Dia: 24 de novembro, 2011
Ex-assessora do Remo esclarece sobre saída
Reproduzo aqui, na íntegra, a nota divulgada pela jornalista Michelle Muniz sobre sua curta passagem pela assessoria de imprensa do Clube do Remo. Os problemas enfrentados por ela e sua equipe confirmam, infelizmente, o ambiente quase amador na estrutura dos clubes:
“Prezados colegas da imprensa esportiva, venho por meio deste ralatar os acontecimentos que levaram ao impasse entre parte das pessoas que são responsáveis pelo futebol profissional do Clube do Remo e a assessoria de comunicação deste, esclarecendo os fatos já noticiados. Fui convidada a assumir a assessoria de comunicação do Clube do Remo pelo presidente Sérgio Cabeça, que me pediu que apresentasse um projeto para que a relação com a imprensa e as ações internas fossem melhor organizadas.
E assim iniciamos o trabalho, chamei para trabalhar comigo a jornalista Aline Saavedra, que trabalhou como estagiária minha na época em que coordenei a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, nas gestões de Jorge Panzera e Leandro Shilipake, além do estudante de comunicação Felipe Saraiva, que somou-se ao trabalho durante o início de seu percurso já em processo. Assumimos a assessoria de comunicação sem memória física das ações desenvolvidas pelo Clube, sem um arquivo de imagens ou mesmo clippings organizados, muito menos equipamentos e infra-estrutura para o desenvolvimento de um trabalho regular.
Nossa primeira ação foi criar uma rotina na relação com a imprensa, tentando profissionalizar o contato do Clube com a mesma através de um centro de difusão da informação, que é seria ASCOM, criamos o RESUMO DIÁRIO DE NOTÍCIAS que traz todas as novidades sobre todas as áreas do Remo. Esta iniciativa foi exitosa e, até agora, bastante elogiada pela grande maioria da crônica esportiva. Desde o início de nossa entrada no futebol profissional foi muito difícil; o fato de ser mulher a pessoa central no trato com imprensa, sem sombra de dúvida, trouxe estranhamento por parte da diretoria, que ainda não sabe lidar com o novo papel que nós ocupamos em todos os setores, inclusive no futebol. Portanto, desde o início, fomos tratadas como ignorantes, como incapazes. Nosso primeiro contato com os responsáveis pelo futebol, foi dentro destas características, uma reunião em que só falaram, nos explicando os fundamentos da imprensa esportiva.
Mesmo assim continuamos tentando, mas começaram as maiores agressões: por mais de uma vez, quando falávamos com as pessoas responsáveis pelo futebol profissional, as pessoas não viravam-se para falar, quando muito respondiam; consideravam suas as atribuições, na frente da crônica fomos desautorizadas e hostilizadas; iniciaram a comentar sobre a nossa vida privada; as últimas foram afirmações sobre como minha boa aparência atraia olhares mal intencionados e da dificuldade dos homens em conviver com tamanha tentação, verdadeiro desrespeito, não só a mim, mas a todas as mulheres que lutam para serem vistas como profissionais e não como objeto de desejo de hipócritas machistas; além disso, por mais de uma vez fomos os últimos a saber de notícias, algumas relevantes, pela disputa entre aqueles que querem aparecer primeiro com a informação junto à imprensa, na minha opinião uma atitude infantil.
Por duas vezes procurei a presidência reclamando dos fatos e dizer não ter ânimo para continuar, inclusive abrindo mão dos direitos contratuais firmados entre mim e o Clube, recebendo a recusa do mesmo sobre o pedido, reiterando a confiança que depositava em nosso trabalho. Conversei com meu marido sobre os acontecimentos e disse ser a favor de que persistisse, que não me deixasse abater, apesar do claro desconforto que tais situações lhe causaram. A minha decisão era influência para o restante da equipe continuar, sobretudo pela relação de confiança comigo, pois a insatisfação dos dois já estava no limite.
