França é espinha atravessada na garganta

A França é a única seleção das 32 classificadas para a Copa do Mundo de 2010 que leva vantagem contra o Brasil no confronto direto. Os franceses venceram cinco vezes, perderam quatro e empataram outras quatro contra a seleção brasileira. A última vitória do Brasil foi em 1992, em um amistoso entre as duas equipes em Paris (França). Os brasileiros venceram por 2 a 0. Curiosamente, a equipe era a base da seleção campeã de 1994, mas Dunga não estava em campo.

Desde então, os franceses mantém um tabu de cinco jogos sem perder, com direito a duas vitórias em fases decisivas das Copas de 1998 (final) e 2006 (quartas de final). O Brasil venceu apenas uma vez os franceses em competições internacionais: 5 a 2 no Mundial de1958. Fora o “bicho papão” francês, o Brasil tem vantagem contra todas as outras seleções consideradas favoritas. Os alemães, desde a reunificação do país, bateram o Brasil apenas uma vez. Espanha e Inglaterra derrotaram os brasileiros duas e três vezes, respectivamente, mas perderam quatro e 11 partidas. A Itália, arquirrival brasileira em Copas, venceu cinco jogos e perdeu sete.

Os duelos mais equilibrados são contra os argentinos e holandeses. Contra os hermanos, o Brasil venceu 37 jogos e perdeu 33, com 23 empates. A Holanda encarou a Seleção Brasileira nove vezes, com três vitórias da equipe verde-amarela, quatro empates e duas derrotas. Entre as seleções classificadas, o Brasil nunca enfrentou quatro delas: Coreia do Norte, Costa do Marfim, Eslovênia e Sérvia. Entre as equipes que já enfrentaram os brasileiros, oito não têm nenhum vitória no duelo direto: Eslováquia, Grécia, Gana, Nigéria, Argélia, África do Sul, Japão e Nova Zelândia. (Do R7)

Estive lá e vi de perto o último embate contra os franceses, naquela triste noite em Frankfurt, na Copa de 2006. Antes do jogo ainda no comitê de imprensa do belíssimo estádio, apesar de ninguém admitir, todo mundo estava tenso, temendo o pior. Durante a partida, depois de um início confuso (com direito a aviãozinho de Zidane em Ronaldo), o Brasil deu sinais de que poderia arrancar uma vitória, mas o gol de Thierry Henry foi um golpe duríssimo. Sem capacidade de reação, o Brasil viu os minutos passarem e os franceses cozinharem o galo até a vitória. Não tive dúvida de aquela batalha foi decisiva para conduzir, emocionalmente, a França de Zidane à finalíssima contra a Itália.

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