“Propor um mundo mais justo nunca será fácil”, diz Lula ao Clacso em carta

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quarta-feira (21) uma carta ao 1º Fórum Mundial do Pensamento Crítico promovido pelo Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais). “Fico extremamente feliz que em um momento onde parte da América Latina e do mundo vive a ascensão do atraso – das mentiras, agora chamadas de fake news, da violência política, da perseguição judicial – surge um grande encontro como esse para lembrar novamente que outro mundo é possível e necessário”, escreveu Lula.

Leia a íntegra:

“Queridos companheiros reunidos no 1º Fórum Mundial do Pensamento Crítico,

A reflexão, o pensamentos crítico, o sonhar, propor e construir um mundo melhor, mais justo e mais humano sempre será importante e nunca será fácil.

Fico extremamente feliz que em um momento onde parte da América Latina e do mundo vive a ascensão do atraso – das mentiras, agora chamadas de Fake News, da violência política, da perseguição judicial – surge um grande encontro como esse para lembrar novamente que outro mundo é possível e necessário.

Parabéns Pablo e todos da Clacso por essa grande iniciativa. Obrigado pela solidariedade de vocês. Lamento não poder me encontrar com vocês fisicamente . Mas estamos hoje, e sempre, juntos.

Forte abraço,
Luiz Inácio Lula da Silva”

Palmeiras goleia e faz regressiva para a conquista do título

https://www.youtube.com/watch?v=blD_yQMGokA

A frase do dia

“Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados”.

Makota Valdina

Há 13 anos, Leão conquistava Série C

Novo Hamburgo/RS 1 x 2 Remo/PA

Local: Estádio Santa Rosa (em Novo Hamburgo)

Data: 20 de novembro de 2005

Árbitro: Djalma José Beltrami (RJ)

Gols: Capitão aos 2, Maurilio aos 29 e Luis Gustavo (penalti).

Expulsão: Sidney (Novo Hamburgo)

Novo Hamburgo (RS): Luciano; Sidney, William e Dias; Rafael, Emerson, Pedro Ayub, Preto e Gerson; Luis Gustavo e Flaviano (Duda). Técnico: Gilmar Iser

Remo: Rafael, Marquinhos, Magrão, Carlinhos e Eduardo (Sérgio); Márcio, Serginho, Maurílio e Geraldo (Capitão); Landu e Douglas Richard (Aílton) Técnico: Roberval Davino

Rock na madrugada – Raimundos, Poison Heart (by Ramones)

Arnaldo se despede, emocionado, e ganha homenagem de Galvão

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Ex-árbitro de futebol, responsável por apitar a final da Copa do Mundo de 1982 entre Alemanha e Itália e pioneiro no país na atividade de comentarista de arbitragem, Arnaldo Cezar Coelho, 75 anos, despediu-se da Rede Globo na tarde desta terça-feira, 20, antes do amistoso entre Brasil e Camarões, no último amistoso da seleção no ano. Desde 1989 como comentarista de arbitragem do canal, Arnaldo havia anunciado sua saída da função durante a Copa do Mundo da Rússia. Sua estreia aconteceu na decisão do Brasileirão de 1989, entre Vasco e São Paulo. Sua despedida ocorre após atuar na função em oito Copas do Mundo.

Chorando ao lado do companheiro de transmissões, o narrador Galvão Bueno, Arnaldo disse que “valeu, e estão valendo” os anos de trabalho na emissora. “Além de termos feito uma amizade grande e bonita entre nós – nos falamos quase todos os dias nesses últimos 30 anos em que estamos juntos -, eu aprendi muito com você. Você me ensinou muito, a ser mais paciente. Entre chutar o balde e engolir sapos, me ensinou a engolir um pouco mais de sapos. Eu te agradeço muito, fará uma falta muito grande”, disse Galvão Bueno, também emocionado. Casagrande e Junior, que participavam da transmissão, também se manifestaram carinhosamente em relação ao comentarista de arbitragem.

“Quando estreei há 29 anos, eu me propus a explicar a regra do futebol de forma didática, porque é o esporte mais praticado dentro do Brasil e poucos sabiam de regras. Hoje eu acho que meu dever está cumprido. Acho que todos nós conhecemos um pouco mais de regra e discutimos um pouco mais”, afirmou Arnaldo. (Da Placar)

O tédio como companhia

POR GERSON NOGUEIRA

Vejo o noticiário da TV e da internet qualificando o amistoso do Brasil com Camarões como um jogo duro. Ora, nenhuma novidade. Qualquer time do mundo, até o catadão de Gibraltar ou das Ilhas Maurício, engrossa o caldo diante do previsível escrete canarinho do guru Tite, cuja invencibilidade nos amistosos adquire um ar de afronta aos que esperavam uma participação bem mais decente na Copa do Mundo.

Contra a peladeira (no mau sentido) seleção de Camarões, o Brasil perdeu Neymar e suas firulas logo no começo da partida e passou a depender de bolas esticadas para Richarlison e tentativas em bolas aéreas. Nenhuma jogada mais cerebral ou que exigisse um mínimo de elaboração por parte do meio-de-campo.

Nos últimos tempos, com exceção dos jogos na Copa, costumo acompanhar as apresentações do escrete ocupado com outras coisas. Às vezes, prefiro cuidar de um texto para o blog ou o jornal. Em outras, distraio a mente navegando na internet, pesquisando coisas ou dedicando atenção a um livro – ontem, por coincidência, foi a vez da estupenda bio do Led Zeppelin, “Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra”.

Confesso que décadas atrás jamais imaginaria sentir tanto tédio num jogo do Brasil, mesmo sendo apenas amistoso. Eram tempos de concentração absoluta nas feras de João Saldanha ou nos times subsequentes, comandados por Zagallo, Coutinho, Telê e Parreira.

