Coluna: E Testinha venceu de novo

Apesar de concentrar todo o interesse na atuação do Paissandu, a partir de determinado momento do jogo de ontem passei a observar melhor a conduta do meia-atacante Testinha. Curioso como um jogador de 33 anos consegue fazer a transição entre meio-campo e ataque com fôlego para arrancadas e dribles em velocidade.
Parecia um garoto quando comparado a jogadores mais jovens, como Robinho, Luciano Henrique e o próprio Tiago Potiguar. Comandou as ações na meia cancha, ditou o ritmo do Rio Branco (e, por tabela, do Paissandu) e foi decisivo, participando diretamente dos gols acreanos.
Impossível não lembrar que Testinha lidera esse Rio Branco há, pelo menos, quatro temporadas. Não recordo de nenhuma atuação fraca. Sempre se desincumbe muito bem de suas tarefas e assume a responsabilidade de líder e maestro da equipe.
Cheguei à conclusão de que é justamente de um Testinha que o Paissandu anda precisando. Como já é quase tradição em jogos fora de casa, o time entrou tímido e recuado. A promessa de um comportamento agressivo não se materializou em campo.
Talvez a mudança de planos tenha ocorrido no último treino, já em Rio Branco. Para variar, Roberto Fernandes caprichou no mistério, escondendo dos repórteres os exercícios e jogadas para o confronto decisivo. A escalação também fugiu ao prometido. Ao invés de colocar Héliton desde o começo, como o jogo pedia, o técnico deixou para lançar o atacante quando a derrota era praticamente certa.
Insisto: Héliton não é a última bolacha do pacote, mas é o melhor puxador de contra-ataque disponível na Curuzu. Todo mundo sabia que o Rio Branco se lançaria à frente desde o primeiro minuto em busca da vitória, abrindo espaço – como, de fato, abriu – para o contra-ataque. Com Rafael e Potiguar posicionados a léguas de distância um do outro, o Paissandu ignorou essas chances.
Mais que isso, Roberto Fernandes jamais tirou o Rio Branco da zona de conforto. Os donos da casa jogaram o tempo todo sem sustos, administrando a partida e estabelecendo o resultado que lhes interessava. O primeiro gol foi um primor de previsibilidade. Foram cobrados cinco escanteios, quatro deles no primeiro pau. E foi justamente ali que Juliano César surgiu, marcado por quatro (!!) bicolores, para desviar a bola para as redes.
No segundo tempo, quando se esperava uma reação do Paissandu, foi o Rio Branco que voltou mais aceso. Perdeu três oportunidades claras, duas delas por puro preciosismo de Juliano César. Quando Josiel substituiu Luciano Henrique, que foi novamente figura nula no jogo, Rafael passou a ter um companheiro de área.
Foi preciso, porém, que Testinha fizesse 2 a 0 para que Fernandes lembrasse de Héliton. Com três atacantes, a partir dos 30 minutos, apesar da bagunça tática, o Paissandu pela primeira vez chegou a rondar o gol de Rafael Córdova. O problema é que os jogadores paraenses chutam pouco. Quase não arriscam finalizações da entrada da área e essa inibição facilita tremendamente as coisas para a defesa adversária.
Rafael descontou ao aproveitar a única jogada de linha de fundo produzida pelo Paissandu na partida. Depois, Fávaro ainda teria tempo de defender pênalti cobrado displicentemente por Ley, mas o Paissandu não teve mais forças nem categoria para buscar o empate.
 
 
A situação complicou, pois o time não depende mais de seu próprio esforço para se classificar. A vaga ficou mais próxima do Águia. Apesar disso, possibilidades existem, mas é obrigatório golear o Araguaína, domingo, na Curuzu. Difícil será assimilar a derrota diante do Rio Branco e recobrar o equilíbrio para a rodada final, mas é bom não esquecer que ainda estão rolando os dados.   

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 12) 

24 comentários em “Coluna: E Testinha venceu de novo

  1. ESSE Testinha esteve nas cogitações de Artur Oliveira, quando este era treinador remista. Mas… do jeito que as coisas andam para o Remo, era possível que chegando aqui o mesmo não caísse no gosto da galera nem da imprensa, agravado pelo fator idade.

