Meia remista marca presença no Bola na Torre

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Ramon, meia-atacante contratado pelo Remo em transação com investidores, foi o convidado do Bola na Torre deste domingo. De estilo descolado, mostrou-se impressionado com o carinho e a paixão da torcida azulina. Disse estar pronto para estrear no Re-Pa, caso o técnico Flávio Araújo assim decida. Comparou com outros clubes de massa pelo qual jogou (Flamengo, Corinthians e Atlético-MG). Admitiu que alguns maus passos atrapalharam sua carreira e que o Remo é a chance de voltar a mostrar seu futebol. Na foto acima, um registro da bancada do programa.

Papão sobra em campo

Por Gerson Nogueira

Foi a melhor atuação de um time neste Parazão. O Paissandu, não apenas pela goleada, encantou sua torcida (pequena ontem na Curuzu) e dominou inteiramente um atarantado Águia. E não se diga que o nível do adversário facilitou a coisa para os comandados de Lecheva. Na verdade, o resultado final expressou fielmente uma inspirada atuação do setor de meio-de-campo do Papão, cujas quatro peças praticamente não cometeram erros e ainda conseguiram extrapolar suas funções básicas. Além da manhã gloriosa dos homens de meio, o time teve ainda Rafael Oliveira, João Neto e Pikachu em altíssimo nível.

PSCXAGUIA Parazao 2013-Mario Quadros (63)Rafael marcou três vezes, voou em campo e assumiu a liderança da artilharia. João Neto não ficou muito atrás, marcando duas vezes, movimentando-se bastante e fazendo cruzamentos e assistências. Ambos, juntamente com Pikachu, contribuíram para que o grande rendimento do meio-de-campo acabasse se refletindo no escore. A não ser por alguns cochilos dos zagueiros, a atuação foi quase impecável.

Não só pelos gols marcados, a dupla Rafael-Neto destacou-se pela intensa participação. A atuação de ambos surpreende ainda mais porque os times ainda estão se ajustando e o começo da temporada costuma ser pobre em boas atuações individuais. Ontem, tanto os atacantes quanto os meio-campistas pareciam estar em atividade há vários meses, tal o entrosamento demonstrado.

O Águia, que costuma criar dificuldades jogando fora de casa, parece ter se espantado com a forte presença ofensiva do Paissandu. Desde os primeiros minutos, o time de João Galvão mostrou um acanhamento que não combina com seu histórico. Mantinha-se atrás, com o meio-campo até confundindo-se com a linha de zagueiros e pouquíssimas saídas para o ataque. Resistiu ao sufoco bicolor por 25 minutos, mas, a partir do primeiro gol, entrou em parafuso.

Enquanto Analdo, William, Rafinha e Wando perdiam-se em passes laterais e inconclusivos, o quadrado formado por Capanema, Esdras, Eduardo Ramos e Gaibu fazia a transição com impressionante facilidade. O bloqueio das ações do Águia vinha acompanhado por passes em velocidade para Pikachu, Rafael e Neto. Em alguns momentos, Gaibu (36 anos) fez mais: ia à linha de fundo preparar cruzamentos para a finalização na área.

Outro aspecto a ser ressaltado tem a ver com comprometimento. Pikachu, que ainda não tinha deslanchado no Parazão, entrou com a disposição de um novato, como se precisasse provar alguma coisa. Marcava, apoiava e chutava em gol, como aos 25 minutos, quando arriscou um disparo de fora da área, obrigando o goleiro a uma difícil defesa. No instante seguinte, apareceu à frente do lateral Mocajuba para roubar-lhe a bola e cruzar para Rafael abrir o placar.

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Em dez minutos, após acelerar o jogo, o Paissandu transformou a boa atuação em projeto de goleada. Marcou mais dois gols aos 34 (Rafael) e 36 (João Neto). O gol de William, aos 37, num dos descuidos da zaga a que me referi, deu a falsa impressão de que o Águia podia pegar embalo no segundo tempo.

