Por Gerson Nogueira
Não há como discutir, nem adianta arrolar aquelas estatísticas tão ao gosto de certos técnicos e alguns poucos comentaristas, a verdade é insofismável: este foi o campeonato mais garapa desde que o sistema de pontos corridos foi inventado. Por razões óbvias, o Brasileiro da Série A é tido e havido como um dos mais difíceis do planeta, mais até do que o duríssimo certame inglês. Pelo simples fato de que pelo menos 12 equipes são candidatas naturais e normais ao cetro máximo.
Desta vez, a coisa se ampliou e a margem de possibilidades passou a abranger até 15 competidores, mesmo aqueles considerados emergentes. Além dos quatro grandes do Rio, dos quatro paulistas, dos dois gaúchos e dos dois mineiros, há o Atlético-PR, o Goiás, o Vitória e – até o fim do primeiro turno – o Coritiba, ora às voltas com o risco de rebaixamento.
Convenhamos, nenhum outro campeonato do primeiro mundo do futebol oferece tantas variáveis em relação ao título. A competitividade natural entre os grandes clubes, as rivalidades estaduais e o nivelamento técnico por baixo explicam, em boa medida, o equilíbrio reinante.
Tem sido assim há quase uma década, mas nos últimos anos a situação tornou ainda mais generosa as probabilidades de um emergente chegar ao topo ou se imiscuir na batalha por uma vaga na Taça Libertadores da América.
Em 2012, o Fluminense livrou vantagem desde as primeiras rodadas e, apesar de atuações pouco convincentes, foi levando de roldão e terminou vitorioso. Embora sem brilho, mas com um elenco caro, cumpriu a tradição. Times que têm boas peças de reposição levam vantagem sobre os menos aquinhoados.
Desta vez, a duas rodadas do fim, o título está decidido como na última temporada, mas pelo menos seis times batalham pelas vagas ao torneio continental. Mais que isso: pela forma como o Cruzeiro se apresentou, lembra muito a trajetória do Flu. Teve alguns lampejos de excelência, mas, no geral, se consolidou por força de um elenco bem definido, mesclando jovens e veteranos, poucas (e eficientes) estrelas e muitos operários.
Talvez seja essa a fórmula adequada para os pontos corridos, mas salta aos olhos que o Cruzeiro navegou em águas tranquilas pelo sofrível nível técnico da competição. Pela somatória de seus atributos e a competência necessária para driblar os obstáculos, o time mineiro merecidamente conquistou a competição com larga antecedência – inédita no novo modelo de disputa.
Não se pode, porém, ignorar que tradicionais competidores ficaram fora de combate desde os primeiros movimentos no tabuleiro. Corinthians, cansado pelos festejos do título mundial de clubes, jogou a toalha ainda no primeiro turno. Internacional, que ensaiou ser o novo Fluminense, contratando vários astros, também saiu de combate prematuramente.
O Atlético-MG, campeão continental, dedicou-se a treinar para a decisão mundial. O Flamengo, com um elenco modesto, errou de início ao apostar em Mano Menezes e só pegou embalo sob a batuta de Jaime. O Vasco desabou sob o peso da desambição. O São Paulo ficou ameaçado de rebaixamento até a metade do returno.
Na ressaca pós-Neymar, o Santos nem se apresentou para a disputa, tendo discretíssima passagem. O Fluminense, com elenco ainda milionário, é responsável pelo grande vexame do torneio até aqui, sendo obrigado a ir até o final com a corda no pescoço.
Com tantos bichos-papões fora de cena, sobrou para alguns poucos candidatos tradicionais, como Grêmio e Botafogo, que não tiveram fôlego para acompanhar a disparada cruzeirense. Além deles, Atlético-PR, Goiás e Vitória entraram no vácuo aberto pelos favoritos, empreendendo campanhas muito acima das expectativas.
Pode ser mais democrático e lucrativo para os primos pobres, mas, sem dúvida, o torneio sofre com a indigência técnica e a ausência de fortes emoções quando o desfecho é atropelado pelo anticlímax, com as grandes torcidas barradas no baile. Por outro lado, nunca antes na história da Série A foi tão fácil alcançar as primeiras colocações.
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Papão junta cacos e refaz planos
Depois do desastre consumado, a diretoria do Paissandu agiu rápido, liberando o suspenso Vagner Benazzi antes da partida final contra o Sport. Acertou também ao optar por Rogerinho Gameleira, levando em conta o bom aproveitamento dele sempre que assumiu interinamente a função.
O sonho dos dirigentes é trazer Sidney Moraes, protagonista de surpreendente campanha à frente do Icasa, para começar do zero em 2014. A rigor, excelente escolha. Sidney é jovem e provou competência com elenco modesto. O problema é a valorização de seu nome, que deve atrair outros interessados do Brasil inteiro.
