A expressão da moda é “mala branca”, desde que os jogadores do Barueri admitiram publicamente ter recebido um “agrado” do Cruzeiro para atrapalhar a vida do Flamengo. Como se previa, a situação não ficou devidamente esclarecida e desembocou em outras facilidades permitidas pela direção do próprio Barueri, que suspendeu os dois boquirrotos (atacante Val Baiano e o goleiro Renê) do jogo com o São Paulo, vencido pelo Tricolor no Morumbi com extrema dificuldade.
Entre dificuldades, vendidas ou não, para facilidades, compradas ou não, vai chegando ao fim o mais equilibrado – e emocionante -Campeonato Brasileiro da era dos pontos corridos. Há quem confunda equilíbrio com qualidade, mas o fato é que o nível da disputa é tão raso que os times da zona do rebaixamento normalmente criam imensos transtornos para os do G-4. A exceção é o Sport, que aparentemente não entrou em campo contra o Fluminense e ao que tudo indica não entrará mais contra ninguém nas duas rodadas que restam.
Quanto ao verdadeiro nível da disputa, uma perguntinha impertinente: qual desses quatro times é o que joga futebol mais convincente? São Paulo, Flamengo, Internacional ou Palmeiras? A não ser que o sujeito seja um fanático torcedor de arquibancada, a hipótese “nenhuma das opções anteriores” brilha no ar como a mais atraente, disparadamente. Nada contra a legitimidade do futuro campeão. É apenas questão de mostrar ou não um bom futebol. E, a essa altura, periga dizer que o Fluminense, da turma lá de baixo, é o que tem o mais reluzente padrão de todos os 20 times disputantes.
Quanto à livre circulação de malas, como é praxe em torneios nacionais (e internacionais), a dúvida é saber ao certo a verdadeira cor da bagagem. Alguns resultados fazem crer, pela extrema moleza exibida, que a mala pode ser bem mais escura. A tendência, aliás, é que esse novo tom prevaleça nas duas rodadas que faltam, justamente as mais angustiantes e importantes de todas.

De fato, o Fluminense é o time que mostra o melhor futebol entre os 20 times da Série A, lembrando muito o bom e velho clássico estilo de jogo brasileiro (tão saudado lá fora e tão defenestrado dentro do Brasil): precisão e velocidade nos passses por intermédio de um meia habilidoso e acima da média (Conca), um atacante matador (Fred), bons apoiadores pelas lateriais (Marquinhos e Mariano), um volante raçudo, ao estilo “cáo-de-guarda”(Diguinho) e uma defesa de zagueiros-zagueiros, sem muita firula ou frescura. Um 4-4-2 que só não é à moda antiga pela ausência dos saudosos pontas, autênticos fura-retrancas (tão necessários ao Flamengo ontem contra o fechado Goiás).
Futebol, ao que parece, não tem mistério. E o Flu de Fred da claras demonstrações disso.
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Pena que o Fluminense só descobriu como jogar faltando 10 rodadas…
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Minha leitura difere um pouco, pois acredito que após incluir a opção fluminense, a melhor resposta ao questionamento continua sendo “NDA”. Pode ser o mais aguerrido, o mais empolgante pela valentia, garra e poder de recuperação que vem apresentando (tomara que não caia); mas, em se tratando de brilho, beleza, arte ou outro equivalente (mesmo só para compará-lo aos demais disputantes do brasileirão, cuja qualidade creio, realmente, deficitária) o fluminense – não obstante o que estão jogando Conca, o Fred e coadjuvantes – não me parece estar melhor que os outros, não.
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“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, essa frase retrata fielmente a situação do Tricolor carioca e daí vem à justificativa dos últimos resultados, mas, só isso. Respeito opiniões, mas não vejo nos últimos resultados, motivos de, por exemplo, dizer que Conca é acima da média. Pelo que eu já vi, eu diria que este jogador estar exatamente na média, acima não! No todo o futebol do fluminense, hoje, é um futebol esforçado (na garra) o que não é, de maneira nenhuma, demérito, mas, em síntese é isso, só correria dos garotos e oportunismo do Fred.
URUBU, falando de “mala branca”, Apesar da habilidade da máquina extra-campo, o time continua demonstrando que é fraco e provando a todos, que deixá-lo chegar, hoje, tanto faz.
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Conca, para nossos padrões atuais, é acima da média sim. Me diga um outro meia do campeonato, de preferência brasileiro, que saiba jogar como ele. Eu ainda lhe digo mais dois: Petkovic e D’Alessandro… Detalhe: ambos não são brasileiros.
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É, acabou que neste domingo (onde pintou uma grande oportunidade) 0 flamengo não confirmou nem a espectativa de que poderia chegar firme, na bola; nem de que é exímio no campo dos bastidores. Mas, ainda restam duas rodadas, e a confirmação ainda pode vir, tanto por um lado, quanto por outro. De aguardar.
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