Não pelos técnicos, diga-se. O interesse era pelos craques daquela época. Alguns jogadores nem pertenciam à galeria dos fora-de-série, mas tinham um repertório respeitável de dribles, lançamentos e chutes. Já o time atual chuta muito pouco em direção ao gol. Parece estar atado à máxima infame de Parreira, que via o gol como mero detalhe.

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A coisa é tão séria que não há vestígio daquele que já foi um dos recursos mais poderosos de todas as grandes seleções montadas no Brasil: a qualidade nas cobranças de faltas. Mortal nesse fundamento quando contava com chutadores do quilate de Zico, Nelinho, Éder, Branco e Ronaldinho Gaúcho, só para ficar nos mais recentes, a Seleção não marca gol de falta há exatos quatro anos – o último foi em setembro de 2014!

Algo de muito esquisito vem solapando há anos a qualidade e até a malícia que eram características marcantes dos jogadores brasileiros. O jeito especial de bater na bola deu lugar a arremates manjados, que não se diferenciam e nem se igualam ao que se vê no futebol europeu.

A explicação para tamanha aridez está no excesso de cuidados com sistemas táticos, variações esdrúxulas de posicionamento, cujo objetivo nada mais é do que fechar defesas. Bloqueia-se tanto que termina por haver um bloqueio absoluto de criatividade.

Na Rússia, há alguns meses, deu para observar que os times que se sobressaem são aqueles que guardam respeito pela técnica e pelo jogo esmerado. Franceses, croatas e belgas se destacaram porque tinham em comum craques de verdade, que se movimentam por todo o campo, não guardam posição e não se prendem a esquematizações bobas.

Enquanto Griezman e Mbappé ganharam a Copa para a França, Modric elevou a Croácia a um patamar inédito e Hazard fez da Bélgica uma das sensações do Mundial, o Brasil se perdia em linhas de quatro, laterais que não apoiam e defesa armada até os dentes. Deu no que deu.

O peladão de ontem foi apenas parte do script funéreo com que a CBF brinda os adeptos do esporte mais popular do mundo, cometendo a irresponsabilidade de botar a Seleção para jogar contra seleções de terceiro escalão. De novo apenas o esforçado e forte Richarlison, autor do gol.

Um ponto, porém, chama atenção. Tite, que chegou a convocar Taison para o Mundial da Rússia, resolveu esquecer essa preciosidade do Shakhtar Donetsk. Não seria este o momento de provar ao mundo que estava certo ao convocar o contestado atacante¿ Penso que Taison, em particular, é o grande injustiçado deste cinzento e chato período pós-Copa.

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O campeonato dos jogadores assim-assim

Recebi da CBF aquele formulário de votação para escolha dos melhores do Campeonato Brasileiro. Melhores, cá pra nós, é força de expressão. A Série A deste ano padece, como as últimas cinco ou seis edições, de uma crônica estiagem de talento.

Com muito esforço, queimando pestanas, dá para filtrar alguns nomes. Dudu (Palmeiras), Paquetá (Flamengo), Everton (Grêmio), Pedrinho (Corinthians), Gabriel (Santos), Pikachu (Vasco), Rodrigo Dourado (Inter), Fábio e Dedé (Cruzeiro), Cazares (Atlético-MG) e Artur (Ceará).

Nada de atuações excepcionais, gols espetaculares ou alto nível de regularidade. Foram apenas um pouco acima da mediocridade geral. Espantoso é ver comentários empolgados com o Palmeiras de Felipão, principalmente nos canais de esporte sediados em São Paulo.

Mais ou menos nos moldes da Seleção de Tite, o provável time campeão da temporada joga à moda gaúcha. Muita pancadaria no meio-campo, tendo à frente o brucutu Felipe Melo, e bola na área para ver se alguém desvia para as redes. E salve-se quem puder.

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Corrida dos Engenheiros tem inscrições abertas

Acontece no próximo dia 9 de dezembro, pelo nono ano consecutivo, a Corrida e Caminhada do Engenheiro, com o pioneirismo da utilização do Parque do Utinga pelo Clube de Engenharia do Pará, organizador do evento. Com apoio de Mútua e Terraplena, a corrida tem a coordenação da Zé-efe Comunicação e Marketing.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 21)

Nos bastidores do rock

Guns and Roses, Chicago, 19th Devember 1987. (Photo by Paul Natkin/WireImage)

Gilby Clarke foi entrevistado pelo Ultimate-Guitar onde contou que Axl Rose tinha planos de contar com três guitarristas no Guns N’ Roses. Isto teria acontecido no início da era “Chinese Democracy”, conforme relata Gilby, que esteve na banda entre 1991 e 1994. “Tivemos um bom relacionamento, mas no fim das contas concordamos um com outro? Absolutamente não. Eu não acho que o Guns N’ Roses deveria ter três guitarristas (risos). Eu tinha muitas dúvidas sobre isto, então não concordamos, mas não quer dizer que não o respeitei ou me importei com ele e vice-versa, tanto que no decorrer dos anos fizemos algumas jams, não há nenhum mal-estar. Ainda hoje eu me lembro das coisas boas e não das coisas ruins e eu sempre digo que estamos no mesmo barco, no mesmo time. Eles se preocupam com música, rock’n’roll e eu também, eu nunca faria algo pra manchar a imagem da banda, quero este legado vivo eternamente e que eles façam novos discos, eu quero isto tudo vivo”.

Baseado nas palavras de Gilby, aparentemente Rose queria ele, Slash e Paul Huge nos postos de guitarristas do GNR.