Caso Banestado: a primeira grande ‘parceria’ entre Moro e o tucanato

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Por Armando Rodrigues C. Neto, no Jornal GGN

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois – a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do país. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

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PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. A equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio – “Tucano” e um aleatório “Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República”. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.

Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.

Re-Pa 750: artilheiro do Leão quer desencantar no clássico

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“Jogar clássico sempre é diferente. Re-Pa então é muito melhor. A rivalidade aqui é muito grande, graças a Deus vou poder participar de outro confronto. Ainda não marquei em Re-Pa, então quem sabe pode sair nesses dois jogos. Estou bastante confiante que vamos fazer grandes partidas”.

“Nosso time está diferente, segurando mais a bola no ataque e mais ofensivo. Isso facilita para a gente estar perto do gol e pressionar nosso adversário. A gente quer superar esses jogos que não vencemos no ano e terminar bem a temporada. Temos que ficar mais espertos e mais atentos nos detalhes”.

“A minha característica é de criar jogadas pelo lado. O Neto é nosso camisa 9, ele é o fominha para fazer gols [risos]. É claro que vou tocar a bola para ele ou qualquer outro companheiro fazer o gol, tenho alegria nisso, mas se tiver oportunidade de marcar em um Re-Pa também ficarei feliz”.

Gustavo Ramos, artilheiro do Remo na temporada.

Re-Pa 750: volante do Papão vê clássico ‘diferente’ e destaca importância do 1º jogo

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“Aqui é um clássico muito diferente, de duas torcidas apaixonadas que lotam o estádio. Entrega, dedicação, fazer aquilo que treinamos durante a semana para chegar no clássico e as coisas acontecerem como o planejado”.

“A cobrança sempre tem. Eles vivem entorno deste clássico, é muito importante para o torcedor. Pedem para nós darmos o nosso melhor e sair vitoriosos desse jogo. Como se diz, é só o primeiro tempo, porque a decisão mesmo será só no outro domingo, mas esse jogo é de suma importância para chegar no outro com grandes chances de classificação”.

Léo Baiano, volante do PSC.

Direto do Twitter

“Alguém notou que Moro, Dellagnol e os demais procuradores da LJ não falaram nada sobre a intenção de Janot assassinar Gilmar Mendes? Pensei que esse povo fosse contra crimes!”.

Alberto C. Almeida, cientista político e escritor

Rock na madrugada – Weezer, Buddy Holly

Rádio alcança 83% dos brasileiros e é mais popular entre os jovens

O rádio é conteúdo que informa e emociona, eterniza momentos e vira referência na vida das pessoas. Para passar uma lupa nas características dos ouvintes e entender com profundidade como se dá o consumo e o comportamento nesse meio, a Kantar IBOPE Media apresenta o Inside Radio 2019. De acordo com o estudo deste ano, o meio alcança 83% dos brasileiros (nas 13 regiões metropolitanas onde há aferição) e o consumo de horas por dia é de 4h33 em média.

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Para Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media no Brasil, o estudo reforça a relevância do rádio enquanto mídia, assim como o impacto do meio na vida das pessoas: “O áudio é uma das primeiras coisas que experimentamos na vida, quando ainda estamos no ventre de nossas mães. Em um mundo cada vez mais tecnológico e influenciado por algoritmos, o áudio mantém a capacidade de nos humanizar e é importante entender isso para explorá-lo e valorizá-lo. E é no áudio que o rádio vive e se recria todos os dias”, comenta a executiva.

A influência do digital

O ser humano cada vez mais conectado impacta também em como o conteúdo de rádio é consumido. Por isso, a abrangência do meio chega aos mais diferentes devices. A maioria (84%) ainda escuta o rádio pelo aparelho comum, enquanto 20% afirmam ouvir pelo celular, 4% por meio de outros equipamentos e 3% pelo computador.

Essa divisão é facilmente compreendida quando olhamos os lugares nos quais o meio é consumido: 70% dos ouvintes declararam escutar rádio enquanto estão em casa e 41% fora do domicilio (carro, trabalho, em trajetos ou em outros locais).

