentes na terra: “Palavras o vento leva”… Te dizer..

    Yago não pertence mais ao Paysandu… Isso, é calote, Vandick..

    – Claro, que eu e os torcedores do Papão, queremos sempre ver o Yago jogando pelo Papão.. Temos que pensar sempre, no bem do clube, mas não podemos nos aliar a coisas erradas, para que ele permaneça no Papão… Ah, isso não.

    É a minha opinião.

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  2. Nesse caso da Lusa, vou colocar um pé atrás, até porque a opinião é de um dos mais consagrados causídicos do Pará, o Dr. André Cavalcanti. Agora, como cada um interpreta de um jeito…Vou preferir aguardar..
    Vejam o caso Naviraiense. venceu em todas as instâncias e perdeu no Supremo… interpretações diferentes…

    Vou ficar 90% com o Dr. André e vou colocar um pé atrás e dar 10% às manobras…

    É minha opinião.

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  3. Sinceramente eu não iria tocar no assunto, porém ao abrir o blog, deparei com uma informação do bicolor Silas Negrão, que fez uma colocação de que o bom zagueiro Paulo Lumumba , fez definhar o estoque de gols do gigante Alcino. Meu caro Silas Negrão, Lumumba chegou ao Paysandu quase no final do campeonato paraense de 1972, junto com o lateral direito Mura. No seu jogo de estreia em um clássico, ele perdeu para o Remo por 2 x 1, em 13 de junho de 1972, com a vitória o Remo ganhou o direito de decidir com a Tuna o segundo turno do campeonato e ao perdeu o jogo e por conseguinte a chance de se tornar campeão. Veio o terceiro turno e o famoso jogo Remo x Paysandú, quando o seu time venceu e conquistou o terceiro turno, com o goleiro Celso e as traves fazendo a diferença. O jogo terminou 1 x 0 para o listrado com um golaço do Alfredinho.e nada mais nada menos, de que 05 bolas se chocaram contra as traves bicolores e não 07 como fantasiaram alguns jornalistas e torcedores ao longo dos anos. Veio o super campeonato com Remo,Tuna e Paysandú se enfrentando para se conhecer o campeão, O Remo perdeu para a Tuna por 3 x 2, o bicolor venceu a Tuna por 1 x 0 e decidiu o campeonato contra o Remo em um jogo que terminou empatado em 1 x 1, resultado que deu o título de campeão paraense ao Paysandú. Entenda portanto, que Paulo Lumumba, enfrentou o Remo somente em três oportunidades, perdeu o primeiro jogo por 2 x 1 em 13/06/1972, venceu outro por 1 x 0 em 13/081972 no famoso jogo das 05 bolas na trave, e empatou em na decisão no dia 03/09/1972 no famoso jogo que desligaram os refletores, tiraram as redes e muitas outras confusões 1 x 1 foi o resultado final, e o Paysandú tornou-se campeão paraense de 1972. Em seguida, 09/09/1972 o Remo começa a disputar o brasileiro jogando em Salvador contra o Vitória empatando em 0 x 0, e o Paysandú sem calendário, começa a realizar jogos pelo interior paraense. No ano seguinte 1973, o Remo começa a sua trajetória que lhe levaria a conquistar o tri campeonato invicto 73/74/75 com um total de 49 partidas sem conhecer a derrota, marco histórico durante todos esses anos de disputa, Alcino torna-se artilheiro do campeonato em 1973 com 07 gols, em 1974 com 12 gols e em 1975 novamente ele se torna artilheiro com 21 gols no melhor momento da sua carreira no Remo. E em 1973 para o seu conhecimento Lumumba não estava mais no Paysandú, portanto meu caro Silas Negrão, o grande Paulo Lumumba, não teve nem tempo, nem partidas suficientes contra o Remo, para travar com o negão esse duelo, que secaria para sempre o estoque de gols do negão.

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  4. Yago pertence ao Paissandu Cláudio, em virtude do jogador não ter mais passe preso, ou seja, o que o prende ao PSC é o contrato até 2015, com multa, por quebra de contato, estipulada em 4 milhões.

