Reforço ou bomba de contratação?

O Paissandu ficou de anunciar, nas próximas horas, uma contratação “bomba”. O reforço é para o comando do ataque. Será um legítimo camisa 9, com pedigree e fama, capaz de incendiar a torcida e proporcionar grandes arrecadações. Como os dirigentes fazem boca-de-siri, abriu-se de imediato a temporada de especulações quanto ao provável escolhido. 
Sorato, artilheiro vascaíno de eras passadas, foi logo lembrado. Aliás, o veterano atacante é antigo sonho de bicolores e remistas, já tendo sido contatado em diversas oportunidades, mas sempre preferiu clubes nordestinos e do interior paulista.
Outro nome muito citado pelos torcedores em contato com a coluna e o blog é Túlio Maravilha. O problema é que o goleador falastrão não pode sair da capital goiana (é vereador) e já está comprometido com o Goiânia para disputar a segundona local.
Edmundo Animal, espécie de idéia fixa do presidente Luiz Omar, também não pode ser incluído na lista, pois não é centroavante e, mesmo semi-aposentado, está em faixa salarial muito acima das possibilidades bicolores.
Outra hipótese é Fabrício Carvalho, que o Remo tentou trazer para o Parazão e anda pela Portuguesa de Desportos. Há, também, a alternativa Dimba, que sumiu de circulação depois que saiu do Goiás. Marcelo Ramos, ex-Santa Cruz, também foi mencionado. Por fim, em função de forte lobby local, fala-se até em Roma, aquele atacante paraense que chegou a acreditar que podia ser Romário um dia.
Soa estranho, porém, que os dirigentes estejam movendo céus e terra para contratar um jogador caro para compor o ataque quando na Curuzu há pelo menos meia dúzia de atacantes – Reinaldo, Zé Carlos, Vélber, Torrô, Balão e Zé Augusto. Para a disputa da Série C, é um grupo de razoável qualidade.
Talvez o Paissandu fizesse melhor emprego do dinheiro se trouxesse um lateral-direito de qualidade e pelo menos mais um bom zagueiro. Além do que, há a memória viva dos (maus) exemplos recentes de Fábio Oliveira, Luís Mário e Léo Guerra, a indicar que é muito estreita a faixa que separa a contratação bombástica da “bomba” de contração. 
 
 
Para a estréia, domingo, Edson Gaúcho não deverá ter maiores problemas para confirmar o favoritismo do Paissandu. O Sampaio passa por sérios aperreios para formar a equipe. O técnico Arlindo Azevedo tem os seguintes problemas: Daílson, lateral direito, e Tico Mineiro, centroavante, estão contundidos; Marcelo Mendes, volante, e Tica, lateral, suspensos. Por isso, Azevedo aguarda um ou dois reforços para definir a escalação.
 
 
A Diretoria de Competições da CBF pôs um fim nas últimas esperanças remistas quanto à participação no Brasileiro da Série D. Comunicou às federações e aos clubes as regras relativas a eventuais desistências e substituições decorrentes. Pelas normas, o Remo só teria chance de disputar o torneio com a desistência do S. Raimundo até o próximo dia 27. Como o Mundico não vai abrir mão da vaga, o Leão terá mesmo que enfiar a viola no saco e curtir as férias forçadas.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 22/05)

3 comentários em “Reforço ou bomba de contratação?

  1. Verdade, Harold. Dodô está sem mercado no eixo Rio-SP e também entre mineiros e gaúchos. Mas é um baita jogador. Aí seria reforço de verdade, embora caro.

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  2. Dôdô ainda está cumprindo suspensão imposta pelo Tribunal Arbitral do Esporte não é? Segundo consta, sua pena vai até novembro, o que inviabiliza sua contratação já que a Série C irá durar até setembro.

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