A segunda alternativa é Dado Cavalcanti, que está deixando o Paraná e tem perfil muito parecido com o de Sidney.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 26)
Aléa,de um bom treinador o time precisa de jogadores bons e operários.Chega de estrelas de quinta grandeza que chegam em nossos clubes para passarem a maior parte no departamento médico e ainda por cima ofendendo a quem lhe paga, a torcida!
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Paysandu que não caia no erro em trazer Sidney Moraes.. Aos 36 anos, treinou 2 equipes… Boa Esporte, onde foi demitido por incompetência e Icasa, onde pegou o time, já montado, na 7ª rodada da série B, naquela parada para a Copa das Confederações e perdeu um acesso, em casa.. Ou seja, fracassou nos 2… Pode dar certo no Papão? Pode, mas hoje, é atirar no escuro…
Aliás, Dado Cavalcanti é, de longe, mas muito longe, melhor que ele.. É um técnico em crescimento.. A trajetória dele me lembra muito a do Felipão, no Criciúma..
O início dos trabalhos, é o que vai refletir, lá na frente… Acooooordem, Vandick/Roger..
É a minha opinião.
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Olhem o trabalho do Sidney Moraes, no Boa Esporte:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/boa-esporte/noticia/2013/04/apos-88-jogos-tecnico-sidney-moraes-deixa-o-boa-esporte.html
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Também acho que uma coisa é dirigir Icasa e Sampaio, outra, bem diferente, é dirigir Remo ou Psc.
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Coloquei, acima, o trabalho do Sidney Moares, no Boa Esporte.. Ficou na Moderação.
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Meus fregueses listrados ,eu fui o grande problema do papinha.Sejam humildes e peçam para que o velho secador Rocildo Oliveira pare de secar o papinha, que eu deixo até o papinha subir novamente no ano que vem. Agora um detalhe, parem de querer todo o mal do mundo ao mais querido, pois do contrário enquanto o mais querido sob para a terceira, eu jogo o papinha lá na quarta. Eu não quero fazer isso, porém se vocês duvidarem não respondo pelos meus atos kkkkk.
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Notei que fica na moderaçao quando postamos algum link, com toda razao…
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Caro Rocildo, como estão os preparativos para o enterro no domingo ?
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Fora do contexto – Penso do mesmo modo que o Seedorf sobre o Ganso. Um jogador não pode ser analisado por uma única jogada ou por ter habilidade, é preciso mais pra ser considerado craque.
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Bom dia Gerson Nogueira e Amigos do Blog;
Cláudio Santos, nessas indicações de técnico não te questiono, pois és pesquisador do assunto e tens dados(sem trocadilho) sobre isso, no entanto, como postei ontem, entendo que o Dado Cavalcanti, não tenha o perfil para atuar por estas bandas, devido a inexistencia de estrutura profissional do nosso Grande Bicolor Celeste Amazônico, aqui no Norte ainda impera o improviso e o imediatismo, por isso, sempre defendo um técnico regional, e quando falo em Regional, incluo a região Nordeste, pela proximidade e interação mais próximos e que mantemos, além de celeiro de mão de obra, que só diretores DESLUMBRSADOS não conseguem ver, por isso posto como primeira Opção o João Bocudo Galvão e a 2ª opção o Flávio Araújo, em meu entendimento competentes e não precisam provar nada a ninguém.
Falando em estuturação ou reestruturação, quero acreditar em melhorias, mas segundo o Roger Aguilera, ontem em entrevista ao Dinho Menezes, ele deixou a entender que é favorável à permanencia do Marcelo Nicácio, PQP, depois do fracasso pelo pífio desempenho técnico apresentado, pelo destempero contra a torcida ele ainda faz defesa dessa peça, aí é demais, outra coisa que entendo que está começando ERRADO, aliás, RECOMEÇANDO ERRADO, é ele anunciar que vai contratar um técnico com toda a sua equipe, cara que é isso, tantos profissionais competentes aqui, reconhecidos internacionalmente até e ele pensar numa beteira dessas.
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Rodrigo e Rocildo o enterro será no sabado mesmo, a defunto ja ta morto a semanas mas so agora a cbf vai liberar a carcaça…
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FALECIMENTO ENTERRO CONVITE
A família daquele que em vida se chamou grande mucura listrada bicolor da amazonia na seria B, convida seus sofredores e amigos para o feretro que saira dia 30/11/2013 do chiqueiro da travessa Curuzu sem numero, a todos agradecem esse gesto de fé sofredora
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Felipe Remonat, cadê o convite dos seis anos de morto do leião de antonio baena?
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