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    1. Verdade, o cara joga muito! Outra coisa, o pessoal da imprensa local inciste em dizer que o time que o time do Rio Branco não e mais o mesmo, porém ainda consegue se impor sobre qualquer adversário.
      Se fazer valer o fator idade, com certeza o time do Rio Branco, é bastante envelhecido, com Testinha, Ananias, (Luciano ex-Paysandu), (Rossine ex-Paysandu), Rafael Cordova ex-Paysandu), Ley, Juliano Cezar, entre outros, então acho que o time do Rio Branco, ainda pode dar um bom caldo.
      Eles contam com uma coisa bastante importante, que é o entrosamento, que vem pelo menos de uns 4 anos, que os mesmos jogam juntos, então e um ponto super positivo, coisa que nenhum time de nosso estado dispõem.

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      1. Foi a mesma froxura de sempre. Não tem desculpa nenhuma para a teimosia desse técnico terrivelmente incompetentente. Digo mais uma vez, ñ adianta ficarmos lamentando fracasso desse time q em sete rodadas,nunca convenceu. Se duvidarmos ainda é pior do que o do ano passado. Time covarde e treinador imcompetente. Alguém duvida ?

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  2. Sobre o que o Gerson falou acima sobre a falta de um armador para a equipe fico a imaginar o que é que esse tal de juliano (contratado a pedido do técnico) veio fazer aqui no pará.

    porra, se essa merda desse luciano henrique não tá dando conta do recado pq ele não colocou o juliano no time titular?
    se o cara não é bom pq então ele pediu a sua contratação?
    outra coisa: pq o Sandro não entrou no lugar do Luciano pra armar as jogadas?

    penso q um dos grandes erros desse técnico é insistir em um jogador q não funciona em campo.
    Ele já devia ter tirado esse cara do time titular.
    o Papão vai morrer abraçado com esse tal de luciano. te dizer.

    Por outro lado eu ainda acredito que o papão vai se classificar pois o águia não ganhou fora nem do araguaína e em casa ganhou do luverdense na cagada.
    quanto ao araguaina, com a força da torcida, acho plenamente capaz metermos uma sonora goleada neles, pois alem de ruim o time já está rebaixado.

    não esqueçam que o águia pode ainda perder esse jogo pois não é nem um timaço. se não tiver no seu dia a coisa complica.

    pra finalizar acho que o LOP devia levar uma malinha branca lá pra lucas do rio verde.

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    1. Carlos Júnior…É por esse time ñ ter nada a perder q a coisa pode complicar ainda mais,pois jogam descompromissados e sem pressão nenhuma de seus torcedores e diretoria. Ñ é o nosso caso,onde ñ fizemos sequer uma apresentação convicente ao longo de sete partidas e ainda haverá o fator emocional q tanto perturba nosso time. Concordo c vc plenamente, no apadrinhamento dessa caricatura de técnico com pernas-de-pau trazidos por ele,colocando em segundo plano os q poderiam render muito mais.Isso chama-se Técnico compromissado com jogadores e ñ com o clube q o paga. É apenas minha opinião !

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  3. Apesar de todos nós conhecermos o Testa, o RF não deve conhecê-lo, o dito jogou a vontade e assim ditou o jogo. Ao contrário, o técnico do RB colou um marcador no Potiguar e aí matou o jogo, e ainda irritou o Potiguar. Escalação errada outra vez e substituições no desespero. Mas ainda dá, apesar do RF.

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  4. Não tenho aqui a pretensão de comentar o jogo de ontem. Como já disse ando afastado das cabines. Quero apenas saber de quem acompanha mais de perto o Paysandu se a qualidade do time bicolor corresponde ao desembolso que o clube está fazendo para ter esse plantel.

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    1. Sinceramente Tavernard, não corresponde não amigo! O valor alto valor pago aos jogadores, não traduz ao que os mesmos vem fazendo dentro de campo, tem jogador ganhando uma fábula para o porte da nossa região, para ficar no banco de reservas, então penso que os erros, como sempre partem da diretoria e da presidência do clube.
      Se o presidente, tivesse montado esse mesmo time, para ganhar entrosamento durante o regional, mesmo que perdesse o regional, com certeza, estaria fazendo uma campanha no brasileiro, de forma mais digna de suas tradições.

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    2. Tavernard, o caysandu é igual novela da globo, voce fica um mes sem ver, quando vê, tá a mesma coisa…Se voce não compareceu na cabine nos últimos 5 anos, voce não perdeu nada…E o Lisomar é igual aquele jogador do Flamengo…Eles fingem que jogam e ele finge que paga…Por sinal, no rpóximo ano ele deveria montar um time de 1 milhão de reais…Eles não pagam mesmo…rsrsrsrsrsrsrsrs

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    3. Bom dia Tavernard.. Me antecipo apenas para demonstrar o meu pensamento a respeito de sua pergunta.:A resposta é : “Absolutamente,não”.. Como já falei em dois comentários neste mesmo blog, há uma disproporção muito grande entre uma coisa e a outra..É tudo como sempre. Não muda !

