Aberta a temporada de Abraço ao Eleitor

Do Blog do Sakamoto

Abrace um voto!

Esta reaberta a Temporada de Abraço ao Eleitor, quando os nossos representantes políticos abandonam a roupa formal, arregaçam mangas de camisa ou substituem o salto pela sandalinha e vão às ruas trocar suor com o povo. As fotos na mídia já mostram o hercúleo esforço de certos pré-candidatos para enlaçar donas de casa, pedreiros, agricultores rurais e ambulantes, em um refrega que vale vaga em outubro. Façam um exercício e percebam nessas fotos e imagens como o abraço é incompleto, duro, constrangido com aquele penduricalho popular no pescoço.

Lembro, há muito tempo, de um político que dizia que não ficava no meio da refrega porque não gostava do cheiro do povo. Não creio que toda a classe política evoluiu desde então, apenas aparou arestas, tomando um banho mais demorado no final do dia. Afinal de contas, quem quer ficar com odor de gente que trabalha no corpo? Os que melhor incorporarem a política do “lavou, tá novo” se darão melhor. Como sempre.

Para muitos, inclusive, será a única dose de realidade que terão nos próximos quatro ou oito anos.

Stones relançam super álbum com 10 inéditas

Por Dean Goodman (Reuters)

Os Rolling Stones, que sempre relutaram em lançar material de arquivo, vão incluir dez canções inéditas na reedição do álbum “Exile on Main Street,” disseram representantes da banda britânica ontem. O álbum duplo de 1972 é considerado por muitos como uma das principais obras do grupo, com faixas notáveis como “Tumbling Dice” e “Happy.” Ele foi gravado em um sombrio porão de uma mansão francesa, usada no passado pela Gestapo. Naquela época, o guitarrista Keith Richards estava consumido pelo uso da heroína, e o vocalista Mick Jagger estava mais concentrado em seu novo casamento, com Bianca Jagger.

“Exile…” volta às lojas no mundo todo em 17 de maio (exceto nos EUA, um dia depois), por iniciativa da gravadora Universal. Virá vitaminado por novas faixas, com títulos como “Plundered My Soul,” “Dancing in the Light,” “Following the River” e “Pass The Wine.” Embora os Stones já tenham sido muito pirateados, as quatro inéditas parecem ser desconhecidas dos colecionadores. Versões alternativas das faixas “Soul Survivor” e “Loving Cup” também serão incluídas. Uma divulgadora disse não ter informações sobre as outras canções.

Jagger disse à revista “Rolling Stone” que ele e Richards “dublaram” a percussão e a guitarra, respectivamente, em algumas das faixas-bônus. Eles supervisionaram o projeto junto com o produtor Don Was, que trabalhou 15 anos com a banda. O vocalista também escreveu uma nova letra para “Following the River”. Jagger relutava em abrir os baús da banda por considerar que o grupo, surgido em 1962, deve ser tratado como um fenômeno contemporâneo, e não de nostalgia.

Colegas como Bob Dylan e David Bowie, e também astros mais recentes, como a banda U2, têm resistido menos à ideia de tirar a poeira das sobras de gravação e de outras raridades. O relançamento será complementado por um documentário para TV, “Stones in Exile”, que apresenta raras imagens e fotos de arquivo, além de entrevistas recentes.

“Exile on…” foi o disco dos Stones que me fez aprender a respeitá-los quase no mesmo nível dos Beatles. O livro-reportagem que narra a turbulenta fase de composição do álbum, numa mansão no sul da França, também é muito bom.

STJD confuso: punição pode beneficiar o Mundico

Da ESPN

A única derrota de Joel Santana no comando do Botafogo foi anulada. O revés para o São Raimundo, válido pelo jogo de ida da primeira fase da Copa do Brasil, não foi considerado, pelo fato de a equipe paraense ter apresentado jogadores em condição irregular. Entretanto, o São Raimundo não foi eliminado da competição. Após julgamento realizado nesta sexta-feira, foi definida uma punição e uma multa de R$ 1 mil ao clube. A punição consiste na perda de três pontos pela escalação irregular de três atletas no duelo vencido pelo São Raimundo por 1 a 0. O STJD foi informado de que Hallace, Beto e João Pedro não tinham seus nomes publicados no Boletim Informativo Diário (BID) na data necessária para a confirmação das incrições.

De qualquer modo, a segunda partida entre as equipes está marcada para o dia 11 de março, no Engenhão. Fica a dúvida sobre como ficarão os critérios de desempate. Durante o programa Bate-Bola segunda edição desta sexta-feira, o procurador do STJD, Paulo Schmidt, se mostrou confuso ao explicar o caso, alegando que apenas uma goleada pode dar a classificação ao São Raimundo.

