Tribuna do torcedor

Por Pedro de Carvalho Lopes (psouza1945@bol.com.br)
Penso que o Paysandu está nadando em dinheiro, pois esta contratação deste zagueiro Leandro Silva, com 34 anos de idade e constantemente no departamento médico, nunca deveria ter sido feita. Nunca deu um chute e já se encontra novamente no DM e vai fazer uma cirurgia ficando 6 meses no estaleiro, segundo a imprensa. Se o Paysandu tivesse  levado em consideração o passado deste jogador alem de sua idade alta  nunca teria contratado. Será que o Paysandu tem departamento médico pois aprovar esta contratação de alto risco  não deveria ser feita, salvo melhor juizo? Agora vão pagar um jogador para fazer turismo em Belém.  Uma vergonha!

Capa do DIÁRIO, edição de quinta-feira, 30

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STF, enfim, começa a julgar o mensalão mineiro

Da Rede Brasil Atual

Prazo para punição de crimes como peculato e lavagem de dinheiro acaba em setembro, quando completam-se 16 anos do esquema montado pelo PSDB em Minas Gerais.

Após sucessivos engavetamentos, o processo do chamado mensalão tucano pode entrar na pauta do STF a partir de sexta-feira (31). Ainda assim, é grande o risco de os crimes prescreverem antes que o julgamento seja concluído. Os principais acusados, entre eles o deputado federal e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), respondem por peculato e lavagem de dinheiro – crimes cuja possibilidade de punição, de acordo com o Código Penal, prescreve 16 anos após a data dos supostos atos ilícitos. Como os episódios envolvendo o esquema de desvio de verba e caixa dois se deram em 1998, a prescrição ocorre em setembro deste ano.

A demora em julgar os tucanos descortina uma rede de acusações a políticos, advogados, magistrados e promotores que teriam feito corpo mole e articulações diversas para atrasar todos os procedimentos. Também remete a comparações óbvias com o julgamento da AP-470, relativa ao caso petista. Os dois partidos (PT e PSDB) usaram o mesmo esquema de financiamento ilegal. Mas os casos receberam tratamento desigual por parte do STF. O supremo julgou primeiro o do PT, embora o do PSDB seja mais antigo, e concedeu apenas aos tucanos o direito à dupla jurisdição e ao desmembramento do processo.

Delitos graves

O parecer do Ministério Público Federal referente ao que ocorreu em Minas Gerais, afirma que “vários delitos graves foram comprovados” e cita 15 pessoas diretamente envolvidas, indiciadas em processos separados. Destes, dois processos correm no STF e têm como réus Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG).

Um terceiro processo, contra o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, foi prescrito na última semana, pois o réu completou 70 anos em janeiro. Como um quarto réu, o ex-tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão de Oliveira, completa 70 anos em abril, ele poderá livrar-se de qualquer punição pelo mesmo motivo se não houver julgamento até lá.

Além deles, são envolvidas no mensalão tucano três pessoas já sentenciadas na AP-470. Os processos contra eles correm no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG): os publicitários Marcos Valério Fernandes, Ramon Hollembach Cardoso e Cristiano de Mello Paz.

Outros oito réus estão sendo processados também no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). São eles: Eduardo Pereira Guedes Neto, Fernando Moreira Soares, Lauro Wilson de Lima Filho, Renato Caporali Cordeiro, José Afonso Bicalhi Beltrão, Jair Alonso de Oliveira, Sylvio Romero Peres de Carbalho e Eduardo Pimenta Mundim.

Protelações

O caso aconteceu em 1998, mas só em 2003 chegou à Justiça, por meio de ação civil pública. Quatro anos depois, em 2007, é que foi feita denúncia criminal contra os réus. Posteriormente, o processo foi desmembrado e passou a ser julgado no TJMG e no STF – neste último tribunal, nas ações que envolvem os dois réus com foro privilegiado.

A lentidão que marca o julgamento do mensalão tucano tem sofrido fortes críticas de juristas e outros operadores do Direito. “Os dois casos (de mensalão) envolvem grupos políticos relevantes para o país e os brasileiros querem cobrar do STF, daqui por diante, porque o julgamento do mensalão tucano ainda não teve a mesma celeridade com a qual os ministros se empenharam pela AP-470”, afirmou o advogado João Pinheiro, com escritórios em Brasília e Minas Gerais.

De acordo com ele, apesar de muitas queixas contra um ou outro ministro da Suprema Corte, a demora deve ser creditada à responsabilidade dos que presidiram o tribunal ao longo desse período e não aos demais membros do colegiado.

Os presidentes do STF no período foram Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto, além de Joaquim Barbosa. “A Ellen Gracie já anunciou que está filiada ao PSDB e deve disputar algum mandato nestas eleições. Quanto ao Gilmar Mendes, todos sabem da sua ligação com o partido e sua passagem pelo governo FHC como advogado-geral da União. Não podemos dizer que essas ligações interferiram diretamente em manobras protelatórias, mas no mínimo eles fizeram corpo mole para colocar a ação para andar”, reclamou.