Rádio para todas as idades, o tempo todo

Enquanto 83% das pessoas escutam o meio, a média entre os mais jovens é maior do que entre os mais velhos. O destaque está entre aqueles que têm entre 20 e 49 anos, faixa etária que corresponde a 86% entre os que declararam escutar rádio nos últimos 30 dias.

Outro dado interessante é que o consumo de rádio acontece o tempo todo, o dia inteiro. O volume de ouvintes é bastante equalizado ao longo das 24 horas do dia, ou seja, no rádio, o prime time é o dia todo.

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Conteúdo que informa, engaja e emociona

A programação encontrada no rádio é bastante diversa e, até por isso, agrada a grande maioria das pessoas. Mas entre todos os conteúdos disponíveis, três chamam a atenção por serem os mais procurados pelos ouvintes: música, notícias e esportes.

Para 62% dos ouvintes, a música constitui parte importante de suas vidas. Prova disso é que 93% afirmaram terem ouvido música no rádio nos últimos 30 dias. Entre os gêneros mais executados no primeiro semestre de 2019 estão Sertanejo, Pop Internacional, Pop Nacional, Pagode e Gospel.

Já a notícia é o conteúdo buscado para 70% dos ouvintes, divididos em noticiários locais (93%), noticiários nacionais (82%) e notícias de trânsito (62%). Já 80% dos ouvintes de esportes afirmaram acompanhar transmissões esportivas ao vivo enquanto 62% escutam notícias e comentários esportivos.

Marcas apostam no rádio

Mais de 7300 anunciantes, distribuídos entre mais de 8900 marcas, investiram em publicidade no rádio no primeiro semestre de 2019. Desses, 3686 anunciantes são exclusivos, ou seja, que veiculam publicidade somente no rádio. Se levarmos em conta as marcas exclusivas, esse número chega a 4753. Foram 3541 novos anunciantes no meio no primeiro semestre de 2019 (que não haviam feito publicidade no primeiro semestre de 2018 em rádio). Para novas marcas, esse número chega a 5207.

Em um meio plural, é normal que marcas dos mais diferentes setores busquem o rádio como principal meio de comunicação com seu público-alvo. Entre eles, podemos destacar Serviços ao Consumidor, Comércio, Cultura/Lazer/Esporte//Turismo, que, juntos, concentram quase dois terços do investimento (64%).

Mais que um prêmio de consolação

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POR GERSON NOGUEIRA

Não é apenas no aspecto financeiro que a semifinal da Copa Verde desponta como tábua de salvação para os velhos rivais. Embora importante, o faturamento com a bilheteria não é o fator mais relevante. A questão técnica, aliada à histórica rivalidade, é o que sustenta a motivação maior para o novo duelo, que começa hoje à tarde no Mangueirão.

O entusiasmo envolve os dois lados. Até para o PSC, que já conquistou o torneio em duas ocasiões, a eventual conquista da Copa Verde serve como um objetivo interessante para o técnico Hélio dos Anjos e o elenco atual. Como não conquistou nada na temporada, é natural que o time se agarre ao legítimo projeto do tri da CV.

Outro aspecto que cria um interesse natural pela semifinal é a luta de remistas e bicolores pela chance de garantir às suas torcidas a última grande comemoração da temporada.

Do lado azulino, a ansiedade vem do fato de o clube nunca ter vencido a competição regional. Ganhar a Copa virou obsessão, após a boa campanha de 2015 que terminou com a frustrante goleada diante do Cuiabá.

O sonho de conquista ainda esbarra em dificuldades bem conhecidas. Superar o PSC e chegar à final vai depender de um rendimento técnico que o time não conseguiu mostrar na fase mais aguda da Série C.

A troca de comando reabriu a perspectiva de uma recuperação da equipe, sugerindo uma ruptura com o estilo previsível e defensivo exibido nas rodadas finais do Brasileiro. Eudes Pedro assumiu com a proposta de colocar o Remo sempre em busca de vitórias.

