Timidez nas bilheterias

Informação do repórter Paulo Sérgio Pinto, que cobre a FPF para a Rádio Clube, indica que ainda é tímida a venda de ingressos para a primeira partida da decisão.

Claro que o feriado contribuiu para isso, mas já é um indicativo.

Torcida do Papão precisa fazer valer o mando de campo, comparecendo para apoiar o time diante do S. Raimundo.

No ano passado, o primeiro jogo das finais, entre Remo x Águia, levou 10.886 pagantes ao estádio Edgar Proença. No segundo, quando o Leão se sagrou bicampeão estadual, 28.152 pagaram ingressos.

Remo desiste de parceria

O grande Jair Ventura Filho, um dos imortais do Botafogo e fundamental na conquista da Copa de 70 no México, esteve em Belém para negociar uma parceria com o Remo.

Sua visita coincidiu com o jogo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil.

No Mangueirão, cheguei a falar com ele nas cabines.

A reunião com os dirigentes remistas visava estabelecer um convênio para ter exclusividade na negociação de jovens valores revelados pelo clube.

Não sei o que o Furacão achou de Ednaldo, Neto, Hélinton, Ramon e Diego Maciel, mas desconfio que não saiu bem impressionado.

Caso fechasse negócio, o Remo teria pagar mensalmente R$ 30 mil à empresa de Jairzinho, que é agente Fifa e também trabalha com a formação de jogadores no Rio.

Pelo que se tem notícia, a diretoria azulina, num surto de austeridade, em boa hora desistiu da parceria.

Galgando parâmetros

Notícia alvissareira nesta noite preguiçosa de 1º de Maio.

O glorioso Qatar SC, dos meias brasileiros Marcinho e Roger, e do treinador Sebastião Lazaroni, conquistou nesta sexta-feira a Copa do Príncipe Herdeiro – lá no Qatar, claro.

Nem sabia que Lazaroni estava a galgar parâmetros agora nas Arábias.

Para quem não sabe, no dialeto quase indecifrável que utiliza, o ex-técnico da Seleção (Itália 90) costuma usar expressões idiomáticas enigmáticas, como “galgando parâmetros”.

Nos pênaltis, a equipe bateu o Al-Rayyan, do técnico Paulo Autuori, do meia Ricardinho e do atacante Aloísio Chulapa (que está vindo reforçar o Vasco na Segundona), por 4 a 2 (0 a 0 no tempo normal).

Vacas sagradas

Pedro Adalberto Maia, um dos baluartes da coluna, toca em algumas vacas sagradas do Remo neste comentário.

Quem acompanha o futebol com imparcialidade sabia que o fim do meu querido Clube do Remo ia ser esse mesmo, e não poderia ser diferente diante de tantos erros e infantilidades dos dirigentes. Sinceramente que não iria me sentir bem se o Remo fosse disputar o título paraense. Não merecia. Concordo com leitor seu que classifica o “animador” Artur como fanfarrão. Aliás, concordo que esse rapaz foi um ótimo jogador e até agora é um mero “animador” de pelada, nada mais. Outra coisa: como um time que possui 5 anões quer ganhar jogo, se hoje , no futebol moderno, o contato, a pegada é sua maior arma, em detrimento a habilidade, que quase ninguém tem?

Depois do fiasco lá vem aquela velha história de trabalhar as divisões de base. Vamos devagar. O time do Remo era feito de jogadores da base. Pergunto: qual desses mostraram alguma qualidade? O único foi o Ednaldo, mas logo se viu que não era lá essas coisas. Vamos “copiar” os exemplos. De novo pergunto: São Paulo, Inter, Grêmio, Cornthians, Cruzeiro. Flamengo, M.United, Milan, Barcelona utlizam jogadores da base? Duvido. Olhem as escalações. Talvez um ou dois joguem no time principal. O resto são jogadores adquiridos nos clubes de menor expressão e que se destacaram.

O Paissandu é um exemplo. Tem pouco garoto da base ou nenhum. O São Raimundo perdeu o título santareno em 2008, levou de 4 a 0 do S. Francisco, recomeçou contratando 95% de atletas que não serviram pra dupla  Re-Pa e se deu bem. Por isso eu digo: tem que procurar jogadores, garimpar no interior, em outros Estados, escolher os melhores, ou o melhor, trazer pra cá, trabalhar e lançar e ainda ganhar dinheiro ao repassar pra outros clubes. Mesclar com 6 ou 7 jogadores de muita qualidade, com bons salários, que a vai ter retorno. Outra saída é um convênio com grandes clubes que querem e podem ceder jogadores que estão sem muita chance e trazer com salário pago pelo dono da “mercadoria” e ainda vender aqueles da sua base e faturar uns trocados.