As facilidades iniciais se confirmaram logo no comecinho da etapa final, quando Esdras foi derrubado na área depois de grande triangulação com Pikachu e Neto. Depois da cobrança da penalidade por Pikachu, a partida entrou em ritmo de amistoso. A partir daí, o Águia entregou de vez os pontos, beirando a apatia em várias ocasiões, e o Paissandu não ia à frente com o mesmo ímpeto. O forte calor certamente influiu nesse estado de ânimos.

Apesar disso, mais dois gols – de João Neto, em cabeceio certeiro, e Rafael, de peixinho – ainda iriam premiar a torcida, que destoou (5 mil pagantes) ontem. Nem mesmo a saída de Gaibu, que tornou o Paissandu mais lento na armação, beneficiou o Águia. Apostar nas incertezas de um ataque comandado pelo confuso Leleu e em laterais improdutivos foi apenas um dos equívocos do Águia no jogo.

Na verdade, a equipe padece de carências crônicas em todos os setores e sofre os efeitos de uma preparação incompleta para o campeonato. Algumas peças ainda não se encaixaram. Leandro, goleiro que substituía Adriano, falhou em lances cruciais (no terceiro e sexto gol) e passou intranquilidade ao time. Os zagueiros Bernardo e Mário demonstravam completo descompasso. O lateral Mocajuba errou praticamente todos os passes e cruzamentos. Wando foi o único jogador com tino de organização, mas não teve forças para contagiar seus companheiros. Diante de tantos problemas, as dificuldades se tornaram insuperáveis diante de um Paissandu aprumado e com atuações individuais iluminadas. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Teste de fogo para o Leão

O time de Flávio Araújo sai para o primeiro compromisso longe de sua torcida. Em Cametá, além das dificuldades naturais que todo visitante tem, os remistas terão que superar as condições do campo, um dos piores do Parazão. Em termos internos, Araújo luta para conseguir a consistência técnica necessária no setor de meio-campo. Edilsinho foi sacado da equipe e Galhardo confirmado na escalação.

Para quem adota o 3-5-2, jogar com apenas um meia de ligação – e Galhardo já disse que não é um organizador – é sempre um convite à pressão adversária. Contra o Santa Cruz e a Tuna, o Remo saiu vitorioso, mas foi dominado durante a maior parte do tempo, principalmente por não conseguir reter a posse da bola na meia cancha. Se o entrosamento não se materializar hoje, a saída é apostar na força individual dos atacantes. Paulista e Val Barreto já mostraram que podem fazer muito quando bem acionados.

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São Francisco frustra torcida

O melhor público da rodada veio de Santarém, o que não chega a ser surpreendente. O São Francisco, com bons resultados nas primeiras rodadas, atraiu 7.120 pagantes ao estádio Barbalhão. Infelizmente, para a apaixonada torcida santarena, o time frustrou as expectativas e foi derrotado pelo PFC Paragominas por 3 a 2. O Azulão ainda esboçou uma reação, mas não foi suficiente para impedir o triunfo do visitante, que chegou a fazer 3 a 0. Se o São Francisco empacou, a rodada marca a reabilitação do PFC, que chega aos seis pontos, igualando-se ao Remo na segunda colocação do campeonato.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 21)

Torcedores do Paissandu provocam rival

20130120_212041destaqueCircula no Facebook postagem (foto) de um grupo de torcedores do Paissandu em frente ao estádio Evandro Almeida, o Baenão. Segundo o autor da foto, o portão do estádio para a avenida Almirante Barroso teria sido quebrado pelos torcedores na manhã deste domingo (20), depois do jogo entre Paissandu e Águia pelo Campeonato Paraense, realizado no estádio da Curuzu. O objetivo seria provocar uma facção organizada remista. A diretoria do Remo não confirmou se o portão foi mesmo danificado pela ação de vândalos.

