Há muito tempo que fico embatucado com a tolerância que a Fifa dá a esses arranjos de cabelo que muitos jogadores usam, alguns pontiagudos e que parecem guinzos, capazes de ferir seriamente um colega de profissão na disputa de uma bola aérea, por exemplo. Nem a propósito, no clássico de domingo entre Palmeiras e São Paulo o atacante Vagner Love, principal expoente da onda das trancinhas multicoloridas, envolveu-se em diversos lances na área corintiana com as tranças todas espalhadas, parecendo uma medusa.
Além da presepada óbvia – os fãs desse tipo de adereço que me perdoem o azedume -, entendo que os árbitros que recomendam a retirada de brincos e cordões deveriam também vetar esses penduricalhos de potencial perigo. No blog do Juca Kfouri (link ao lado), a questão foi levantada por um leitor. Será que só será baixada uma proibição quando uma das esferas de plástico acertar o olho de alguém ou engatar na orelha de um zagueiro? Ao mesmo tempo, penso que o acessório capilar permite a beques mais rústicos dar um providencial puxão na hora de uma corrida em busca da bola.