Do blog de Cosme Rímoli
A situação do São Paulo está saindo do controle. E de todos os lados.
Ricardo Gomes nem assinou contrato como novo treinador do clube. Mas, do Rio de Janeiro, onde acompanhou a partida por televisão, avisou. “Não estão descartadas dispensas no São Paulo.”
Jogadores serão afastados do clube. Washington nem pôde ir ao Pacaembu. A diretoria não deixou, com a desculpa de preservá-lo dos próprios são-paulinos. O atacante é um dos mais ameaçados de afastamento ou até dispensa. Dagoberto é outro. Jorge Wagner já estaria até fazendo as malas. Hugo também se tornou dispensável. Assim como Eduardo Costa e Júnior César.
O clima tenso atingiu até Milton Cruz. O auxiliar, improvisado como treinador no clássico, discutiu feio com Mano Menezes. Não perdoou ter sido chamado de interino. Retrucou dizendo que era campeão do mundo e perguntou que título Mano já ganhou. Milton mesmo respondeu e disse que ele não ganhou ‘nada de importante’. Esteve a ponto de enfrentar fisicamente o técnico corintiano.
A torcida são-paulina passou a partida chamando a equipe de coração de ‘time sem vergonha’. E gritou por Muricy Ramalho. Depois da derrota por 3 a 1, se lembrou de mais um personagem importante. E a torcida xingou, a plenos pulmões, o até então intocável presidente Juvenal Juvêncio. O dirigente passará a andar com seguranças, para evitar problemas.
Torcedores prometem protestar logo na apresentação de Ricardo Gomes. Jogadores tentam desmentir, constrangidos, dois meses de salários atrasados. O clube ocupa o 16º lugar no Brasileiro.
Uma posição acima do grupo dos que seriam rebaixados. Este é o retrato atual do São Paulo Futebol Clube. Atual tricampeão brasileiro.