Um forte abraço

 Pedro Maia     

Os donos do futebol paraense

Do Danilo Santiago, ainda abespinhado com os desmandos do nosso futebol e a lerdeza crônica dos dirigentes do Remo:

Não dá mais para aturar certas coisas aprontadas por esses senhores que se julgam donos do futebol paraense. Falo do Paulo Romano e do coronel Nunes. Meu Deus do céu, que documento é esse, enviado pela CBF para escolher o representante do Pará na Série D? Que história é essa do sr. Paulo Romano dizer que a escolha dos locais dos jogos da final do estadual são de responsabilidade da FPF? Por isso que o nosso futebol mostra os estádios vazios, o torcedor paraense cansou das peripécias desses cartolas. Concordo plenamente com o Orlando Frade: precisamos de mudanças radicais das pessoas que ocupam estes cargos, bem como no Conselho Deliberativo do Clube do Remo. Vamos colocar gente nova, com idéias novas e pulso forte, vamos revolucionar, chega dessa vitaliciedade! O que esses conselheiros que decidem toda a vida do Remo já obtiveram de conquista marcante? Apenas uma Série C! Por que não permitiram a antecipação das eleições presidenciais? Por que não dão chances para cidadãos como Pedro Minowa ou Carlos Rebelo?!

Novo reforço bicolor

Tacada certeira do Paissandu às vésperas da primeira partida da decisão.

Anuncia acerto com o meia-atacante Michel, grande revelação do campeonato e principal jogador do S. Raimundo.

É uma ducha de água gelada nos planos do time santareno, sob o comando de Valter Lima.

Os anais do futebol estão repletos de exemplos desse tipo.

Quase sempre, apesar dos protestos em sentido contrário, jogador apalavrado não rende o esperado e sucumbe.

Tomara, para o S. Raimundo e para o próprio Michel, que a história seja diferente desta vez.

Omissão e falta de critério

Vêm à tona, com certo atraso, detalhes do tal ofício circular da CBF para as federações estaduais definindo os critérios e procedimentos para indicação de representantes à recém-criada Série D, de futuro incerto e não sabido. O documento data de 18 de julho do ano passado e leva a assinatura de Virgílio Elísio da Costa Neto, diretor de Competições.

O comunicado diz que todos os Estados terão direito a uma vaga, sendo que os nove primeiros segundo o ranking nacional das federações (a do Pará é a 11ª colocada) terão direito a um segundo representante e os quatro primeiros poderão indicar três clubes disputantes.

Virgílio Elísio dá também a notícia de que todos os clubes participantes terão que arcar com a própria despesa de transporte e hospedagem, o que dá à CBF apenas a honra discutível de ter idealizado mais uma competição deficitária. E antecipa os critérios para a competição de 2010, levando em consideração que a Série D sobreviverá a 2009, hipótese improvável.

Ciente da proposta de grego para os tais convites, o ofício esclarece que os clubes que não estiverem interessados, por falta de grana para bancar a participação, devem comunicar a desistência às suas federações.

Quase ao final, Virgílio Elísio orienta como deve ser feita a escolha de representantes. “Nos Estados onde só houver um participante, a vaga será necessariamente oriunda do campeonato estadual do ano da competição (ou do ano anterior, a critério da federação)”.

É justamente aí que o bicho pega. A FPF, sem consulta aberta a todos os interessados (os clubes participantes da primeira divisão paraense), decidiu estabelecer como critério a escolha de representante pela classificação no campeonato de 2009, o que contraria frontalmente o bom senso. Pela tradição, retrospecto em competições nacionais e força da torcida, a indicação natural para o primeiro campeonato da Série D seria o Remo, como campeão de 2008 e 26º classificado no ranking da própria CBF.

Não haveria problema nem sequer junto aos demais participantes, tal a coerência do critério. Apesar disso, prevaleceu o critério de pôr a vaga em disputa no Parazão deste ano, por razões não muito claras. Mas, muito pior que a atitude unilateral da FPF, que historicamente nunca deu muita bola para os destinos da dupla Re-Pa (a não ser quanto à bilheteria), foi a omissão dos dirigentes do Remo, que deveriam ter reivindicado a indicação, por legítimo direito. Agora, ante o leite derramado no Tapajós, não cabe choro, nem vela. O futebol, como a vida, não perdoa os néscios.