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  5. Como disse em outro post, esperava mais do Paysandu, mas não fiquei surpreso com o resultado, pois o adversário vem numa ascendente, jogava em casa e precisava dessa vitória para selar a classificação.

    Cabe agora ao Paysandu correr atrás do prejuizo e não ser que forças ocultas atuem ou que o Luverdense repita o fiasco do jogo contra o Rio Branco, eu ainda acredito na classificação, mas que poderia ser mais fácil, ah sim, isso poderia.

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  6. Dia 11/09, o dia em que…A casa caiu…Caiu…Caiu…kkkkkkkkkkkkkk…Haja choro…Só quero saber o que voces vão fazer nos próximos 3 meses…Restou o time nega…..kkkkkkkkkk

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  7. Concordo com analistas que diziam (e dizem) que este time do Rio Branco é o mais fraco por eles já montado. Eis o time que saiu jogando ontem contra o Paysandu: Rafael Córdova; Ley, Rodrigão, Luciano e Ananias; Zé Marco, Ismael, Rossini e Testinha (Palermo); Souza e Juliano César.

    E dessa onzena titular, destaco alguns jogadores conhecidos e que passaram pelo futebol do Pará, que são: Rafael Córdova, Ley, Luciano, Rossini e Juliano César.

    Então, praticamente a metade deste time é formado por jogadores altamente questionáveis e que, quando por aqui passaram, não deixaram saudades, senão vejamos:

    Rafael Córdova: mão de lajota juramentado. Goleiro pesado e de poucos recursos técnicos, quando esteve aqui atuando pelo Paysandu notabilizava-se mais por trocar gracejos com a torcida a cada defesa simples do que se fazer presente em momentos decisivos. Esteve presente na goleada icaseana de 2009 em Juazeiro do Norte. E foi incrível que, em nenhum dos dois jogos bicolores contra os acreanos, os alvi-celestes, sabendo das limitações do arqueiro, sequer arriscaram chutes contra o notório “batedor de roupas”. É muita apatia.

    Ley: Esteve no Águia de Marabá, mas sempre foi cobiçado pela dupla Re-Pa. Contudo, parece ser jogador de um time só, pois não deixou saudades em Marabá e, se não me engano, sequer era titular absoluto da posição. Jogador “bate-e-volta”.

    Luciano: Um dos piores zagueiros que vi atuar na Curuzú, a outra metade da pavorosa dupla formada com Roni nos inglórios tempos de Edson Gaúcho. Zagueiro limitadíssimo, lento e pesado. Apesar da boa estatura, quando atuava ao lado de Roni a zaga bicolor notabilizava-se pela enorme “eficiência” em tomar gols de cabeça, fosse o cabeceador de 1,90m ou 1,60m. De triste lembranças à torcida alvi-azul.

    Rossini: Gerou grandes expectativas quando foi contratado pelo Paysandu, pois fez até uma boa temporada em 2008 pelo próprio Rio Branco. Suas atuações iniciais até o credenciaram como uma grande contratação, pois atuava bem. Contudo, logo mostrou ser um jogador comum, “cai-cai”, “enceradeira” e matador de contra-ataques pois prendia demais a bola em suas giradas e rodopios infrutíferos, no melhor estilo enceradeira, na meia-cancha bicolor. Prestigiado por EG, caiu em desgraça ao perder dois penais em dois Re-Pa’s. Foi até taxado como um jogador frágil fisicamente. Saiu da Curuzú pela porta dos fundos, sem deixar saudades

    Juliano César: Também alvo de especulações pela dupla Re-Pa. Esteve no Cametá, salvo engano, mas nunca teve grandes atuações e tampouco era titular absoluto da posição. Veio e voltou, praticamente sem ser notado. Tal como Ley, que esteve no Águia, parece ser jogador de um time só e “bate-e-volta”.

    Conclusão: é, de fato, o time mais fraco do Rio Branco desde 2008. Metade desta equipe, como vemos, é composta por jogadores que não convenceram no nosso combalido futebol paraense, tendo cada um deles atuações péssimas, ruins ou discretas, e participado de campanhas e jornadas igualmente decepcionantes. E é duro ver que um time com esta base é líder de seu grupo na Série C, já está classificado e que sequer conseguimos derrotá-lo em Belém e dele arrancar um empate em Rio Branco. Como diria o outro, é mole ou queres mais?

