O Paissandu realizou jogo-treino na manhã deste domingo, em Barcarena, e venceu um combinado local por 3 a 1. No primeiro tempo, com muitos erros de passe, os bicolores não conseguiram superar a esforçada equipe nativa. Os gols surgiram no segundo tempo, marcados por jogadores que vieram do banco de reservas. Djalma (que substituiu a Lineker) abriu o placar aos 13 minutos. O zagueiro Raul (que entrou na vaga de Tiago), de cabeça, ampliou aos 21. Maicon, cobrando penalidade máxima, diminuiu para Barcarena. Aos 44 minutos, Diego Ourém (substituto de Diego Bispo) fechou a contagem. Paissandu: Zé Carlos (Paulo Wanzeler); Pikachu (Gleysinho), Tiago (Raul), Diego Bispo (Diego Ourém) e Pablo (Bray); Vanderson (Ricardo Capanema), Esdras (Billy), Lineker (Djalma) e Alex Gaibu; Heliton (João Neto) e Rafael Oliveira (Castanhal). Técnico: Lecheva. Barcarena: Ronaldo; Erivelton (Nilsinho), Pedro Paulo; Chicão, Dede – Cartão Amarelo (Ponês); Gelder (Roberto), Mayco, Everton (Jackson) (Clebinho), Wilson, Catita e Arraia (Bruno). Técnico: Vigia. Árbitro: Oswaldo Tavares. (Com informações da Rádio Clube)
Dia: 6 de janeiro, 2013
Pensata: Moral ou imoral
Por Janio de Freitas
Seja qual for a verdade a que José Genoíno se refere, como razão da sua “consciência serena e tranquila” e a surgir “mais cedo ou mais tarde”, sua decisão entre aceitar ou recusar a volta à Câmara é, a meu ver, de apreciação muito menos simples do que pareceu à maioria das opiniões divulgadas.
Pensei cá comigo, como faço nas dúvidas frequentes, em como agiria sob situação semelhante. Não achei resposta segura.
O motivo maior do impasse, entre vários, partiu da firmeza com que Genoino se afirma inocente, desde o início do escândalo. E cada vez com maior emoção.
Calma aí, não são todos os acusados que se dizem inocentes, não. Nem mesmo no caso desse denominado mensalão.
Marcos Valério e Delúbio Soares não o fizeram. Procuraram minimizar parte dos seus atos, justificar outros e negaram alguns, isso sim.
Silvio Pereira cedo preferiu a permuta de confissão por pena branda, a chamada delação premiada: um modo de negar a inocência.
“Legal, mas imoral!”, disseram muitos sobre a decisão de Genoino por se empossar. Imoral, moral?
Pois me dei conta de que seria exatamente como defesa de minha moral, se a sentisse injustiçada, que a posse me atrairia. Uma afirmação altiva do direito da inocência aos direitos a ela inerentes.
Também pensei em sentido oposto. Injustiças indignam e enjoam. Mandar tudo às favas, de um modo à altura da injustiça, também me pareceria possível.
Enfim, sentir a dignidade ultrajada por uma injustiça poderia justificar a decisão de José Genoino de defendê-la, com um ato político e institucional, e à sua convicção de inocência.
Não tenho como saber o que o moveu nem estou questionando a veracidade da inocência ou a culpa imputada. O assunto é outro. E é o mesmo. A dimensão e o transcurso conturbado do julgamento no Supremo deixaram um ambiente tão excitado e desmedido que mesmo os não facciosos se confundem e incorrem em imprecisões injustas.
A respeito da posse, ouvi por exemplo pela CBN, na quinta-feira, respeitado professor de filosofia dizer que “ficou provado” que José Genoino “assinou um empréstimo com o propósito de lesar o erário público”.
Tal propósito, fosse atribuído a Genoino ou ao empréstimo, não foi provado nem esteve sequer próximo disso. No valor de R$ 3 milhões, foi quitado pelo PT em parcelas depois do escândalo.
Genoino está condenado a 6 anos e 11 meses por corrupção passiva e por quadrilha, como presidente do partido em cujo interesse foram feitas as transações montadas por Marcos Valério, o PT e o Banco Rural.