Diante do Atlético-AC, cumpriu à risca essa promessa, obtendo uma goleada que o torcedor do Leão não via há mais de um ano. O problema é que Eudes não tem nenhuma outra credencial para exibir. Segue como aposta. Os clássicos podem dar a ele a musculatura que falta.

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Hélio dos Anjos tem musculatura em excesso. Rodou o mundo dirigindo times. O retorno ao Papão é satisfatório até agora. Reorganizou o time, deu sentido de competição e quase obteve o acesso à Série B.

O único senão é o excesso de empates (14 em 19 jogos), que valoriza o trabalho do sistema defensivo, mas deixa dúvidas quanto à efetividade do setor de ataque. A semifinal contra o maior rival pode contribuir para mudar essa imagem ou servir como ratificação.

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Guinada em favor do jogo bonito

Há uma saudável tendência de alta do futebol-arte, estilo de jogo que muitos consideravam extinto. Todas as torcidas passaram a eleger como sonho de consumo o futebol entregue pelo Flamengo de Jesus, o Santos de Sampaoli, o Grêmio de Renato e o Atlético-PR de Tiago Nunes.

Pode ser somente modismo de verão, mas é inegável que o Brasileiro exibe um cenário diferente de anos anteriores. Comparada à pasmaceira que foi a competição de 2017 e 2018, o atual campeonato estabelece o resgate de um tipo de jogo que parecia restrito aos arquivos de videotape.

Na frenética dança de cabeças que agitou a Série A desde a quinta-feira (26), chama atenção a aposta do São Paulo em Fernando Diniz, cuja filosofia ofensivista desafia a cartilha pragmática dos resultados.

Logo na primeira entrevista, Diniz conquistou os fãs do futebol bem jogado ao citar “Seu Telê”, um ícone na história do São Paulo e um dos mais fiéis apóstolos do futebol-arte no Brasil.

Curiosamente, a repercussão da escolha foi mais positiva entre torcedores de outros clubes. Os tricolores mostram-se ressabiados, talvez pelos maus passos de Diniz no Atlético-PR e no Fluminense, onde teve baixo aproveitamento mesmo encantando em jogos pontuais.

A questão é que o São Paulo tem um elenco qualificado, com jogadores como Daniel Alves e Hernanes, como nenhum outro dirigido por Diniz, e isso abre a possibilidade de um casamento interessante entre a ousadia tática do técnico e as habilidades dos jogadores.

Lógico que é precipitado avaliar se a mudança de rota determinada pelo São Paulo será bem sucedida. Nem sempre as diretrizes do comando técnico encontram eco na produção de campo. O que respalda a iniciativa é que Diniz é conhecido pela determinação e disciplina com que se lança ao projeto de futebol mais voltado para o ataque.

Outro aspecto favorável é o endosso dos líderes do elenco à contratação, tendência oposta ao que à muito ao contrário da arapuca armada pelo elenco do Cruzeiro para derrubar Rogério Ceni – que já voltou ao Fortaleza, de onde não deveria ter saído.

Aliás, a situação cruzeirense expõe o fracasso de gestões à moda antiga. Com dívidas monstruosas, inclusive com os jogadores, o Cruzeiro tem frequentado as páginas de escândalos dos jornais a partir de denúncias judiciais e ordens de prisão contra dirigentes e ex-presidentes.

O Fluminense sacode no banzeiro de débitos que perduram desde o fim da parceria com a Unimed, que rendeu algumas vitórias e gerou um monumental paiol de problemas. Depois de afastar Fernando Diniz, optou por sua antítese, o conservador Oswaldo de Oliveira. Deu no que deu.

Ainda é cedo, porém, para que se consolide um consenso em torno do futebol-arte. Não se pode esquecer que o torcedor, que dita rumos e apostas, gosta de ver futebol bonito, mas aprecia mesmo é levantar taça.

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Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir das 21h, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a primeira semifinal da Copa Verde 2019.