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    1. Entendo seu descontentamento Daniel, mais não se esqueça, que assim como lá, também temos os nossos, que so funcionam ou funcionaram bem em nossos clubes. Cito o Marçal, Zé Augusto, Souza, Joãozinho, Edilson, entre outros.
      Então amigo, acho que o planejamento que foi feito pelo aLOPrado para a temporada 2011, foi totalmente equivocada, pois como todos sabem, ele contratou um treinador meia-boca (Sergio Cosme), com um elenco horroroso para as disputas do regional, logo após o termino, mandou quase todo mundo embora, e contratou um carrada toda nova, porém mais uma vez sem critérios em alguns casos. Trouxe um treinador com certo préstigio, na região nordeste do Paíz, que teve um excelente tempo para botar o time na ponta dos cascos, mais não demonstrou competência para tal, é acabou culminando com sua demissão, que já era necessária ser feita a mais tempo.

      Em relação a classificação a próxima faze, eu tinha dito aqui mesmo no blogue, que o Paysandu ainda tinha chance, é realmente ainda tem, matemáticamente falando, porém eu não acredito que isso seja possivel. Pode ate acontecer, se os jogadores que aqui ficarem, depois do naufrágio, honrarem a camisa e, demonstrarem respeito ao torcedor, podem entrar em campo no próximo domingo, e despachar o Araguaina, com um sônora goleada, mais ainda assim não resolvera os problemas, pois ainda precisaremos do resultado a nosso favor, que envolve o jogo do Luverdense x Aguia.

      Ta feia a coisa! A melhor coisa que tem que ser feita, é o Edson Gaúcho começar a planejar-se para o próximo ano, escolher os melhores atletas, e montar um boa base para ganhar tudo em 2012. Minha opnião!

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  8. na minha opiniao a torcida do paysandu critica demais alguns jogadores eo lop que nao entende nada de futebol manda os caras embora de diz ai quem e melhor josiel ou bruno rangel que quase todo jogo faz gol ontem fez dois ,o rodrigo pontes ou dada .o jorge felipe ou o bernado .a torcida falam sempre na base e so sabe acabar com a carreira de alguns jogadores o andrei como exemplo .a torcida tem que para de criticar os jogadores e criticar o unico culpado disso tudo que se chama luiz omar pinheiro ,ainda tem torcedor que fica babando ovo dele no site do paysandu #FORA LOP#

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  9. Não sabia que o Testinha tem 38 anos, mas sempre achei que o Paysandu devia contratá-lo, pois é bom de bola e em todos os jogos de série C foi ele o carrasco do papão, então o melhor seria tê-lo do nosso lado. Outra coisa: a estratégia da vez era usar o Héliton jogando em velocidade desde o início do jogo, mas não aos quarenta minutos da etapa final. E o outro atacante, que mostrou boa desenvoltura no amistoso, onde anda?

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    1. Rapaz! Em relação ao Testinha, o mesmo não sai da capital acreana por ser funcionário público, é não abriria mão de sua vaga, para se aventurar em outros centros esportivos.
      Em relação ao Helinton, também concordo com vc, também acho, que ele deveria jogar desde o ínicio do jogo, pois entrou quando o time já estava praticamente morto em campo, mais mesmo assim, conseguio dar outro ritimo ao jogo.
      Em relação ao outro atacante, talvez vc esteja querendo se referir, ao Diogo Galvão. Amigo, acho que tanto ele, quanto o meia Juliano, vieram fazer turismo em nossa cidade, ao que tudo indica, que se depender do treinador RF. nenhum deles, vestira mais a camisa bicolor esse ano.

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  10. Morei em Rio Branco há 15 anos e testinha já era ídolo.passei dois anos lá e ele já era funcionário público federal.Sequer trabalha ,apenas assina de uma vez só a folha de ponto e recebe pra jogar .é craque sim ,Flamengo ,Goiás e até meu Botafogo o queriam ,mas ele já sabia que se deixasse a mamata do serviço público federal TERIA que dar certo apenas no futebol,por isso não sai de lá e vai jogar ainda por muito tempo lá.Concordo com o sr.Daniel Malcher.Jogadores que não seriam sequer reservas aqui são a base do Rio Branco ,MAS METADE DESSE JOGADORES QUE JOGAM LÁ TEM amor pelo time,jogam com amor e raça.E tem a mão do treinador tbm.O Paissandu deveria se planejar pra ter um treinador caro e não inventar um técnico caro em cima da hora.E ter uma base de jogadores titulares da terra.Q tenha AMOR pelo papão.Quem poderia apontar 4 titulares IDENTIFICADOS PLENAMENTE COM o Papão?.

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