 

O diretor da FPF, Paulo Romano, em atenciosa nota, esclarece sobre os locais da decisão da Taça Açaí. “O São Raimundo jogaria o primeiro jogo em Santarém e o jogo de volta em Belém, no Mangueirão, porém foi apenado pelo TJD com perda de um mando de campo e mais R$ 10.000,00 de multa. Portanto, esse primeiro jogo foi transferido para Belém, pois do contrário seria jogado no Barbalhão em Santarém”. Acrescenta ainda que “o mando de jogo das partidas finais do Paraense 2009 pertence à FPF”. Segundo ele, essa história pontuação geral não é levada em consideração pois os dois times iniciam a decisão em igualdade de condições, diferente das decisões de turno em que um clube levava a vantagem.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO, desta sexta-feira, 01/05)

O poderoso Corinthians

Será que só alguns poucos, não sugestionados pela narração global, viram a tremenda garfada que o Atlético-PR sofreu quarta-feira à noite, diante do Corinthians?

O pênalti foi, para dizer o mínimo, esquisito.

O bandeirinha e o árbitro só sabiam marcar contra os paranaenses.

Dentinho deu cotovelada criminosa no Rafael He-Man Moura e nada aconteceu…

A gente tenta acreditar que não, mas parece haver mesmo algum determinismo para que o Timão de Ronaldo chegue, outra vez, à final da Copa do Brasil.

Rolo compressor

O nervosinho Juan está livre para voltar a “apitar” na final carioca.

Depois da pressão da diretoria do Flamengo, o STJD afrouxou e impugnou a proposta da Procuradoria quanto a uma suspensão preventiva do lateral-esquerdo, que aprontou no clássico de domingo, ajudou a tirar de combate o melhor jogador (Maicosuel) do campeonato e não foi expulso de campo.

O técnico Cuca também foi liberado e vai acompanhar o jogo à beira do gramado. 

Tudo como dantes…

Palpites na Libertadores

O couro vai comer.

Palmeiras x Sport duelam nas oitavas-de-final da Taça Libertadores.

O Cruzeiro pega o Universidad do Chile.

O S. Paulo enfrenta o Chivas, mas não precisará ir ao México encarar a gripe porcina – o jogo será em Bogotá.

Dono da melhor campanha, o Grêmio terá pela proa os peruanos do fraquinho San Martin.

Só para não perder de vista o velho e temível Boca, a equipe de Palermo (aliás, que golaço contra o Táchira…) terá o Defensor como adversário.

Meus palpites para os brasileiros: Grêmio, Sport, S. Paulo e Cruzeiro seguem em frente.

E o Boca também.

Veja errou (de novo)

Do Comunique-se:

Veja copia partes de matéria do Wall Street Journal sem citar fonte

A reportagem de capa da edição de 22/04 da revista Veja traz uma matéria coordenada muito parecida com um artigo, publicado quase um mês antes, pelo jornal americano The Wall Street Journal (WSJ). Tanto a estrutura como trechos do texto são idênticos. Questionada pelo Comunique-se, a repórter Gabriela Carelli negou a ocorrência de plágio.

“A gente falou com os pesquisadores, a gente fez a nossa própria apuração. A notícia é a mesma, a pesquisa é a mesma. Podem ter ficado parecidas. Foram três meses fazendo a matéria, ouvi 50 mil fontes, o box foi fechado de última hora. Não houve a intenção de fazer mal a ninguém”, explica.

A matéria em questão foi publicada num box com o título de “Genes no combate ao crime”. Ela trata da utilização de traços genéticos na elucidação de crimes, mesmo tema do artigo “Descrevendo um ladrão: genes traçam aparência de suspeitos”, publicado pelo WSJ em 27/03.

As similaridades foram percebidas pelo leitor Edgar Zanella Alvarenga, que publicou num blog uma troca de e-mails com a Veja. Nas mensagens, a revista dá a mesma explicação que foi dada ao Comunique-se, de que as informações estão disponíveis no site da universidade.

Dentre os trechos “parecidos”, existe uma declaração que, no texto da Veja, aparentemente teria sido dada pela pesquisadora da Universidade da Pensilvânia Pamela Sankar.

“‘Há uma perigosa tendência a fazer correlações entre etnia, crime e predisposição genética’, alerta Pamela Sankar”, diz a matéria da Veja.

Fonte nega ter sido procurada
Questionada pelo
Comunique-se, a pesquisadora negou ter sido procurada pela Veja. Ela afirma que as informações publicadas pela revista foram baseadas em entrevista dada a um repórter do WSJ. No jornal americano existe a seguinte passagem: “Algumas pessoas podem fazer correlações entre raça, crime e disposição genética”.

Além da não citação da fonte, a reportagem da Veja traz um erro. No jornal americano essa declaração foi atribuída ao pesquisador da Universidade de Tilburg, na Holanda, Bert-Jaap Koops.

A repórter da Veja reconhece não ter procurado a pesquisadora e, como justificativa, diz que tal procedimento é usual na revista.

“Fulano fala tal coisa, eu não tô dizendo que ele disse a mim. Quando fala pra gente, a gente coloca: disse à Veja. Às vezes a gente pode pegar, isso não é um plágio”, explica..