(Coluna publicada no Bola deste domingo, 29)

De mal a muito pior

Notícia do jornal O Dia informa que um grupo de alunos provocou pânico, na manhã de quarta-feira, no fim da aula que encerrou o curso para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), na unidade da Tijuca do Colégio Elite. Segundo testemunhas, sinalizadores foram acesos por estudantes dentro da escola e uma estudante foi agredida com um soco no rosto.

No quadro negro foram escritos, além de palavrões, os dizeres ‘1964, revolução glorioso (sic)’ e ‘Ustra!’, uma referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça brasileira como torturador de presos políticos na ditadura militar.

Te dizer…

Lula tem o dever de sair

Por Carlos D’Incao (*)

Há muita especulação sobre a possibilidade de Lula ter a progressão de sua pena para o regime semiaberto o que, na prática, se tornaria um regime aberto. As últimas notícias nos contam que os próprios procuradores da Lava-Jato assim compreendem o processo legal.

Isso posto, temos um novo debate surgindo no interior dos setores progressistas: Lula deveria aceitar essa progressão ou o melhor seria ele esperar na cadeia a anulação plena de sua sentença pelo STF?

Lula não apenas pode, como deve aceitar sair da cadeia sob quaisquer condições. Lula livre é uma ferramenta fundamental para o povo ganhar as ruas e frearmos o processo de descalabro neoliberal.

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A melhor liderança do PT não puxa um quarteirão da Paulista numa manifestação. Lula faz o Brasil inteiro parar e a sua presença nas ruas tornará evidente a pequenez daqueles que ocupam o poder, a começar pelo czar dos vira-latas, Jair Bolsonaro.

A ideia de que “caso Lula aceite o semi-aberto ele estará confessando a culpa” traz consigo um duplo equívoco: 1 – Legalmente Lula ainda pode provar sua inocência fora da cadeia; 2 – Caso a questão girasse em torno do tema “confissão” de culpa, Lula já teria feito a mesma quando voluntariamente se entregou para a polícia.

Hoje temos uma conjuntura de guerra entre o STF e a Lava Jato. Nessa guerra, a prisão de Lula pode servir como munição do STF contra os procuradores que o acusaram e os juízes que o condenaram. Essa guerra não pertence ao campo progressista. Trata-se da mais pura luta palaciana entre diversas instâncias reacionárias do poder.

Caso um dos efeitos colaterais dessa guerra seja a libertação de Lula, melhor será para o povo e para o campo progressista. Para a maioria da população, um homem é libertado porque é inocente e é preso porque é culpado. O resto é “jurisdicês” incompreensível para a massa.

Quando Lula se entregou, aumentou o número daqueles que o julgavam culpado. Caso ele fique livre, o mesmo efeito acontecerá ao reverso. Para o povo, se Lula sair da cadeia é porque é inocente. Ponto final. Os mais versados do mundo jurídico já sabem que sua condenação foi uma farsa. O tema já está esgotado.

Lula nas ruas! Lula pelo mundo a fora condenando os descalabros desse governo! Lula na América Latina apoiando a volta de governos progressistas! Lula na luta, fora das grades – ao vivo e a cores – aos olhos do povo e do mundo! Se isso for possível, não se deve pensar duas vezes em aceitar, e sim fazê-lo por dever de ofício.

Por fim, é importante salientar mais uma vez que essa possibilidade existe devido a uma contenda entre os reacionários. Caso Lula se negue a sair por questões de “honra e etiqueta”, quem disse que a direita não pode chegar a um cessar-fogo, conciliar-se e a agenda sobre a “questão Lula” voltar a ser colocada para ser debatida e julgada no “dia de São Nunca”?

Quem ganha e quem perde com o Lula livre? Essa é a questão central. Lula DEVE aproveitar qualquer oportunidade para estar fora da carceragem de Curitiba. Sem pestanejar. Com a clareza das necessidades do povo e tendo em vista – inclusive – que ele já não é mais um menino de 25 anos com a vida toda pela frente.

(*) Historiador