Basquete quebra tabu e está de volta à Olimpíada

O basquete brasileiro vive uma noite especial e histórica. A seleção masculina despertou de um pesadelo que em 2012 completaria 16 anos. O time se classificou para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, ao vencer a República Dominicana neste sábado, por 83 a 76. A partida histórica, que arrancou lágrimas de todos os jogadores e até do tarimbado técnico Rubpén Magnano, aconteceu no ginásio Islas Malvinas, em Mar del Plata (Argentina), pela semifinal do Pré-Olímpico, que dá duas vagas para Londres-2012. Na outra semifinal, Argentina enfrentaria Porto Rico na noite de hoje

A última participação brasileira em uma Olimpíada foi em Atlanta-1996, quando o cestinha Oscar Schmidt, 53, ainda defendia a equipe. De lá para cá, o Brasil falhou por três ciclos olímpicos consecutivos, mesmo contando com uma das mais talentosas gerações que a modalidade já produziu no país. Apesar do longo período ausente, o Brasil continua sendo o segundo mais frequente em Olimpíadas. Em Londres, completará sua 14ª participação em 18 eventos, desde Berlim-1936. Os Estados Unidos, já classificados para 2012 por terem sido campeões mundiais no ano passado, vão para sua 17ª. participação olímpica.

Curiosamente, a vaga brasileira para em Londres veio sem que o time contasse com suas principais estrelas. O ala-armador Leandrinho, do Toronto Raptors, da NBA, e o pivô Nenê, do Denver Nuggets, anunciaram que não estariam em Mar del Plata com a seleção. Alegaram, sem muitas justificativas, motivos pessoais e físicos para não se apresentarem. O também pivô Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, chegou a se apresentar ao técnico Rubén Magnano, mas ainda não está recuperado da cirurgia no tornozelo direito, a qual se submeteu em fevereiro, nos EUA.

Com um elenco limitado tecnicamente, mas unido e raçudo, e um treinador campeão olímpico, o Brasil conseguiu superar as ausências. Hoje, fez uma partida digna de entrar para a história, por só ter sido decidido no minuto final. A vitória serviu também como revanche, porque os dominicanos foram os únicos a vencer o Brasil na competição. Na terceira rodada da primeira fase, por 79 a 74. A seleção joga neste domingo a final, a contragosto de jogadores e comissão técnica, que consideram a vaga olímpica mais importante do que um troféu de campeão do torneio. Além disso, está classificada para a Olimpíada seguinte, em 2016, porque o Brasil é o país sede. (Com informações da Folha de S. Paulo)

Foi uma vitória importantíssima, de deixar qualquer brasileiro emocionado. 

17 comentários em “Basquete quebra tabu e está de volta à Olimpíada

  1. Eu volto a repetir que isso foi dedo do Magnano. O cara queimou a língua de muitos que torciam o nariz por ele ser argentino e só por isso diziam que ele era ruim.
    Uma seleção que sem nenhuma grande estrela consegue tal feito é mesmo de se tirar o chapeu. Ainda bem que os mercenários Nenê e Leandrinho não vieram. Mercenario não tem espaço nessa seleção.
    Acho dificil esses dois serem convocados. Seria um ótimo “castigo” para eles.
    Parabens para nossa seleção masculina de basquete bi-campeã mundial.

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    1. Concordo inteiramente, Saulo. O grande técnico argentino foi o comandante desse time, transformando um elenco mediano em vencedor. Com ele, até o Huertas pôs fim à instabilidade que o caracterizava. Outro aspecto: ele deu solidez emocional à seleção, que muitas vezes perdeu jogos bobos por vacilos monstruosos nos segundos finais.

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      1. Penso q antes de tudo essa classificação passou pela fortalecimento da liga de basquete nacional que de uns tres anos pra cá foi remodelada e ficou muito mais competitiva, com tranmissão televisiva dos jogos, melhoras de patrocínio e condições de teinos para os atletas.
        dessa forma passamos a criar aqui dentro o ambiente necessário para formarmos, no próprio país, uma boa equipe deixando de ficar mendigando migalhas da NBA.

        Esse pra mim foi o ponto principal.

