Até o Cristo Redentor vai dançar

A Estátua da Liberdade já havia virado o farelo no filme aterrorizante Impacto Profundo. Agora chegou a vez do nosso Cristo Redentor, que simplesmente vira pó em 2012, filme-catástrofe do sempre catastrófico Rolland Emerich, que já pregou bons sustos com Independence Day. O lançamento será em novembro, mas já rola na internet o primeiro trailer de 2012 e as cenas são realmente impressionantes. O filme gira em torno da previsão da civilização maia, de que esse nosso mundinho terminaria justamente daqui a três anos.

Sobre expurgos e cinismos

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Leio no Globo reportagem de Bernardo Mello Franco informando que o regime militar usou o AI-5, através do Itamaraty, para bisbilhotar e perseguir diplomatas de carreira. O poetinha Vinícius de Morais foi uma das maiores vítimas dessa caça às bruxas. No total, 13 diplomatas foram afastados por força do AI-5. Todos tiveram suas vidas devassadas e o ódio do regime era maior contra os homossexuais. Segundo o levantamento feito por Bernardo, pesava mais nos expurgos as ligações com as esquerdas e o homossexulismo, vistos como fatores desestabilizadores do regime de força. Mas, em vez de mirar exclusivamente nos esquerdistas, como era praxe na ditadura, o Itamaraty concentrava sua atenção sobre os que mantinham uma vida privada que afrontava os sacrossantos “valores do regime”.

No fim das contas, a temida Comissão de Investigação Sumária deu origem a 44 cassações de diplomatas, em abril de 1969. Vinícius, que pode ter seu caso revisto nos próximos meses, foi afastado por ser considerado “alcoólatra”. Na foto acima, Vinícius de Moraes ao lado do presidente Juscelino Kubistchek e do músico Luís Bonfá, durante a produção do filme “Orfeu do Carnaval”.

O pior é ver, todo domingo, num dos jornais de Belém os escritos carregados de ressentimento de um velho coronel, antigo cérebro (e arauto) da ditadura discorrendo com a desfaçatez dos “esquecidos” sobre atos do governo atual e ditando regras de conduta sobre democracia. Como se nada tivesse acontecido ou como se as atrocidades agora confessadas por Curió não passassem de meros “acidentes de trabalho”. Como diz um vizinho, o cinismo é prato que jamais esfria.

Dica de (boa) leitura

Luiz Otávio Bandeira

Li, feito um possesso, “O artilheiro que não sorria – Quarentinha o maior goleador da história do Botafogo”, livro do Rafael Casé. Impressão impecável. A narrativa é envolvente: um filme em branco e preto, alvinegro, que prende o expectador do começo ao fim. Merecido resgate histórico do homem-gol botafoguense.

Palmeiras namora Muricy

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Por Paulo Vinícius Coelho

Muricy viajou para o Guarujá, neste final de semana – em sua casa, dizem que foi para o mato, descansar. Mesmo assim, na manhã deste sábado, o Palmeiras procurou o treinador, por meio de seu procurador, Márcio Rivellino.
A primeira proposta já foi encaminhada e o Palmeiras deixa claro que o nome de Muricy é o pretendido para ser o treinador para o restante do Campeonato Brasileiro.
Muricy só não será o treinador do Palmeiras se não quiser.
Se preferir descansar ou se não chegar a acordo financeiro.
Nesse caso, o segundo nome da diretoria é Dorival Júnior, hoje empregado no Vasco.

Talismã segue no Águia

Nada de insatisfação salarial ou qualquer outro atrito interno. O que estava atrapalhando o bom rendimento do lateral-esquerdo Marcondes, do Águia, eram problemas familiares. A saída do jogador já era dada como certa na sexta-feira, mas, depois de uma boa conversa na manhã de sábado, o presidente do clube, Sebastião Ferreira, conseguiu convencer o bom lateral a permanecer. 