Já o ex-procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, surpreendeu em declarações feitas no ano passado por criticar unicamente o ministro Carlos Ayres Britto, que pegou a relatoria da AP-536. “Brittinho sentou em cima do processo. Bastava dar andamento tão rápido como deu no mensalão do PT”, alfinetou.

Na verdade, o ministro Ayres Britto tentou colocar a ação em pauta por duas vezes, durante as gestões de Mendes e de Ellen Gracie, mas não conseguiu. Durante seu mandato de poucos meses pela presidência do tribunal, o processo foi incluído na pauta de uma das sessões, em 2012. Mas o tema foi adiado sem maiores explicações após um intervalo para o cafezinho e conversas entre os ministros.

Enfim, a primeira goleada

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Por Gerson Nogueira

Foi preciso esperar seis rodadas para ver a primeira goleada do campeonato. O Remo mudou o desenho do meio-de-campo, aumentou a presença de volantes e atuou de forma mais simplificada, crescendo mais no segundo tempo. Como reflexo direto disso, encurtou o caminho para o gol. Fez quatro, mas podia ter chegado a números mais expressivos, tal a quantidade de oportunidades criadas no primeiro tempo.

O Gavião confirmou a impressão de time brigador, aguerrido e pouco articulado. Edinaldo, Luiz Fernando e Balão Marabá são os mais habilidosos, mas terminam se perdendo em meio às limitações dos demais. 

Disposto a lutar por uma bola feliz no ataque ou pelo menos assegurar o empate, o Gavião entrou muito recuado, defendendo-se com até oito jogadores. Apenas Gaguinho ficava na frente. Como sempre ocorre nessas situações, o time sofreu forte bombardeio desde os primeiros minutos. Resistiu até os 22 minutos, quando André acertou o pé em cobrança de falta e abriu o placar.
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Ao invés de sair em busca da igualdade, o Gavião se manteve lá atrás, esperando o Remo pressionar. Podia ter encaixado algumas boas saídas em contra-ataque, mas se perdia em passes errados e precipitação na hora de avançar. Dono da bola, dominando todos os setores, com Eduardo Ramos, Tiago Potiguar e Dadá bem desenvoltos, o Remo falhava sempre no arremate final.
Para o segundo tempo, Charles Guerreiro optou por Val Barreto no ataque e botou Zé Soares. As mudanças deixaram o time mais veloz e envolvente. Logo aos 3 minutos, o zagueiro Carlinho Rech fez o segundo e abriu a porteira do Gavião, cuja marcação se confundia até nos lances mais bobos.
Cinco minutos depois, Barreto ampliou. Aos 17, o mesmo Barreto fecharia a contagem. A 15 minutos do fim, Athos entrou no lugar de Eduardo Ramos. Não acrescentou grande coisa e o time pareceu tirar o pé. O Gavião se assanhou um pouco e andou rondando a área, mas o goleiro Fabiano apareceu bem.
Os cinco minutos finais foram horrorosos, principalmente pelo estilo confuso do árbitro Marco Antonio Mendonça, que parava todos os lances, e pelo desinteresse do Remo, que praticamente abriu mão de atacar.
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A goleada reabilita o Remo depois da derrota no Re-Pa, mas o time continua precisando de ajuste fino. Tem bons momentos, mas ainda é muito propenso a apagões. No ataque, uma dúvida se estabelece: Val Barreto substituiu a Leandrão e marcou dois gols, além de mostrar mais desembaraço na área. E aí, Charles?
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Três garantidos nas semifinais
O jogo do Mangueirão classificou antecipadamente remistas, bicolores e cametaenses. Nas demais partidas, vitória do Cametá sobre o Santa Cruz e um empate cheio de gols (3 a 3) em Paragominas, entre o invicto São Francisco e os donos da casa. Domingo, PFC e Leão santareno decidem a última vaga à semifinal, coincidentemente enfrentando a dupla Re-Pa.
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Novo capítulo da novela Pikachu 
Boatos que povoaram as redes sociais e os bastidores do futebol dão conta da presença em Belém do misterioso investidor que alega ter adquirido os direitos econômicos de Pikachu. Caso não consiga convencer a diretoria do Paissandu a liberar o jogador, o empresário estaria disposto a ir à Justiça defender o cumprimento do acordo firmado com o então presidente Luís Omar Pinheiro, há dois anos. A conferir.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 30)

Público de 6,7 mil pagantes no Mangueirão

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O jogo Remo x Gavião teve renda de R$ 66.224,00, com 6.776 pagantes. Com 1.401 não pagantes, o público total chegou a 8.177 no estádio Jornalista Edgard Proença. Descontadas as despesas (R$ 39.901,47), o Remo ficou com o valor líquido de R$ 26.322,53. Foi o menor público do Remo na competição. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)