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  2. Depois do futebol sempre gostei mais da formula 1 e do basquete, como se vê em que pese a formula está no ostracismo, o basquete masculino acaba de sair dele com essa conquista que todo brasileiro deve ficar feliz.

    Quem sabe nosso basquete papa chibé ganhe forças nesta grande conquista.

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  3. Foi uma classificação histórica de nossa seleção Brasileira de basquete… Qualidade nunca foi o grande problema do Brasil,mas sim falta de comando e estrelismo exagerados que prejudicaram a seleção durante estes 15 anos de ostracismo… Magnano foi fundamental,pois deu confiança ,tranquilidade e organização tática… Valeu ,Brasil !!! A transmissão pelo esporte interativo foi,paid’égua !!!

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  4. Foi emocionante, um time sem estrelas, porém focado com o grande objetivo que era alcançar a vaga olímpica, afinal nossa última participação em olimpiada ainda contava com Oscar, isso aconteceu ao grande trabalho do treinador que conseguiu adotar uma filosofia “Européia” ao estilo de jogo Brasileiro,aonde 3 princípios são seguidos a risca:Defesa forte,divisão dos pontos com todo o time(e não mais só em um jogador carregando o time) e trabalho de bola nos 24 segundos de ataque. Agora é seguir no trabalho e quem sabe sonhar mais alto, afinal se com este treinador os Hermanos foram campeões em várias competições, porque não podemos seguir o mesmo caminho?

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  5. Agora vamos torcer para as meninas também conseguirem sua vaga.
    Isto acontecendo nosso basquete vai longe, já que estamos garantindos também na próxima olimpíada que será no Rio de janeiro.

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  6. Desculpem-me pela honestidade, sei que muitos irão criticar,mas realmente eu me sinto muito mais paraense que brasileiro, ou seja, não torço mais pra quase nada pro Brasil, pricipalmente em se tratando de futebol, porém quando vemos um time como o de basquete com tanta fibra e união ‘realmente contagiante.Tomara que o nosso papão demosntre essa gana toda hoje.

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  7. GN, gostaria de te lançar um desafio e estendo para os demais participantes deste blog.Se o Pará fosse um País e disputasse as eliminatórias, qual seria o nosso time?? Teríamos jogadores, como Jobson,Ganso,Pará,Elkson e quem mais?

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    1. SE série D não consegue, imagina uma participação na Copa, mas uma certeza é que participaria das eliminatórias cujo desfecho vom goleadas não seria surpreendente. Quanto a técnico, outra certeza, o Giba seria uma atração internacional, já pensou?

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  8. Sérgio, há muito, rigorosamente, o futebol paraense não revela nem abriga um craque. Ao ser sincero antipatizo-me com os que
    se perdem em ilusões. Paciencia, assim penso e assim externo a leitura repetitiva, do nosso futebol, há anos.
    A cronica lúcida e os torcedores conscientes hão de entender que
    nossos vizinhos geográficos são , agora, realmente nossos grandes rivais
    É duro, mas é verdade sabida.Enquanto nos perdiamos lembrando o que já passou os outros viviam o presente sem a pretensão de jactar-se Grande
    Acordamos agora ou viveremos sempre lembrando de um passado que não entra em campo e que só faz a matar a saudade e só.

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  9. Dominicana e P. Rico foram adversário iguais para Brasil e Argentina, respectivamente, à noite de ontem.
    A dificuldade argentina foi maior não em razão do adversário. Admirador da geração Gnobili, reconheço quem em outro local os cartibenhos teriam vencido. A diferença ficou por conta da torcida
    que entrou em quadra e permanceu o tempo todo ao lado dos outros cinco.
    Ainda que muito boa, a seleção argentina sinalizou a curva descendente ao contrário do Brasil jovem e talentoso.
    Los hermanos irão a Londres mas já se preocupam com o Rio de Janeiro.
    Esta Copa América não foi o que os argentinos esperavam.
    Para o jogo de hoje contra o Brasil, há o indisfarçável sentimento de vingança (jogadore e torcedores) enquanto los macaquitos estão gastando seus reai$ nas playas de Mar del Plata.

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