Considerado um ponto de equilíbrio do time pelo próprio técnico João Galvão, Marcondes havia sido um dos destaques no lado canhoto do Águia durante os últimos campeonatos estaduais e na Série C 2008, mas, depois de expulso na partida contra o Sampaio Corrêa (MA), pela segunda rodada da Terceirona deste ano, o atleta, natural do município de Novo Repartimento, acabou indo para o banco de reservas, substituído por Ednaldo. Agora, depois desse papo com Ferreirinha, Marcondes será reintegrado ao grupo para servir de opção já para o difícil compromisso contra o Paissandu, domingo.

Remo se enche de otimismo

“Até a pé nós iremos. Para o que der e vier. Mas o certo é que nós estaremos onde o Remo, onde o Remo estiver”. Parodiando o hino do Grêmio, o presidente remista Amaro Klautau afirma que pretende ir aonde quer que o clube vá disputar amistosos na pré-temporada-2010. O mandatário azulino chefiou a delegação do Remo para o amistoso em Macapá, contra o Cristal, que terminou com a vitória azulina por 3 a 0. 

Sobre estar perto do grupo no primeiro teste da pré-temporada, o dirigente revela o desejo de conhecer melhor o comportamento do “novo Remo”. “É importante ver o primeiro amistoso também para que eu tenha uma noção do trabalho que já foi realizado até aqui. Sei que o grupo é jovem, que não se pode exigir muito de todo os jogadores nos primeiros jogos. Espero que eles rendam bem também contra o Izabelense, no dia 5 de julho.” (Com informações do Bola/Rádio Clube)

O cartola não faz mais do que sua obrigação. Afinal, o que há para fazer em Belém com o time disputando amistosos em outras cidades?

Tribuna do torcedor

Do José Bento Andrade Gouveia Jr.

Boa noite, irmão,

Escrevo como leitor de sua coluna no Bola e  admirador de sua opiniões no Bola na Torre. Quero comentar sobre o meu Paissandu. Bem, é impossivel ficar contente com uma equipe assim. Sei que os recursos são escassos mas isso vale para todos os da Terceirona, como Águia e Rio Branco, que com toda dificuldade montam times razoáveis. Por que nós não montamos também? Fomos campeões sem convencer e nosso presidente parece ser do tipo pé-no-chão, o que é ótimo, mas estão culpando esse treinador gaúcho e não acho que seja a melhor coisa demiti-lo agora. Mudar no meio do campeonato não pode piorar as coisas, ou seja, desandar ainda mais? Outra coisa: Gerson, o presidente fala que a torcida não prestigia, mas como ter tesão para ir ao estádio? Meu filho não quer ir, ele tem 13 anos e fala: “É chato, pai, nosso time joga mal e é sem graça”… E eu fico sem respostas. Temo que o nosso futebol esteja fadado à falência, pois a próxima geração está bastante desmotivada com o futebol local, só torce para times de fora, inclusive do exterior. Sei que tem muita gente que precisa do sucesso do futebol para ganhar a vida – imprensa, empresas e outros, mas desse jeito como? A Federação pode ajudar. A Vale do Rio Doce, que só se dá bem por aqui, poderia ajudar também? Se nossos dirigentes tivessem projetos, acho que até poderia, mas não se vê nenhuma iniciativa por parte deles… É triste. O Clube do Remo, pela sua tradição, nunca poderia estar nessa situação também. Não podemos deixar nosso futebol cair, vamos levantar uma campanha para salvar a nossa paixão!

Papão permite virada heróica

O artilheiro Edimilson brilhou e o Luverdense conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro da Série C. Com dois gols dele, o time matogrossense venceu o Paissandu de virada, por 3 a 2, no Estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, pelo fechamento da quinta rodada da competição. A reação do time anfitrião no primeiro tempo parecia improvável. O Paissandu entrou arrasador e abriu logo dois gols de vantagem. Mas o Luverdense fez a sua parte, se organizou e correu atrás do resultado. Teve, para isso, a colaboração do próprio time paraense, que parou no segundo tempo e permitiu a virada. 