Um craque nunca perde a nobreza

Na vitória de seu time, o FC Sidney, sobre o Wellington por 7 a 1, o meia-atacante Alessandro Del Piero anotou quatro gols (três deles belíssimos). O Sidney é o sexto colocado no campeonato australiano.

Papão x Águia teve 5 mil pagantes

Paissandu x Águia teve público de 5.036 pagantes, proporcionando arrecadação de R$ 103.090,00. Descontadas as despesas, o Paissandu ficou com o valor líquido de R$ 69.091,45.

Papão aplica maior goleada do campeonato

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Não apenas pelos três gols marcados, mas principalmente pela movimentação e presença de área, Rafael Oliveira foi o melhor jogador em campo na goleada de 6 a 2 que o Paissandu impôs ao Águia na manhã deste domingo, na Curuzu. Com um meio-de-campo que tocava a bola com rapidez e facilidade, o Papão dominou a partida desde os primeiros minutos, desperdiçando algumas oportunidades com Pikachu e João Neto.

O Águia mantinha-se muito recuado e errava passes em demasia, sofrendo também com a má atuação dos volantes e ineficácia dos laterais. O primeiro gol surgiu aos 26 minutos. Pikachu roubou bola dominada pelo lateral Mocajuba e cruzou na medida para Rafael desviar, rasteiro, para o fundo das redes. Só então o Águia saiu um pouco mais e teve até uma boa chance aos 31, em cruzamento alto que Leleu desperdiçou, cabeceando rente à trave.

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Aos 34 minutos, porém, veio o segundo gol alviceleste. Em lançamento para a área marabaense, Tiago Costa simulou falta e confundiu a defesa. Rafael entrou livre para chutar na saída do goleiro Leandro. Dois minutos depois, Rafael foi à linha de fundo como um ponteiro e cruzou para João Neto desviar. A bola foi em cima do goleiro, que se atrapalhou e deixou passar. Logo na saída de bola, o Águia descontou. Em cruzamento para a área, William recebeu nas costas de Pikachu e fuzilou para as redes.

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No segundo tempo, o Águia nem teve tempo de reagir. O Paissandu voltou com novo goleiro (Paulo Wanzeller substituiu Zé Carlos, que sentiu mal-estar) e logo aos 3 minutos, após triangulação pela direita do ataque, o volante Esdras entrou na área, deu um corte no zagueiro e foi derrubado. Na cobrança da penalidade, Pikachu chutou rasteiro no canto direito do gol para estabelecer 4 a 1 no placar.

Quatro minutos depois, veio o quinto gol: Gaibu cruza na medida para João Neto cabecear e vencer o goleiro Leandro, que pulou atrasado na bola. A torcida mal terminou de vibrar com o gol de Neto e veio o sexto tento bicolor, com Rafael desviando de cabeça cruzamento vindo da esquerda.

Desorganizado e evidenciando cansaço, o Águia tocava a bola lentamente, esperando apenas o tempo correr. Lecheva resolveu poupar alguns jogadores e substituiu Esdras por Billy e Gaibu por Lineker, diminuindo o ritmo da meia-cancha. Com isso, o Águia encontrou finalmente alguma facilidade para chegar ao ataque. Aos 29 minutos, Robert (que entrou no lugar do improdutivo Leleu) recebeu passe junto à área, limpou a jogada e mandou à esquerda de Wanzeller, diminuindo para o Águia.

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Diante do desgaste dos dois times, o árbitro Joelson Cardoso encerrou o segundo tempo aos 43 minutos. Destaques no Paissandu: Rafael Oliveira, João Neto, Pikachu, Capanema e Gaibu. No Águia, o único jogador que se comportou com lucidez foi o meia-atacante Wando. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

 

Paissandu x Águia (comentários on-line)

Campeonato Paraense – 3ª rodada do turno.

Paissandu x Águia de Marabá – estádio da Curuzu, domingo (20), 10h.

Na Rádio Clube, Valmireko narra e Rui Guimarães comenta; reportagem: Dinho Menezes.

TV Cultura transmite a partida.