“Todos os critérios de desempate que poderiam beneficiar o infrator também são desconsiderados. Então essa segunda partida é meio inócua, a não ser que aconteça uma vitória de goleada do São Raimundo. No caso de empate, o Botafogo estaria classificado, pois o São Raimundo vai para a partida com menos três pontos”, afirmou Paulo Schmidt.

Por outro lado, Sandiclay, diretor de futebol do São Raimundo, acredita que uma simples vitória no Rio de Janeiro basta para classificar a equipe. “Não vejo pelo lado de goleada. Eu vejo pelo lado de uma vitória simples para a vaga ser do São Raimundo, pois nós ficamos com menos três pontos e o Botafogo com zero. Uma vitória empataria em 0 a 0 (em pontos) e levaria para o saldo de gols. Independente se for um gol ou dez gols, vai valer a vantagem do mesmo jeito”, disse.

Som do sábado – Beatles, For no One

Para todos os românticos e otimistas incuráveis.

Remo tenta importar novo zagueiro

Márcio Nunes, zagueiro de área de 29 anos, que já defendeu Luverdense, Cianorte (PR), Esportivo de Bento Gonçalves (RS) e Marcílio Dias (SC), pode ser o reforço do Remo para o segundo turno do campeonato estadual. O diretor de futebol Abelardo Sampaio vem negociando com o jogador há duas semanas e um acerto pode ocorrer nas próximas horas. As preocupações do técnico Sinomar Naves aumentaram com a má atuação de Rodrigo Antonelli, que substituiu o titular Raul na partida contra o S. Raimundo, no último sábado.

S. Raimundo é punido, mas segue na Copa BR

Julgamento realizado na tarde desta sexta-feira, no STJD, puniu o São Raimundo com a perda de três pontos e multa de R$ 1 mil pela escalação de três jogadores (Beto, Hallace e João Pedro) irregularmente no jogo com o Botafogo, pela Copa do Brasil. Apesar da infração, o Mundico não foi excluído da Copa do Brasil e jogará contra o Botafogo a partida de volta, no dia 11 de março, às 21h30, no Engenhão.

Torcida rubro-negra decepciona na estreia

Pouca gente entendeu, mas o Flamengo registrou o pior público das estreias de clubes brasileiros na Taça Libertadores. Além de ter reconhecidamente a maior torcida do país, o Fla está sonhando alto na competição, com planos de levantar o caneco pela segunda vez. Os números são os seguintes:

1 – Inter 2 x 1 Emelec – 39.304
2 – São Paulo 2 x 0 Monterrey – 35.523
3 – Corinthians 2 x 1 Racing-URU – 32.927
4 – Cruzeiro 4 x 1 Colo Colo – 31.035
5 – Flamengo 2 x 0 Universidad Católica – 24.301

Botafogo usa humor para atrair sócio-torcedor

O humorista Marcelo Adnet, revelação do gênero e que tem um badalado programa – 15 minutos – na MTV, é botafoguense. E agora empresta seu talento para incentivar o torcedor a adquirir o novo programa de sócio-torcedor ‘Sou Botafogo’. Interessados devem procurar o site www.bfr.com.br.

Titãs apresentam novo batera

No dia em que os Titãs anunciaram a saída de Charles Gavin, as baquetas de uma das mais  importantes bandas de rock do Brasil já tinham dono: Mario Fabre. O músico foi sugerido pelo irmão de Gavin e com o aval do próprio, que declarou considerá-lo “um excelente baterista” e responsável por tornar a ruptura “menos dolorosa”. Prestes a fazer seu primeiro show com a banda – em 2 de março em Florianópolis, Santa Catarina -, Fabre tem a missão de acompanhar Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto na turnê do mais recente disco dos Titãs, “Sacos plásticos”, vencedor do Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro de 2009.

Aos 41 anos de idade e 27 de carreira, o baterista já tocou com músicos de blues como André Christovam e Flávio Guimãrães, mas se considera essencialmente roqueiro. Uma de suas empreitadas mais recentes foi acompanhar o 999, uma banda punk inglesa formada nos anos 70, em apresentações no Brasil e na Argentina no ano passado. “Sempre gostei muito de Titãs, Paralamas e The Police, que é uma referência básica. Ouvia muito soul, coisas da gravadora Motown. Daí veio meu interesse pelo blues”, conta o artista, que formou uma das bandas pioneiras do estilo em São Paulo, chamada Spirit Blues. (Do G1)