Com três pontos, o time do Mato Grosso seguiu na lanterna do Grupo A, empatado com o Sampaio Corrêa-MA, que perdeu para o Rio Branco-AC neste sábado. Enquanto isso, o Paissandu perdeu a chance de assumir a liderança. O Papão manteve-se com sete pontos, na vice-liderança da chave, um ponto à frente do time acreano. 

O Paissandu teve o jogo na mão antes dos dez minutos. Logo aos quatro minutos, Zé Carlos escorou cruzamento de Torrô e abriu o placar. Aos oito, após falha de goleiro, Torrô completou para as redes. Incrível: 2 a 0 no placar e vitória quase garantida. Quase. 

Mas o Luverdense acordou em campo. Aos 11, Edimilson invadiu a área e diminuiu, com chute que passou entre as pernas do goleiro Rafael Córdova. O gol não perturbou o Papão, que seguiu criando oportunidades. Dadá quase marcou aos 19 minutos, mas a bola tocou na trave. O Luverdense teve a chance de igualar o marcador aos 32 minutos, em cabeçada salva pela defesa em cima da linha. A reação, porém, ficou para depois do intervalo. 

Tarcísio Pugliese não mexeu no time, mas foi visível a mudança de postura. Logo aos 13 minutos, Paulinho Marília recebeu cruzamento de Maico Gaúcho e escorou para empatar o jogo. A reação ganhou corpo nos minutos finais. O time matogrossense passou a tocar a bola com mais qualidade. Aos 31 minutos, Éder cruzou na cabeça de Edimilson, que marcou novamente de cabeça e fechou o placar em Lucas do Rio Verde. 
         
Próximos jogos: 
Os dois times voltam a jogar no próximo final de semana, ambos no domingo. Em casa, o Paissandu enfrenta o Águia, provavelmente na Curuzu, a partir das 16h. Uma hora depois, o Luverdense entra em campo para enfrentar o Sampaio Corrêa, novamente em Lucas do Rio Verde. O Rio Brancol folga na rodada. (Com informações da Rádio Clube)

O Paissandu exagerou na apatia durante o segundo tempo. Qualquer pessoa de bom senso via que a reação do Luverdense estava em marcha. Antes de empatar, Paulinho Marília mandou uma cabeçada rente à trave. Maico Gaúcho passeava em campo, sem marcação. Edson Gaúcho a tudo assistia, sem reagir. Vélber sumiu do jogo, Dadá e Torrô também. A defesa, como de hábito, pisava em falso. O empate e a virada acabaram acontecendo porque em futebol a soberba é inimiga do sucesso. O pior é que a situação no grupo ficou embolada, com o Rio Branco se aproximando perigosamente. Em casa, domingo, o Papão não pode nem empatar.

Bota mantém Ney Franco

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ESPN Brasil
Penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro com apenas uma vitória, e goleado em casa pelo Goiás por 4 a 1 neste sábado. Esta é a atual situação do Botafogo, que mesmo assim manterá Ney Franco. Pelo menos foi isso que garantiu o gerente de futebol do clube, Anderson Barros.

“Manter o planejamento é mais importante do que qualquer coisa. Nesse momento, seria muito fácil fazer uma troca de comando, mas temos consciência de que precisamos trazer reforços para que o Ney Franco possa desenvolver melhor seu trabalho”, explicou Anderson Barros, que apontou a reformulação da equipe como a grande responsável pela má fase.

“Qualquer clube que passa por uma grande reformulação acaba tendo dificuldades. Mas, mesmo considerando este fator, sabemos que temos condições de estar em uma situação melhor”, afirmou o dirigente, que não eximiu a diretoria, a comissão técnica e os jogadores de culpa pela fraca campanha. “A responsabilidade é de todos. Gerência de futebol, comando técnico e atletas, todos têm sua parcela de culpa. E ninguém pode fugir de sua responsabilidade”, esbravejou o dirigente.

Foi a coisa mais sensata. Ney Franco tem seus pecados, mas não é o principal culpado pela péssima campanha. A questão é que o Botafogo não tem time, nem elenco e muito menos dinheiro para contratar. Se escapar do rebaixamento será por milagre.