Clássico de oito gols no Maraca

Foi um jogaço no Maracanã! Com direito a duas viradas, Flamengo e Vasco fizeram uma partida digna de um dos maiores clássicos do mundo. E o resultado mostra isso: 4 a 4.

Bruno Henrique, o ‘Mr. Clássico’, marcou duas vezes para o Fla, com Everton Ribeiro e Rafinha também deixando os seus. Pelo cruzmaltino, Marrony, Pikachu, Marcos Junior e Ribamar balançaram as redes.

O resultado coloca o Rubro-Negro com 78 pontos, 11 a mais que o Palmeiras e não podendo mais ser campeão no domingo, quando encara o Grêmio em Porto Alegre.

O Vasco, com 43, subiu para a 10ª colocação. Na próxima rodada, apenas na segunda-feira, a equipe recebe o Goiás em São Januário.

O jogo
O Flamengo começou o jogo já mostrando o porque é o melhor time do Brasil atualmente. Com 40 segundos de jogo, já estava na frente. Após jogada individual pela esquerda, Reinier cruzou para Gabigol. O camisa 9 errou o domínio, mas a bola sobrou com Everton Ribeiro, que, na pequena área, chutou forte para abrir o placar.

Porém, a equipe parou por aí. E foi o Vasco quem passou a dominar as ações. Aos 6, Marrony subiu mais que a zaga e cabeceou para defesa tranquila de Diego Alves. Aos 10, Rodrigo Caio foi tirar uma bola e por pouco não mandou contra o próprio gol.

E a pressão vascaína teve resultado aos 33. Em belíssimo contra-ataque, Rossi cruzou para a área, Raul subiu e só ajeitou para Marrony, que chegou batendo forte para empatar.

O Vasco não se conteve com o empate e, no lance seguinte, conseguiu a virada. Pikachu fez linda jogada individual, com direito a rolinho em Pablo Marí e foi derrubado dentro da área por Rodrigo Caio. Ele mesmo bateu e, deslocando Diego Alves, colocou seu time na frente.

Era o que o Flamengo precisava para “acordar”. E o empate veio ainda no primeiro tempo. Em cobrança de falta ensaiada, Gabigol encontrou Rafinha. O camisa 13 tentou cruzar, mas a bola bateu em Danilo Barcelos e foi para o gol. Apesar do gol ter sido claramente contra, a arbitragem confirmou o tento para Rafinha, que, assim, conseguiu seu primeiro gol pelo Rubro-Negro.

Se o primeiro tempo foi bastante animado do início ao fim, o segundo também começou quente. E com o Vasco ficando novamente na frente. Pikachu acertou lindo passe para Rossi, que cruzou para Marcos Júnior, completamente livre, mandar para o gol.

Mas se na primeira etapa o Vasco foi para cima após o Flamengo ficar em vantagem, na segunda foi o contrário. E o Rubro-Negro conseguiu a virada, com dois gols de Bruno Henrique.

No primeiro, aos 20, o atacante tabelou com Arrascaeta e recebeu dentro da área. Mostrando muita categoria, ele acertou um belíssimo chute para empatar.

Aos 34, Vitinho fez jogada pela direita e cruzou para a área. Gabigol desviou e a bola sobrou para Bruno Henrique, que em mais uma finalização primorosa, estufou as redes de Fernando Miguel e fez a festa dos milhões de flamenguistas em todo o Brasil.

E quando parecia que o Flamengo venceria mais um jogo no Brasileirão, o Vasco empatou. Já nos acréscimos, Ribamar ganhou de Rodrigo Caio no alto e deu números finais à partida.

Fenaj mobiliza jornalistas contra MP de Bolsonaro que extingue registro profissional

Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas conclama categoria a defender a profissão e exige que Congresso atue como legislador, impedindo mais esse retrocesso:

“A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e seus sindicatos filiados em todo o país denunciam a inconstitucionalidade da Medida Provisória 905/2019, que revoga a obrigatoriedade de registro para atuação profissional de jornalistas (artigos do Decreto-Lei 972/1969) e de outras 13 profissões. A Medida Provisória mantém o registro de classe somente para as profissões em que existem conselhos profissionais atuando (como advocacia, medicina, engenharias, serviço social, educação física, entre outros).