    Sobre a virada de mesa ainda acho que ocorrerá. Como? A CBF vai abrir mão de organizar o Campeonato, ja que ferirá o estatuto se organizar, assumindo a responsabilidade uma liga de clubes. Se isto ocorrer, não haverá ilegalidade.

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  5. A inabilidade da diretoria em gerenciar conflitos é imensa e a inépcia visível; também escancara a má vontade de valorizar os regionais, se fosse um atleta DIFORA, já teriam oferecido até o que não podem pagar, exemplos recentes estão aí os Jaltons, d’agostinis, eduardos, diegos barbosas e nicácios futebol clube.
    O Goiás, segundo divulgado, oferece salários de R$ 40.000,00 e claro uma vitrine maior, a série A, a contraproposta do Vandick fopi aumento de 50% no atual salário, penso que tal reajuste não igualará o salário do atleta, ao proposto pelo Goiás.
    O Vandick está tentando economizar palitos, só pode.
    A relação custo X benefício, não está sendo considerada, isso é inépcia.

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  6. Quanto ao Picaxu a situação é delicada. Acho que o rival está certo. Não pode liberar seu melhor jogador por uma ninharia. Mas, não pode descartar o fato de que o jogador está insatisfeito e deliberadamente ou não pode não render tudo o que o seu potencial permite que ele renda. E aí não terá nem a ninharia e nem a plenitude do jogador. Ao que parece, a saída será dar ao jogador o que ele receberia no clube goiano.

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  7. A questão do pikachu é simples: cobre a proposta do Goias, se é 40 mil, oferece 42 mil, e aumenta a multa rescisória, o jogador vale o custo. Seria um grande agrado a torcida. Alem do mais o paysandu pagava esse valor a jogadores que renderam bem menos que o pikachu em 2013, mas que eram “difora”. Mas, precisamos considerar o fato de ainda assim o jogador querer sair pra uma vitrine maior, nesse caso prevalece a vontade do jogador, n adianta ele ficar insatisfeito, e atrasar a carreira do mesmo que sempre honrou a camisa. Nesse caso empresta o jogador por um ano e fixa um valor alto do passe se o Goias quiser comprar ao fim do contrato de empréstimo, um valor que permita uma grande margem de negociaçao ao bicolor.
    A questao da portuguesa nos tribunais é óbvio que ainda terão muitas batalhas, mas acredito que ao fim prevalecerá a decisão da justiça comum que no fim fará justiça a queda do fluminense dentro de campo.

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  8. rocildo oliveira, não importa o quantum, enquanto o Lumumba jogou,. o negão não se deu bem, ponto final.

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  9. Uma coisa intriga bastante foi o fato do tal investidor ter deixado o Pikachu no Paysandú em 2013 sem receber nada em troca, ainda não entendi o que ocorreu. Eu se tivesse investido todo este montante certamente já o teria cobrado juridicamente o valor ou o atleta para negociá-lo com outra agremiação.
    No atual momento o atleta se manifesta já sem vontade de continuar no Papão, mal sinal pois pode vir, como consequência, uma queda de produção deste, o que seria pior para ele mesmo.
    Também acho a proposta de 900 mil muito baixa pelo atleta que é novo e pode deslanchar em boas mãos.

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  10. Os torcedores do rival listrado da torcida de curuzu podem não gostar. Mas há de se tirar o chapéu para as informações históricas prestadas por Rocildo Oliveira.

    De fato, citando detalhes, Rocildo demonstra com propriedade que o zagueiro Paulo Lumumba, que, salvo engano meu, chegou quase ao mesmo tempo que Pedro Pradera, foi mais um que não páreo para o Gigante Alcino, o Negão Motora, maior (em valor, e até mesmo mais que Dadinho, que tem dois gols a mais pelo Remo que o Negão) centroavante que o futebol paraense já teve.

    Quanto ao valor de Picachú, ele tem de vez uma grande oportunidade para convencer se realmente é toda essa bola que dizem, porquanto finalmente terá um adversário forte, o seu arquirrival azulino de Antônio Baena.

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