Na novela Roque Santeiro, Regina Duarte interpretou a célebre Viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido. História mais ou menos parecida envolveu o zagueiro Diego Barros e o Paissandu nos últimos dias. O certo é que o retorno do ex-remista aos gramados, depois que se afastou por problemas cardíacos, esteve próximo de acontecer, e da maneira mais inusitada possível: contratado pelo Paissandu. Todo o mistério da negociação foi esclarecido pelo próprio jogador, por telefone, à reportagem do caderno Bola.
Diego disse ter sido realmente procurado pelo colaborador Roger Aguillera para voltar a Belém. “Conversei com o Roger na terça-feira (23) e a gente acertou, só que eu pedi um prazo até quinta (25) para resolver problemas da minha escolhinha de futebol. Mas, de lá para cá muita coisa passou pela minha cabeça e vi que é uma decisão errada”, avalia Diego, que explica ainda ter uma ligação muito forte com o Remo, clube em que acredita ter pessoas que gostem dele.
“Eu me vi na base da emoção. Não vou ter coragem de fazer isso, mas quem me abriu as portas nesse momento em que eu mais preciso foi o Paissandu”, reconhece, sem esconder a mágoa com os azulinos. Apesar disso, garante que – antes que surjam comentários de que o convite foi um factóide para forçar uma volta ao Baenão – não toparia retornar nem para o antigo clube. Confirmou ainda que os últimos exames realizados não acusaram mais arritmias.
Curiosamente, a negociação entre Aguillera e o zagueiro chegou a ser desmentida na quarta-feira pelo diretor Antonio Cláudio Louro, dizendo que já ha havia zagueiro demais na Curuzu e que “estão querendo tumultuar as coisas no Paissandu”. Na verdade, o dirigente tentava escapar da pressão da torcida bicolor, revoltada com a possibilidade de Diego Barros vestir a camisa alviceleste. Os torcedores pretendiam até fazer um protesto formal na Curuzu, na base do “fora Diego”, alegando que o atleta tinha a imagem muito associada ao maior rival. (Com informações do Bola e da Rádio Clube)
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