Dez anos depois da derrubada do diploma de nível superior específico como critério de acesso à profissão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a MP publicada ontem (12/11) no Diário Oficial da União é mais um passo rumo à precarização do exercício da profissão de jornalista, uma atividade de natureza social ligada à concretização do direito humano à comunicação. Na prática, sem qualquer tipo de registro de categoria, o Estado brasileiro passa a permitir, de maneira irresponsável, o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas, prejudicando toda a sociedade.

A Fenaj denuncia que o governo de Jair Bolsonaro constrói uma narrativa, desde a posse na Presidência, para deslegitimar a atuação dos jornalistas no exercício profissional. Agora, utiliza a MP 905/19 para, mais uma vez, atacar a profissão, os jornalistas e o produto da atividade jornalística: as notícias.

A Fenaj entende que a MP estabelece uma nova Reforma Trabalhista com a criação da carteira “Verde e Amarela” e a alteração de diversos itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), especialmente os relacionados a controle de jornada diária e trabalho aos fins de semana para o setor de comércio e serviços, o que também prejudica a categoria dos jornalistas profissionais. A jornada de trabalho de cinco horas diárias para jornalistas é estabelecida no artigo 303 da CLT e sua ampliação para até duas horas diárias está estabelecida no artigo 304. A MP estabelece o fim da notificação da ampliação de jornada aos órgãos de fiscalização.

Mais grave ainda é o fato de o governo Bolsonaro utilizar medidas provisórias de maneira abusiva, usurpando do Congresso Nacional a atribuição de legislar, sem o devido processo de tempo para reflexão e debates com toda a população sobre as alterações nas leis, que são garantidas nas tramitações que passam pela Câmara Federal e pelo Senado.

É preciso que as diversas categorias de trabalhadores afetadas profissões (jornalista, agenciador de propaganda, arquivista, artista, atuário, guardador a lavador de veículo, publicitário, radialista, secretário, sociólogo, técnico em arquivo, técnico em espetáculo de diversões, técnico em segurança do trabalho e técnico em secretariado) se unam para dialogar com senadores e deputados a fim de que o Congresso Nacional derrube essa medida provisória e restabeleça a obrigatoriedade de registro nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego que vinha sendo, desde 2009, o único critério legal de acesso a essas atividades profissionais.

A Fenaj vai tomar as medidas judicias cabíveis e, junto com os Sindicatos de Jornalistas do país, vai buscar o apoio dos parlamentares, das demais categorias atingidas, das centrais sindicais e da sociedade em geral para impedir mais esse retrocesso. E a Federação chama a categoria dos jornalistas em todo o país a fazer o enfrentamento necessário à defesa da atividade profissional de jornalista, que é essencial à Democracia.

Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

Brasília, 13 de novembro de 2019

Acesse: https://fenaj.org.br/governo-bolsonaro-age-para-destruir-jornalismo-com-mp-inconstitucional/

Trivial variado do país que agride a Convenção de Viena e cobra imposto de desempregado

“Qualquer manifestação de apoio à invasão da embaixada venezuelana é um atentado contra a soberania das nações.Trata-se de um atentado contra o Estado de Direito – um absurdo para ser punido exemplarmente. Nem mesmo no regime autoritário, houve tamanha ousadia. Onde vamos parar!!!”. João Antonio

“Com medo de virar a Venezuela, o Brasil tá virando o Irã!”. José Simão

“Venezuela denuncia el violento asalto de su Embajada en Brasilia y exige al Gobierno de la República Federativa de Brasil el cumplimiento de la Convención de Viena sobre Relaciones Diplomáticas y la garantía de protección de su personal diplomático”. Jorge Arreaza

“O governo quer que o desempregado – sim, o desempregado, banque o rombo que os benefícios às empresas farão ao estado. A dupla Guedes – Bolsonaro é o Robin Wood ao contrário: tira dos pobres para dar pros ricos. Isso nunca foi antissistema. É a sua afirmação pornográfica”. Tarcísio Motta

“O nome do partido, a cor da bandeira, o número na urna, nada disso faz diferença pra Bolsonaro. Sua agremiação política é a milícia carioca”. Sâmia Bonfim

“Nunca imaginei que o miliciano e seus filhos tivessem um espírito tão destruidor. Eu esperava uma agenda neoliberal, incompetência e bobagens, mas eles são perversos. Miseravelmente perversos. E quem ainda os apoia não vale nada. Desculpem”. Rita Machado

Caso Marielle: dados da Câmara confirmam versão de Bolsonaro

Da Época:

O tuíte de uma jornalista em 14 de março de 2018, dia do assassinato de Marielle Franco , gerou uma onda de suspeita nas últimas horas nas redes sociais.

