Anatomia de um massacre

A marcha da contagem:

Higuaín, de cabeça, abriu o placar para o Real, logo aos 13 minutos.

Henry, aos 17, empatou com um golaço. O zagueiro Puyol virou para 2 a 1 três minutos depois.

Em contra-ataque matador, Messi ampliou aos 35.

Aos 10 do segundo tempo, Ramos diminuiu para 3 a 2.

Aos 12, Henry fez 4 a 2, em novo contragolpe.

Aos 34, Messi marca um golaço e estabelece 5 a 2.

Pique fecha a goleada aos 38.

Barça humilha Real: 6 a 2

Não é mole, não.

Depois da humilhante sova de 6 a 2 imposta ao Real Madri no Santiago Bernabeu, hoje à tarde, pode-se dizer que o trio formado pelo argentino Lionel Messi, o francês Thierry Henry e o camaronês Samuel Eto’o é o melhor da história do certame espanhol.

Alcançou os 69 gols pelo Barcelona, superando o legendário Real Madrid da temporada 1960-61, que marcou 66 e contava com o infernal Ferenc Puskas e o argentino Alfredo Di Stéfano.

Eto’o fez 27 gols e ocupa a artilharia do Espanhol, enquanto Messi fez 23 e Henry, 19. Naquele ataque do Real, Puskas acabou com 28, Di Stefano fez 21 e Luis del Sol completou o trio com outros 17.

Dos atuais participantes do Espanhol, apenas o Real marcou mais vezes que o trio, com 79 gols – o Sevilla, terceiro colocado, fez apenas 48.

Hoje,  Messi fez seus dois primeiros gols no estádio do Real em toda a carreira, enquanto Henry marcou outros dois. Os zagueiros Puyol e Piqué completaram a vitória, que praticamente garante ao Barça o título da temporada.

Bota cheio de desfalques

Do plantão do iG Esporte:

O atacante Reinaldo, do Botafogo não vai estar em campo na final do Campeonato Carioca, onde o Fogão enfrenta o Flamengo. O jogador, que era dúvida, voltou a sentir dores no tornozelo direito e foi vetado pelo departamento médico. Assim o técnico Ney Franco ganha mais um desfalque importantíssimo, já que não poderia contar com o artilheiro Maicosuel.

Reinaldo sentiu dores no último clássico entre Fla e Bota, no domingo passado. O jogador teve que ser substituído por Jean Carioca enquanto a bola ainda rolava e durante a semana participou de um tratamento intensivo para estar em campo no segundo jogo da final. Não deu.

Reforço a convicção de que essa será a mais heróica das batalhas. Despojado de seus principais jogadores, contra tudo e contra todos, o Glorioso de Nilton Santos e Garrincha vai surpreender o favorito Flamengo.

Não há base lógica para dizer isso, eu sei, mas é o que eu penso neste momento.

A conferir daqui a algumas horas.

Assim nem He-Man aguenta

Escrevi na sexta-feira sobre esse lance criminoso, ocorrido no jogo entre Atlético-PR e Corinthians, pela Copa do Brasil.

A cena é revoltante.

Digna de futebol de várzea – aliás, nem na várzea se aceita um delito desse porte.

Na maior cara dura, o narrador global avalia que Dentinho apenas deixou o braço. Não é verdade.

As imagens deixam claro que Dentinho agrediu mesmo a Rafael Moura, o He-Man, que já defendeu o Paissandu.

A agressão do corintiano deveria ser punida com o cartão vermelho, mas o assoprador de apito Nielson Nogueira Dias (PE) fez que não viu.

Essa miopia em lances que envolvem o impávido Corinthians é uma das doenças mais crônicas do futebol nacional.

Além da queda, o coice: absolvido da agressão, Dentinho ainda faria o segundo gol do Corinthians, aos 47 minutos do segundo tempo, confirmando a máxima de que, às vezes, a justiça tarda e falha.

Não é nada, não é nada…

Daquelas notícias que têm toda a pinta de que vão mudar o mundo.

Segundo a BBC Brasil, não pertence mais a um brasileiro o posto de rei das embaixadinhas. Na sexta-feira, o inglês Dan Magness, 25 anos, entrou para o Guiness, o livro dos recordes, por ficar quase 20 horas controlando uma bola em Londres sem deixar cair.

A marca anterior era de 19 horas e 30 minutos, do brazuca Martinho Eduardo Orige.

A mãe de todas as batalhas

A narração mais emocionante (e involuntariamente hilária) de todos os tempos. São os segundos finais da contenda entre Peñarol e América de Cáli, na decisão da Libertadores de 1987, disputada em Santiago (Chile). 

O locutor colombiano simplesmente trava, se recusando a acreditar no que vê: o gol de Aguirre para o Peñarol no segundo final da prorrogação.

Tão eloquente quanto à reação colombiana é a locução uruguaia (de Javier Maximo Goni), que simplesmente chora ao cantar o gol do Peñarol – aquele que padeceu nas mãos do Paissandu nos idos de 60.