Não vou citar nomes, meu objetivo não é criminalizar ninguém, apesar de alguns merecerem, viso com isto atingir um nó, um gargalo do pleno desenvolvimento da socidade humana, que é a conquista da igualdade de direitos e obrigações, quando as pessoas estão prestando atenção, ou não. Acabar com a covardia dos pequenos grupos sociais que ainda sentem-se capazes de profeirir preconceitos arcaicos protegidos pela hipocrisia que alguns idiotas ainda honram-se em chafurdar.
Desta forma termino, afirmando que saí do Remo mais remista que entrei, que respeito e confio no presidente Sérgio Cabeça, mas acho que sua atitude neste episódio deve ser exemplar, comprando este debate, que sabemos não ser fácil, mas fundamental para que fiquem claras sobre quais bases morais e ideológicas o clube com a maior torcida do norte e nordeste de nosso país está erguendo sua história.”
Minowa negocia com Marciano e Cearense
O diretor de futebol Pedro Minowa anunciou nesta quinta-feira que negocia a contratação dos atacantes Marciano e Leandro Cearense para a disputa do Parazão 2012, que começa em 18 de janeiro. O Anjo do Oriente admitiu algumas dificuldades para fechar logo a vinda dos dois, mas garante que o Remo terá pelo menos um dos artilheiros na próxima temporada. O dirigente confirmou também a realização de amistoso com o Nacional (AM) no dia 21 de dezembro, às 20h30, no Baenão.
Perguntinha do dia
A diretoria do Paissandu tomou a decisão certa optando por um volante mais experiente (e mais caro), Vânderson, e descartando Daniel, mais jovem e menos identificado com o clube?
GP terá justa homenagem ao grande Piquet
A exemplo do que aconteceu no ano passado, a organização da F-1 decidiu homenagear um ídolo brasileiro da categoria na corrida de 2011. E, se na última temporada coube a Emerson Fittipaldi dar uma volta na pista a bordo da famosa Lotus preta e dourada de 1972, agora será a vez de Nelson Piquet ‘abrir’ a etapa com a sua Brabham-Ford BT-49C. O modelo chegou no início da tarde desta quarta-feira ao autódromo de Interlagos, em perfeito estado, e servirá para marcar a edição de número 40 do GP Brasil. Com ele, Piquet, 59, conquistou o seu primeiro título no Mundial, há 30 anos. O ex-piloto também dará a bandeirada da corrida, a última da temporada. (Do Folhaonline)
Capa do Bola, edição de quinta-feira, 24
Fenômeno pega corda fácil na internet
A princípio, o empresário não acreditou que era o próprio Ronalducho quem lhe estava aporrinhando e então respondeu: “Não tenho a menor ideia de quem é você e não me meto na vida de ninguém. Não tenho nenhum interesse em te conhecer ou a qualquer um dos seus amigos. Mas, mesmo sem saber o porquê disso, você ou qualquer um dos seus que quiser me encontrar, e com um papinho desse, só posso te dizer pra tomar cuidado. Não costumo ter muita paciência pra babaquice, não.” Ronaldo retrucou: “No caso sou o cara q vc ta fazendo piadinha de mau gosto! mas ta tranquilo. estamos entendido! (sic)”
Logo depois, um homem que se identificou como “sócio” de Ronaldo telefonou para a casa do empresário em Miami (!), mas em tom bem mais apaziguador. Não chegou a pedir desculpas, mas disse que o jogador ficara realmente chateado com a brincadeira, e que a sua mulher (do Ronaldo) havia até chorado (com a história do traveco?), e que mimimi, mimimi, vamos deixar pra lá, que que é isso, esquece a história e coisa e tal. Assim como ameaçou Rafinha Bastos, por causa da brincadeira que este fez com Wanessa Camargo (para apoiar o sócio Marcos Buaiz, marido de Wanessa), Ronaldo mais uma vez apela para essa história de “meus amigos”, “não conte com a gente” etc e tal. Não deixa de ser patético, pois ninguém ou nenhuma empresa vai morrer porque Ronaldo ou sua operadora de telefonia não vão ajudar.