Na postagem, Bilenky, que trabalhava na ocasião no jornal Folha de S. Paulo e atualmente é repórter da revista piauí, afirmou, citando uma resposta que recebera da assessoria de imprensa do então deputado Jair Bolsonaro, que ele voltara mais cedo de Brasília para o Rio de Janeiro por causa de uma intoxicação alimentar.

O tuíte acendeu o alerta porque, a ser verdadeira a versão da assessoria de imprensa sobre seu retorno mais cedo para o Rio de Janeiro, seria falsa a informação de que Bolsonaro estava em Brasília às 17h10. Foi neste horário que, segundo o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, ele interfonou para a casa do presidente e ouviu do próprio “seu Jair” a autorização para a entrada do motorista do carro usado para matar a vereadora.

Entretanto, documentos da Câmara dos Deputados e uma fonte interna da companhia aérea Gol, ouvida pela coluna, corroboram a versão de Bolsonaro de que ele estava em Brasília naquele dia e não no Rio. Os documentos mais fortes a favor da versão de Bolsonaro são os registros oficiais de sua presença e da votação nominal em plenário. A Câmara informou oficialmente, por meio da Lei de Acesso à Informação, que Bolsonaro registrou presença duas vezes naquele dia no plenário.

Lewis, um ídolo diferente, consciente de seu papel

Por Odair Braz Jr., no R7

É triste quando a gente olha para o principal esporte do Brasil, o futebol, e percebe que não tem ninguém capaz de dizer coisas úteis para seus fãs e seguidores ou agir de maneira que inspire positivamente as pessoas. Os principais jogadores do país não falam nada a respeito de nada, não se comprometem com causa nenhuma, parecem que vivem num outro planeta. O que é triste, afinal são ídolos de milhões de pessoas, entre elas milhões de jovens e crianças.

Bem, não é o caso de um outro ídolo, Lewis Hamilton, o hexacampeão mundial da Fórmula 1. Em entrevista coletiva nesta quarta (13) na capital paulista, onde está para o GP de São Paulo, que acontece no próximo domingo (16), o piloto mostra como seria bom se Neymar, maior jogador brasileiro na atualidade, fosse um pouquinho só mais parecido com o inglês, de quem diz ser amigo.

Neymar, como todo mundo está cansado de saber, se preocupa muito com suas festas, seus parceiros, seus carrões, em badalar, mas fecha os olhos para o que acontece no Brasil. A impressão que dá é que não está nem aí para nada. Agora, por exemplo, veja o que Hamilton disse sobre a construção de um novo autódromo no Brasil, algo especulado recentemente: “Temos um circuito histórico [Interlagos], então não precisamos cortar mais árvores. Esse dinheiro pode ser investido em outras coisas, já que temos muita pobreza no Brasil. Se for derrubar uma árvore, sou contra [a construção]. Vocês têm uma floresta fantástica que é importante para o controle climático. Adoro o Rio de Janeiro, mas não quero correr numa pista que arruinou uma área natural”. Agora diga, você já viu alguma vez Neymar ou qualquer outro jogador falar algo assim a respeito de qualquer coisa? Raro, para não dizer que não existe.

E veja só: isso não quer dizer que Hamilton não seja tão exibido e ostentador quanto Neymar. É, sim. Posa nas redes sociais com seus carrões e motos, sempre usa roupas de grifes famosas, vai a altas festas e usa relógios caríssimos. Mas Hamilton sabe que tem um papel social, que é capaz de influenciar pessoas, que muita gente se espelha no que ele faz e que pode usar isso tudo para o bem. Então, o piloto sabe como tem de se portar. O mesmo não acontece com os nossos ídolos.

E essa postura de Hamilton não é de hoje. Ele, por exemplo, entre outras ações, montou uma empresa de fast food vegano, incentiva as pessoas (especialmente negros) a se sentirem bem como são e é uma das principais vozes para tornar a Fórmula 1 mais limpa e sustentável, tudo com a intenção de fazer com que a categoria esportiva prejudique menos o meio-ambiente.