Em alguma parte ou no todo dessa acusação supõe-se que esteja, com a consequente injustiça, a burla da verdade a surgir “mais cedo ou mais tarde”.
Se e quando surja, estará dizendo se a posse de José Genoíno foi “legal, mas imoral!” ou legal e moral.
A dura vida dos “generais”
Por Gerson Nogueira
Recente pesquisa feita entre os jogadores da Primeira Divisão atestou a baixíssima cotação de técnicos conhecidos pela mão pesada, os chamados “generais de vestiário”. Emerson Leão surge, disparadamente, como o mais antipatizado. Até aí, nenhuma surpresa. Seus métodos pouco convencionais – com castigos e multas quase diárias – geram uma natural rejeição por parte dos boleiros. O interessante é que a posição manifestada pelos atletas acaba, de uma forma ou de outra, coincidindo com a dos dirigentes.
Há algum tempo que Leão – concentro a análise nele por ser o líder do ranking de impopularidade – tem dificuldades para se estabilizar no comando de uma equipe. É convocado, quase sempre em momentos de crise no elenco, consegue apagar o incêndio e até obtém algum resultado nos primeiros meses. À base do chicote, é bom que se diga. Mas o sucesso é efêmero e a ação é de tiro curto.
Capa do Bola, edição de domingo, 06

Capa do DIÁRIO, edição de domingo, 06

Som do domingo – Milton Nascimento/Lô Borges, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo
Grandes de São Paulo criticam Marin
A CBF, que tinha o São Paulo como seu principal aliado entre os clubes, está prestes a perder este apoio. O presidente Juvenal Juvêncio está revoltado com medidas adotadas por José Maria Marin e diz já ter ouvido Andres Sanchez sobre a criação de uma liga de clubes, de oposição à entidade. O são-paulino ataca os salários de mais de R$ 100 mil pagos pela CBF a Ricardo Teixeira, agora consultor: “É um absurdo. Isso fere a seriedade do futebol.” A informação é da coluna Painel FC, assinada por Bernardo Itri, deste domingo. Leia a íntegra do texto aqui. “Tem que cancelar o contrato com o Ricardo Teixeira. Quem paga esse salário não é a CBF, é o futebol brasileiro”, argumenta Juvenal. Questionado sobre se já se considera oposição à CBF, o são-paulino afirma: “Ainda não. Por enquanto, é apenas um queixume”.
Ele diz que se encontrou com Andres Sanchez recentemente e que conversaram sobre a ideia do ex-diretor de seleções de criar uma liga de clubes. “Acho importante existir a oposição, esse contrachoque, no futebol”, explica o cartola. O presidente do São Paulo dispara também em relação à falta de prestígio da seleção brasileira. “Antes, a convocação da seleção era manchete de jornal, mobilizava o povo. Agora você tem que dar ingresso de graça para o torcedor ir à partida da seleção. É uma loucura”, aponta. (Da Folha de SP)
Leão e Papão estreiam mal na Copinha
Remo e Paissandu estrearam mal na Copa S. Paulo, amargando derrotas para Santos e Comercial de Ribeirão Preto, respectivamente. Na sexta-feira à tarde, o Leãozinho foi vencido pelo Santos por 3 a 0, com gols de Jubal, Léo Citadini e Stéfano Yuri. No primeiro tempo, o Remo sofreu um gol logo aos 5 minutos, em falha do goleiro Elielson. Sem entrosamento e pouco efetivo na marcação, o time paraense ainda teve um pênalti contra si, cuja cobrança Elielton defendeu. O goleiro ainda se destacaria por mais três grandes defesas nesse período inteiramente dominado pelo Santos. Na etapa final, o Remo voltou mais combativo e desperdiçou duas chances de empatar, com Rodrigo e Jaime. No final, cansado, permitiu que o Peixe ampliasse o placar para 3 a 0.
No sábado pela manhã, o Paissandu foi derrotado pelo Comercial por 2 a 0. Sem jogar bem, o time paraense equilibrou o primeiro tempo, mas acabou dominado no segundo. Caíque, aos 12 do segundo tempo, e Sídnei, aos 41, marcaram os gols do triunfo do Comercial.