Além de Hamilton, há outros esportistas pelo mundo — seja na NBA, no próprio futebol (não brasileiro, claro) e em outras modalidades — que falam e agem de acordo com o que são e realizam feitos proporcionais à sua grandeza no esporte. Já no Brail a gente conta nos dedos de uma das mãos algum atleta famoso que vá pelo mesmo caminho.

Uma pena.

Afinal, onde estava “seu Jair” no dia da morte de Marielle?

Por Cleber Lourenço, do blog O Colunista, e Plínio Teodoro, da Fórum

Um tuíte da jornalista Thais Bilenky no dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro, revela que Jair Bolsonaro poderia, sim, estar em sua casa no momento em que um porteiro do condomínio teria interfonado para anunciar a chegada de Elcio Queiroz, um dos acusados do crime.

O caso, que traz de volta o caso à tona, foi revelado pelo advogado Eduardo Goldenberg, que resgatou o tuíte da jornalista e compartilhou no Twitter.

A jornalista, ex-Folha de S.Paulo e atual revista Piauí, tuitou na ocasião que Bolsonaro teve “intoxicação alimentar” e voltou mais cedo para o Rio, creditando as informações à assessoria do então deputado.

“Bolsonaro teve uma intoxicação alimentar, passou mal e, nos últimos dois dias, precisou reduzir bem o ritmo da agenda. Até voltou mais cedo (hoje) pro Rio. Disse a sua assessoria”, diz o texto, publicado às 12h28 do dia 14 de março de 2018.

Após reportagem do Jornal Nacional, que revelou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, teria ligado para a casa 58, de Bolsonaro, e teria sido autorizado pelo “Seu Jair” a permitir a entrada de Élcio Queiroz, o presidente reagiu aos berros em uma live, dizendo que estava em Brasília, cumprindo, segundo ele, intensa agenda no Congresso. O tuíte da jornalista, no entanto, pode apontar uma contradição do então parlamentar.

Segundo a reportagem da Globo, Élcio Queiroz, ex-policial militar, teria afirmado à portaria do condomínio em que morava o presidente que iria para a casa de Jair Bolsonaro, mas se dirigiu a casa de Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos contra Marielle, que fica no mesmo condomínio.

Em depoimento, o porteiro que estava na guarita afirmou que uma pessoa identificada como “Seu Jair” autorizou a entrada de Élcio no mesmo dia do assassinato da vereadora.

Brasil é responsável por proteção da embaixada da Venezuela, alerta ONU

Por Jamil Chade

A ONU alerta que todos os países têm a responsabilidade de proteger embaixadas estrangeiras em seus territórios. O alerta foi emitido depois que a coluna interrogou oficialmente a entidade diante da invasão da embaixada venezuelana em Brasília.

Como resposta, a ONU declarou: “todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países, em linha com a Convenção de Viena”. Em outras palavras, o Brasil precisa proteger os diplomatas do governo de Nicolas Maduro.

O alerta foi emitido enquanto diplomatas nacionais e mesmo da região demonstraram preocupação sobre o impacto que a ação poderia ter se não for condenada pelo governo de Jair Bolsonaro. “Podemos estar vendo o início de uma crise muito maior”, alertou um diplomata andino, na condição de anonimato.

O tratado de 1961 estipulou as regras de missões e embaixadas diplomáticas, colocando responsabilidades para governos. Dois embaixadores brasileiros no exterior consultados pela coluna indicaram que temem que o Brasil possa ser denunciado por conta de violações neste sentido.

Procurada, a diplomacia venezuelana em Caracas alertou que a ação em Brasília seria um “abuso” e que “não ficaria impune”. Nesta semana, outros incidentes contra diplomatas foram registrados em La Paz. A embaixada da Venezuela na Bolívia foi alvo de um ataque nos últimos dias, inclusive com granadas.

As embaixadas do México, país que acolheu Morales, e de Cuba também foram alvos de ameaças. Os ataques levaram a cúpula da ONU a se manifestar já no fim de semana. O porta-voz da entidade, Stéphane Dujarric, emitiu um comunicado solicitando que as autoridades sob controle do governo boliviano “garantam a segurança de todos os cidadãos, funcionários governamentais e cidadãos estrangeiros” em território boliviano.